Arquivos Cinema - Página 9 De 18 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

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Recife Assombrado: diretor conta detalhes do primeiro longa pernambucano de terror

Se você é de Recife e região, certamente já ouviu histórias sobre seres assustadores como a Perna Cabeluda e a Galega de Santo Amaro. Conhece lugares na capital pernambucana considerados, por muitos, assombrados como a Cruz do Patrão no Bairro do Recife. Na década de 50, muitas dessas histórias foram relatadas no livro Assombrações do Recife velho, do sociólogo Gilberto Freyre. Obra que serviu de inspiração para o filme de estreia do jornalista e produtor cultural Adriano Portela, o longa Recife Assombrado, primeiro longa de terror feito em Pernambuco. Em entrevista, Adriano conta detalhes do projeto, que chega aos cinemas em 21 de novembro.     Como surgiu a ideia para o projeto do Recife Assombrado? A ideia do filme surgiu em 2015, quando participei de uma oficina sobre monstros na literatura com o professor André de Sena, lá em Garanhuns. Eu já havia observado que existia muita coisa em formato pequeno, muitos curtas, mas não existia um longa catalogando todas essas assombrações, como Gilberto Freyre fez na década de 20 com o livro “Assombrações do Recife Velho”, na época que era editor do jornal “A Província”. O jornalista Oscar Mello fez uma série de reportagens sobre assombração e o tema depois virou pauta do livro de Gilberto Freyre. Dos filmes produzidos em Pernambuco, poucos são de terror. Por que a opção pelo gênero? A opção pelo gênero, primeiro é que sou apaixonado pelo tema assombração, desta história da oralidade que Freyre, Carneiro Vilela, Jaime Gris e outros autores vêm pesquisando há muito tempo. Fizemos também uma pesquisa sobre o que o público queria ver em Pernambuco. Observamos que os gêneros terror e suspense, mais especificamente, são muito solicitados por aqui.     Considerando a crise atual no audiovisual brasileiro, quais foram os principais desafios enfrentados do início à conclusão das gravações? O desafio maior sempre é conseguir um incentivo. O boom do cinema pernambucano facilitou a aprovação do projeto na Ancine em 2016. Do Nordeste, foram três projetos aprovados, Recife Assombrado, Organismo de Jeorge Pereira, que inclusive é diretor assistente do meu filme, e um projeto do Ceará. O dinheiro do incentivo só caiu na conta em 2017 e o restante para a finalização agora em 2019. Ao longo dos anos, desde a retomada da produção audiovisual em Pernambuco, marcada pela estreia do longa “Baile Perfumado”, os filmes produzidos por aqui têm chamado a atenção não só no Brasil, mas também lá fora. Como explicar essa vocação do estado para a sétima arte? Essa vocação está ligada à vontade de fazer, ver a coisa acontecer. Certa vez eu estava na Academia de Cinema em São Paulo e perguntaram como a gente fazia os filmes por aqui, pois, até então, só tinha curso de cinema na UFPE e Aeso. Respondi que a gente aprendia com a cabeça no sol mesmo. Pernambuco é um celeiro multicultural e é essa vontade de realizar, fazer arte e acontecer.  

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Janela de Cinema anuncia longas The Lighthouse e Vitalina Varela para programação

O Janela Internacional de Cinema do Recife anuncia, nesta quarta-feira (30), os dois primeiros filmes de sua décima-segunda edição, a ser realizada entre os dias 6 e 10 de novembro. O terror psicológico O Farol (The Lighthouse), com Robert Pattinson e Willem Dafoe, será exibido na noite de abertura do evento, em sessão especial. O longa de Robert Eggers (A Bruxa) tem trajetória de sucesso em festivais como Cannes, Toronto e Atlantic Film Festival. A sessão no Janela será uma das primeiras exibições do filme no circuito brasileiro. O longa “Vitalina Varela”, do português Pedro Costa, também terá exibição especial. O filme retrata a vida de uma mulher cabo-verdiana de 55 anos que luta para reconstruir a vida após a morte do marido. “Vitalina Varela” recebeu dois Leopardos de Ouro no Festival de Locarno. XII Janela A edição deste ano será realizada entre os dias 6 e 10 de novembro, nos cinemas São Luiz, Fundaj Derby e o recém-inaugurado Cinema da UFPE. A programação completa, com datas, horários e venda de ingressos, será divulgada nos próximos dias. O festival segue ainda em reta de final de sua campanha de financiamento coletivo, através do benfeitoria.com/janeladecinema. O Janela Internacional de Cinema do Recife é uma realização Cinemascópio e Jaraguá Produções, com patrocínio da Prefeitura do Recife, BRDE e Fundo Setorial Audiovisual (FSA)/Ancine.

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Janela Internacional de Cinema anuncia datas

Em reta final de sua campanha de financiamento coletivo, o Janela Internacional de Cinema do Recife que sua décima-segunda edição será realizada entre os dias 6 e 10 de novembro, nos cinemas São Luiz, Cinema da Fundação (Derby) e o recém-inaugurado Cinema da UFPE. O evento já arrecadou cerca de 80% da meta estabelecida de R$ 30 mil. O crowdfunding é apoiado por personalidades importantes do audiovisual brasileiro como Sonia Braga, Maeve Jinkings, Irandhir Santos, Bruna Linzmeyer e Carla Salle. As colaborações podem ser feitas pelo link.benfeitoria.com/janeladecinema. A campanha, no entanto, é no formato “tudo ou nada”, o que significa que o valor arrecadado só será disponibilizado após a primeira meta ser atingida. O crowdfunding fica no ar até o dia 7 de novembro. O festival também terá patrocínio especial da Prefeitura do Recife, disponibilizado após a divulgação da falta de recursos. Parceira anual do evento, a PCR ofereceu um montante especial, de R$ 100 mil, para patrocinar o festival. Além de recursos solicitados via convocatória do Fundo Setorial Audiovisual, somando cerca de R$ 120 mil. O financiamento coletivo, no entanto, segue importante para a realização de um festival cada vez melhor.     Queridas Amigas e Amigos do Janela, Os tempos são difíceis mas há notícias boas. Após lançarmos a campanha de financiamento coletivo para o próximo Janela, obra de um mutirão de gente que quer ver o festival acontecer, recebemos três. A primeira, a imediata reação de apoio nas redes, e que fizeram atingirmos 80% de nossa primeira meta. As outras duas, gratas surpresas, que tornam nossa narrativa mais alegre: com o anúncio de que o Janela estava sem incentivos para ser realizado, a Prefeitura do Recife, parceira anual, entendendo a importância de que o pensamento artístico não perca agentes, de que o mercado audiovisual local não perca fôlego e de que a rede de acesso à Cultura não encolha, nos ofereceu um montante especial, de R$ 100 mil, para patrocinar o evento. Em seguida, nova notícia: recursos solicitados via convocatória do Fundo Setorial do Audiovisual, com que já não contávamos, foram concedidos ao Janela. Teremos mais cerca de R$ 120 mil. R$ 220 mil já garantidos para fazer a décima segunda edição do festival. É importante termos claro: festivais como o Janela são realizados sem fins lucrativos. Trabalhamos mediante cachês condizentes com os valores de mercado, previamente estabelecidos e aprovados em mecanismos de incentivo e sobre os quais prestamos contas aos devidos sistemas de aporte. Somos trabalhadores, justamente. Eventos de cultura, como festivais de cinema, não custam barato. Logística, remuneração, direitos de exibição, muitos e muitos detalhes. Um festival como o Janela, em especial, tem ao menos dois traços particulares: O Janela é um festival internacional, que exibe filmes estrangeiros, inclusive cópias restauradas de grandes clássicos, em diálogo direto com arquivos e distribuidoras internacionais, e arca com custos como pagamentos de direitos, transporte internacional de sempre excelentes cópias, tradução e legendagem, isto em cenário de desvalorização da moeda brasileira. Nossa equipe de produção sempre deu um jeito de viabilizar o Janela com bem menos dinheiro que festivais do mesmo perfil e porte. O Janela é como um fórum de cinema. Encontros, discussão e produção crítica são importantes, e por isso buscamos garantir que realizadores, produtores, críticos, programadores, possam estar entre nós. São custos de passagem e hospedagem para dezenas de pessoas. Cada festival faz parte da cadeia que faz o cinema feito no Brasil chegar tão longe. Um festival como o Janela está na história de muitos filmes. Quando o Janela pôde contar com incentivo da Petrobras e do Funcultura Audiovisual, chegamos a um orçamento de algo em torno de R$ 450 mil. Com isso, pudemos fazer edições de 10 dias de duração com convite a realizadores de todos os filmes brasileiros programados, filmes internacionais de diversos perfis, produção de catálogo, convidados. Dando um jeito de fazer. No ano passado, sem apoio da Petrobras, nosso orçamento foi reduzido a mais da metade. Fizemos um lindo Janela, num momento em que precisávamos nos fortalecer uns aos outros. Mas não pudemos trazer ao Recife todas as pessoas importantes. Não tivemos como produzir um catálogo do festival. Precisamos reduzir a programação à metade. Conquistamos uma edição memorável. Nos bastidores, não foram as melhores condições. Este ano, faríamos um belo e importante Janela de qualquer jeito. Mesmo que ainda menor, em condições mais difíceis ainda. Com as boas notícias, ganhamos a oportunidade de fazer novos planos. Assim como na última edição, o Janela terá 5 dias de duração. Ocorrerá entre os dias 6 e 10 de novembro, no Cinema São Luiz, no Cinema da Fundação do Derby e no recém-inaugurado Cinema da UFPE, alegria especial ocupar este equipamento sensacional em ambiente universitário. Temos muito, muito trabalho pra fazer até lá. O segundo foi reformular nossa campanha. Podemos fazer um festival mais próximo do que o Janela é, mas você ainda pode contribuir com os custos do festival, em troca de recompensas. As metas podem ser acessadas na página da campanha. A cada colaboração, esta se torna uma edição mais forte, uma edição para tempos de reforçar a importância de estar junto. Aproveitamos para agradecer dois grandes parceiros que nos apoiam desde a primeira edição, o CCBA (Centro Cultural Brasil Alemanha) e a Embaixada da França no Brasil, assim como as centenas de pessoas que colaboraram através do Benfeitoria.

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Prefeitura do Recife dobra apoio ao Festival Internacional Janela de Cinema

Para assegurar fôlego a um dos mais potentes mercados produtivos do audiovisual em todo o Brasil e garantir a manutenção de uma tradição que completa 12 anos em 2019, a Prefeitura do Recife irá multiplicar o apoio assegurado todo ano ao Festival Internacional Janela de Cinema. Para suprir a lacuna deixada por importantes patrocinadores, que deixaram de investir no evento, em resposta a um cenário nacional de retrocessos nas políticas culturais, o apoio dado ao Festival pelo poder municipal, por meio da Secretaria de Cultura e da Fundação de Cultura Cidade do Recife, que variou ao longo dos anos entre R$ 20 mil e R$ 50 mil, saltará este ano para R$ 100 mil. “O Janela é fundamental para mantermos cada dia mais amplos os horizontes do audiovisual pernambucano, que tanto tem dito e tanto mais tem a dizer ao mundo inteiro”, diz o presidente da Fundação de Cultura Cidade do Recife, Diego Rocha. Tendo como cenários inequívocos o histórico Cinema São Luiz e o cinema da Fundação Joaquim Nabuco, o Festival Internacional Janela de Cinema sagrou-se por trazer para a cidade importantes novidades do audiovisual do mundo e relembrar os clássicos que não podem ser perdidos de vista.

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Literatura e cinema: afinidades e diferenças

Audiovisual e literatura sempre trocaram figurinhas. Mas nem tudo é preto no branco: as palavras contidas em um livro não vão para a telona de forma literal. Afinal, como resumir uma obra de 500 páginas em duas horas? Esse, porém, não é apenas o único dilema. “Muita gente assiste a um filme baseado em um livro e comenta ‘gostei mais do filme’ ou ‘o livro é melhor’. Não dá para fazer esse tipo de comparação pois são linguagens diferentes”, explica o roteirista Nelson Caldas. Ele estará ao lado da cineasta Kátia Mesel, dentro da programação da 3ª edição da Feira Literária do Sertão (Felis), na Praça Winston Siqueira. O evento é uma co-realização da Companhia Editora de Pernambuco (Cepe) com o Coletivo Cultural de Arcoverde (Cocar). O Diálogo Alimentação e Identidade, dia 26 de outubro, às 17h30, ocorre na Praça Winston Siqueira. O cinema é uma das muitas linguagens que dialoga com a literatura dentro da Felis (ver programação ao final da matéria). Realizada em Arcoverde de 24 a 27 de outubro, nesta edição a Felis aborda o tema Literatura, Preservação e Memória. “O atual momento político do Brasil e do mundo reflete uma tendência ao revisionismo da história e a literatura pode ser um grande antídoto à tentativa de se apagar o passado. Há também uma discussão local que a Felis propõem uma reflexão geral: estamos cuidando da nossa memória patrimonial?”, destacou Kleber Araújo. É o primeiro evento a ser realizado dentro do Circuito Cultural de Pernambuco, que reúne ações da Cepe, Secretaria de Cultura de Pernambuco e Fundarpe nas diversas linguagens artísticas. Serão mais de 40 horas e quase 60 atividades dentro de uma programação totalmente gratuita, que abrirá espaço para lançamentos de livros de autores locais e convidados, palestras, rodas de conversas, debates, apresentações musicais, oficinas, teatro, dança e gastronomia. A cineasta recifense Kátia Mesel enxerga a proximidade entre audiovisual e literatura a partir do roteiro. “No início de um filme tudo é escrito: primeiro o argumento, depois o roteiro. O cinema já nasce com a palavra escrita”, observa Kátia. Mas como nasce o roteiro? “De uma fofoca sai um mito, depois um livro, a seguir um filme. Essas trajetórias fazem parte da humanidade”, acredita Nélson. O pernambucano é roteirista da TV Globo e já adaptou 20 novelas da emissora para DVD. “A novela possui a linguagem de ganchos. Por isso acabo contando a minha novela dentro de outra novela. Conto minha história como acho que deve ser contada”, explica. Premiada internacionalmente, Kátia é reconhecida como a primeira diretora pernambucana, e já realizou mais de 300 filmes, desde a década de 1960. Mas dessa gama apenas três foram inspiradas em obras literárias, o que não exime o realizador de inevitavelmente produzir literatura ao escrever o roteiro. “Cacá Diegues, por exemplo, é membro da Academia Brasileira de Letras por causa dos seus roteiros”, ressalta. Isso, claro, para quem realiza filmes da maneira formal, como Kátia ressalta. “Sem esquecer de todas as licenças poéticas para uma ideia na cabeça e uma câmera na mão. Para resguardar a autoralidade da obra cinematográfica é preciso registrar por escrito”. Dentre os filmes inspirados em literatura, Kátia destaca seu premiado documentário Recife de dentro pra fora (1997), inspirado no poema Cão sem Plumas (1940-1950), de João Cabral de Melo Neto. “Basear-se em uma obra escrita por outra pessoa é desvendar seu conceito. Fiz grandes transtornos na obra poética. Mudei o sentido do rio, troquei estrofes de lugar. São olhares reversos”, explica a cineasta, que depois se encontrou pessoalmente com o autor e ele disse: ‘A obra de arte é como um filho. Depois que você coloca no mundo não é mais sua’”. Kátia também fez outras duas obras inspiradas em literatura. Rosana (2008) é baseada no livro de poemas de Cida Pedrosa, As filhas de Lilith (2008). Já Oh de Casa (1985) é baseado em textos de Gilberto Freyre, e traz imagens do escritor. Apesar de íntimas, para Nélson literatura e audiovisual são duas narrativas totalmente diferentes. “O importante é não haver preconceito entre as linguagens. É uma linguagem em cima de outra linguagem”, diz. O filme Através da Sombra (2016), dirigido por Walter Lima Jr. e com roteiro de Nélson Caldas Filho, é inspirado no clássico livro A volta do parafuso (1898), do inglês Henry James. “O desafio foi transportar para outra época”. No momento, o roteirista está adaptando o conto A queda da casa de Usher, do escritor americano Edgar Allan Poe. “Trago ele para o litoral recifense do começo do século 20”, adianta o roteirista, para quem a maioria dos filmes que assistimos são baseados em livros. “Só que são títulos desconhecidos, portanto ninguém se dá conta”.

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Filme pernambucano ‘Piu Piu’, que conta a história do primeiro transformista do Recife, estreia em Brasília

“Quando a cortina se abria, sob um universo colorido de plumas e paetês, ela surgia no palco, serpenteando movimentos lascivos, ao som de uma rumba ou de um merengue” (Leda Rivas, Diario de Pernambuco, 1986). Piu Piu, como era conhecido o ator, cenógrafo e figurinista Elpídio Lima foi, talvez, um dos primeiros transformistas do Recife. Nos anos 1950 e 1960, ele atuou na Companhia Barreto Junior, nos palcos dos teatros Almare e Marrocos, onde imitava as cantoras e atrizes Sarita Montiel e Carmem Miranda. Foi também um dos criadores da Companhia Tra-la-lá, de teatro rebolado. “Descobri a existência de Piu Piu a partir de uma matéria publicada, em fevereiro de 1986, no caderno Viver, do Diario de Pernambuco, de autoria da jornalista Leda Rivas. Nela, Elpidio Lima, já com 65 anos, aposentado e vivendo de maneira modesta como costureiro numa pensão na Rua da Glória, contava, em entrevista, um pouco de sua vida nos palcos iniciada ainda muito jovem, com apenas oito anos de idade, num internato em São José da Laje, Alagoas”, conta o diretor Alexandre Figueirôa. O filme “Piu Piu”, que estreia na Mostra Diversidade do Festival de Cinema do Paranoá, em Brasília, no próximo sábado (26), tem como principal intenção homenagear esse artista, cujos vestígios de sua carreira, com exceção da matéria de Leda Rivas, são apenas algumas poucas fotos e notas publicadas nos jornais do Recife nos anos 50 e início da década de 1960. No Recife, está a produção participa da sétima edição do Recifest, data de exibição marcada para o dia 21 de novembro, no Cinema São Luiz. Piu Piu segue também o caminho de outros trabalhos audiovisuais que Figueirôa tem realizado – “Eternamente Elza” (2013) e “Kibe Lanches” (2017) – no sentido de trazer aos dias de hoje, personagens que, bem antes das conquistas dos movimentos LGBTQI+, assumiram de alguma forma, uma atitude pioneira e libertária, diante da forte discriminação e opressão aos homossexuais. Piu Piu não é, todavia, um documentário biográfico dentro dos padrões clássicos do gênero. É um docudrama poético cujas imagens evocam o espírito de um artista vivenciando um Recife do passado e do presente, ou seja, um personagem real que vagueia por um tempo não determinado e que, apesar de estar mergulhado numa sociedade conservadora, expressou seus desejos através da arte. “A realização deste curta foi um trabalho prazeroso de descoberta de um personagem e de revisitação a uma época em que a moral e os costumes conservadores vigentes eram subvertidos pelos artistas de teatro das comédias populares, revistas e chanchadas”, explica o diretor. E ele se concretizou graças à dedicação de uma equipe pequena que abraçou a brincadeira com muita garra e alegria: Alexandre Figueirôa, na direção; Túlio Vasconcelos, na produção; Sérgio Dantas e Jonatan Oliveira, na direção e assistência de fotografia; Chico Lacerda, na montagem; e principalmente, o ator Julio César no papel de Piu Piu, cujo desempenho mostra como ele encarnou pra valer esse personagem que não conhecemos em vida, mas merece toda nossa admiração e respeito. Também assinalamos nossa reverência aos entrevistados Luís Maranhão e Valdi Coutinho, cujos testemunhos foram fundamentais para a composição da narrativa. Nossos agradecimentos vão ainda a Fernando de Albuquerque, Cleberson Rafael, Duda Correia, Cristiano Arthur da Silva, Fred Nascimento, Lau Veríssimo, Marcos André F. de Albuquerque, Cícero Belmar, João Batista de Lima, Eliú, Luiz Carlos Ferreira, Paulo D’Arce, Taína Veríssimo e Yeda Bezerra de Melo

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FestCine recebe inscrições para a cena audiovisual pernambucana

Com o objetivo de incentivar a produção, a criatividade e a difusão da produção audiovisual pernambucana, além de apresentar as diversas realizações de curtas-metragens oriundas da produção independente do estado, a 21ª edição do Festival de Curtas de Pernambuco (FestCine) estão com processo seletivo aberto. As inscrições poderão ser feitas até o dia 31 de outubro, pela plataforma Mapa Cultural de Pernambuco. O festival é uma realização conjunta do Governo de Pernambuco e da Prefeitura do Recife e acontece de 9 a 14 de dezembro, no Cinema São Luiz, na capital pernambucana. “O FestCine é um grande encontro da cadeia do cinema e da produção audiovisual pernambucana, principalmente os que estão iniciando sua carreira. O FestCine chega à sua vigésima primeira edição ressalta a força da produção local”, comemora Gilberto Freyre Neto, secretário Estadual de Cultura (Secult-PE). “Ao longo de sua história, o FestCine representou uma das poucas iniciativas na difusão dos produtos culturais audiovisuais produzidos no estado e foi uma janela de exibição de filmes de cineastas, hoje reconhecidos, como Camilo Cavalcanti, Marcelo Gomes, Antônio Carrilho e Adelina Pontual”, ressalta Marcelo Canuto, presidente da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe). “Especialmente num momento como o que vivemos agora, em que o cinema pernambucano é festejado no mundo inteiro, conquistando público, crítica especializada e prêmios em diversos países, o FestCine confirma sua importância. É preciso e urgente investirmos na formação de novas gerações para o audiovisual do Recife e de Pernambuco”, celebra o presidente da Fundação de Cultura Cidade do Recife, Diego Rocha. Os selecionados concorrem a um total de R$ 58,5 mil em premiações, divididas na Mostra Competitiva Geral e na Mostra Competitiva de Formação. Será concedido ainda o Troféu Fernando Spencer para os filmes concorrentes na Mostra Competitiva Geral em diversas categorias. O resultado dos curtas escolhidos será divulgado no dia 10 de novembro. Dúvidas sobre este edital deverão ser tiradas pelo e-mail: festcinepe@gmail.com. O FestCine é realizado por meio da Secult-PE, Fundarpe, Secretaria de Cultura do Recife e Fundação de Cultura Cidade do Recife. No ano passado, 209 filmes de várias regiões do estado foram inscritos. —

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Sete curtas pernambucanos estão selecionados para o Festival Curta Cinema

O Festival Internacional de Curtas-Metragens do Rio de Janeiro – o Curta Cinema – selecionou para sua próxima edição, que começa dia 30, cinco filmes pernambucanos, sendo quatro deles para a Competição Nacional. “Auto-Falo”de Caio Dornelas, que terá sua estreia mundial no evento, traz Nivaldo, personagem interpretado por Cllau Soares, alternando entre momentos fantasiosos com seu carro e momentos reais na sua convivência com outras pessoas. O filme faz uso de artifícios técnicos como a iluminação e o esquema de cores para dar um tom absurdo à relação que Nivaldo tem com seu carro e colocá-la em contraponto ao modo com que ele lida, principalmente, com Roberta, personagem interpretada por Sammia Gonçalves. O filme se passa em Ponta de Pedras, distrito do município de Goiana, em Pernambuco, que possuía menos de 10 mil habitantes segundo censo de 2010. Com isso, Caio Dornelas, diretor do filme e nascido em Goiana, explora um dos aspectos de sua terra natal: as atividades industriais que vêm crescendo na região, inclusive com a criação de um Distrito Industrial, onde encontram-se diversas fábricas, e, mais recentemente, com a instalação de uma fábrica de automóveis da FIAT, inaugurada em 2015. Também na Competição Nacional estão “Caçador”, de Leonardo Sette, ficção que narra a história de Nakuá, um índio que está mudando de aldeia e se percebe perdido diante do mundo novo; “Marie”, de Leo Tabosa, que fala sobre o regresso de Mário ao sertão para reencontrar o pai na figura de Marie, uma mulher trans, e “Thinya”, de Lia Leticia Leite, que surgiu a partir de um álbum de fotos comprado em um mercado de Berlim, cujas imagens ilustram textos de cronistas alemães que viajaram para o Brasil entre os séculos XVI e XVIII, compondo uma alegoria sobre colonizadores e colonizados. “Tempestade”, de Fellipe Fernandes, que mostra um homem tentando discernir sonhos e fatos em seu cotidiano vivendo em um país abatido pela crise, está na mostra paralela Panorama Brasil, enquanto “Volta Seca”, de Roberto Veiga, será exibida em Primeiros Quadros. “Caranguejo Rei”, de Matheus Farias”, participa da mostra Interzona, especializada em filmes de terror.

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Janela de Cinema abre inscrições para curtas nacionais e internacionais

Estão abertas as inscrições para curtas-metragens da décima-segunda edição do Janela Internacional de Cinema do Recife. Os realizadores interessados devem se inscrever através do link www.janeladecinema.com.br/2019. Lá, estão disponibilizados regulamento e formulários de inscrição. A competição será dividida entre curtas nacionais e internacionais, disputando premiação do Júri. As inscrições seguem até a próxima sexta-feira (18).   Crowdfunding O festival segue em campanha de financiamento coletivo para realização neste ano. Em menos de 5 dias, o evento já arrecadou cerca de 30% da meta almejada, no valor de R$ 30.000. A campanha, no ar até o dia 7 de novembro deste ano, pode ser acessada pelo link benfeitoria.com/janeladecinema. A iniciativa de crowdfunding segue modelo já adotado por outros eventos importantes do audiovisual brasileiro, como o Festival do Rio. Em mais de uma década de história, o Janela trouxe ao Recife desde clássicos até estreias mundiais, contribuindo para a tradicional cinefilia do povo recifense. Agora, mais do que nunca, precisamos de sua ajuda.

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Paço do Frevo e Museu da Cidade celebram Dia das Crianças

Além de marcar o feriado nacional de Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil, 12 de outubro também homenageia meninos e meninas. Para comemorar a data, o Museu da Cidade e o Paço do Frevo – ambos equipamentos geridos pela Prefeitura do Recife – prepararam atividades especiais para o Dia das Crianças, neste sábado. No Museu da Cidade do Recife, a pedida é uma oficina gratuita de “pintura gigante”, que será oferecida das 14h às 16h. A atividade é para toda a família. Crianças de todas as idades e seus pais estão convidados a usar a criatividade e dividir os pincéis. A oficina será ministrada pelo arte-educador Emerson Pontes. Mas antes de colocar a mão na massa, ou melhor, nas tintas, os participantes irão conhecer um pouco sobre as lendas dos monstros marinhos que assombravam os homens do mar no século 16. Eles servirão como sugestão de inspiração para a oficina. Alguns desses monstros, inclusive, estão estampados nas cartografias e azulejos holandeses da época e fazem parte da exposição Cinco Pontas – em cartaz no Museu. Para participar da oficina não é necessário inscrição prévia. Basta chegar ao Museu cerca de 30 minutos antes do início da atividade para receber a senha e o material. Paço do Frevo inaugura novo espaço No Bairro do Recife, o Paço do Frevo aproveita a data para inaugurar um novo espaço lúdico e criativo. A Sala Badia, no 2º andar, servirá como local de ativação de experiências, aberta a todas as idades e com atividades variadas, a serem divulgadas na programação mensal. Neste sábado, ela funciona das 14h às 18h com a ação “Frevência” – que contará com oficinas, brincadeiras e atividades educativas relacionadas com o frevo para crianças. Já às 15h, na programação “Abre a boca, Menino!”, o Paço receberá passistas mirins e adolescentes da Escola Municipal de Frevo, que compartilharão suas experiências em uma conversa com o público, culminando em uma roda aberta de frevo, na qual todas as crianças serão convidadas a dançarem e brincarem com o ritmo a sua maneira. As atividades estão inclusas no valor do ingresso do museu. SERVIÇOS Museu da Cidade do Recife Forte das Cinco Pontas, bairro de São José Oficina de pintura gigante Sábado, 12 de outubro, das 14h às 16h Gratuito, sem necessidade de inscrição prévia. Chegar 30 minutos antes para receber o material. Informações: (81) 3355-3108 www.museudacidadedorecife.org Paço do Frevo Praça do Arsenal da Marinha, s/nº, Bairro do Recife. Frevência: Espaço lúdico-existencial criativo 12/10, 14h às 18h | Sala Badia, 2º andar do Paço do Frevo Acesso incluso no valor do ingresso. Abre a Boca, menino!! – O corpo e as vozes que movem as crianças 12/10, 15h | Paço do Frevo Acesso incluso no valor do ingresso. Ingressos: R$ 10,00 e R$ 5,00 (meia).

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