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Banda Sargaço Nigthclub e DJ Voltimetro Bass lançam single “Wilson”

Neste domingo (15), a banda Sargaço Nigthclub lançará nas plataformas digitais o single ‘Wilson’. A música é resultado da parceria entre a banda e o DJ Alberto Alves, responsável pelo projeto de música eletrônica independente Voltimetro Bass que funciona à base de parcerias musicais com diversos artistas pernambucanos. “Recebi o convite de Alberto durante uma pesquisa sobre Wilson Simonal. A partir daí, resolvi escrever uma letra com inspiração na vida do ídolo dos anos 60 e 70” explica o vocalista Marcelo Rêgo. A banda aceitou o desafio do DJ: colocou letra e completou o arranjo da sua base eletrônica com beats e sintetizadores baseados na "House Music" e "Hi NRG" dos anos 80. Arremataram o trabalho com arranjos compostos por Marcelo Rêgo para violão, guitarras e principalmente o baixo melódico à la Peter Hook do New Order. “Na letra buscamos abordar questões de ódio e preconceito que rivalizam com a alegria e o poder que Simonal deixou como legado” diz a vocalista do Sargaço Nigthclub Sofia França. O Sargaço Nigthclub é um duo autoral recifense formado em 2016 por Marcelo Rêgo e Sofia França. Suas principais referências são o dreampop, post-punk revival e folk, além do Rock Brasil e da MPB, em especial os movimentos musicais “O Pessoal do Ceará” e a “Psicodelia Pernambucana”. A cidade do Recife serve de pano de fundo para as canções da banda, que tratam desde o amor até a crítica social e política.

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Campanha promove gravação de CD de Maracatu Feminino

A Associação das Mulheres de Nazaré da Mata (Amunam) lançou uma campanha virtual no site do Catarse para gravação do 3º CD do Maracatu Feminino de Baque Solto Coração Nazareno, em comemoração aos 15 anos de resistência na cultura popular. O financiamento pretende atingir a meta de R$ 5.100 para a confecção de 1.000 tiragens do disco, sendo parte desse valor destinado a plataforma do crowdfunding e os demais para a prensagem, gráfica, prova e boneco do CD. O valor mínimo para doar é de R$30,00, que dá direito ao compacto autografado do grupo, com lançamento previsto para o final de novembro. No final de maio deste ano a associação conseguiu gravar em estúdio as faixas que compõem o disco, mas não tiveram condições de concluir a sua produção. A Coordenadora do Maracatu Coração Nazareno, Lucicleide Silva explica que a doação ajudará a concretizar o sonho de registrar os versos que mantém a história do maracatu viva. “As letras das músicas abordam temas atuais e importantes para a sociedade, como o empoderamento feminino e enfrentamento a violência doméstica”, conta. A AMUNAM é uma entidade sem fins lucrativos que vive de doações. Atualmente não existe nenhum projeto que apoie a gravação, embora o grupo já tenha tentado gravar o CD por meio de alguns editais. Para colaborar basta acessar o link: https://www.catarse.me/maracatu_coracao_nazareno_15_anos_de_resistencia_na_cultura_7e4d?ref=ctrse_explore_pgsearch&fbclid=IwAR3cq6f1fvLmNJSDCvGu0zHSafSAEj-c9M6SuIEwMIapeP-t-x_1cpnA47U Conheça mais a Amunam em: http://alternativafmamunam.blogspot.com/ Serviço Campanha para realização do 3º CD do Maracatu Feminino Coração Nazareno O financiamento estende-se até o dia 20 de outubro. Dúvidas: (81) 3633-1008

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Cascabulho lança vinil e faz audição do álbum no Recife

“Soaram as primeiras batidas do tamborim. Foi um prenúncio do improvisado sambista. Em forma de círculo, postaram-se todos e cada um dando vida e voz a agogôs, cuícas e cavaquinhos. E lá permaneceram, sem piscar, a batucar e cantarolar. Esta era a prioridade, o foco. Não havia olhos tampouco ouvidos pra nada mais. Até que o grito de ‘está na mesa’ ecoa na voz de Dona Maria. Era ela, a feijoada, a única capaz de ousar confronto direto com a soberana roda de samba daquele quintal, até então, absolutamente dona da história. E o fez. Chamou pra briga, a danada, e venceu. E em menos de dez segundos, esvaiu-se o círculo e gritou o silêncio para que se formasse a fila em linha reta à mesa em beneficio dos estômagos vazios”. Esta foi a cena que deu nome ao quarto álbum da banda pernambucana Cascabulho,“O dia em que o Samba Perdeu pra Feijoada”, considerado o mais importante da carreira da banda em 19 anos completados de estrada. Não por acaso. O grupo, no novo trabalho, mixado e produzido pelo primoroso JR Tostoi, tendo o projeto gráfico criado pelo guitarrista e artista plástico Neílton Carvalho, mostra o fruto de um processo criativo maduro, criterioso e cuidadoso, parte de um hiato de quase seis anos desde o último CD, quando a banda dedicou-se aos palcos e aprofundou suas referências sonoras em diálogos mais além com o mundo. E “O dia em que o Samba perdeu pra Feijoada” tem um significado muito maior que apenas o quarto disco da banda – é longe de ser mais um. Tem, na sua essência, um Cascabulho denso, original e reinventado, que larga por definitivo os apelos das confrontadas referências iniciais entre a musicalidade Rural e Urbana para aceitar a provocação da música pop, que entra de vez neste caldo como tempero indispensável da panela. Em todas as faixas de “O dia em que o Samba perdeu pra Feijoada”, a percepção não é de negativa quanto à origem, tampouco de recusa desta natureza conflituosa do cascabulho.com.br Rural unido ao Urbano – que deu o devido reconhecimento à banda nos idos do Manguebeat e que continua imexível. A própria faixa que batiza o álbum revela no som e na letra esta sintonia das referências históricas iniciais e atuais, que quando unida a outras como “Santas São”, “Negra Beleza” e “Retratista” (esta última canção de autoria do cantor Otto) surpreende por delatar este novo Cascabulho, que recita versos, brincando como se fossem mantras, acolhendo uma melodia que, agora, desfila muito mais feminina, fluida e comunicativa. Trata-se de uma releitura antropológica, um momento onde se assume esta condição híbrida iniciada em 2008, com o terceiro álbum, “Brincando de Coisa Séria”, quando já era possível flagrar o flerte com estas novas sonoridades do mundo pop. Nele foram iniciadas estas experiências, no entanto, fundamentadas, aprofundadas e cristalizadas somente hoje, motivo de sobra pra um Cascabulho em celebração por um ano inteiro, de álbum novo até a chegada dos 20 anos, e no aguardo dos muitos mais festejos e dos muitos temperos ainda por vir.

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Patrícia na luta pela obra de Naná Vasconcelos

“Eu sou um Brasil que o Brasil não conhece”. Patrícia, viúva de Naná Vasconcelos, lembra que o músico se apresentava com essas palavras, traduzidas em diferentes línguas, para as multidões que o acompanharam pelo mundo. Naná faleceu aos 71 anos em março, sete meses após ser diagnosticado com câncer de pulmão, e transpirou a música dos seus ancestrais até o último segundo. No período em que lutava contra a doença, o percussionista pernambucano trabalhou no álbum que fecharia sua viagem sonora através do sagrado: O Budista Afrobudista. No projeto inspirado em cânticos e mantras sacros, Naná transforma a dor em música. “O processo de produção de todo o disco foi marcado pela grandeza de Naná em superar o momento difícil que enfrentava”, revela Patrícia Vasconcelos. Ela, que nos últimos oito anos trabalhou ao lado do marido como produtora, lamenta a falta de conhecimento da maioria dos brasileiros diante da imensa obra do músico. “O trabalho de Naná é muito mais valorizado em outros países do que no Brasil. Aqui, as pessoas ainda não despertaram para a sua genialidade”, desabafa. O percussionista gravou a maioria das músicas de O Budista Afrobudista em um reprodutor de som portátil e outra parte compôs já internado, ao lado do compositor e multi-instrumentista Egberto Gismonti e do maestro Gil Jardim, antigos parceiros musicais. “O trabalho está praticamente completo. Falta gravarmos apenas três faixas. O mais importante, agora, é captar recursos”, explica Patrícia, que está produzindo o álbum. Seu desejo é lançá-lo ainda este ano, em dezembro. O nome da obra é inspirado no título de uma reportagem publicada pelo jornal argentino La Nación no ano passado: “El budista afro de la percusión” (O budista afro da percussão, em tradução livre). “Quando leu a matéria, Naná me disse: 'Que bonito! Meu próximo disco terá essas palavras'”, lembra Patrícia. A música homônima está sendo finalizada por Egberto Gismontti que recebeu, no hospital, instruções precisas do percussionista através de gestos e até batuques no lençol da cama ou em embalagens de comida. Gil Jardim ficou encarregado de produzir outra importante canção-mantra do álbum, Amém e amem, dizeres grafados na lápide de Naná. A música Respire Fundo e Diga 33, trilha do espetáculo de balé do projeto Dança Vida, de São Paulo, também surgiu como uma espécie de cura. “Todo dia, um médico da equipe que tratava Naná o examinava e pedia que respirasse fundo e dissesse '33'. Já exausto de todo o tratamento, ele acabou se irritando”, relembra Patrícia. “Após algumas conversas”, conta, “Naná se refez e disse que faria uma música em homenagem à orientação. Para mim, é uma lição de superação. Durante todo o tempo, ele esteve consciente e se curando por meio da sonoridade do que sentia. Eu vejo esse trabalho como uma mensagem de paz”. Outros planos Dentre as prioridades de Patrícia na missão de preservar a história de Naná Vasconcelos, está a parceria com os diretores pernambucanos André Brasileiro e Tuca Siqueira, na produção do documentário Caminhos. Previsto para ser lançado no final de 2017, o filme apresentará imagens atuais e de acervo pessoal, narrando momentos notáveis da vida do músico. Para além dos primeiros projetos, a ideia de Patrícia é reunir toda a obra de Naná e abrir um museu. A proposta também é criar exposições itinerantes e uma retrospectiva dos 16 anos em que o músico comandou a abertura do Carnaval do Recife, focando no trabalho social desenvolvido por ele durante as festas de Momo. “Desejo inaugurar um espaço físico para que as pessoas possam ter acesso à obra dele. Quero que o local seja um referencial para o mundo”, revela. Por Maria Regina Jardim

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