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Imunoterapia reforça benefícios para combater cânceres de bexiga e rim

A imunoterapia foi um dos temas mais abordados por médicos e especialistas no Encontro Anual da ASCO, realizado em junho, em Chicago, nos Estados Unidos. Nesse tipo de tratamento, o objetivo é fazer com que as células do sistema imune identifiquem as células tumorais, reconhecendo-as como elementos estranhos e estimulando o próprio corpo a destruí-las. De acordo com o Dra. Ana Carolina Branco – Oncologista da Multihemo, unidade do Grupo Oncoclínicas em Recife, duas sessões educacionais da ASCO revelaram um cenário promissor em relação ao uso da imunoterapia para o tratamento de pacientes com tumor de bexiga localizado, em estágio avançado, e de indivíduos diagnosticados com câncer de rim metastático. "Se nos últimos 30 anos quase não tivemos evolução significativa para o tratamento do câncer de bexiga, temos visto um avanço muito importante com a chegada da imunoterapia", comenta a médica. De acordo com a oncologista, a partir do conhecimento mais aprofundado da biologia do tumor e com análise da medicina mais personalizada, é possível oferecer para cada paciente, de forma individualiza, novas práticas terapêuticas, medicamentos e novas opções a fim de tornar o tratamento mais assertivo. No caso do câncer renal metastático, ou seja, quando a doença sai do órgão, a oncologista reforça que a personalização do tratamento é o melhor caminho. "Sabemos que nos últimos anos algumas drogas vieram para ficar e já estão na nossa prática clínica", explica o Dra. Ana Carolina. Segundo ela, embora a imunoterapia não beneficie 100% dos pacientes com esse tipo de tumor, o procedimento tem sido cada vez mais utilizado para o tratamento dos pacientes. "Estou muito otimista. Muito do que foi apresentado na ASCO será utilizado em breve no nosso dia a dia", afirma.

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Mês de conscientização do câncer de bexiga

Um dos órgãos essenciais para o sistema urinário é a bexiga. Ela é responsável por armazenar e expelir a urina produzida pelo corpo. O que muitas pessoas não sabem é que o câncer que atinge o órgão é um dos mais frequentes. De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Urologia, ele é o segundo tipo mais recorrente no trato urinário e atualmente representa 10% dos tumores que atingem os homens e 4% das mulheres. Com o objetivo de informar e incentivar o tratamento do problema, o mês de julho foi eleito como o mês de conscientização do câncer de bexiga. Segundo o urologista Guilherme Maia, do Hospital Santa Joana Recife, o câncer de bexiga acomete principalmente pessoas com mais de 55 anos e a maioria delas são homens. “A doença é o quarto maior tipo de câncer nos homens. Eles têm de 3 a 4 vezes mais chances de desenvolvê-lo, quando comparados com as mulheres”, afirma. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), em 2016 a estimativa de novos casos para os homens era de 7.200, enquanto para elas o número era de 2.470. A causa do câncer de bexiga ainda não é certa, mas a doença tem sido associada ao tabagismo, a infecções parasitárias, radiação e exposição a substâncias químicas. Além disso, há alguns fatores de risco que contribuem para o desenvolvimento do problema, como idade avançada, inflamação crônica na bexiga, histórico familiar e etnia branca. Guilherme Maia explica que o câncer de bexiga é silencioso e os primeiros sintomas só aparecem quando a doença já está em um nível avançado. “Os sinais mais comuns são a presença de sangue na urina, dores pélvicas, sensação de ardor, urgência e vontade incontrolável de urinar. Nos casos mais graves também há a perda de apetite e peso, inchaço nos pés, dores ósseas e impossibilidade de urinar”, conta o médico. O diagnóstico é feito através de uma série de exames, como de urina, citologia urinária, tomografia, cistoscopia e biópsia. “O tratamento mais indicado vai depender do estágio do câncer. Entre as opções estão a cirurgia (com remoção completa ou parcial da bexiga) por via tradicional, laparoscópica ou até mesmo robótica, terapia intravesical, radioterapia e quimioterapia”, finaliza Maia.

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