Pesquisa inédita faz uma radiografia sobre o câncer de pulmão e revela que o brasileiro não fala sobre a doença com seu médico

Um dos principais resultados da pesquisa do instituto Datafolha, encomendada pela biofarmacêutica Bristol-Myers Squib, revelou que 76% das pessoas nunca falaram com seu médico sobre o câncer de pulmão. O objetivo era investigar o grau de conhecimento a respeito da doença que é a principal causa de morte entre homens e a segunda entre as mulheres no país, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA).

Realizado por meio de entrevistas individuais com 2.044 pessoas, em 130 municípios do pais durante o mês de março de 2016, o levantamento buscou medir a percepção da população brasileira sobre o assunto e o resultado mostra que, embora a maioria tenha noções básicas sobre a doença, os números comprovam que há desconhecimento e falta de informação aprofundada.

Assim, apesar do alto índice de respostas positivas quando questionados se sabem que a chance de sobrevivência no caso do diagnóstico da doença em estágio inicial é maior (95% de concordância), que fumantes são mais propensos a ter o câncer de pulmão (83%) e fumantes passivos (95%), ex-fumantes (88%) e não fumantes (85%) têm chance de contraí-lo, do total de entrevistados:

Apenas 39% julgam-se bem informados sobre o câncer de pulmão. 44% da população julgam-se mais ou menos informados e 17% mal informados. 76% nunca falaram com o médico sobre a doença e 17% não sabem o que fazer para reduzir o risco de ter câncer de pulmão. 39% não se preocupam com a doença, uma vez que não são fumantes. 33% da população não estão tomando providências para reduzir o risco de contrair a doença. 25% consideram que câncer de pulmão atinge mais mulheres do que homens e 57% que o câncer de pulmão mata mais que câncer de mama, colorretal e próstata juntos.

Aproximadamente três em cada dez brasileiros (27%) declaram conhecer alguém que tem ou teve câncer de pulmão e desta população 19% são representados por parentes. A pesquisa é o primeiro levantamento do gênero no Brasil e foi dividida em quatro módulos: conhecimento sobre doenças pulmonares e respiratórias; costume de fumar (quantidade média de cigarros por dia, razões que o levariam a parar de fumar, grau de concordância com hábitos relacionados ao cigarro); conhecimento sobre câncer de pulmão (grau de informação sobre, grau de concordância com aspectos relacionados à doença, grau de concordância com aspectos relacionados ao risco de contraí-la, conhecimento sobre assuntos relacionados a este tipo de câncer); sintomas e fatores de risco do câncer de pulmão (fatores que aumentam o risco de ter a doença, fatores que reduziriam esse risco e a proximidade com portadores da enfermidade).

Outros destaques da pesquisa apontam que o conhecimento sobre doenças e riscos sobre câncer de pulmão se concentra entre o público mais escolarizado e de classes A/B, pessoas que, de modo geral, têm mais acesso a informação. Também é verificado que, embora as pessoas estejam cientes que fumar aumenta o risco de desenvolver a doença (87%) e que não fumar reduz esse risco (85%), a percepção com relação ao fumo passivo está menos disseminada: do total de entrevistados, 49% acham que a exposição ao fumo passivo aumenta o risco e 45% concordam que diminuir a exposição ao fumo passivo reduz o risco.

Se, por um lado, algumas informações básicas sobre a doença parecem que estão disseminadas, por outro, os resultados também mostram que há necessidade de aprofundar o conhecimento e disponibilizar informações mais detalhadas sobre o câncer de pulmão, formas de prevenção e tratamento. Campanhas de esclarecimento e de incentivo às mudanças comportamentais poderiam provocar mudanças importantes neste cenário de relativo desconhecimento com foco na população em geral e especialmente às pessoas menos favorecidas, com menor escolaridade, pertencentes às classes C e D/E.

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