Museus da Fundaj abrem portas virtuais ao público na 14ª Primavera dos Museus

Corredores percorridos com o deslizar de um mouse e obras vistas de perto. Com o isolamento social e as portas dos equipamentos culturais fechadas, as formas de visitação aos museus de todo o mundo foram reinventadas. Transformações essas que entram na agenda de discussão da 14ª Semana dos Museus, coordenada pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram). A Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), por meio de sua Diretoria de Memória, Educação Cultura e Arte (Dimeca), participa da ação nacional, de hoje (21) até o dia 27 de setembro, com transmissão pela sua conta oficial no YouTube.

“Neste ano, a Fundaj inovou no planejamento de suas atividades para a Primavera de Museus. A proposta é entrar na casa do público e fazer com que desenvolvam uma relação diferente de aprendizagem sobre o patrimônio do Museu do Homem do Nordeste e do Engenho Massangana, a história da região Nordeste e a programação interativa nas redes sociais”, destaca o presidente da Fundaj, Antônio Campos.

As atividades serão desenvolvidas pela Coordenação de Ações Educativas do Museu do Homem do Nordeste, em Casa Forte, na Zona Norte do Recife, e o Engenho Massangana, no município do Cabo de Santo Agostinho, na Região Metropolitana do Recife.
As ações começarão às 9h da segunda-feira (21).

“É importante que mantenhamos nossas funções de promover o patrimônio cultural, o nosso acervo e os temas abordados junto ao público virtalmente. É nossa responsabilidade repassar o conhecimento e educar mostrando o homem do Nordeste”, reflete o coordenador geral do Muhne, Frederico Almeida.

Com o tema “Mundo Digital: Museus em Transformação”, essa edição da Primavera dos Museus na Fundaj preparou quatro atividades: o Museu Vai à Escola, o Conheça o Museu com uma peça, o Ligeiro no Muhne e o Papo de Cozinha. Dentre as quais, a coordenadora do Educativo do Muhne, Edna Silva, destaca a ação integrada às escolas e associações de bairro. “Estamos restabelecendo o contato com as escolas por meio de um agendamento que inspira atenção às formas de interação que as instituições, professores e alunos estão mantendo”, conta.

As oficinas serão gravadas nos ambientes dos museus, seguindo as recomendações de higiene e distanciamento. Cuidados presentes, também, no preparo dos kits que serão enviados às escolas. “O momento agora é de apresentar aos professores estratégias de atuação em sala de aula. Estamos possibilitando o acesso a essa ação dentro da temática trazida na edição. O universo museal, que envolve as ações de museus como um todo, passa permanentemente por essas transformações”, aponta Edna Silva.

Para efetivar os objetivos da iniciativa, todas as plataformas oficiais da Fundaj estarão dedicadas exclusivamente à Semana. No YouTube, o público assistirá às conversas promovidas pelo Papo de Cozinha, que trabalha de forma continuada as reflexões abordadas no livro Nordeste: Identidade Comestível (Editora Massangana, 2020), fruto da pesquisa realizada pelo Muhne e escrito pelo jornalista Bruno Albertim. Também haverá atividades interativas pelo Instagram do Muhne e do Engenho Massangana, como o Quiz Virtual.

Há oito anos, o educador do Muhne Alisson Henrique atua na Primavera dos Museus. Neste ano, em que a programação é majoritariamente virtual, ele apoia a organização das atividades educativas de ambos os equipamentos culturais da Fundaj. “Estamos nos debruçando sobre estratégias que deem conta das nossas demandas habituais, que desta vez serão atendidas no ambiente virtual. O Museu, que já atuava além de seus muros, agora adentra virtualmente as residências e salas de aula.”

Conheça as ações

Museu Vai à Escola: uma síntese geral da proposta será enviada, por carta, a instituições educacionais e organizações coletivas. O objetivo é iniciar um diálogo com esses espaços, apresentando o Muhne e o Engenho Massangana, trocando informações e construindo coletivamente atividades e temáticas que serão apresentadas em parceria. Com a ação, a expectativa é de acolher demandas da sociedade, que deverão ser incorporadas ainda mais aos equipamentos. Visitas, aulas, debates e atividades educativas serão promovidas virtualmente. Com a retomada das aulas presenciais, o projeto será realizado no espaço físico das escolas.

Papo de Cozinha: conceitos de identidade, memória e afetividade estarão presentes na abordagem multidisciplinar da ação. Tendo como base o livro Nordeste: Identidade Comestível, fruto de pesquisa do Muhne, serão promovidos conversas e debates sobre os embates, confraternizações e tradição próprios às cozinhas nordestinas. Disponibilizados em vídeos, os momentos serão acompanhados do desenvolver de receitas regionais e um bate-papo em torno das receitas e do fazer gastronômico. Serão convidados a participar os profissionais e responsáveis pelo livro e produtores e comerciantes de alimentos.

Ligeiro no Muhne: trailers descontraídos, curtos e de fácil compreensão. Os equipamentos culturais da Fundaj ocuparão as redes sociais em vídeos de até 1 minuto. As produções multimídia contarão com a presença dos educadores do Museu estreitando o diálogo com o público, apresentando peças dos acervos museológicos e imagens da Villa Digital, do Centro de Documentação e de Estudos da História Brasileira Rodrigo Mello Franco de Andrade (Cehibra), da Fundaj. Além de ampliar o repertório iconográfico e cultural do público, a ação espera aguçar a curiosidade dos futuros visitantes aos espaços no pós-pandemia.

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