Asma leve, moderada e grave e DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica), são doenças respiratórias que matam diariamente centenas de brasileiros5. A Campanha Escute seu Pulmão é uma iniciativa da SBPT (Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia) com o apoio da GSK para alertar a população brasileira sobre a importância de reconhecer e tratar corretamente essas doenças respiratórias.2 Segundo dados da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), estima-se que cerca de 20 milhões de pessoas sofram com a asma no Brasil e cerca de 300 milhões de pessoas no mundo todo2. Desse total, aproximadamente 20% enfrentam a forma grave da doença, sendo que, em 5% dos casos, ela não está controlada.2 “A asma e a DPOC são exemplos de doenças crônicas frequentes nos consultórios dos pneumologistas. Elas interferem no cotidiano e podem levar a óbito se não tratadas corretamente”, explica Dr. Fernando Luiz Cavalcanti Lundgren, presidente da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT). Enquanto a asma leve e moderada prevalece entre as crianças, a asma grave e a DPOC são mais frequentes na vida adulta, impactando diretamente na qualidade de vida dos pacientes, provocando repetidas visitas ao pronto-socorro e internações. A DPOC, por sua vez, é uma das principais causas de morbidade crônica e de mortalidade no mundo, e essa situação tende a piorar, sem a devida atenção e conhecimento da doença.4 Escute seu Pulmão A campanha tem como objetivo central aumentar a educação e a conscientização do público leigo, pacientes, profissionais de saúde e a sociedade civil sobre a importância de buscar tratamento ao primeiro sinal de uma doença pulmonar persistente e conscientizar sobre os impactos negativos na qualidade de vida dos portadores de asma (em seus diversos graus) e DPOC. A asma pode ser classificada quanto à gravidade em intermitente e persistente leve, moderada e grave. Estima-se que 60% dos casos de asma sejam intermitentes ou persistentes leves, 25% a 30% moderados e 5% a 10% graves. Os asmáticos graves são a minoria, mas representam a parcela maior em utilização de recursos. As internações devido a asma custam anualmente cerca de R$ 600 milhões ao SUS. A mobilização e educação de pacientes e profissionais de saúde podem mudar o cenário nacional e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.A asma e a DPOC, são doenças pulmonares crônicas e é preciso garantir o reconhecimento dos sintomas dessas doenças pelos pacientes e seus familiares. O diagnóstico correto das enfermidades pelos especialistas garante o controle efetivo das doenças pulmonares. “Um dos maiores problemas em torno das doenças respiratórias crônicas está na falta de reconhecimento da doença pelo próprio paciente. Ele não vê a doença como algo crônico e acredita que ela se manifesta apenas durante uma crise, o que não é verdade”, ressalta Dr. Lundgren. Escute seu Pulmão é um projeto educacional que permitirá a população brasileira adquirir conhecimentos sobre as doenças crônicas pulmonares, proporcionando esclarecimento sobre os principais sintomas e tornando-se multiplicadores de informação. A campanha iniciou no dia 1º de maio, dia mundial da prevenção e combate à asma e encerrará ao fim de setembro de 2018. Por meio de uma plataforma de informação online, www.sbpt.org.br/escuteseupulmão a população poderá obter informação e orientação sobre asma, asma grave e DPOC, bem como enviar suas principais dúvidas via o canal exclusivo da campanha. A população brasileira também poderá acompanhar a campanha pelas mídias sociais (@escuteseupulmao), com diversos conteúdos semanais exclusivos, com dicas e informações relevantes. Asma leve e moderada A Enfermidade é responsável por mais de 100 mil internações ao ano no SUS. A OMS (Organização Mundial da Saúde) estima que 300 milhões de pessoas no mundo, incluindo crianças, sofrem com a asma. Seu sintoma é caracterizado, principalmente, por dificuldade respiratória (falta de ar), tosse seca, chiado ou ruído no peito e ansiedade. A asma é uma doença inflamatória crônica das vias aéreas11, que se tornam estreitas e com muco, comprometendo a entrada e a saída do ar dos pulmões. O grau da doença pode variar entre asma leve, intermitente e grave. Vários fatores ambientais e genéticos podem gerar ou agravar a asma. Entre os aspectos ambientais estão a exposição à poeira e barata, aos ácaros e fungos, às variações climáticas e infecções virais. Para os fatores genéticos, destacam-se o histórico familiar de asma ou rinite, além da obesidade. Asma grave O paciente com asma grave, caracteriza-se por uma asma não controlada, com exacerbações (episódios agudos), exigindo intensificação do tratamento [15], hospitalizações e provocando limitações de atividades. A asma grave, quando comparada com a asma, provoca 20 vezes mais hospitalizações16 e 5 vezes mais chances de episódios de exarcebação. A asma quando está bem controlada, o paciente consegue evitar incômodos durante o dia e a noite, baixas doses de medicamento, uma vida fisicamente produtiva, uma função pulmonar quase normal, bem como evita exacerbações e crises mais severas. DPOC Caracterizada pela bronquite crônica, enfisema pulmonar ou ambos os problemas, a DPOC acarreta na obstrução do fluxo de ar que interfere na respiração do indivíduo. Hoje, a doença atinge 7 milhões de brasileiros e mais de 210 milhões de pessoas no mundo inteiro — sendo que essa deverá ser a terceira principal causa de morte no planeta, até 2030, de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde. Ainda muito desconhecida pela população e muitas vezes confundida com a Asma, a DPOC tem como principal fator de risco o tabagismo. Atinge pessoas majoritariamente após os 40 anos de idade, quando os primeiros sintomas começam a aparecer. Diagnóstico da DPOC A tosse é o sintoma mais encontrado, pode ser diária ou intermitente e pode preceder a falta de ar ou aparecer simultaneamente a ela. O aparecimento da tosse no fumante é tão frequente que muitos pacientes não a percebem como sintomas de doença, considerando-a como o “pigarro do fumante”. A tosse produtiva ocorre em aproximadamente 50% dos fumantes. A falta de ar é o principal sintoma associado à incapacidade, redução da qualidade de vida e pior prognóstico. É geralmente progressiva com a evolução da doença. Muitos pacientes só referem a falta de