Sem carnaval, os bonecos gigantes não irão às ruas… – Revista Algomais – a revista de Pernambuco
Arruando pelo Recife

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Leonardo Dantas Silva

Sem carnaval, os bonecos gigantes não irão às ruas…

Neste ano de 2022, não haverá Carnaval por conta de epidemia do coronavírus. Um Carnaval a menos, que tristeza…. Já vaticinara Nelson Ferreira.Os nossos bonecos, de Olinda e do Recife, permanecerão guardados, bem longe da folia e das alegrias das massas frevolentas!

O costume dos bonecos gigantes tem mais de 90 anos, a começar pelo primeiro deles, O Homem da Meia Noite (1932), originário do Homem da Madrugada do Recife e do Zé Pereira, de Belém do São Francisco. Com a sua popularização, foram surgindo outros bonecos gigantes: A Mulher do Dia, O Menino da Tarde, A Mulher da Sombrinha (Catende) e uma infinidade de outras criações.

A partir de 2015 porém, surgiu, em paralelo, o que se chamou Embaixada dos Bonecos de Pernambuco, criada por Leandro Castro e instalada no Bairro do Recife, que hoje congrega mais de 60 personagens ligados à história do Brasil e outros de destaque no cenário mundial.

Com o tempo, a vaidade humana provocou uma verdadeira corrida ao atelier do artista plástico Sílvio Botelho, com um só desejo, logo transformado em apelo: “Eu gostaria que você fizesse um boneco da minha pessoa!”

Assim a comitiva de bonecos foi crescendo, com as figuras dos políticos e gente do Recife e de Olinda, que hoje flutuam sobre a multidão nos dias dedicados ao Carnaval.

Porém, logo o costume despertou a verve do compositor Bráulio de Castro, falecido aos 78 anos, em janeiro de 2021, que compôs para o Véio Mangaba (Walmir Chagas), o frevo canção cuja gravação publicamos em seguida:

Não sou Capiba,
Não sou Nelson.
Nem Bandeira…
Mas quero ver o meu nome numa loa
Eu vou mandar fazer!
Eu vou mandar fazer!
Um boneco pra minha pessoa

Eu quero ser famoso!
Eu quero ser o “Dunga”!
Andar bem maneiroso
EU VOU VIRAR CALUNGA!

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