*Por Rafael Dantas
Ex-reitor da UPE, o professor Pedro Falcão assumiu recentemente a presidência do IAUPE. O Instituto de Apoio à Fundação Universidade de Pernambuco, criado em 1999, oferece apoio administrativo, firma parcerias com empresas públicas ou privadas e executa projetos de ensino, pesquisa, extensão, assessoramento e consultorias.
Com uma vasta trajetória na UPE, o professor planejava voltar para Garanhuns, onde iniciou na docência, até se aposentar. Mas um convite da nova reitoria mudou o roteiro de volta ao agreste. “A professora Socorro Cavalcanti me pediu para ajudá-la na direção do instituto, me intimou a não voltar para Garanhuns agora. Assumi o compromisso de ajudá-la nessa gestão, que tem inúmeras atividades, desde projetos mais simples até parcerias internacionais”.
Um desses projetos com entidades estrangeiras é um convênio com a União Europeia, para uma pesquisa relacionada ao vírus Zika. Neste ano, por exemplo, a entidade está atuando no apoio a Latin American Conference on Computacional Intelligence , que acontecerá pela primeira vez no Brasil. Também foi por meio do IAUPE que a universidade firmou uma parceira com o Instituto Confúcio, sendo o primeiro no Nordeste a funcionar como uma plataforma para o ensino da língua e cultura chinesas na região.
A entidade gerencia também um grande volume de recursos em ações como o PREVUPE (curso Pré-vestibular da Universidade de Pernambuco), realizado em parceria com o Governo do Estado de Pernambuco, além de realizar concursos de vários órgãos públicos e seleções para acesso à própria universidade.
Nos seus planos à frente do Instituto, Pedro Falcão projeta ampliar os projetos apoiados, em especial nos novos campi que ainda não possuem atividades de extensão e pesquisa. “Pretendemos alinhar mais a relação do IAUPE com os projetos da universidade e alcançar outros que a UPE tinha planejamento, mas não teve como executar. A UPE está espalhada em 17 campi. Tem lugares onde não chegamos com ações mais efetivas de pesquisa e extensão universitárias. Vamos provocar para fazer trabalhos onde eles ainda não alavancaram, principalmente os mais novos, como Salgueiro, Serra Talhada, Arcoverde e Palmares”.
Ele revela que o IAUPE está criando protocolo para ser usado em todos os projetos do IAUPE, de forma a ampliar a parceria com os docentes e liberá-los de burocracias para terem maior disponibilidade para execução do trabalho científico em si. “O pesquisador tem que estar preocupado com a pesquisa, não com relatórios, pagamentos e compra de material. Nossa ideia é consolidar essas ações de suporte entre a universidade e o IAUPE, ajudar nessa relação. Além disso, como o IAUPE não tem fins lucrativos, qualquer receita do instituto volta para a universidade em compras de equipamentos. Funcionamos como um interveniente que dá suporte às ações estruturadoras da universidade”.
O IAUPE conta diretamente com 61 colaboradores, mas chega a envolver mais de 500 bolsistas em alguns projetos. Apenas no PREVUPE são 10 mil estudantes beneficiados, com um orçamento para execução de R$ 5 milhões.
*Rafael Dantas é jornalista e repórter da Revista Algomais (rafael@algomais.com | rafaeldantas.jornalista@gmail.com)
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