“Precisamos de líderes”, defende Paulo Hartung - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

“Precisamos de líderes”, defende Paulo Hartung

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O ex-governador do Espírito Santo Paulo Hartung foi o palestrante do encontro do Conselho Estratégico Pernambuco Desafiado, promovido, em março, pela Rede Gestão e pela Algomais. Além de contar o case de ajuste fiscal do governo capixaba, o político e economista destacou a necessidade do surgimento de líderes no País, com capacidade de conduzir as reformas do Brasil.

“Precisamos de líderes de verdade. Pessoas que ao decidir entre a via fácil da demagogia e do populismo e o que é certo, façam a opção pelo caminho da resolução dos problemas do País”, afirmou Hartung para um auditório cheio de empresários e gestores públicos que prestigiaram o evento. Ele é apoiador e um dos entusiastas de movimentos como o RenovaBR, uma iniciativa com o objetivo de preparar novas lideranças para entrar para a política.

Para Hartung, o grande desafio do País é reduzir o tamanho da máquina pública e torná-la mais eficiente. O economista pontua que apesar da elevada carga tributária, a entrega de serviços públicos é completamente insatisfatória. “As manifestações de 2013 foram uma explosão de insatisfação com a qualidade dos serviços públicos no nosso País. Foi resultado de carga tributária pesada, pessimamente distribuída e entregas ridículas. Temos que estar junto com Brasília para modernizar o Brasil”.

Ele fez várias críticas ao Governo Bolsonaro, do qual é oposição, mas defendeu veementemente que a agenda de reformas para o País não deva esperar as eleições de 2022 para ser discutida. A Reforma da Previdência, principal meta anunciada pelo presidente Jair Bolsonaro após eleito e amplamente defendida pelo mercado, sofre graves riscos frente à dificuldade de articulação do Poder Executivo com o Congresso Federal, ao mesmo tempo em que crescem as manifestações populares contrárias à medida.

O governo do Espírito Santo, entre os anos de 2015 e 2018, conseguiu um equilíbrio nas contas públicas, apesar de ter atravessado, como todo o País, a crise econômica recente. Também foi assolado com a paralisação da Samarco após o desastre que ocorreu em Mariana. A empresa era responsável por 5% do PIB capixaba. Além disso, a crise do setor de petróleo e gás afetou de maneira mais forte o Estado, que é o segundo maior produtor do Brasil nesse segmento. Mesmo nesse cenário, o Espírito Santo foi o único Estado brasileiro a receber nota A da Secretaria do Tesouro Nacional na avaliação de capacidade de pagamento.

A fórmula para alcançar esse equilíbrio fiscal, segundo o ex-governador, foi ancorada em três pilares: reconquista do controle das contas públicas (com a implantação de programas inovadores nas áreas social, ambiental e de gestão), ação para ampliar os investimentos no Estado e a realização de reformas estruturantes na máquina pública.

Uma das medidas adotada para enxugamento das contas foi o congelamento das contratações de cargos comissionados em 20%. Houve uma redução de gastos não essenciais em itens como energia elétrica, viagens, diárias e renegociação dos contratos em geral.

SEGURANÇA
Hartung afirmou que apesar da redução dos custos na máquina pública, o Estado apresentou melhorias nos indicadores sociais de segurança, educação e saúde. O ex-governador informou que o Espírito Santo teve em 2018 a menor taxa de homicídios em 29 anos.

O número de assassinatos caiu pela metade em duas décadas (57,8 mortes por 100 mil habitantes em 1998 para 28,1 em 2018). Outro destaque anunciado pelo palestrante foi o desempenho do Estado no ensino médio, que foi avaliado pelo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) como o segundo melhor do País.

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