Sem dor, sem resultados - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

Sem dor, sem resultados

Rafael Dantas

Quando você se exercita, se não ficar um pouco dolorido depois, não estará construindo os músculos. Você, na verdade, precisa esticar o músculo, forçando-o um pouco para que ele possa ser reconstruído, ficando um pouco maior e mais forte para o próximo exercício. Da mesma forma, isso vale para os negócios: se você está na zona de conforto, não está desenvolvendo suas capacidades. Está apenas se repetindo. Somente quando força além dos limites (esgarçando as bordas) é que aprende e domina habilidades necessárias para chegar no próximo nível.

Muitos negócios deitam confortavelmente numa cama e só são despertados quando se deparam com alguma dificuldade do mercado, seja pela concorrência de um novo entrante ou mesmo pela disrupção do modelo de entrega. Acordar em berço esplendido é bom, mas passar o dia tentando “quebrar” seu próprio negócio pode ser um belo exercício a fazer, antes que alguém o faça no seu lugar. Ganhar muito num negócio já estabelecido pode ser pior que ganhar pouco em um novo mercado em expansão.

Agenda TGI

Os Beatles ganharam apenas US$ 3.500 por cada show na turnê pelos EUA em 1964. Existem aqueles que acham que Brian Epstein deveria ter pedido mais dinheiro. Diferente da Inglaterra, que tinha a BBC, o mercado norte-americano era altamente regionalizado e diversificado. Porém mais de 73 milhões de norte-americanos ficavam grudados na televisão para assistir ao programa de Sullivan. Naquelas três semanas, no coroamento de anos de trabalho árduo, e graças à brilhante estratégia de Epstein, os Beatles roubaram os corações e os ouvidos dos Estados Unidos (e se Epstein tivesse desistido da programação por causa de alguns milhares de dólares?) Nada, nada disso teria acontecido. Sem dor, sem resultados.

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