Com o consumidor no centro da estratégia, o PDMS reúne 65 iniciativas que balizarão as ações no setor pelos próximos anos e impactarão toda a sociedade
O Plano de Desenvolvimento do Mercado de Seguros, Previdência Aberta, Saúde Suplementar e Capitalização (PDMS), lançado pela CNseg (Confederação Nacional das Seguradoras), apresenta metas claras e propõe mudanças para o ecossistema do seguro que impactarão no desenvolvimento sustentável do setor e, consequentemente, na sociedade brasileira.
Fruto do esforço conjunto da CNseg, suas federações associadas (FenSeg, FenaPrevi, FenaSaúde e FenaCap), a Fenacor e diversas empresas do mercado de seguros brasileiro, o Plano tem dois objetivos principais aumentar a parcela da população atendida em 20% pelos diversos produtos do mercado de seguros, previdência aberta, saúde suplementar e capitalização, e elevar o pagamento de indenizações, benefícios, sorteios, resgates e despesas médicas e odontológicas dos atuais 4,6% do PIB para 6,5% do PIB.
O presidente da CNseg, Dyogo Oliveira, estima que, como consequência da implementação do Plano, em termos de receita, o mercado atinja 10% do PIB nacional em 2030. “O Plano foi criado a partir da percepção de que o mercado de seguros pode gerar mais reservas para a poupança nacional e direcionar mais recursos para importantes projetos nacionais, ao apoiar iniciativas públicas e privadas. Assumimos riscos das mais diversas atividades econômicas e oferecemos proteção aos indivíduos e às empresas”, ressalta Oliveira.
No PDMS, foram definidos quatro eixos de trabalho – imagem do seguro, canais de distribuição, produtos e eficiência regulatória – divididos em 65 iniciativas, que irão balizar as ações nesta indústria de 2023 a 2030, tanto no âmbito do setor público quanto no do privado.
O crescimento da indústria de seguros, apontado como um dos principais motivadores da criação do PDMS, já pode ser notado em um levantamento produzido pela Confederação Nacional das Seguradoras, explica Alexandre Leal, diretor Técnico e de Estudos da CNseg e responsável pela coordenação geral do PDMS.
“Os dados mostram um aumento no pagamento de indenizações, benefícios, resgates e sorteios (sem Saúde e sem DPVAT), que somaram mais de R$ 219,4 bilhões em 2022, volume 15,5% superior a 2021. Quando falamos em arrecadação, o setor viu em 2022 a demanda avançar 16,2% em relação ao ano anterior, com mais de R$ 355,9 bilhões em arrecadação (sem Saúde e sem DPVAT)”, disse.
De acordo com Ronaldo Dalcin, presidente do Sindicato das Seguradoras Norte e Nordeste (Sindsegnne), o PDMS vai levar o setor de seguros ao verdadeiro patamar de importância que ele de fato tem na economia e na sociedade. “Contudo, é importante reforçar que, por mais que o Plano tenha uma estruturação lógica realizada a partir de um estudo muito bem consolidado, ele de fato só terá êxito se houver o engajamento praticamente diário de todas as pessoas que fazem parte desse ecossistema segurador”, completa.
Segundo o representante do Norte e Nordeste, é preciso que corretores, seguradores e todas as entidades de classe de fato se envolvam nas estratégias do Plano e, mais do que isso, propaguem todas as ações para que elas cheguem de uma forma positiva para o seu público-alvo.