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Abril marrom: mês de alerta contra a cegueira

Abril é o mês da campanha sobre a importância da prevenção e combate às diversas causas de cegueira. Simbolizada pelo laço na cor marrom, seu objetivo é conscientizar a população e reduzir a incidência dos principais problemas de visão. Nesta época de alerta, a oftalmologista Catarina Ventura, do Instituto de Olhos Fernando Ventura, explica quais são as principais causas de cegueira reversível e as irreversíveis. De acordo com ela, as principais causas da cegueira que são possíveis de recuperar a visão: erros refrativos, catarata, opacidade da córnea, descolamento de retina (reversível se operado com urgência) e enxaqueca. Já as principais irreversíveis, destacam-se: glaucoma avançado, DMRI (Degeneração Macular Relacionada à Idade), retinopatia diabética avançada, deficiência de vitamina A (principalmente em crianças), neurite óptica (uma inflamação no nervo óptico, que leva as informações da retina para o cérebro) e ambliopia (popularmente conhecido como “olho preguiçoso”). “A cegueira ou perda de visão podem ter diversas causas, de modo que o tratamento varia de acordo com o diagnóstico estabelecido pelo oftalmologista. Siga sempre à risca as orientações do seu médico e evite a automedicação. Não interrompa o uso do medicamento sem consultar um especialista”, explica Catarina Ventura. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 75% dos casos de cegueira no mundo são tratáveis. De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Oftalmologia, estima-se que existam 37 milhões de cegos no mundo. E 82% das pessoas que vivem com a cegueira têm mais de 50 anos. A médica do Instituto do Olhos Fernando Ventura destaca cinco pontos que ajudam a manter a saúde dos olhos em bom estado: 1. Mantenha seus exames de rotina em dia – visite frequentemente o oftalmologista, principalmente após os 40 anos. 2. Não fumar – O tabagismo está diretamente relacionado a muitos efeitos nocivos à saúde, incluindo a Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI). 3. Alimentação equilibrada – Uma deficiência de vitaminas e minerais pode prejudicar e muito a função da retina. 4. Use óculos de sol – Óculos escuros bloqueiam os raios ultravioletas. Pode retardar o desenvolvimento de catarata e proteger os olhos da luz solar direta. 5. Equipamentos de proteção – a cegueira pode ocorrer por conta de acidentes de trabalhos ou esportes que apresentam perigo aos olhos. Então óculos com vedação lateral previnem fatalidades.

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Retinopatia diabética: conheça a doença que atinge 150 mil brasileiros por ano

A diabetes se caracteriza pela alta taxa de glicose no sangue (hiperglicemia), gerando alterações cardiovasculares em várias partes do corpo. O que pouca gente sabe, no entanto, é que a doença pode afetar um dos principais sentidos do ser humano: a visão. Isso porque a retina – aquele tecido da parte traseira do olho responsável pela formação das imagens enviadas ao cérebro – é uma área bastante vulnerável, já que é constituída por vasos sanguíneos muito finos. Essa complicação da diabetes se chama “retinopatia diabética”, que atinge 150 mil pessoas por ano no Brasil, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). Estima-se que pessoas que sofrem de diabetes têm um risco 25 vezes maior de perda da visão. Além disso, cerca de 40% dos diabéticos sofrem algum estágio da retinopatia diabética, embora metade deles não esteja ciente disso. "As primeiras alterações são silenciosas e o paciente não apresenta queixas. Muitos só procuram o oftalmologista quando percebem uma baixa na visão e, às vezes, as alterações são irreversíveis. Se não for tratado, pode levar à cegueira”, alerta a médica Manoela Gondim, do Serviço Oftalmológico de Pernambuco (Seope). A retinopatia diabética está relacionada ao tempo da diabetes e ao descontrole da glicemia, causando a hiperglicemia. Neste estágio, há várias alterações no organismo que acabam gerando disfunção nos vasos da retina, que ficam danificados e liberam sangue na cavidade vítrea. Com o avanço da doença, a visão escurece e há o risco de edema macular – acumulação de líquido na mácula, zona mais importante da retina. O distúrbio é classificado de duas formas: retinopatia diabética não proliferativa (estágio menos avançado, com vasos sanguíneos obstruídos) e proliferativa (estágio mais avançado, com risco de rompimento dos vasos e cegueira). Alguns cuidados com alimentação e a realização frequente de exames de mapeamento da retina são recomendações importantes para que a doença não evolua. Hoje, com o avanço da tecnologia, há formas eficazes de tratamento. “Fotocoagulação a laser, injeções intraoculares e cirurgias vitreorretinianas são opções disponíveis. Contudo, a prevenção da retinopatia e o controle glicêmico são primordiais para reduzirmos os casos de cegueira pela diabete”, comenta Manoela Gondim.

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Alerta para prevenção e exames que podem evitar a cegueira

Criado em 1961, o Dia Nacional do Deficiente Visual incentiva a conscientização e a solidariedade da sociedade brasileira com quem sofre de cegueira ou tem baixa visão. “É indispensável garantir acessibilidade, mobilidade e igualdade de condições para essas pessoas. Também é essencial promover o acesso universal à saúde ocular e ao exame oftalmológico, condições fundamentais para a redução de casos de cegueira evitável no Brasil”, comenta o oftalmologista Henrique Moura de Paula, do Instituto de Olhos do Recife. Estatísticas da Fundação Dorina Nowill para Cegos revelam que, dentre as deficiências declaradas, a mais comum é a visual, atingindo 3,5 da população brasileira ou 6,5 milhões de pessoas. Desse total, mais de 500 mil são cegos e 6 milhões possuem baixa visão ou visão subnormal, sendo que 2 milhões estão no Nordeste. As principais causas de cegueira, no país, são a catarata, retinopatia diabética, degeneração macular, cegueira infantil e o glaucoma. BAIXA VISÃO – Quem tem alterações na capacidade funcional da visão se encontra neste grupo. “A baixa visão pode ser provocada por inúmeros fatores, dentre eles, a baixa acuidade visual significativa, a redução importante do campo visual ou mesmo alterações corticais e sensibilidade aos contrates”, explica de Paula. A ambliopia, visão subnormal ou visão residual são manifestações da baixa visão, cuja definição é complexa devido à variedade e intensidade de comprometimentos das funções do olho, que englobam desde a simples percepção da luz até a redução de acuidade do campo visual, interferindo na execução de tarefas. “Quem sofre dessa condição também pode apresentar nistagmo, que é o movimento rápido e involuntário dos olhos, provocando uma redução da acuidade visual e fadiga durante a leitura”, relata o médico. Pessoas com baixa visão também apresentam grande oscilação de sua condição visual, que pode mudar de acordo com o seu estado de ânimo, as circunstâncias e as condições de iluminação. “Esses fatores incidem nas informações que se recebe do ambiente e restringem uma grande quantidade de dados importantes para a construção do conhecimento sobre o mundo”, comenta de Paula. CONSULTAS PERIÓDICAS - Segundo o oftalmologista, muitos casos de cegueira precoce poderiam ser evitados. “Lamentavelmente, algumas doenças oculares são assintomáticas, enquanto outras se manifestam em estágio avançado. Por isso, as consultas periódicas com o oftalmologista são essenciais para evitar danos irreversíveis à visão”, explica. Exames preventivos e complementares também são indispensáveis. “Muitas pessoas só procuram o oftalmologista para trocar os óculos. Elas esquecem que, além do exame da refração, o médico precisa fazer o screening de algumas doenças como a catarata, o glaucoma e a degeneração macular relacionada à idade”, destaca o médico. Quer seja na conversa com o paciente, no exame clínico ou através de testes e exames complementares (indolores e rápidos), é possível identificar alterações ou patologias nos olhos, possibilitando um tratamento precoce e eficaz. Serviço: Dr. Henrique de Paula 13 de Dezembro - Dia Nacional do Deficiente Visual Instituto de Olhos do Recife www.ior.com.br

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