Arquivos Artes - Página 16 De 17 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

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Gabriel Mascaro: “No Brasil, há uma ala dos evangélicos com um projeto de poder muito claro”

Houldine Nascimento O filme “Divino Amor” estreou no circuito nacional na última quinta-feira (27). Ambientada em 2027, a obra tem a direção de Gabriel Mascaro e, entre outras coisas, se debruça sobre o avanço do protestantismo no estado brasileiro. Tudo isso a partir da experiência de Joana (Dira Paes), uma adepta da religião e muito apegada à fé. Mascaro concedeu uma entrevista exclusiva à Revista Algomais, em que responde a diversas questões relacionadas ao longa-metragem. Algomais: Como surgiu a ideia e qual a motivação de abordar o universo dos evangélicos? Gabriel Mascaro: Eu via cada vez mais crescente o avanço da religião no Estado brasileiro e isso me inquietou como artista, como realizador. Na verdade, essa confusão entre Estado e religião vem de muito tempo atrás. Algomais: Você falou em um debate em São Paulo que o protestantismo tem um projeto de poder. Gostaria de saber sua opinião a respeito disso. Gabriel Mascaro: É difícil falar em evangélico como algo estático, acho que são vários evangelismos, várias doutrinas. Cada uma que prega coisas muito específicas. Não dá para tratar como uma coisa única, mas é fato que também há, no Brasil, uma ala hegemônica dentro da comunidade evangélica com um projeto de poder muito claro. Tem uma eficiência, um pragmatismo e uma relação de financiamento que faz ter uma agenda política e religiosa cada vez mais forte no país. E o filme discute esses vários evangelismos, mas também leva em consideração esse projeto de poder dessa religião. Algomais: Já chegou ao seu conhecimento alguma reação do público evangélico ao filme? Gabriel Mascaro: Já começou a ter algumas reações distintas. Curioso também é que, na sessão de estreia em João Pessoa, teve uma pastora que era da Igreja Metodista e ela trouxe uma abordagem sobre o feminismo evangélico muito inusitada a partir do filme. Então, o que a gente vê é isso: o evangelismo é uma manifestação muito diversa e não dá para a gente querer generalizar as coisas. Em parte, as reações às vezes são de pessoas que não viram o filme, é muito em função do que leram na imprensa. Acho que é preciso relativizar um pouco isso. O filme foi feito com muito carinho e espero que as pessoas, evangélicas e não evangélicas, possam ir para serem tocadas pelo mundo da personagem, que é muito singular e foi feito com muita honestidade. É uma mulher de fé e que leva sua crença até as últimas consequências. Algomais: Já que você puxou para a protagonista, então queria que você comentasse essa escolha de Dira Paes. Gabriel Mascaro: A Dira foi maravilhosa, eu acompanho o trabalho dela há muito tempo. É uma atriz inteligentíssima e tem uma bagagem cinéfila surpreendente. Foi incrível poder contar com essa atriz que respira e transborda cinema, sabe? Ao mesmo tempo, Dira tem uma coisa especial que é atuar com o coração aberto, para uma personagem que acredita na fé e está disposta a doar corpo em nome dessa fé. Ela consegue atuar sem nenhum julgamento da personagem. Algomais: Nesse filme, você acaba repetindo a parceria com o diretor de fotografia Diego García e esse trabalho está muito alinhado com o design de produção. Há uma conexão nesse sentido. Você pode falar a respeito? Gabriel Mascaro: A gente tinha um desafio muito grande no universo visual do filme porque a Igreja Evangélica no Brasil nega a tradição da arte sacra [da Igreja Católica] Apostólica Romana. Eles não têm os objetos, as esculturas religiosas, não têm a adoração a santo nem imagem de quadro religioso. É uma igreja muito minimalista, muito contemporânea, que é galgada na ideia da palavra, da fé e da experiência emocional entre pastores e fieis. Então como pensar visualmente essa religião em 2027? A gente tinha um desafio muito grande que era imaginar a experiência da espiritualidade. No começo a gente trouxe esses elementos da iluminação, da cromática do filme, da fumaça, das músicas. Todo um ingrediente capaz de produzir uma experiência sensorial nesse filme, trazer a espiritualidade que a gente utilizou para demonstrar essa prática ritualística. O neon aqui é pura luz. Algomais: O filme acaba mirando o futuro, mas acerta o presente em alguns pontos, não é? Gabriel Mascaro: Pois é. Uma pergunta bem curiosa porque a gente começou a pesquisa quatro anos atrás. A gente rodou o filme antes de Bolsonaro sair como candidato. É um filme realmente feito tentando pensar e especular um estado de coisas que eu já vinha observando que, mais cedo ou mais tarde, poderia passar por esse avanço da agenda conservadora. Mas o filme é uma alegoria, claro. É como eu tento reler essa influência da cultura evangélica no Estado brasileiro. Que bom que a gente conseguiu fazer um filme muito vivo e que possa estar o tempo todo conectado e oferecendo recurso para pinçar o presente, mesmo se passando no futuro. E eu acho que esse é o lugar da arte. A arte não tem que trazer resposta, não tem que responder o presente. A arte tem que fazer perguntas.

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MAMAM recebe exposição da artista Adriana Varejão

"Adriana Varejão - Por uma retórica canibal" é o título da exposição que o Museu de Arte Moderna Aloisio Magalhães (MAMAM) recebe a partir desta sexta (28), com evento de abertura às 19h. A mostra tem curadoria de Luisa Duarte e reúne 25 obras dos mais de 30 anos de trajetória da artista visual carioca. A visitação aberta e gratuita ao público começa neste sábado (29) e vai até 8 de setembro. O título da exposição faz referência ao vínculo da obra de Adriana Varejão com a tradição barroca. A retórica é uma estratégia recorrente do barroco, sendo um procedimento que busca a persuasão. Se o método rendeu obras e discursos suntuosos e exuberantes, a favor da narrativa cristã e do projeto de colonização europeu, a retórica canibal, ao contrário, se apresenta como um contraprograma, uma contracatequese, uma contraconquista. Trata-se de uma ruptura com as formas ocidentais modernas de pensamento e ação, em busca dos saberes locais, como o legado da antropofagia. Saem de cena o ouro e os anjos (tão presentes em igrejas barrocas no Recife e em Salvador), entram em cena a carne e toda uma cultura marcada por uma miscigenação por vezes violenta. Influência pernambucana “Desde os anos 1980, quando comecei a pintar e pesquisar sobre o barroco, tomei como referência várias igrejas do Recife. Algumas imagens sempre permaneceram dentro de mim e as carrego até hoje, como o altar da Basílica de Nossa Senhora do Carmo, a azulejaria do Convento de Santo Antônio, ou mesmo o teto da Igreja de Nossa Senhora da Conceição dos Militares. Todo esse repertório me ajudou a moldar minha linguagem", revela Adriana Varejão. De acordo com ela, outra lembrança marcante da passagem por Pernambuco foi uma visita à Feira de Caruaru. "Lá me deparei com as carnes de charque dobradas e cortadas em nacos, com sua superfície marmoreada. A partir daí, iniciei a série das Ruínas de Charque, que tenho desenvolvido até hoje. Esses e outros exemplos reiteram a minha emoção de estar realizando esta primeira individual no Recife, tão perto de algumas importantes referências”, conta a artista. A exposição "Adriana Varejão - Por uma retórica canibal" faz parte de um projeto que pretende descentralizar o acesso à criação da artista, realizada entre 1992 e 2018. Trata-se de um conjunto significativo de sua produção, que inclui trabalhos seminais como Mapa de Lopo Homem II (1992-2004), Quadro Ferido (1992) e Proposta para uma Catequese, em suas Partes I e II (1993). A mostra vai ocupar todas as salas do MAMAM, equipamento cultural mantido pela Prefeitura do Recife. No andar térreo, o público poderá ver a instalação em vídeo Transbarroco (2014). Nos demais andares, as outras obras serão dispostas junto com um conjunto de textos curtos, que descrevem e contextualizam cada uma delas, funcionando como ferramenta de mediação com o visitante. SERVIÇO Adriana Varejão – Por uma retórica canibal Abertura: 28 de junho de 2019 (sexta-feira), 19h às 22h. Visitação: 29 de junho a 8 de setembro de 2019. Terça a sexta, 12 às 18h. Sábados e domingos, 13 às 17h Onde: Museu de Arte Moderna Aloisio Magalhães / MAMAM Rua da Aurora, 265. Informações: (81) 3355-6870 Quanto: Gratuito Classificação indicativa: Livre

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Curso sobre etnoarte africana na Galeria Arte Plural

A Galeria Arte Plural promove o curso “A Estética do Sagrado: etnoarte de matriz africana”, ministrada pelo antropólogo Raul Lody, especialista em culturas africanas e de matriz africana no Brasil, e com larga experiência em pesquisas dos povos africanos; autor de vasta publicação na área; e, curador de várias exposições sobre o tema. A estética, na sua dimensão sagrada, pode ser entendida de diferentes maneiras integradas à memória ancestral e na interpretação da natureza por meio de representações simbólicas, que aproximam as pessoas dos seus deuses e mitos. O curso “A Estética do Sagrado” apresenta a diversidade de manifestações artesanais e artísticas que fazem parte da produção material afrodescendente no Brasil, e como seu consumo está integrado à vida do brasileiro. Ainda, apresenta as muitas expressões visuais que fazem parte desse rico acervo patrimonial das matrizes africanas em repertórios exemplificados nas máscaras, nas comidas, nas esculturas, nos instrumentos musicais; nas indumentárias; nos adornos corporais, nos utensílios, entre outras manifestações de usos episódico e cotidiano.

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II Mostra Periférica abre inscrições para curtas-metragens

A Periférica - II Mostra de Cinema de Camaragibe abre inscrições para filmes de curta-metragem que desejem participar do evento a ser realizado de 26 de agosto a 01 de setembro de 2019, na cidade de Camaragibe, Região Metropolitana do Recife, em Pernambuco. Estão habilitados a participar filmes nas categorias de ficção, animação, documentário ou experimental com duração de no máximo 25 minutos. Os interessados devem efetuar a inscrição gratuitamente até 10 de julho de 2019. O regulamento e o formulário de inscrição estão disponíveis na página: http://bit.ly/MostraPeriférica2019. Os filmes inscritos serão avaliados por uma comissão curadora e o resultado deverá ser divulgado até o dia 05 de agosto de 2019 através das redes sociais do evento. A Mostra Periférica é realizada pela produtora Ambar e Pós -Traumático Coletivo, com incentivo do Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura (Funcultura), mantido pela Secretaria de Cultura, Fundarpe, Governo de Pernambuco. A programação da Periférica - II Mostra de Cinema de Camaragibe será composta pelas seguintes mostras não-competitivas: Mostra Camará, para curtas metragens produzidos em Pernambuco; Mostra Aquarela, para curtas metragens produzidos em outros estados brasileiros; Mostra Josenita Duda, para curtas metragens realizados por mulheres; e Mostra Origens, para curtas metragens feitos por realizadores e realizadoras de origem indígena e/ou afro-brasileira. Além da exibição de curtas-metragens, a mostra realizará oficinas e sessões especiais com exibição de longas-metragem. Sobre a Mostra A Periférica - II Mostra de Cinema de Camaragibe tem o objetivo de propagar filmes de diversos formatos para moradores e visitantes da cidade de Camaragibe (PE). O intuito é tornar a sétima arte mais acessível na cidade, contribuindo para a fruição artística, a formação do senso crítico e a construção de ações de transformação política e de cidadania aos que vivem e visitam Camaragibe. SERVIÇO Inscrições de curtas-metragens na Periférica - II Mostra de Cinema de Camaragibe De 10 de junho até 10 de julho Acesse o regumento no link http://bit.ly/Regulamento_Mostra_Periferica Preencha o formulário disponível no link http://bit.ly/Formulario_curtas Informações: periferica.contato@gmail.com

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Temporada no Pátio, do Conservatório Pernambucano de Música, recebe o Grupo Instrumental Brasil nesta quinta (13)

Trompetes, trompa, trombones, tuba e instrumentos de percussão darão o tom do concerto da Temporada no Pátio deste mês. O Grupo Instrumental Brasil se apresentará na Concatedral de São Pedro dos Clérigos, nesta quinta-feira (13), às 19h30, com a participação da soprano Gleyce Vieira, que estudou no Conservatório Pernambucano de Música. O evento, realizado pelo Conservatório Pernambucano de Música mensalmente, em parceria com a Arquidiocese de Olinda e Recife e o Instituto Dom da Paz, é gratuito. O repertório da apresentação contará com composições de Vivaldi, J.S. Bach, Heitor Villa-Lobos, entre outros. “Este concerto terá canções como Tocatta Ande Fugue, de Bach; 1st movement, de Antonio Vivaldi; e Bachianas Brasileiras N° 5, de Villa-Lobos, com a participação da soprano Gleyce Vieira. Será uma apresentação bonita e única, do jeito que só o GIB pode fazer. O público presente terá uma noite muito especial e cheia de cultura”, destaca a gerente geral do Conservatório, Roseane Hazin. O Temporada no Pátio nasceu com a intenção de movimentar a Concatedral de São Pedro dos Clérigos, localizada em um dos cartões-postais do Recife, o Pátio de São Pedro. Com projeto de Manuel Ferreira Jácome, o templo exibe pinturas de João de Deus Sepúlveda e Manuel de Jesus Pinto, com detalhes do mestre-dourador Inácio Melo Albuquerque. O projeto marca a entrega da edificação religiosa aos recifenses após ter passado um período fechado para reformas. HISTÓRICO GRUPO INSTRUMENTAL BRASIL O Grupo Instrumental Brasil (GIB) tem como formação principal os instrumentos de metais e percussão: dois trompetes, uma trompa, um trombone, um trombone baixo, uma tuba e percussão, que se adaptam as formações camerísticas de acordo com o repertório e local da apresentação. O grupo é constituído por professores educadores do Departamento de Música da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e da Paraíba (UFPB), do Conservatório Pernambucano de Música (CPM), da Orquestra Sinfônica do Recife (OSR) e profissionais atuantes no cenário nacional e da região. O GIB foi fundado em 2014 com intuito de trabalhar um repertório musical em diversas formações, abrangendo a música de compositores brasileiros e erudita de concerto. O grupo difunde a música de concerto e promove a contextualização histórico-musical, a capacitação e a formação de plateia. Recentemente, o GIB foi uma das atrações do Festival São João Sinfônico. GLEYCE VIEIRA A soprano Gleyce Vieira estudou no Conservatório Pernambucano com a professora Rosemary Carlos e, atualmente, é aluna do professor Luiz Kléber Queiroz, no Bacharelado em Canto pela UFPE. Como membro da Academia de Ópera e Repertório, em 2017, foi solista na Missa do Padre José Maurício. Em 2018, cantou a ópera Cambiale do matrimônio com a Aor, no papel de Fanny, e na Ópera Carmen interpretou Frasquita. Como integrante do grupo Folia Criolla, cantou na Mostra de Música Antiga da UFPE, nos dias 19 e 21 de dezembro de 2018. REPERTÓRIO GIB 1 – CORAL (Moderato / Religioso) -Isaías Ferreira 2 – Canzona per Sonare No. 4 - Giovanni Gabrieli/Transcrito por Graeme Page 3 – Tocatta Ande Fugue - J. S. Bach/Arr. Dierson Torres 4 – Bachianas Brasileiras N° 5 - Heitor Villa-Lobos/ADPT. Mizael França *Participação: Soprano Gleyce Vieira 5 - The Four Seasons, Spring (La Primavera), 1st movement - Antonio Vivaldi 6 – Amazing Grace - Arranjado por: Luther Henderson FICHA TÉCNICA Rinaldo De Melo Fonseca: trompista Augusto Macedo Franca: trompetista Josias Adolfo Netto: trompetista Mizael França: trombonista Zilmar Medeiros: trombonista baixo Iris Vieira: tubista Antonio Barreto: percussionista SERVIÇO Temporada no Pátio com Grupo Instrumental Brasil – Quinta-feira, 13 de junho, às 19h30, na Concatedral de São Pedro dos Clérigos (Pátio de São Pedro, Centro). Evento aberto ao público.

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Oficina Tecnologias de gênero: mulheres em perfomance, da artista Flávia Pinheiro no MAMAM

o Mamam (Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães) dá continuidade a sua programação de cursos e oficinas deste primeiro semestre, abrindo as inscrições para a oficina Tecnologias de Gênero: Mulheres em Perfomance, da artista Flávia Pinheiro. Com carga horária de 16h, o curso de Tecnologias de gênero: mulheres em performance, irá fazer uma análise sobre as criações de mulheres feministas na arte da América Latina, abordando todos os seus tipos de manifestações, das mais cotidianas às radicais dentro desse espaço. Serão analisados casos específicos dentro do curso, reconstruindo momentos históricos e indo à fundo na observação do conjunto de obras, principalmente de mulheres artistas mas não exclusivamente. "Mulheres e agora? O que ficou de performance?" O valor da oficina é R$180,00. Pessoas autodeclaradas negr@s/indígenas, de baixa renda e trans podem se candidatar também a uma bolsa. Para mais informações: Serviço: 17 a 21 de junho, 14h às 18h. Público-alvo: maiores de 16 Custo: R$180,00 Inscrições e acesso aos links das bolsas (Bolsa Social; Autodeclaração; Pessoas Trans): https://www.sympla.com.br/tecnologias-de-genero-mulheres-em-performance__535330 Mais informações do curso e sobre a ministrante também podem ser acessadas pelo SYMPLA.

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Música no Palácio comemora ciclo junino com apresentação de SaGrama

O concerto de São João será apresentado neste domingo (9), às 10h, no Palácio do Campo das Princesas. Evento e aberto ao público Marchinhas, baiões, xotes e músicas de quadrilhas interpretados pelo SaGrama irão animar o Música no Palácio deste mês. O concerto será neste domingo (9), às 10h, no Palácio do Campo das Princesas. Além das músicas do ciclo junino, também farão parte do repertório músicas dos seus nove álbuns, incluindo a trilha sonora do filme O auto da compadecida, assinado pelo grupo. O evento é aberto ao público. “O público pode esperar uma manhã de muita alegria e música junina de Luiz Gonzaga, Maciel Melo, entre outros”, destaca o diretor artístico e flautista do SaGrama, Sérgio Campelo. Entre as canções interpretadas estarão Espera Maria, um baião armorial de Luiz Bandeira; Numa sala de reboco, de Luiz Gonzaga e Zé Marcolino; Tampa de pedra e Caboclo sonhador, de Maciel Melo; e pot-pourri de obras do Rei do Baião e marchinhas de arrasta-pé. As composições autorais tocadas na apresentação são assinadas por Sérgio Campelo, Dimas Sedícias e Claudio Moura. Criado em 1995, o SaGrama surgiu dentro do Conservatório Pernambucano de Música. Com nove profissionais, o grupo executa música popular com a roupagem do erudito e tem influência do movimento armorial e dos ritmos nordestinos, como frevo, baião e caboclinho. Seu oitavo trabalho lançado rendeu o primeiro lugar no Prêmio de Música Brasileira, na categoria regional de melhor CD. O Música no Palácio foi criado em 2015, em comemoração aos 85 anos do Conservatório Pernambucano de Música. A ideia era realizar pequenas apresentações musicais, um domingo por mês, no hall de entrada do Palácio do Campo das Princesas. Com quatro anos do início do projeto, ele já se tornou parte do calendário de eventos da cidade. A população ganhou um novo espaço musical, em que público pode apreciar música de qualidade, nos mais diversos estilos, seja erudita, popular, vocal ou instrumental. SERVIÇO MÚSICA NO PALÁCIO - Domingo, 9 de junho, às 10h, no Palácio do Campo das Princesas (Praça da República, S/N, Santo Antônio). Evento aberto ao público.

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Projeto Quartas da Dança 2019 oferece mais dois espetáculos em junho

No mês do balancê, a edição 2019 do Projeto Quartas da Dança vai colocar mais dois espetáculos em cartaz na pauta do Teatro Barreto Júnior. Nas próximas quartas 5 e 12 de junho, às 19h, a Carol Lemos D’ançarte vai coreografar o texto clássico de Peter Pan, misturando jazz, sapateado e dança contemporânea para contar a história do menino que não queria crescer. No dia 19, às 20h, será a vez do Grupo Pantomima entrar em cartaz com o espetáculo Perfis dentro da programação montada pela Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Cultura e da Fundação de Cultura Cidade do Recife. Os ingressos custam R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia) e serão vendidos na bilheteria do teatro. Até o final de novembro, o Teatro Barreto Júnior recebe outros oito espetáculos, dos grupos Pantomima, Arco, Ajê Cia de Dança, Alisson Lima, Balé Deveras, Cia Outros Ares, Cia Nós e a Dança, Grupo Destramelar e Cia de Arte da Cidade Alta. O objetivo do Quartas da Dança é assegurar palco e formar público para a dança na cidade, disponibilizando o Teatro Barreto Júnior com condições facilitadas para grupos, companhias e artistas independentes. Os grupos terão direito à bilheteria das apresentações, pagando apenas 10% da arrecadação pela ocupação do teatro.   Confira a programação completa:    Quartas da Dança 2019 Junho Dias 5 e 12 - Peter Pan, da Carol Lemos D’ançarte, às 19h30 Dia 19 - Perfis, do Grupo Pantomima, às 20h Julho Dias 3, 10 e 17 - 15 para 11, do Grupo Arco, às 20hs Dias 24 e 31 - Isso é Pernambuco, da Ajê Cia de Dança, às 20h Agosto Dias 7 e 14 - Ei, quem é que te empurra?, solo de Alisson Lima, às 20h Dias 21 e 28 - Balé Deveras, às 20h Setembro Dias 4, 11, 18 e 25 - Sulear, da Cia Outros Ares, às 20h Outubro Dias 2, 9, 23 e 30 - Mandala, sob o olhar do mestre, da Cia Nós e a Dança, às 20h Novembro Dias 6 e 13 - DNA Destramelar, do Grupo Destramelar, às 20h Dias 20 e 27 - Memória da Família Pernambucana, da Cia de Arte da Cidade Alta, às 20h   Informações: 3355-3137

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O mundo cru e simples de Maurício Arraes em “O Silêncio do Bairro”

Em 41 anos de trajetória nas Artes Plásticas, Maurício Arraes segue em constante aperfeiçoamento e renovação. Nesta terça-feira (04/06), ele inaugura em vernissage para convidados a sua mais nova exposição na Arte Plural Galeria - "O Silêncio do Bairro" com 32 quadros que refletem sobre uma arte crua, sincera e enxuta, que comunica a melancolia de espaços vazios e pessoas quase invisíveis do cotidiano. O artista comenta que a exposição vem sendo gestada há aproximadamente três anos, época em que realizou sua última exposição. De lá prá cá, paisagens de bairros periféricos do Recife, além de contextos do Agreste e do Sertão, o inspiraram a apresentar cenários de uma forma diferente. "O subúrbio e a periferia sempre foram temáticas da minha pintura. Mas agora, essa influência caminha para imagens mais silenciosas e reflexivas, menos ruidosas", explica ele. Entre pinturas em tinta acrílica e desenhos, ele expõe desde quadros menores, de 30x60cm, até painéis de 1,70x1m. Nas telas vê-se paisagens bucólicas, placas com dizeres banais, animais de rua, centros urbanos quase desertos, paredes e estruturas de construções, figuras humanas em momentos corriqueiros, aparentemente irrelevantes, mas que revelam sentimentos e sensações. Tudo isso fruto da mente criativa do artista em sua interação com o mundo, na tentativa de questionar a poética do dia a dia. "Foi um processo de construção lento. É uma pintura cujo ponto de partida é mais fruto da criação da mente do que da observação. São várias cenas cotidianas que inspiram a cena de apenas um quadro”, comenta Maurício. Júlio Cavani, que faz a curadoria da mostra, classifica que a produção de Arraes vem tomando novas proporções, abrindo margem para reflexões a nível artístico e social. Com base no que vê, pensa e sente, o artista exprime na pintura um universo de sensações que tem o silêncio e o vazio como pontos de partida. "O Silêncio do Bairro" abre ao público geral a partir de 05 de junho e permanece em exposição na Arte Plural Galeria até 10 de agosto, com entrada gratuita. SERVIÇO: Exposição "O Silêncio do Bairro", de Maurício Arraes Estreia: terça-feira, 04 de junho de 2019, às 19h (vernissage para convidados) Visitação pública de 05/06 a 10/08, sempre de terça a sexta-feira, das 13h às 19h, e aos sábados das 14h às 18h Local: Arte Plural Galeria (Rua da Moeda, 140 - Bairro do Recife) Entrada gratuita. Mais informações: (81) 3424-4431

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Mozart Santos, João Lin e Nando Zeve inauguram exposição de arte contemporânea, no Recife

Os artistas Mozart Santos, Nando Zevê e João Lin inauguram exposição coletiva, na próxima terça-feira (04/06), a partir das 19h, no Estúdio ZV Tattoo Galeria. Intitulada “Seres Imaginários E Outros Encantados”, a mostra de arte contemporânea reúne mais de 50 obras e objetos que exploram a tradição dos famosos gabinetes de curiosidades, com a suas coleções raras de seres encantados.  A expo também apresenta uma série de obras tatuáveis. Um bestiário criado em conjunto pelos três artistas/tatuadores, que elaboram seus estudos, como quem brinca com as formas cambiantes de um caleidoscópio. Personagens que até então, não habitavam no universo artístico de Zevê, Mozart e Lin transformam-se em obras, elementos e objetos, que podem reverberar em uma tatuagem livre de qualquer padrão.  “Abrimos a porta, ou a jaula, para esses seres brincarem. Sinto que propostas assim destravam a cabeça dos artistas e fazem a gente caminhar por novos mundos”. Aponta Nando Zevê, que é tatuador, artista visual.  Formado em artes plásticas pela Universidade Federal de Pernambuco, o multimídia Mozart Santos traz para a coletiva, uma média de 20 novos trabalhos, entre pinturas, objetos e projeções. A compilação intitulada“Entemofobia” traz técnicas que variam entre desenhos com tinta acrílica e aquarela sobre papel e de formas variadas, incitam a ressignificação acerca dos medos. “No livro dos Seres Imaginários, o autor Borges descreve várias criaturas fantásticas deixando a construção imagética por conta do leitor. A imaginação pode criar um monstro feroz ou um animal bem humorado. Muitas vezes isso acontece quando vamos criar um desenho tatuável. A pessoa descreve tudo que quer e os sentimentos sobre aquele desejo e a materialização fica por conta do artista. Se a mesma descrição for dada a cada um de nós, seriam três desenhos diferentes, mas sobre a mesma coisa. Assim são os encantados da exposição”. Afirma Mozart.  Artista visual com atuação na produção de gravura, desenho, quadrinhos, ilustração, tatuagem e intervenção urbana, a “tara” pelo desenho, sempre foi a expressão preferida de João Lin, no campo das artes. “A pele como suporte e todas as questões políticas e estéticas que decorrem daí, me interessam quando tatuo e quando desenho para tatuar. “Seres Imaginários E Outros Encantados” une o meu espontâneo interesse no universo, mágico, onírico que exploro nos quadrinhos, na gravura e no desenho, ao diálogo com Mozart e Nando, que também exploram esse tema nas suas produções gráficas e na tatuagem”. Conta João, que traz desenhos em nanquim, lápis de cor, posca e caneta bic, sobre papel, para a mostra. Localizado na Galeria Joana D'Arc – Pina, o Estúdio ZV Tattoo Galeria se configura como um ambiente híbrido de estúdio de tatuagem e local de experimentação com exposições, debates, cursos e residências.“Seres Imaginários E Outros Encantados” fica em cartaz na casa até o dia 13 de junho. As visitações podem ser feitas de 14h às 21h. A entrada é gratuita. Sobre os artistas Mozart Santos iniciou sua trajetória nas artes em 2000. Em seus trabalhos de artista plástico e VJ, histórias em quadrinhos, tatuagens vintage, cinema, vídeo games dos anos 80, sereias e o kitsch do universo circense, são alguns dos elementos sempre presentes em sua estética. Inventor nato, Mozart busca sempre a reinvenção através das artes. Tendo feito cursos em Barcelona e Roma, sua inquietação artística criou o grupo “Quarta Parede”  em 2009, cuja proposta era transformar um prédio abandonado do centro do Recife, em galeria para artistas. Mozart também desenvolveu a “Pare, Olhe e Escute”, exposição do tipo "site específico", sediada nas estações de Camaragibe, Jaboatão e Rodoviária do METROREC. Com diversas mostras de caraterísticas multitecnológicas, atuou como coordenador do Mamam no Pátio, havendo participado como artista/educador de trabalho de intercâmbio entre Brasil e Holanda no Het Domain Museum, cujo projeto ganhou prêmio de mensão honrosa do Ministério da Cultura em 2008. Em 2013 participou do projeto Circuito Abierto, residência artística Brasil / Espanha.   João Lin é artista visual com atuação na produção de gravura, desenho, quadrinhos, ilustração, tatuagem e intervenção urbana. No universo da palavra flerta com a poesia na produção de haicais e roteiros para quadrinhos e animação. Aventura-se no universo da música experimental no projeto Inconsistência, Acaso e Erro e na produção audiovisual de curtas experimentais e de animação. Como artista gráfico recebeu vários prêmios em salões nacionais e internacionais de humor e quadrinhos e editou a revista de quadrinhos independentes: Ragú. Editor de Arte, da Folha de Pernambuco, ilustra para a literatura infanto-juvenil e  tem mais de trinta livros publicados por editoras como a Melhoramentos, SM, Scipione, Dimensão, Planeta, Larousse, entre outras. Foi  Coordenador, Assistente  da Oi Kabum! Escola de Arte e Tecnologia Recife e curador do FIHQ_PE (Festival Internacional de Humor de Pernambuco, nas edições de 2006 e 2007.   Nando Zevê, 35 anos, é tatuador, artista visual e fundador do ZV Tattoo e Galeria, espaço aberto à experimentações artísticas, que além de exposições, abriga eventos envolvendo tattoo, oficinas e artes visuais. Nando também realiza o Salão Contemporâneo de Tattoo, que acontece em parceria com o festival No Ar Coquetel Molotov, e conta com exposições, performances, bate papo e oficinas envolvendo arte e tatuagem. SERVIÇO Na terça-feira (04/06), a partir das 19h, no Estúdio ZV Tattoo Galeria (Localizado na Galeria Joana D'Arc – Pina) Entrada gratuita Assessoria de Imprensa: Mexe Mexe Comunicação Luma Araujo – (81) 9 8532.6635 Visitação: de 05 a 13 de junho, das 14 às 21h Informações e agendamentos: (81) 9 81 8805.1402

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