O castelo poético de Taciana Valença

Por Paulo Caldas

Emoções à flor da pele é o que se reflete na aura desse “Febre” (Tarcísio Pereira editor- editoração de Lourdes Duarte, capa Tiago Valença, orelhas Sidney Nicéias, prefácio Bernadete Bruto, apresentação Fátima Quintas e posfácio Luiz Carlos Dias), poemas assinados por Taciana Valença.

Há perene emoção na concepção de cada escrito, bem como a fluidez de versos libertos das estrofes e dos rigores formais, que em moto-contínuo abraçam a sensibilidade do leitor, carinhosamente.

Em “Febre”, poema título do livro e no caminhar dos demais, predomina o intimismo, princípio que concebe e tece a teia de sentimentos que envolve a poética e o leitor. É interessante também observar a presença explícita do contraponto no poema “Alheia”, quando o manuseio das palavras em confrontação marcam a cadência do ir e vir, suave balanço no compasso das símiles colocadas com natural sutileza. Há ternura e graça em momentos continuados, no entanto sem que a poetisa se afaste do tom áspero quando requer a composição do verso.

“Febre” traz consigo uma legião de zelosos cavaleiros que cavalgam nas orelhas, apresentação, pré e posfácio, trajados de armadura, escudo, espada, que abaixa a ponte elevadiça, abre as muralhas e no castelo lírico de Taciana, conduz o leitor aos segredos ocultos nos seus labirintos poéticos.

O clima do livro é intenso desde o primeiro poema e não perde o ânimo quando perpassa cada um dos escritos. “Febre” não precisa de silêncio, como apela a autora, mas de celebração, proclamas à voz de arautos (centenas deles). E desde agora, assumo tal atribuição.

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