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Longa "Por Trás da Linha de Escudos" (PE) ganha sessão esta quinta (21) no 50º Festival de Brasília

“Por Trás da Linha de Escudos” ganha segunda exibição em festivais, após participação no CachoeiraDoc 2017 na Bahia, durante a competição oficial do 50º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, com sessão nesta quinta-feira (21/09). Documentário pernambucano propõe reflexões ao acompanhar a rotina de uma unidade policial no Recife treinada para reprimir distúrbios sociais O que move policiais a fazerem parte do Batalhão de Choque? As soldadas e os soldados experimentam algum tipo de conflito ao reprimirem a população? Remontando últimos desdobramentos da política brasileira em plena ebulição, com o impeachment de Dilma Rousseff em 2016 e o Movimento Ocupe Estelita, “Por Trás da Linha de Escudos” busca respostas para essas e outras perguntas em documentário que acaba de iniciar um circuito pelos principais festivais de cinema no Brasil. Sob uma estratégia de alto risco, o diretor Marcelo Pedroso e sua equipe avançam sobre o dia a dia e a intimidade do Batalhão de Policiamento de Choque (BPChoque) da Polícia Militar de Pernambuco, expondo a rotina, as vivências e o pensamento de uma corporação de perfil repressor e violento, moldada para controlar e dispersar variados distúrbios civis (protestos, manifestações, rebeliões e reintegrações de posse) em massa. Entre as táticas da organização, estão o uso de armas, em princípio não-letais, como gás lacrimogêneo, balas de borracha, além do alinhamento do pelotão com escudos. “’Por Trás da linha de Escudos’ é bem heterogêneo. Dialoga com diversos procedimentos das práticas documentais. Há trechos observacionais, entrevistas, performances. Não há uma filiação específica. Acho que os filmes que mais apareciam no horizonte de referências são as obras de Rithy Panh e Avi Mograbi”, comenta Marcelo Pedroso, diretor e roteirista do longa. Operando um olhar sobre a vida no batalhão, mediante o registro de treinamentos e algumas operações, o filme também mostra a interação do diretor e da equipe com o rigor da polícia militar brasileira e a tentativa de não se deixar capturar pela ambiguidade desses encontros. “Como militante com participação em alguns movimentos sociais, eu havia tido alguns contatos com o Choque em situações de rua, de combate. Neste filme, a tentativa era de encontrar as soldadas e soldados fora de um contexto de enfrentamento e ver o que poderia surgir do contato”, explica Pedroso. As filmagens de “Por Trás da Linha de Escudo” ocorreram entre os meses de agosto e setembro de 2016. O filme é viabilizado com recursos do 8° Edital do Programa de Fomento à Produção Audiovisual de Pernambuco-Funcultura do Governo de Pernambuco e do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA), Ancine e BRDE através do acordo de arranjos regionais. A produção é de Kika Latache e Lívia de Melo, com direção de produção e pesquisa de Ariana Gondim, fotografia de Luis Henrique Leal, som direto de Rafael Travassos, e direção de arte de Carlota Pereira. Sobre Marcelo Pedroso Diretor e roteirista, Marcelo Pedroso é um realizador pernambucano. Dirigiu os longas-metragens “Brasil S/A”, “Pacific” e “KFZ-1348”, este em parceria com Gabriel Mascaro. Lançado em 2009, “Pacific” circulou por mais de 30 festivais de cinema brasileiros e estrangeiros, além de integrar espaços como a Bienal de São Paulo e o Panorama Contemporâneo de Arte Brasileira do Museu de Arte Moderna (MAM) de São Paulo. “Brasil S/A” teve estreia brasileira no 47° Festival de Brasília do Cinema Brasileiro e estreia internacional no 65° Festival de Berlim. O filme foi distribuído gratuitamente também em mais de 100 cineclubes e 1 mil escolas públicas em Pernambuco, acompanhado por livreto e vídeos pedagógicos a fim de fomentar debates. Entre os curtas-metragens, destacam-se “Em trânsito” (melhor curta no Janela Internacional de Cinema de Recife e Mostra do Filme Livre) e “Câmara Escura” (melhor curta no Festival Internacional de Curtas-Metragens do Rio de Janeiro, classificatório para o Oscar). Doutorando em cinema, Pedroso dedica-se também a atividades pedagógicas, realizando cursos e oficinais por todo o Brasil. SERVIÇO: Por Trás da Linha de Escudos (Brasil, Doc, 95 min, 2017) Dirigido por Marcelo Pedroso Seleção oficial do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro: 21 de setembro | 20h no Teatro da Praça, Taguatinga 21 de setembro | 21h no Cine Brasília 22 de setembro | 11h no Centro Cultural Brasil 21 22 de setembro | 15h no Museu Nacional da República

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Ato contra Temer e previdência reúne 45 mil pessoas

A manifestação Ocupa Brasília levou à Esplanada dos Ministérios, no centro da capital do país, pelo menos 45 mil de pessoas de vários estados. O ato, promovido por centrais sindicais e movimentos sociais, pediu saída do presidente Michel Temer e a rejeição das reformas previdenciária e trabalhista. No início da tarde, os manifestantes chegaram à capital federal e se concentravam em frente ao Estádio Mané Garrincha, onde a marcha em direção ao Congresso Nacional teve início. Com cartazes com dizeres como “Diretas Já” e “Mais Direitos”, os manifestantes gritavam palavras de ordem. Líderes sindicais revezaram-se em cima de carros de som que acompanharam a marcha. Os dois sentidos da Esplanada ficaram fechados. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF), 45 mil pessoas participaram do ato. Já a Central Única dos Trabalhadores estimou que 200 mil manifestantes passaram pelo local ao longo do protesto. Críticas às reformas O servidor público Carlos Abreu, de 56 anos, considerou que o ato foi “positivo”, com exceção da violência. Para ele, a “repressão” da PM pode colaborar para “fomentar um movimento maior” no futuro. “A reforma trabalhista, colocada em regime de urgência, simplesmente retira direitos dos trabalhadores conquistados a duras penas. A questão do banco de horas, por exemplo. O trabalhador está em casa, no banco de horas, o patrão chama, ele vai, trabalha, três, quatro horas e vai pra casa de novo. Passa dias ou uma semana, o patrão chama de novo. Ou seja, não tem estabilidade. Não tem fundo de garantia, absolutamente nada", disse Abreu, que participou do ato ao lado de dois colegas cearenses representando a Confederação dos Servidores Públicos Federais (Condsef). Francisco Maçal veio de Juazeiro do Norte (CE) participar do protesto e também criticou a forma como ocorreram os confrontos. “O certo era a polícia ficar resguardando o patrimônio público e deixar os manifestantes fazerem o ato, como estava sendo pacífico. Mas a polícia não aceita, quando vê muita gente reivindicando alguma coisa, quer de todo jeito evadir as pessoas. Isso é um erro gravíssimo, na minha opinião, das autoridades policiais”, disse. Após a manifestação, a estudante Débora Oliveira, de 22 anos, foi para a Rodoviária do Plano Piloto, no centro de Brasília, onde ocorreu uma nova confusão. Ela diz que já havia policiais quando chegou ao local e, ao tentar ajudar uma senhora que tinha sido atingida, um policial utilizou spray de pimenta diretamente em seu rosto para dispersá-la. “A gente chegou à rodoviária com o ato e os manifestantes passaram direto [em direção ao Mané Garrincha]. As pessoas que vieram para cá, acredito que eram pessoas como a gente, que iria embora. Só que a gente chegou aqui, já tinha o triplo de polícia, e aí chegou mais. Estava na fila do ônibus, começou a aparecer um monte de polícia”, disse, depois de alguns minutos tentando se recuperar. Balanço do governo De acordo com a Secretaria de Segurança Pública e Paz Social, 49 pessoas feridas receberam atendimento médico, sendo oito policiais. O governo do Distrito Federal confirmou o uso de armas de fogo por dois policiais militares e anunciou a abertura de um inquérito para investigar o fato. Dentre os manifestantes mais gravemente feridos, está um que foi atingido por arma de fogo, na altura da boca e passou por procedimento cirúrgico, e um que teve parte da mão danificada após a bomba que portava explodir antes da hora. Uma bomba explodiu próxima ao pescoço de um policial, que também foi socorrido. Em entrevista à imprensa após o ato, o secretário de Segurança Pública e Paz Social, Edval Novaes, disse que os policiais atuaram de acordo com as recomendações, seguindo, o Protocolo Tático Integrado, que impede que manifestantes saiam do gramado e se aproximem do Palácio do Planalto. Havia a informação, segundo ele, de que os manifestantes tentariam ocupar o Congresso. Novaes declarou que os eventuais excessos serão analisados caso a caso. De acordo com o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Marcos Antônio Nunes de Oliveira, o protocolo prevê que o ponto final dos manifestantes é na Alameda das Bandeiras, em frente ao Palácio do Itamaraty, o que causou descontentamento nos manifestantes. “Pelo menos a metade ali estava disposta a fazer bagunça, praticar danos, ferir as outras pessoas. E uma grande parcela queria, de qualquer forma, invadir o Congresso Nacional. Ficou muito claro nas frases e gritos que ouvimos desde a manhã e não foi permitido”, diz. Com informações da Agência Brasil

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Congresso mantém vetos presidenciais, mas não consegue votar LDO

O Congresso Nacional manteve hoje (2) os 15 vetos presidenciais a diferentes projetos do governo. Ainda faltam votar os destaques aos vetos, mas não há previsão de data para a conclusão da votação. A sessão para análise dos vetos presidenciais começou por volta das 20h30 e foi encerrada por falta de quórum para que os parlamentares pudessem examinam os destaques apresentados aos vetos. Inicialmente, o governo pretendia ainda votar o projeto que trata da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2017 e ainda votar projetos que abrem créditos suplementares. O texto da LDO foi aprovado nesta terça-feira na Comissão de Mista de Orçamento (CMO) que concluiu a votação das emendas e destaques apresentados ao texto do relator, senador Wellington Fagundes (PR-MT). A proposta a ser apreciada pelos deputados e senadores define as normas para elaboração das receitas e despesas federais no próximo ano. Estabelece ainda meta de déficit fiscal para a União de R$ 142 bilhões, dos quais R$ 3 bilhões estão sob a responsabilidade das estatais. Pele lei, o texto tem que ser encaminhado ao Congresso até o dia 31 de agosto. A líder do governo no Congresso, senadora Rose de Freitas (PMDB-ES), chegou a sugerir que nova sessão conjunta da Câmara e do Senado fosse feita na segunda-feira (8), mas foi alertada que a Câmara tem sessão marcada para votar o projeto que trata da renegociação das dívidas dos estados. Já a terça-feira (9) será dedicada à votação, no plenário do Senado, do relatório do senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) que pede o afastamento definitivo da presidenta Dilma Rousseff. Da Agência Brasil

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