Gente & Negócios

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Rafael Dantas

Natureza Urbana atua em território nacional

Criado pelos arquitetos e urbanistas pernambucanos Manoela Machado e Pedro Lira, o escritório Natureza Urbana se especializou na elaboração de projetos de grande escala no âmbito público e privado, entre eles equipamentos de uso público, de interesse turístico. Com forte traço de sustentabilidade no conceito de seus projetos, seus projetos podem ser encontrados em 15 estados brasileiros e também no exterior. Pedro Lira, que é filho do renomado arquiteto pernambucano Carlos Augusto Lira, passou a representar o Brasil na World Urban Parks (WUP), organização internacional para parques urbanos e espaços públicos que contribui para o diálogo a respeito da importância da criação de espaços livres e cidades sustentáveis, conversou com a coluna Gente & Negócios sobre a empresa. Fundada em 2016, a empresa possui uma equipe de 16 profissionais atualmente.
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Vocês são do Recife, o que os levou a abrir o escritório em São Paulo?

Manoela e eu nos conhecemos na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e, dois anos após a graduação, em 2005, fomos morar em Barcelona, onde fizemos doutorado e trabalhamos em alguns escritórios. Desenvolvi carreira na espanhola IDOM, empresa multinacional de consultoria, engenharia e arquitetura e um dos 50 maiores escritórios de arquitetura em escala global. Em 2010, voltei para o Brasil, neste caso, para São Paulo, para desenvolver o escritório da IDOM no país. Acabou sendo a cidade que escolhemos para morar e onde nossos filhos nasceram. Hoje, com a criação da Natureza Urbana, atuamos em todo Brasil e no exterior.

A especialidade da empresa são parques e áreas públicas? Ou projetos empresariais, residências e outros também estão no escopo de trabalho?

A maioria dos nossos projetos são de escala e interesse público, seja para clientes públicos ou privados, e estão relacionados às cidades, às áreas naturais e ao turismo, dentre esses também os empresariais. Projetos residenciais também fazem parte do escopo, em casos. específicos, se forem interessante e tiverem certa escala.

Vocês já têm projetos executados no Nordeste?

Temos projetos em São Luís, no Maranhão para a requalificação das praças da Saudade e da Misericórdia, que se encontram em obras. A nova proposta da Praça da Saudade abrange a criação de espaços de estar, parque infantil, horta comunitária, arquibancadas, bancos e lixeiras, áreas para alimentação com mesas fixas etc. Já na Praça da Misericórdia, a estrutura original foi mantida, mas foram implantadas algumas intervenções estratégicas, como a abertura de novos caminhos para deixar a praça mais fluida e acessível, retirada do estacionamento das calçadas da praça e criação de faixas de pedestres elevadas. Também estamos trabalhando na requalificação da Orla de São Luís, em um Terminal de Ônibus e nos espaços públicos associados a eles, além da requalificação de de vias, um calçadão e pequenas praças, que vai atrair as pessoas de volta ao local como espaço público. Foi dada uma atenção importante às questões sociais da região a partir da realização de um levantamento de quem eram todos os comerciantes e ocupantes da área para a confecção de quiosques a fim de que os trabalhadores informais já atuantes na praça possam continuar trabalhando por lá. Além disso fizemos outros estudos e projetos no Ceará, Piauí e Pernambuco, ainda não executados.

Como foi a experiência em Cabo Verde?

Muito enriquecedora. Trabalhar com outras culturas e paisagens é sempre um aprendizado. É um projeto muito importante para a população local e para o desenvolvimento de um turismo sustentável.

Qual o posicionamento de mercado a empresa pretende se consolidar?

O de projetos que tenham um alto impacto positivo na população, que sejam vivenciados por muitas pessoas.

Em meio à pandemia do Coronavirus, quais as perspectivas da empresa para o ano de 2020?

Alguns projetos foram adiados, outros seguem igual, entre esses três obras em São Paulo e no Maranhão. Passados os meses de lockdown, temos grande expectativa de ver essas obras prontas, ver o início de outras no Paraná e que os projetos que pararam voltem. pois são equipamentos pensados no longo prazo.

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