Arquivos Boca - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

boca

As infecções do coração podem começar pela boca

Em 2018, a campanha da Sociedade Brasileira de Cardiologia ressalta: alimentação saudável é fator protetor para o coração, desde sempre.  Fazer o check-up da saúde anualmente também. Este check-up inclui a conservação dos dentes, que se for negligenciada, é uma das causas da Endocardite Infecciosa (EI) -  uma infecção da parede interna do coração ou das válvulas do coração – que é comum e causa alto índice de mortalidade. Um caso que chocou os brasileiros foi a morte prematura do ex-vocalista da banda Dominó, Ricardo Bueno, 40 anos, que faleceu após uma septicemia (infecção generalizada), causada por um problema odontológico. É sabido que infecções dentárias podem gerar complicações em outros órgãos do corpo humano que levam até a morte. No entanto, dr. Marcelo Kyrillos, cirurgião-dentista e diretor do Grupo Ateliê Oral, explica que complicações graves como a do cantor são raras em pacientes saudáveis, que mantém uma escovação correta e consultam o dentista a cada seis meses para limpezas profissionais. O especialista faz um alerta especial para pessoas que têm problemas cardíacos, pacientes com prolapso de válvula mitral ou com doenças cardiovasculares crônicas. “Este grupo está mais propenso a contrair a endocardite: uma infecção no tecido interno do coração, o endocárdio. Para essas pessoas, que têm predisposição à endocardite bacteriana, é fundamental uma higiene bucal impecável. Caso contrário, as bactérias da boca podem se aproveitar de pequenos ferimentos na gengiva para ir para a corrente sanguínea e se instalar no coração. Causando, assim, problemas cardíacos que vão se agravando e podem gerar complicações que levam até a morte", explica. Kyrillos completa dizendo que as bactérias encontram no coração, que já tenha essas condições, um ambiente mais propício para fazer suas colônias e desenvolver a infecção. “Não quer dizer que quem não tenha nada disso esteja livre, mas são casos muito raros", diz. O risco existe também para aqueles que não possuem dentes naturais. "Os implantes podem sofrer peri-implantite, que é semelhante à gengivite. E pacientes totalmente sem dentes podem também ter endocardite se houver fungos na prótese e eles entrarem na corrente sanguínea", revela o cirurgião-dentista. De acordo com Kyrillos, há vários motivos possíveis para um abscesso odontogênico ou infecção dentária, tais como cáries não tratadas, problemas gengivais, entre outros. Os sintomas de um abscesso são: inchaço, dor e incômodo no dente. Em uma fase mais adiantada da doença, e sem o tratamento adequado, pode ocorrer febre. Um cirurgião-dentista pode identificar a dimensão da infecção com exames e planejar um tratamento, que geralmente é feito com drenagem do pus e uma limpeza. O paciente também terá que tomar uma medicação para evitar que a infecção volte.

As infecções do coração podem começar pela boca Read More »

Prevenção do mau hálito: conheça algumas orientações

A halitose, popularmente conhecida como mau hálito, é uma condição muito comum na sociedade, mas que não deve ser ignorada. É importante ter em mente também que não se trata de uma doença, mas um sintoma, uma indicação de que algo pode estar acontecendo de errado com o organismo. De acordo com a Comissão de Halitologia do CROSP, estima-se que existem mais de 60 causas para o problema. Algumas das formas de prevenção incluem mudança nos hábitos alimentares, prática correta da higiene bucal, correção de fluxo salivar – vale lembrar que a saliva é o “detergente natural” da cavidade bucal – e raspagem da língua com limpador específico. A principal forma de combate à halitose é o diagnóstico no consultório do cirurgião-dentista. Exames que medem a quantidade e a qualidade da saliva, além do enxofre exalado na respiração e na cavidade bucal, ajudam o profissional a escolher os procedimentos adequados. Entre as possibilidades de tratamento estão dieta balanceada e/ou técnicas que regeneram a função das glândulas salivares. Tudo isso só é possível com base em uma análise da boca e do histórico de saúde do paciente. Além da consulta com o profissional, confira abaixo outras orientações sugeridas pelo Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP) para evitar o mau hálito Previna a saburra lingual (placa esbranquiçada) Um dos pontos fundamentais para evitar o mau hálito é a prevenção da saburra lingual. Trata-se de uma secreção esbranquiçada ou amarelada, composta de restos de alimentos, células da mucosa bucal e bactérias que adere à superfície da língua. Sua presença pode causar o mau cheiro. Uma das recomendações para evitar o problema é o uso do limpador ou raspador de língua, durante a higiene bucal. Atenção à escovação  Nunca é exagerado reforçar: a prática de escovar os dentes ao acordar, após cada refeição e antes de dormir é requisito básico para manter uma boca limpa e saudável. Vale ressaltar que a escovação deve ser feita em toda a cavidade oral, com o cuidado de evitar força demasiada nos movimentos, o que pode causar retração gengival e hipersensibilidade. A língua deve ser higienizada e o uso do fio dental é imprescindível. O enxaguante bucal, sem álcool, também pode ser recomendado pelo cirurgião-dentista. Falta de salivação pode interferir A saliva tem um papel importante na saúde da boca. É responsável por lubrificar a cavidade oral e neutralizar o pH, protegendo-a das bactérias. O aumento destes microrganismos fermenta os restos dos alimentos, provocando o mau odor. Existem exames que diagnosticam se a quantidade de saliva está adequada, mas uma forma de combater o problema é mastigar muito bem os alimentos, manter a higiene bucal em dia e beber entre 2 a 3 litros de água diariamente. A hidratação decorrente da água bebida permite que as glândulas salivares produzam a quantidade essencial de saliva. O consumo de água também elimina algumas bactérias presentes na boca, evitando a halitose. Hábitos alimentares  Evitar o jejum prolongado é outra forma de prevenir o mau hálito. Comer de três em três horas e incluir alimentos ricos em fibras na dieta, como maçã e cenoura, são atitudes que podem minimizar o problema. Excesso de álcool e o tabagismo  A bebida alcoólica desencadeia uma grande descamação de células bucais, as quais são cheias de proteínas que produzem enxofre. O mesmo acontece com o fumo, que traz enxofre em sua composição, além de contribuir para a redução da saliva, o que intensifica o problema. Vale lembrar que o tabagismo e o consumo excessivo de álcool são a causa de muitas doenças, inclusive o câncer bucal. Sobre o CROSP  O Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP) é uma autarquia federal dotada de personalidade jurídica e de direito público com a finalidade de fiscalizar e supervisionar a ética profissional em todo o Estado de São Paulo, cabendo-lhe zelar pelo perfeito desempenho ético da Odontologia e pelo prestígio e bom conceito da profissão e dos que a exercem legalmente. Hoje, o CROSP conta com 115 mil profissionais inscritos. Além dos cirurgiões-dentistas, o CROSP detém competência também para fiscalizar o exercício profissional e a conduta ética dos Técnicos em Prótese Dentária, Técnicos em Saúde Bucal, Auxiliares em Saúde Bucal e Auxiliares em Prótese Dentária. Mais informações: www.crosp.org.br

Prevenção do mau hálito: conheça algumas orientações Read More »

De mau hálito a dentes amarelados: especialista explica como acabar com os vilões da boca

Pode parecer até ditado antigo, mas nunca deixou de ser verdade: o sorriso é e sempre será o nosso cartão de visitas. Porém, há alguns problemas que são considerados eternos vilões da boca e acabam sendo recorrentes na vida de muitas pessoas. "Mau hálito, tártaro, cáries e dentes amarelados são comuns e a atenção deve ser redobrada. Em todos os casos, a ida ao consultório do dentista é fundamental e deve ser frequente, para evitar consequências mais graves", orienta a dentista Juliana Kruel, da Crie Odontologia.     Conheça os 4 principais vilões da boca: Mau hálito: a dentista explica que o mau hálito pode ser derivado da cavidade oral (má higienização, cáries e próteses mal adaptadas), ou do próprio sistema gastrointestinal. "É necessária uma consulta com o cirurgião dentista para saber se a cavidade está saudável, sem cáries, se o paciente está higienizando da forma correta, e aí será avaliado o grau. Mas, para prevenção e tratamento, o ideal é sempre higienizar bem os dentes e a língua e ir ao dentista regulamente", afirma. Tártaro: o tártaro é também conhecido como cálculo dental, e nada mais é que a placa bacteriana mineralizada, ou seja, não é possível removê-la em casa apenas na profilaxia com o cirurgião dentista. As causas comuns são alimentação inadequada, higienização incorreta ou a falta dela. Além da limpeza no consultório, pode também ser indicado uma raspagem, dependendo do grau. "A prevenção é realizada através da escovação e fio dental regulamente com a movimentação correta", esclarece Kruel. Cáries: a cárie é ocasionada pelo processo de desmineralização do elemento dental, que tem como principais fatores: acúmulo de placa bacteriana, alimentação inadequada e imunidade baixa. Se o problema estiver em um estágio inicial, o tratamento é a aplicação de flúor aliada à higienização. "Caso a cárie esteja em processo intermediário é necessária uma restauração do dente, e há casos em que o problema está tão avançado que é necessário fazer o tratamento endodôntico e próteses", afirma a especialista. Dentes amarelados: consumo de alimentos e determinadas bebidas, medicamentos e hábitos como tabagismo são causas comuns para a presença de manchas e/ou escurecimento nos dentes. Para a dentista Juliana Kruel, o melhor tratamento é o clareamento dental, um processo estético realizado pelo cirurgião dentista onde é aplicado um produto sobre os dentes que clareia a coloração dos mesmos. Existe o caseiro, em que, como o próprio nome diz, o paciente vai aplicar o produto em casa com a orientação do dentista. E o de consultório (a laser), em que o dentista aplica um laser sobre os dentes do paciente, que sai do consultório com o tratamento finalizado. Divulgação Crie Odontologia

De mau hálito a dentes amarelados: especialista explica como acabar com os vilões da boca Read More »