*Por Houldine Nascimento
É duro, mas os nossos heróis também se vão. Um dos atletas mais importantes do futebol pernambucano, Gena faleceu, nessa segunda (12), aos 75 anos. A história do saudoso lateral-direito se confunde com os tempos gloriosos do futebol local. Dentro de campo, ele foi responsável por feitos extraordinários: conquistou 11 títulos estaduais consecutivos: seis com o Náutico (1963-68) e cinco com o Santa Cruz (1969-73).
Com a camisa alvirrubra, participou da memorável campanha do Timbu na Taça Brasil de 1967, quando obteve o vice-campeonato e o clube foi o primeiro de Pernambuco a disputar a Taça Libertadores, no ano seguinte. De fato, Genival Costa de Barros Lima, o Gena, é dos raros casos de jogadores que tiveram projeção nacional atuando essencialmente no nosso estado.
Gena também era exemplo de jogo limpo, tanto que recebeu da CBF o Prêmio Belfort Duarte, destinado a atletas que passaram ao menos dez anos e atuaram em 200 jogos sem sofrer uma expulsão. Em toda a carreira, ele foi além e jamais recebeu um cartão vermelho. Fica o registro e a homenagem a um dos grandes nomes do esporte em Pernambuco.
* Houldine Nascimento é jornalista