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Projetos de proteção do meio ambiente no Nordeste receberão apoio de R$ 813 mil

A Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza apoiará financeiramente 17 novos projetos de conservação da natureza em todo o Brasil - que foram selecionados por meio de editais públicos lançados no início de 2017. No total, serão doados R$ 2,3 milhões para iniciativas a serem realizadas em todos os biomas brasileiros e nos ecossistemas costeiro e marinho. Nos estados da região Nordeste são três os projetos que receberão apoio financeiro e que, juntos, somam R$ 813 mil. Nos estados do Ceará e de Pernambuco, o projeto da Aquasis “Aves e seus mananciais na Caatinga cearense: Conservação através de Planos de Ação Nacionais” prevê ampliar a área da Reserva Oásis Araripe, criada 2014 nas encostas da Chapada do Araripe com o objetivo de proteger uma das aves mais raras e ameaçadas do mundo, o soldadinho-do-araripe (Antilophia bokermanni). Também são objetivos do projeto realizar censo para monitorar esta e outras cinco aves da Caatinga, bem como produzir e plantar mudas para enriquecer o habitat desses animais com arbustos, já que as árvores locais possuem crescimento lento e não acompanham o desenvolvimento e reprodução das espécies. Proposta pela Fundação Apolônio Sales de desenvolvimento da UFRPE, a iniciativa “Conservação e ecologia espacial de predadores marinhos vulneráveis numa área marinha protegida crescentemente ecoturística” atuará na defesa dos tubarões de Fernando de Noronha (PE). O projeto está focado nos tubarões lixa e limão, que se reproduzem próximo à costa: o problema é que nesse período eles ficam expostos à presença de humanos pelo ecoturismo, o que inibe sua reprodução. Para garantir a sobrevivência dos tubarões, os pesquisadores buscam identificar as áreas e os períodos de sua reprodução e alimentação para embasar ações de proteção dos seus habitats essenciais. O “Programa Nacional para a conservação dos peixes-bois-marinhos”, proposto pela Fundação Mamíferos Aquáticos, será implantado nos estados nordestinos da Bahia, Paraíba e Sergipe, e também no Pará. A iniciativa atuará no monitoramento de peixes-bois-marinhos (Trichechus manatus) reintroduzidos no ambiente aquático, mas que vêm enfrentando barreiras que limitam o processo de readaptação. Para garantir um monitoramento eficiente, que auxilie as futuras ações em prol da conservação desses animais, o programa acompanhará os animais por meio de uma tecnologia satelital, desenvolvida no Brasil. Desde a colonização do Brasil, os peixes-bois-marinhos sofreram uma forte pressão de caça e, hoje, existem apenas cerca de 1 mil indivíduos do Nordeste brasileiro. Para conferir a lista completa dos projetos selecionados no primeiro semestre deste ano, acesse o link. Inscrições para novos projetos estão abertas A Fundação Grupo Boticário está com o edital aberto para apoiar novos projetos de conservação em 2018. As inscrições podem ser feitas até o dia 31 de agosto no site da instituição, com três opções de categorias: Apoio a Programas (para iniciativas em todo o Brasil que demandem mais tempo para aplicação), Biodiversidade no Paraná (para propostas a serem executadas na região paranaense) e Apoio a Projetos (para projetos que contribuam na conservação das áreas úmidas). Para concorrer em qualquer uma das três categorias, é preciso que as propostas atendam a uma das quatro linhas temáticas de apoio, relacionadas a unidades de conservação (UCs), espécies ameaçadas, ambientes marinhos e políticas públicas (esta específica para “Apoio a Programas”).

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Consumidores preferem marcas sustentáveis

Um novo estudo internacional encomendado pela Unilever e realizado pela Europanel revela que, atualmente, 33% dos consumidores preferem marcas que impactem positivamente a sociedade ou o meio ambiente. O estudo também mostra que essa tendência é mais forte em economias emergentes do que em mercados desenvolvidos. Enquanto 53% de consumidores no Reino Unido e 78% nos EUA afirmam se sentir melhor quando compram produtos fabricados de maneira sustentável, essa porcentagem aumenta para 88% na Índia e para 85% no Brasil e na Turquia. Foram entrevistadas 20 mil pessoas em cinco países - Brasil, Índia, Reino Unido, EUA e Turquia. Além de confirmar a expectativa do público em relação à necessidade das empresas provocarem um impacto social e ambiental positivo, o estudo revela ainda uma oportunidade de negócio para as companhias que investirem nessa tendência: 21% dos entrevistados disseram que escolheriam marcas que comuniquem melhor suas credenciais de sustentabilidade em embalagens e campanhas de marketing. Isso representa uma oportunidade potencial inexplorada de €966 bilhões em relação a um mercado total de bens sustentáveis, estimado em €2,5 trilhões. A escala dessa oportunidade é confirmada pelo desempenho das marcas sustentáveis da Unilever - aquelas que tem um propósito social e/ou ambiental. Marcas como Dove, OMO, Hellmann's, Lifebuoy, VIM e Ben & Jerry's crescem, juntas, 30% mais rápido que o restante do negócio e entregaram quase metade do crescimento global da companhia em 2015. Keith Weed, chefe global de Marketing e Comunicações da Unilever, diz: "A pesquisa confirma que a sustentabilidade é, de fato, um incremento desejável para os negócios. Para obter êxito global, especialmente em economias emergentes, as marcas precisam ir além das áreas de foco tradicionais como desempenho de produto e acessibilidade. Ao invés disso, precisam agir depressa para demonstrar suas credenciais sociais e ambientais e mostrar aos consumidores que, além de bem geridas, são confiáveis no que tange ao futuro do planeta e das comunidades". O estudo identifica dois motivos prováveis pelo maior engajamento do consumidor em economias emergentes: a exposição direta ao impacto negativo de práticas empresariais insustentáveis - como falta de água e energia, escassez de alimentos e qualidade de ar inferior -; e o poder de influência de familiares, amigos e filhos para a compra de produtos mais verdes e socialmente responsáveis.  

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