Pernambuco fecha março com saldo negativo de empregos formais, aponta Novo Caged
Estado perdeu 3.478 postos de trabalho com carteira assinada, puxado por quedas no comércio e na indústria Apesar da recuperação do mercado de trabalho em nível nacional, Pernambuco segue em trajetória contrária. Segundo dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), o estado fechou o mês de março de 2025 com saldo negativo de 3.478 empregos formais — resultado de 49.384 admissões contra 52.862 desligamentos. A variação relativa foi de -0,23%, uma das piores da região Nordeste. A queda foi influenciada principalmente pelo desempenho negativo do comércio e da indústria de transformação, segmentos que ainda enfrentam instabilidade. No Nordeste como um todo, apenas Bahia, Maranhão e Piauí apresentaram saldos positivos no mês. Pernambuco se manteve entre os estados com maior retração, atrás apenas de Alagoas e Ceará. A combinação entre baixa dinâmica econômica e fragilidade em setores-chave contribuiu para o recuo no estado. Apesar do resultado negativo no número de vagas, o salário médio de admissão em Pernambuco teve leve alta no período, alcançando R$ 1.937,26 — crescimento de 0,65% em relação ao mês anterior. O valor, no entanto, segue abaixo da média nacional, que foi de R$ 2.225,17 em março. Esse dado reflete um mercado que oferece oportunidades com remuneração ainda restrita, especialmente nas ocupações de menor qualificação. Em todo o país, o mês de abril trouxe um alento, com a criação de 257.528 novos empregos formais e saldo positivo em todas as unidades da federação. No entanto, os dados de março deixam o alerta: para que Pernambuco acompanhe esse movimento, será necessário fortalecer políticas de incentivo à geração de empregos e dinamizar setores produtivos, especialmente comércio, serviços e indústria leve.
Pernambuco fecha março com saldo negativo de empregos formais, aponta Novo Caged Read More »