Demanda por crédito volta a crescer pela primeira vez no ano, aponta pesquisa da pernambucana Neurotech
Pedidos registraram alta de 11% em maio, após três meses consecutivos de queda, em meio à recessão provocada pela pandemia de Covid-19
Após cair por três meses consecutivos, a demanda por crédito entre as pessoas físicas voltou a crescer em maio. É o que revela Índice Neurotech de Demanda por Crédito (INDC), que mensura o comportamento das consultas ao Data Center da Neurotech, empresa pioneira em soluções de inteligência artificial aplicadas à concessão de crédito, sediada em Pernambuco, no Porto Digital. Considerando os três segmentos (bancos e financeiras, varejo e serviços), o indicador obteve alta de 11% em maio na comparação com o mês anterior. Entre março e abril, o indicador havia demonstrado queda de 20%, após recuo de 11% entre fevereiro e março.
Considerando somente a concessão de crédito dos varejistas, em maio houve um crescimento de 61,7% em relação a abril, após retração 52,2% em abril versus março e de 25,2% de março versus fevereiro. Na comparação com janeiro, maio ainda demonstrou um número de consultas 44,8% menor.
O segmento que mais sofreu foi o de vestuário, com uma contração nas consultas de 88,2% em abril em relação ao mês anterior. Na mesma base de comparação, os supermercados registraram queda de 49,9%, os eletromóveis de 35% e os classificados como outros, perda de 51,9%. Em compensação, a recuperação em maio também foi mais forte em vestuário (99,5%), seguida por eletromóveis (98%), outros (80,8%). Já o setor de supermercados ficou praticamente estagnado no mês passado (+0,1%), ou seja, não recuperou nada das perdas anteriores.
Recém-criado pela Neurotech, o INDC abrange um universo de 94 empresas instituições financeiras e varejistas e mensura o apetite do brasileiro ao crédito. “Nem todas as milhões de consultas mensais que registramos se transformam em concessão de crédito, pois o processo depende de fatores como o perfil da pessoa que está fazendo a solicitação, o apetite ao risco da financeira e se há ou não indícios de fraude”, explica o diretor comercial da Neurotech, Breno Costa.