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Acne é causada por herança genética, mas hábitos ruins agravam a doença

Uma das doenças de pele mais comuns, visto que atinge a maior parte da população em algum momento da vida, a acne acontece quando as glândulas sebáceas produzem uma quantidade excessiva de oleosidade que, ao se misturar com as células mortas da pele, acaba causando a obstrução dos poros, segundo a dermatologista Dra. Valéria Marcondes, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da Academia Americana de Dermatologia. “Logo, as bactérias que fazem parte da flora cutânea promovem uma inflamação na região, o que culmina na formação das espinhas”, explica. Suas causas são as mais variadas possíveis, incluindo desde alterações hormonais até o excesso de gordura nos alimentos. Porém, uma pesquisa publicada em abril de 2018 no Journal of Drugs In Dermatology (JDD) apontou que, embora os fatores externos influenciem a gravidade dos sintomas da doença, a acne pode ser causada principalmente devido a herança genética. Para chegar a esta conclusão, os pesquisadores analisaram a incidência de acne, o grau e os gatilhos para a doença em 139 pares de gêmeos idênticos e fraternos, além de um grupo de trigêmeos, levando em consideração dados como histórico médico, traços familiares, realização de exercícios físicos, endereço e altura e peso para cálculo do índice de massa corporal. “Com os dados coletados, os estudiosos procuraram identificar e separar qualitativamente fatores genéticos e ambientais que contribuem para a gravidade da acne, constatando que a quantidade de gêmeos idênticos com acne (64%) era significativamente maior do que em gêmeos fraternos (49%)”, destaca a dermatologista. Ao analisarem os gêmeos com acne em diferentes graus, os pesquisadores encontraram também fatores que podem servir como gatilhos para a doença, como uma dieta rica em açúcar, um IMC mais alto ou a prática reduzida de exercícios físicos. De acordo com a médica, a pesquisa mostra-se de extrema relevância pois promove uma compreensão maior dos motivos que podem piorar o quadro acneico, ajudando assim na prevenção, controle e tratamento da condição. “O estudo também auxilia no aconselhamento dos pacientes quanto as causas genéticas da condição. Dessa forma, os familiares podem agir na diminuição dos fatores que promovem a piora da acne, visto que, se um familiar sofre com a doença, há grandes chances de um parente próximo também vir a desenvolver a condição no futuro”, destaca a Dra. Valéria. Tratamento - O tratamento da doença consiste na higienização correta da área duas vezes por dia e no uso de cremes e loções receitados pelo dermatologista, com substâncias como o peróxido de benzoíla e ácido retinóico. “O dermatologista também pode recomendar secativos e cosméticos concentrados para o tratamento de áreas específicas. Estes normalmente contêm ingredientes que funcionam em nível celular profundo, absorvendo a oleosidade em excesso que causa as espinhas e comedões”, afirma a Dra. Valéria. Além disso, é essencial também o uso de hidratantes leves com ativos que atuem no controle da oleosidade e um fotoprotetor para evitar a formação de manchas e cicatrizes. “Em casos mais graves, o médico pode prescrever antibióticos orais e tópicos para o tratamento da condição, como a isotretinoína.” Por fim, é fundamental a ingestão de dois litros de água por dia e a adoção de uma alimentação saudável. Para quem sofre com quadro acneico, por exemplo, é importante evitar alimentos gordurosos, com farinha branca e derivados do leite, já que estes podem estimular as glândulas sebáceas a produzirem mais oleosidade e fazer om que sejam liberadas substâncias inflamatórias que podem estar relacionadas ao desencadeamento da acne. “O ideal então é apostar em alimentos que auxiliam no combate do quadro acneico e adotá-los em suas refeições. Agrião, espinafre, brócolis e couve, por exemplo, são ótimas opções, já que são ricos em clorofila, que ajuda a limpar bactérias e toxinas do trato digestivo e da corrente sanguínea. Além disso, alguns nutrientes são fundamentais no combate a acne, como o zinco, presente nos frutos do mar, frango, girassol e abóbora, nozes e leguminosas, e as vitaminas A, C e B5”, finaliza a especialista. Fonte: Dra. Valéria Marcondes – Dermatologista da Clínica de Dermatologia Valéria Marcondes, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia com título de especialista e da Academia Americana de Dermatologia. Foi fundadora e é membro da Sociedade de Laser. Estudo: http://jddonline.com/articles/dermatology/S1545961618P0380X/1

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Manchas podem ser sinal de câncer de pele

Os cânceres de pele são os mais incidentes no Brasil, representando cerca de 30% de todos os casos da doença – um número que chega a 180 mil novos casos por ano, segundo dados do INCA (Instituto Nacional de Câncer). O melanoma corresponde a 4% deste total, mas, apesar de ser um dos tipos de tumores que afetam o órgão com menor prevalência entre a população, é considerado o mais grave e com grande potencial metastático. De acordo com a Dra. Daniela Pezzutti, oncologista do Centro Paulista de Oncologia (CPO) - Grupo Oncoclínicas, esse tipo de tumor surge por conta do crescimento anormal dos chamados melanócitos, células que produzem a melanina, dando cor e pigmentação à pele. Pessoas de pele clara, cabelos claros e sardas são mais propensas a desenvolver o câncer de pele. A idade é um fator que também deve ser considerado, pois quanto mais tempo de exposição da pele ao sol, mais envelhecida ela fica. Evitar a exposição excessiva e constante aos raios solares sem a proteção adequada é a melhor medida – e isso vale desde a infância. Vale lembrar que, mesmo áreas não expostas diretamente ao sol e menos visíveis – como o couro cabeludo - podem apresentar manchas suspeitas. O câncer de pele melanoma é, na maioria das vezes, agressivo. "São geralmente casos que iniciam com pintas ou manchas escuras na pele, novas ou de nascença, que passam a apresentar modificações ao longo do tempo. As alterações a serem avaliadas como suspeitas são o que qualificamos como 'ABCD'- Assimetria, Bordas irregulares, Cor e Diâmetro", explica a especialista. É importante a avaliação frequente de um especialista (dermatologistas) para acompanhamento das lesões cutâneas. A análise da mudança nas características destas lesões é de extrema importância para um diagnóstico precoce. O dermatologista tem o papel de orientar uma proteção adequada. Especialistas alertam para uma avaliação precoce Sinais ou manchas que podem variar entre tons de marrom e cinza são indícios que merecem grande atenção. Muitas vezes pode ser apenas uma lesão benigna - como um hematoma ocasionado por um impacto ou ainda por uma infecção localizada -, mas que não deve ser desconsiderada em um possível diagnóstico de melanoma ou outro tipo de tumor de pele. "É preciso buscar aconselhamento médico especializado principalmente quando a mancha surge repentinamente, sem algum acontecimento relacionado que justifique. Para comprovar se aquela alteração representa de fato um melanoma, é necessário realizar a biópsia" frisa a Dra. Daniela Pezzutti. Feito o diagnóstico da lesão cancerígena, é recomendável a ressecção cirúrgica da área. Quando a doença é localizada o procedimento consiste na retirada de todo o tecido comprometido e avaliação ganglionar em casos indicados. Em estágios mais avançados da doença, o tratamento envolve normalmente terapias sistêmicas. Diversos estudos apontam boas respostas de pessoas diagnosticadas com melanoma à chamada imunoterapia, medicação que estimula o sistema imunológico do paciente, fazendo com que o próprio sistema de defesa do organismo passe a reconhecer e combater as células "estranhas". "Os sintomas não devem ser ignorados, mesmo que não causem dor ou algum outro tipo de desconforto. O melanoma pode avançar para os gânglios linfáticos e levar ao surgimento de metástases no cérebro, fígado, ossos e pulmões. O diagnóstico precoce é fundamental para o combate ao câncer" conta a especialista.

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Vem aí o Dezembro Laranja, Mês de Prevenção ao Câncer da Pele

De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), todos os anos surgem mais de 176 mil casos de câncer da pele, o de maior incidência no país. Atenta a esse alto índice, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) desenvolve, desde 2014, o movimento Dezembro Laranja, com a promoção de uma série de iniciativas de conscientização sobre a prevenção e o diagnóstico precoce da doença, incluindo a importância da fotoproteção para a redução dos riscos. Este ano, pela primeira vez, a campanha continua durante todo o verão, trazendo diferentes ações na internet, ruas, praias e parques. Sob o slogan “Se exponha mas não se queime”, a campanha pretende conscientizar e educar as pessoas sobre os riscos do câncer da pele decorrentes da exposição excessiva ao sol sem proteção, lembrando que filtro solar não é o único cuidado contra a radiação ultravioleta. A mensagem visa atingir, sobretudo, quem trabalha sob o sol ou ao ar livre e as pessoas em seu cotidiano profissional e em momentos de lazer. “Queremos divulgar para a grande população, especialmente para os trabalhadores que desempenham suas funções expostos ao sol, como carteiros, vendedores ambulantes, operários da construção civil, feirantes e outros, esse conjunto de atitudes, essenciais para que essa exposição prolongada não traga problemas de saúde”, afirma o presidente da SBD, José Antonio Sanches. A recomendação é de que usem equipamentos de proteção individual (EPI): chapéus de abas largas, óculos escuros, roupas que cubram boa parte do corpo e protetores solares com fator mínimo de proteção solar (FPS) 30. A hidratação constante também faz parte dessas medidas fotoprotetoras, sem esquecer de evitar os horários de maior insolação: de 10h às 16h. Entre as iniciativas previstas, estão a divulgação de peças publicitárias na internet (Facebook, Instagram e site), com concentração durante o mês de dezembro, que alertam sobre a incidência do câncer da pele. As peças virão marcadas com a hashtag #DezembroLaranja e #ControleoSol. O público interessado poderá divulgar a campanha nas redes sociais, customizando a foto de perfil, postar o texto com fundo laranja no Facebook ou usar o filtro laranja do Stories no Instagram. Assim como em anos anteriores, personagens e lideranças em suas áreas de atuação participarão do movimento vestindo a cor laranja e monumentos nacionais serão iluminados com a cor símbolo da campanha, frisando o compromisso com a prevenção e medidas protetoras. Para saber mais sobre a campanha, acesse: www.dezembrolaranja.com.br Mutirão nacional de atendimento, prevenção e combate ao Câncer da Pele acontece no dia 6 de dezembro A primeira ação do Dezembro Laranja ocorrerá no dia 6 de dezembro, quarta-feira (de 9 às 15h), quando cerca de três mil dermatologistas voluntários prestarão atendimento, esclarecimento e aconselhamento quanto à importância de adotar medidas preventivas. As consultas serão realizadas, gratuitamente, em cerca de 130 postos de atendimento em todo o Brasil. Para conhecer os postos de atendimento, acesse: http://www.sbd.org.br/controleOsol/exame-preventivo-gratuito/ ATENÇÃO: Apenas em Pernambuco, o mutirão de atendimento da Campanha Nacional de Prevenção ao Câncer da Pele, acontecerá na quarta-feira, 6 de dezembro, de 9 às 15h. Nas demais regiões do país o mutirão acontecerá no sábado, dia 2 de dezembro. Essa é a 18a edição da Campanha Nacional de Prevenção ao Câncer da Pele da Sociedade Brasileira de Dermatologia. Segundo Sergio Palma, vice-presidente da SBD, “é um dia de voluntariado no qual queremos reforçar a importância da proteção diária para prevenção, além de alertar que a identificação precoce do câncer da pele aumenta as chances de cura e evita danos ou mutilações mais profundas”, declara o médico. Desde a sua implementação, em 1999 a campanha da SBD atingiu 566.873 pessoas. Em 5 de dezembro de 2009, a SBD recebeu a certificação do Guinness World of Records por ter promovido a maior campanha médica do mundo realizada em um único dia, e a maior campanha mundial de prevenção ao câncer da pele, com mais de 34 mil atendimentos em diferentes regiões do Brasil. Sobre o câncer da pele O câncer da pele é provocado pelo crescimento anormal das células que compõem a pele. Existem diferentes tipos de câncer da pele que podem se manifestar de formas distintas, sendo os mais comuns denominados carcinoma basocelular e carcinoma espinocelular – chamados de câncer não melanoma – e que apresentam altos percentuais de cura se diagnosticados e tratados precocemente. Um terceiro tipo, o melanoma, apesar de não ser o tipo de câncer da pele mais incidente é o mais agressivo e potencialmente letal. Quando descoberto no início, a doença tem mais de 90% de chance de cura. Em todos os tipos, a exposição excessiva e sem proteção ao sol é a principal causa de câncer da pele. O câncer da pele pode se manifestar como uma pinta ou mancha, geralmente acastanhada ou enegrecida; como uma pápula ou nódulo avermelhado, cor da pele e perolado (brilhoso); ou como uma ferida que não cicatriza. A regra do ABCDE ajuda na suspeita de uma lesão maligna e sinaliza que um dermatologista da Sociedade Brasileira de Dermatologia deve ser procurado. ABCDE da pinta: Assimetria: A metade da pinta não “casa” com a outra metade. Pintas perigosas ou melanomas tendem a ter uma assimetria de cores e forma. Bordas: Lesões malignas apresentam bordas irregulares, dentadas ou com sulcos, com interrupção abrupta na pigmentação da margem. Cor: A coloração não é a mesma em toda pinta. Lesões muito escuras ou que apresentem diferentes tons em uma mesma lesão devem ser avaliadas, pois podem indicar malignidade. Diâmetro: Lesões que crescem rápido de diâmetros, principalmente aquelas maiores que 6 milímetros levam a uma suspeita maior de lesão maligna. Evolução: Toda pinta que mudar (mudança de cor, formato, tamanho e relevo) em curto período de tempo (1 a 3 meses) deve ser examinada por um dermatologista. Outra forma de avaliar o risco da doença é através da “Calculadora de Risco para Câncer da Pele”, também disponível no site - http://www.sbd.org.br/controleOsol/calculadora/ A Sociedade Brasileira de Dermatologia orienta que as pessoas se examinem com periodicidade, consultando um dermatologista em caso de suspeita. Também é importante que se examine

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Câncer de Pele ainda representa a maioria dos tumores malignos no país

Nesse mês de novembro são celebrados o Dia Nacional de Combate ao Câncer (27) e o Dia Nacional de Combate ao Câncer de Pele (29). Esse último é o mais freqüente no Brasil, correspondendo a 30% de todos os tumores malignos registrados no país, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA). Médicos explicam que a ocorrência do câncer de pele está relacionada à constituição étnica da população e com as localidades onde a incidência das radiações ultravioletas é maior. Entre os tumores de pele, o tipo não-melanoma é o de maior incidência. Já o tipo melanoma é o mais grave devido à sua alta possibilidade de metástase. Enquanto que, na maioria dos tumores, lesões com menos de 1 cm são consideradas lesões pequenas, no melanoma uma lesão com 2 mm já é considerada localmente avançada. Igor Montenegro, oncologista da Oncoclínica Recife, explica que as lesões na pele devem ser investigadas levando em consideração a assimetria, a presença de bordas irregulares, dimensão e alteração na coloração. “Geralmente, o câncer de pele em estágio inicial não apresenta maiores sintomas, além da mudança de aparência, tamanho e cor de algum sinal na pele. Mas outras lesões como manchas e, às vezes, até coceira podem indicar ocorrência da doença.” O oncologista defende que a preocupação com a irradiação solar não deve acontecer apenas no verão, afinal, os danos do Sol na pele são cumulativos. “Os horários mais críticos à exposição são os de maior intensidade solar, geralmente entre 10h e 16h. O protetor solar deve ter fator 30, pelo menos, e deve ser colocado de 15 a 30 minutos antes da exposição solar, a fim de que possa ser formado um filme protetor sobre a pele. O mesmo deve ser reaplicado a cada duas horas”, explica. Montenegro afirma ainda que apesar de as pessoas de pele mais clara necessitarem de maior proteção, todas as pessoas se beneficiam do uso de filtro solar, pois ele age não apenas na proteção contra tumores de pele, mas também evita danos solares como envelhecimento precoce.

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