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Anvisa publica nova regra sobre Suplementos Alimentares nesta semana

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) vai publicar, nos próximos dias, a nova regra sobre suplementos alimentares. Com isso, a produção e o comércio dos produtos que já estão no mercado terão que se adequar as novas regulamentações e os suplementos que serão lançados no futuro precisarão de aprovação da agência reguladora. De acordo com a advogada Marianne Albers, sócia do Felsberg Advogados, haverá um período de transição, quando as empresas deverão ajustar seus produtos às novas exigências. "Ainda não sabemos exatamente o que vai constar dessas novas regras sobre os suplementos alimentares, mas o fato é que há muito tempo se esperava por uma regra que unificasse as inúmeras regras e orientações que a ANVISA vinha estabelecendo ao longo dos últimos anos, trazendo muita insegurança jurídica ao mercado", diz Marianne. Tanto é que durante a fase de consulta pública feita pela Anvisa, segundo a advogada, foram feitas mais de 7000 contribuições à agência. "Nós assessoramos alguns clientes na elaboração e apresentação de algumas propostas", explica. Marianne esclarece que um dos pontos da nova regra será a exigência da comprovação da eficácia e segurança dos produtos. "Para todos terão que comprovar a eficácia dos suplementos, caso contrário terão que retira-los do mercado", acredita. A nova regulamentação já foi aprovada, "mas ainda não temos o seu conteúdo integral, pois ainda não foi publicada", diz, o que deverá ocorrer nos próximos dias. Entrarão nessa regulamentação produtos como Vitaminas e Polivitamínicos, Ômega 3, enzimas e probióticos, entre outros.

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Anvisa aprova medicamento genérico do sofosbuvir, revolucionário contra a Hepatite C

A ANVISA, órgão responsável por aprovar os medicamentos no País, concedeu hoje o registro do primeiro genérico do sofosbuvir no Brasil, remédio revolucionário contra a Hepatite C, desenvolvido pela indústria farmacêutica Blanver. Em abril, a empresa também recebeu o registro para fabricar o genérico usado na prevenção da infecção pelo vírus HIV. "A Blanver busca investir no desenvolvimento de drogas que ajudem o paciente a ter mais qualidade de vida, a um custo acessível", explica Sérgio Frangioni, CEO da companhia. O genérico do sofosbuvir deverá chegar ao mercado a um preço bastante inferior ao medicamento referência. A expectativa é que seja possível tratar pelo menos o dobro de pacientes, utilizando os mesmos recursos investidos pelo governo atualmente. A redução de valores será possível devido a um projeto desenvolvido pelo consórcio BMK, que, além da Blanver, é formado pela Microbiológica Química e Farmacêutica e KB Consultoria, em um acordo de cooperação técnico-científica com a Fiocruz. O genérico está previsto para ser distribuído pelo Sistema Único de Saúde (SUS), a partir de julho, por meio de uma Parceria de Desenvolvimento Produtivo (PDP) já aprovada. A Blanver irá transferir a tecnologia e o conhecimento para a produção do remédio ao Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos), braço da Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz). Atuação do medicamento O sofosbuvir, quando combinado com outras drogas, eleva as taxas de cura da Hepatite C para mais de 90%, além de reduzir o tempo de tratamento e poupar os pacientes de intensos efeitos colaterais causados pelos remédios comumente usados. De acordo com dados do Ministério da Saúde, com apoio do Polaris Observatory e por meio de parceria com a Organização Panamericana de Saúde (Opas), o Brasil tem hoje 657 mil pacientes com hepatite C precisando de tratamento. Além disso, dados do Boletim Epidemiológico - Hepatites Virais 2017, também do Ministério, revelam que os óbitos pela doença representam atualmente a maior causa de morte entre as hepatites virais no Brasil. O genérico, por sua vez, irá atender 95% dos pacientes infectados pela doença no País. "O diagnóstico prematuro, junto com a produção nacional e o custo decrescente do medicamento, permitirão diminuir sensivelmente a incidência de quadros graves e óbitos relacionados a Hepatite C no Brasil, assim como fornecer suporte à um programa de erradicação da doença", conclui Sérgio Frangioni.

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Hipertensão pulmonar atinge milhões de pessoas no mundo

São Paulo, maio de 2017 - A hipertensão pulmonar (HP) é uma doença que atinge 25 milhões de pessoas ao redor do mundo, de acordo com a Associação Europeia de Hipertensão Pulmonar (PHA). Embora este número pareça alto, poucos indivíduos conhecem a doença. Considerando dados internacionais de epidemiologia, ao que se sabe, estima-se que a enfermidade afeta de 1.600 a 8.000 pessoas no Brasil. Devido a falta de diagnóstico precoce e visando estimular a conscientização, no dia 5 de maio, organizações e grupos em todo o mundo promovem o Dia Mundial da Hipertensão Pulmonar para alertar sobre a condição frequentemente diagnosticada de maneira incorreta. Grave e progressiva, a HP é um distúrbio que afeta os pulmões e o coração, em que a pressão do sangue nas artérias pulmonares torna-se acima do normal, sobrecarregando o coração, podendo levar à insuficiência cardíaca e até mesmo à morte. Normalmente, os sintomas iniciais da HP são confundidos com outros problemas de saúde e nem sempre o paciente busca auxílio médico. Entre os principais sinais, estão: falta de ar, cansaço, tontura, dor no peito, desmaios, lábios e pele azulados, pulso acelerado, inchaço nos tornozelos, abdômen ou pernas e dificuldade respiratória mesmo estando em repouso. Algumas vezes, a HP pode ser assintomática e, no momento em que os sintomas surgem, a doença pode já estar em estágio avançado e não reversível. "O paciente com essa doença começa a perceber a falta de ar durante tarefas rotineiras, porém, subestima os sinais e acredita que seja apenas um mal-estar ou falta de preparo físico. Devido ao não conhecimento, o indivíduo não desconfia da gravidade do problema e percorre uma longa trajetória (alguns anos) até chegar ao diagnóstico. Por isso, a recomendação é sempre procurar um especialista em caso de anormalidade", explica o Dr. Caio Júlio Cesar dos Santos Fernandes, do Grupo de Circulação Pulmonar do INCOR-Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. A doença pode afetar pessoas de todas as idades, inclusive crianças, mas a maioria dos diagnósticos costuma ocorrer entre 40 e 50 anos de idade, podendo surgir isoladamente ou com outras doenças subjacentes. Embora as causas sejam indefinidas de uma maneira geral, estudos sugerem que a deficiência de óxido nítrico (ON), acompanhada de disfunção do endotélio (o revestimento interior dos vasos sanguíneos), consistem no principal problema da HP e estão associadas à progressão da doença e morte. O especialista ressalta ainda que alguns perfis exigem mais atenção, como os casos em que há histórico familiar, uso de drogas, doença cardíaca congênita, patologias reumáticas autoimunes, anemia falciforme, infecções por HIV, doença do tecido conjuntivo e esquistossomose (infecção por parasita). No total, existem cinco tipos de HP e segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a classificação funcional do paciente com a hipertensão pulmonar, incluindo a hipertensão pulmonar tromboembólica crônica (HPTEC) - uma das mais graves -, varia numa escala de 1 a 4. Tais indicadores representam desde a ausência de limitação da atividade física habitual, até a incapacidade de realizar qualquer tipo de esforço físico e a presença de fadiga mesmo em repouso. HPTEC | Avanço do tratamento no Brasil Uma pesquisa feita em 2016 pela Associação Brasileira de Amigos e Familiares dos Portadores de Hipertensão Pulmonar (ABRAF) em parceria com a Bayer, mostrou que 76% dos brasileiros desconhecem a HPTEC. Causada pela presença de "coágulos sanguíneos que fibrosam" e podem obstruir as artérias pulmonares, a HPTEC se origina pelo estreitamento ou bloqueio dessas vias. Com isso, a oxigenação do sangue é comprometida e a pressão sanguínea pode aumentar. Apesar de extremamente debilitante, para melhora dos portadores com HPTEC, duas linhas terapêuticas são indicadas: a cirurgia ou tratamento medicamentoso. Apesar de serem alternativas possíveis no Brasil, "40% dos pacientes não é operável e, em 35% casos, a doença persiste ou volta a ocorrer depois da cirurgia. Por esse motivo, esses pacientes necessitam de novas opções de terapias farmacológicas para gerir a doença", esclarece Fernandes. A boa notícia é que recentemente foi aprovada pela ANVISA a primeira e única terapia indicada para os casos inoperáveis. Trata-se do riociguate (Adempas®), medicamento que retarda a progressão, melhora as funções cardíaca e pulmonar e reduz os sintomas da patologia, melhorando a qualidade de vida do paciente a longo prazo. O medicamento está disponível em 42 países, entre eles, EUA, Japão e Alemanha. Este é o primeiro de uma nova classe de medicamentos denominados estimuladores da guanilato ciclase solúvel (GCs), que possui sua eficácia comprovada em estudos clínicos do CHEST (Chronic Thromboembolic Pulmonary Hypertension sGC-Stimulator Trial). Mais de 90% dos pacientes em estudo confirmaram que riociguate é bem tolerado

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