Papo de cronista (por Joca Souza Leão) - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

Papo de cronista (por Joca Souza Leão)

Claudia Santos

Rubem Braga
Passou a noite enchendo a cara com o Diabo; os dois saíram do bar dia claro.
– Vai pra onde, Rubem?
– Vou dormir. E você?
– Vou à missa...

Antônio Maria
Leitora: Meu marido sua muito no sovaco. Que devo fazer?
A.M.: Divirta-se na área enxuta.

Agenda TGI

João Antônio
Morreu Esdras Passaes, amigo de João:
– Matou-se de viver e de beber.

Rachel de Queiroz
– Meu maior desejo para o Ano Novo é prosperidade, paz, saúde, essas coisas. Mas minha vontade mesmo é olhar para o ano de frente e lhe dizer na cara: te dana!

Lourenço Diaféria
O sargento Sílvio morreu ao pular no poço das ariranhas no zoo e salvar uma criança de 14 anos.
– Prefiro esse sargento herói ao Duque de Caxias.

Mário Prata
–A principal diferença entre a revista Playboy americana e a Playboy brasileira não é a língua. É a bunda.

Arnaldo Jabor
Encontro com uma leitora no calçadão do Leblon.
– Jabor, o que você tem contra as mulheres raspadinhas?
– Nada... Acho lindo, mas não consigo ver ali um bigodinho sexy... não consigo evitar... Penso no bigodinho do Hitler, do Sarney...

Antônio Callado
– Os personagens da vida real dividem-se em duas categorias: os que têm boa presença e os que têm péssima ausência. Boa presença, todos falam bem dele quando está presente; péssima ausência, todos falam mal quando está ausente. No mais das vezes, a mesma pessoa.

Albert Camus
– De um sonho pode-se dizer qualquer coisa, menos que é mentira.

João Pereira Coutinho
– Não é fácil comentar a loucura: uma pessoa acaba por confundir-se com ela.

Luiz Ruffato
(Na boca de Bibica, personagem.)
– Seu Antônio, não sabia que o senhor apreciava safadeza.

Luís Fernando Verissimo
– Conto nos dedos os Homens que são Homens no Brasil: quatro. E eles estão dispostos a lutar pela regeneração do macho brasileiro. Eles só não se reúnem regularmente pra não parecer que é coisa de veado.

Ferreira Gullar
– Duvido que, num mundo cheio de gente, alguém possa meter na cabeça que só existe fulano ou fulana e achar que é impossível viver sem ele ou sem ela. O amor é uma doença como outra qualquer.

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