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Francisco Cunha

Quem tem medo do pensamento estratégico?

Lido diariamente com o planejamento desde que comecei a cursar Arquitetura e Urbanismo na UFPE em 1976. Portanto, já lá se vão quase 50 anos. Depois, quando iniciei na consultoria (há quase 40 anos), passei a me dedicar ao planejamento estratégico e à sua aplicação à realidade empresarial.

Em meio a esta militância logo percebi que, muito mais importante do que planejamento propriamente dito, é o desenvolvimento do pensamento estratégico, do qual o planejamento é um caminho para alcançar. Ou seja, dito de outra maneira: o planejamento estratégico é uma ferramenta para o desenvolvimento e a prática do pensamento estratégico. E, outra descoberta: quanto mais gente numa organização desenvolver o pensamento estratégico melhor para ela.

Todavia, tem gente (muito mais do que seria razoável), sobretudo nos escalões superiores da estrutura de gestão, que não acredita na importância da disseminação do pensamento estratégico pela organização toda. O argumento é que as pessoas não teriam capacidade de compreender os conteúdos estratégicos tratados…

A prática, no entanto, tem demonstrado que o problema é mais de “tradução” do que de capacidade. Com os conteúdos estratégicos adequadamente “traduzidos”, é possível disseminá-los até mesmo ao que se convencionou chamar de “chão de fábrica”.

Afinal de contas, com a concorrência a cada dia mais disseminada, com a informação cada vez mais massificada (para o bem e para o mal) e com o ambiente cada vez mais conturbado, quanto mais gente estiver sintonizada com os objetivos estratégicos da empresa e, mais do que isso, quanto mais gente tiver desenvolvido a capacidade de pensar estrategicamente, processando as informações captadas, selecionar as que são relevantes para o negócio, agregando formulações relevantes para a competitividade, mais “ancorada” do ponto de vista estratégico estará a organização.

Para isso, necessário se faz desenvolver a capacidade coletiva de manter viva uma conversação estratégica, periodicamente estimulada pela ferramenta eficaz do planejamento estratégico. Se feita de forma competente, é importante não se deixar paralisar pelo medo e acionar a coragem de ir em frente e tentar. Afinal, como disse Nelson Mandela: “Aprendi que a coragem não é a ausência de medo mas o triunfo sobre ele”. Triunfemos, pois, sobre o medo do pensamento estratégico. Isso é essencial para a competitividade nos dias que correm!

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