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Náutico, um grande campeão

Houldine Nascimento Pela primeira vez, o Náutico é campeão nacional. O título do Brasileiro Série C, conquistado no domingo (6), em São Luís, é fruto das boas ações desenvolvidas pela gestão do presidente Edno Melo. Isso passa pelo esforço em retornar ao estádio Eládio de Barros Carvalho, nos Aflitos, onde o clube alvirrubro viveu os melhores momentos de sua história. Passa também pelo trabalho consistente de Gilmar Dal Pozzo, na volta ao comando técnico do Timbu. Pelas defesas milagrosas de Jefferson. Pela firmeza de Hereda, Camutanga, Fernando Lombardi, Diego Silva e Willian Simões no setor defensivo. Deve-se também à força do capitão Josa, de Jhonnatan e de Jean Carlos. À disposição de Jiménez, Danilo Pires, Maylson e Jefferson Nem. Ao ímpeto do trio de ataque formado por Álvaro, Wallace Pernambucano e o predestinado Matheus Carvalho. Ao apoio de Jorge Henrique e à união do elenco. Mas, mais do que isso: à massa alvirrubra que incentivou o time a superar adversários duros, como Paysandu e Juventude, em classificações dramáticas. E na grande decisão, ao encaminhar a conquista na primeira partida e sacramentar o triunfo diante do Sampaio Corrêa no Maranhão. Como esquecer do cabuloso "Timbu de Chernobyl" e do torcedor que viajou vários dias de bicicleta para vivenciar a grande final? Parabéns ao Náutico, que volta à Série B em 2020!

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Controlar velocidades é reduzir a tragédia!

Setembro é o mês do trânsito e eu tenho muito pouca crença na eficácia das campanhas educativas de trânsito porque os efeitos são demasiadamente modestos para um País onde morrem cerca de 40 mil pessoas por ano vítimas dos chamados “acidentes de trânsito”, dos quais cerca de um quarto são pedestres. Pior ainda: recente estudo divulgado pela seguradora Líder (que administra o seguro DPVAT) dá conta de que nos últimos 10 anos morreram 200 mil motociclistas e outros 2,5 milhões se tornaram vítimas de invalidez permanente. Se considerados todos os acidentes envolvendo motociclistas, os números chegam a assombrosos 3,3 milhões de pessoas. Essa população de atingidos só não é maior do que a das cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro. Uma tragédia social de proporções epidêmicas! Depois de divulgado o estudo, uma reportagem da Folha de S. Paulo publicou opiniões de especialistas sobre como enfrentar essa situação catastrófica. As medidas indicadas foram as seguintes: (1) mais rigor na formação do condutor; (2) maior e mais eficiente fiscalização; (3) engenharia de tráfego de melhor qualidade com o objetivo de tornar as vias mais seguras; e (4) redução da velocidade nas áreas urbanas. De fato, são medidas essenciais para enfrentar essa tragédia terrível mas, com base em minha experiência de observação do problema de fora dos veículos, como caminhante regular na cidade do Recife, se tivesse que indicar apenas uma dessas medidas, não hesitaria em apontar o controle da velocidade. Isso, por uma razão simples, numa espécie de prova pelo absurdo: se todos andassem devagar, o número de mortes no trânsito seria residual! Aí, retorno com minha desconfiança acerca das “campanhas” de trânsito: gasta-se uma quantidade grande de recursos para fiscalização da chamada Lei Seca com evidentes benefícios em termos de redução da alcoolemia ao volante já que, hoje em dia, muito pouca gente corre o risco de dirigir depois de beber... Todavia, desconfio de que se esses recursos fossem gastos com radares controladores de velocidade (tão satanizados nos últimos tempos), o número de mortes cairia drasticamente! Afinal, o que é mais prejudicial para a sociedade: um alcoolizado lento ao volante ou um abstêmico veloz? Não tenho dúvidas de que é o abstêmico veloz! E um e outro só são flagrados correndo por radares. Simples assim!

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Gestão Barros leva o Sport para o buraco

Por Houldine Nascimento Não é segredo que a gestão do presidente Arnaldo Barros tem sido danosa ao Sport em diversas ordens. Na esfera administrativa, o clube não consegue honrar os salários dos funcionários. Os atrasos são constantes, interferindo no andamento das atividades. Em qualquer empresa, isso já seria razão para desmotivar qualquer trabalhador. O Sport também está tendo problemas com a Justiça e responde a dezenas de ações trabalhistas. Dentro de campo, o fracasso da Era Barros é notório. Não só pelo desempenho apático dos jogadores, mas também pelas decisões absurdas ao contratar atletas que não têm nível para disputar uma Série A. Os sucessivos erros de Arnaldo Barros e seus comandados estão custando muito caro e fazendo o clube pernambucano caminhar a passos largos para o rebaixamento. Em geral, a queda de um time não é casual, mas construída há algum tempo. Nos últimos dois anos, o Sport flertou com o descenso e por pouco não foi parar na Série B. Diferentemente de 2016 e 2017, não há jogadores no elenco de 2018 capazes de reverter essa situação. O que evidencia mais uma vez que a atual diretoria está arruinando o que, com muita luta, foi construído. Antes conhecido por pagar salários em dia – prática infelizmente desrespeitada pelos clubes brasileiros – hoje, o Sport é famoso pelo calote. A situação calamitosa fez com que um grupo de sócios pedisse o impeachment de Barros, que tem manobrado para evitar uma saída vexaminosa. Apesar do desastre da cartolagem, a torcida compareceu à Ilha do Retiro nesse domingo (23) para apoiar o time rumo a uma improvável vitória sobre o Palmeiras de Felipão. Quase 19 mil torcedores viram os jogadores rubro-negros se esforçarem, mas as limitações técnicas falaram mais alto e o Alviverde paulista, com um elenco muito qualificado, levou a melhor e venceu por 1 a 0. O Leão segue afundado na vice-lanterna com 24 pontos. Restam 12 partidas e, para não cair, o Rubro-negro precisa ganhar sete jogos, o que seria um verdadeiro milagre. Mesmo que isso acontecesse, o que é muito improvável, não apagará a catastrófica condução de Barros (no último ano de mandato) à frente do Sport.

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O filme lançamento da Netflix "Sierra Burgess is a Loser"

*Por Beatriz Braga O filme lançamento da Netflix Sierra Burgess é uma loser tem como alvo o público teen. Um romance água com açúcar cheio de clichês que acontece entre os corredores hostis de uma escola e jogos de futebol americano. Mas o caso de amor improvável se dá entre Sierra, garota considerada acima do peso e não atraente, e Jayme, o atleta típico protagonista de sessão da tarde. A estranheza causada por esse encontro, dada a raridade de sua existência nos filmes que crescemos assistindo, mostra que não amadurecemos. Ainda estamos lá, na lanchonete do colégio, dividindo o mundo entre os corpos esbeltos, brancos e bonitos que merecem atenção e os invisíveis que devem abrir passagem. Queria ter visto mais Sierras enquanto crescia. A personagem, apesar do bullying que sofre, tem um senso de segurança que conquistou vindo de uma família que valorizava suas qualidades. Hoje o feminismo faz um trabalho pesado e necessário para que nos libertemos da pressão dos padrões de beleza. Mesmo absorvendo toda a teoria e me identificando com o discurso, no final do dia, ainda me torturo em frente ao espelho. Tenho inveja do meu corpo de dez anos atrás e não consigo entender porque me proibia de usar shorts naquela época. Vejo o sentimento se repetir nas mulheres a minha volta e a conclusão é sempre a mesma: nos enxergamos sempre piores do que um dia fomos. E como a vida segue inevitavelmente para frente, nunca seremos suficientes no presente em que vivemos. A frustração é um hábito e, pela natureza do que é cotidiano, não nos desperta atenção. Somos acostumadas com a nossa insuficiência e vivemos assim porque esse é o tipo de amor próprio que conhecemos - exigente e cruel. O filme tem algumas falhas de roteiro, mas a canção final criada por Sierra compensa esses detalhes (a atriz Shannon Purse - que também interpretou Barb em Stranger Things - tem uma voz lindíssima). Na letra, a protagonista se compara a um girassol, não tão bonito quanto uma rosa, em alusão à garota mais bonita e popular da escola. A protagonista apresenta a música ao pai, um escritor intelectual que, emocionado, cita uma frase de George Eliot sobre a beleza física: “a natureza, grande dramaturga trágica, entretece-nos por ossos e músculos e nos divide na teia mais sutil do nosso cérebro” (o filme também me ganha nas referências literárias). George Eliot na verdade era Mary Ann Evans, escritora inglesa do século 19, que usava o pseudônimo masculino para ganhar respeito na sociedade machista na qual vivia. Dizem que ela própria era considerada bem feia, fato muito discutido durante sua vida e postumamente - detalhe normalmente incluso em biografias femininas, mesmo quando o importante era mesmo a beleza de sua prosa. Passam os séculos, algumas coisas continuam iguais. A natureza nos fez diversos e tornamos isso, tantas vezes, uma tragédia. Entre os filmes e as conversas de adulto, as vezes é importante voltar algumas casas e nos refazermos. É preciso voltar ao passado e nos perdoarmos por sermos imperfeitos. Para compensar as adultas de hoje, faz bem resgatar a Sierra que poderíamos ter sido.  Aquela que sai do banho, encara o espelho e diz sorrindo para si mesma: “você é um animal maravilhoso”. “Você é linda, Sierra, mas é muito mais que isso”, diz seu pai. E não é simples assim? Somos tão além disso e, rotineiramente, nos julgamos tão menos. Que graça tem a rosa, afinal, cheia de espinhos, ao lado do girassol que, por ofício natural, persegue os raios de sol em todo canto que lhe é permitido florescer?

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Magrão impede derrota do Sport na Ilha

Por Houldine Nascimento Se há um time que não está fazendo por onde escapar do rebaixamento, é o Sport. No sábado passado (8), o Leão recebeu o Cruzeiro e só não perdeu graças a mais uma boa atuação de Magrão. Por essas e tantas outras, o goleiro é o maior ídolo da história do clube. Já aos 38 minutos do segundo tempo, ele defendeu um pênalti (o 33º da carreira) cobrado por Raniel e impediu que o Rubro-negro pernambucano perdesse na Ilha do Retiro. Pouco tempo depois, Magrão fez outra grande defesa em lance que sofreu falta. É preciso levar em conta também que a arbitragem prejudicou a equipe mineira ainda no primeiro tempo. Aos 28 minutos, Barcos marcou, mas o assistente assinalou impedimento inexistente. Assim foi contra o Paraná. O Sport continua em 17º na Série A com 24 pontos, mesma pontuação de Vasco – o primeiro time fora da zona da degola – e Ceará, hoje 18º. Pelo comportamento em campo nos últimos jogos, nem o Leão nem o cruzmaltino merecem permanecer na Primeira Divisão. O Ceará sim. Uma de suas facetas foi derrotar em sequência Flamengo e Corinthians, dois times semifinalistas da Copa do Brasil. Dos últimos 12 jogos no Brasileirão, o Vozão ganhou cinco, empatou quatro e perdeu três. Está em franca reação com o técnico Lisca e, pelo que se desenha, em breve estará fora da Z-R. Haverá novamente o tão sonhado clássico Fortaleza e Ceará na Série A em 2019?

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A dois passos do paraíso

Por Houldine Nascimento Náutico e Santa Cruz estão a dois jogos do retorno à Série B. No próximo fim de semana, as duas equipes iniciam a disputa pelas quartas de final da Terceira Divisão nacional, em jogos de ida e volta. Por terminar como primeiro colocado no grupo A, o Timbu decide a vaga em Pernambuco contra o Bragantino, quarto do grupo B. Já o Santa, que ficou na terceira posição, começa a luta pelo acesso no Arruda contra o Operário-PR, que concluiu a primeira fase na segunda colocação do grupo B. Para os dois clubes pernambucanos, a volta no ano seguinte à queda é essencial. Rebaixados em 2017, o Tricolor e o Alvirrubro precisam fazer valer a tradição. Sob o viés racional, a ascensão dos dois times vai alavancar as receitas, além de elevar o patamar deles esportivamente. No mata-mata, a excelente campanha feita pelo Náutico fica para trás, assim como as últimas partidas positivas que o Santa Cruz fez. O apoio da Federação Pernambucana de Futebol no extracampo é importante, especialmente porque os dois adversários vêm de praças esportivas fortes. O Bragantino tem suporte da Federação Paulista, enquanto o Operário está respaldado pela Paranaense. Por esses diversos fatores envolvidos, além da competitividade das equipes do Paraná e de São Paulo, os confrontos serão duros para a Cobra Coral e o Timbu, mas os pernambucanos reúnem condições para avançar e dar um alento à triste situação do futebol local.

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Como não ser machista - versão Copa do Mundo

*Por Beatriz Braga Alguns brasileiros acharam bonito constranger uma mulher russa ao fazê-la engrossar o coro sobre a sua “boceta rosa” sem saber o que aquilo significava. Os homens acabaram com suas carinhas estampadas em anúncio repelente de “macho escroto”. Há, no entanto, quem chame de apenas uma brincadeira infantil. Precisamos conversar sobre o que o vídeo (e as reações a ele) realmente significa. Para isso, quatro das expressões que ouvi relacionadas aos comentários sobre a repercussão: 1. “Eles estavam só brincando”. Sabe quando somos crianças, ouvimos uma brincadeira machista e repetimos por aí? Ou quando aprendemos nas novelas que homens não podem “ver um rabo de saia” e que só pensam em sexo? Ou quando nos ensinam que “mulheres que servem para casar” são quietinhas? Você lembra quantas vezes já ouviu que uma mulher bêbada estava “pedindo” para que algo ruim acontecesse? E que o tamanho da saia define a decência de quem a usa? Nós crescemos ouvindo na mídia, nas brincadeiras e no dia-a-dia: homens são impulsivos e predadores. Mulheres são a caça a ser desfrutada. O homem conquista. A mulher disputa sua atenção. Vamos combinar: machismo fode todo mundo. Homens também são vítimas, mulheres também são algozes. Mas nós todos estamos inseridos na chamada Cultura do Estupro, a lógica que torna a violência contra a mulher uma coisa normal (isso não é ponto de vista, é um fato: www.relogiosdaviolencia.com.br) O que nos levou a números tão alarmantes foi a naturalização do comportamento machista. Começa na piadinha, no comentário que escutamos e levamos para escola, na propaganda que compara mulher a cerveja, no assobio “inocente” na rua, quando dizemos que a mulher drogada estava fácil e aquele short era de “rapariga”. A violência contra mulher é um fenômeno social. Por isso é tão comum e tão difícil de ser combatida. A cultura do estupro está em todo canto, inclusive na piada que fala da cor da boceta de uma mulher sem ela entender nada. Não se engane. Todos esses movimentos tantas vezes “sutis” lembram ao homem constantemente que ele tem poder sobre a mulher. E diz à mulher toda hora que ela é inferior. A brincadeira machista é a ponta do iceberg que culmina no cara que bate na mulher ou no tio que abusa do corpo da sobrinha. É um reflexo do que acontece todo dia e não viraliza. É parte da mesma lógica na qual 33 homens se sentem no direito de estuprar uma garota ao mesmo tempo e gravar para mostrar a outros homens. A brincadeira é a marca de uma sociedade que faz de todo homem um potencial opressor e de toda mulher um alvo. 2) “Ela estava se divertindo”. O argumento não se aplica ao caso, pois a mulher não sabia do que se tratava a risadagem. Mas digamos que ela achasse graça. Ou no caso da mulher entrevistada que não viu problema. Ou na mulher que diz adorar ser chamada de gostosa na rua. Sempre vão existir mulheres a reproduzir atitudes machistas. Mas isso não muda o fato de que o machismo ocorreu. Quantas vezes ainda me pegarei reproduzindo atitudes sexistas, racistas e preconceituosas. Mas o feminismo me ensina a refletir sobre elas. Uma mulher defender uma atitude machista não legitima o ato. Até porque ela não se beneficiará em nada daquilo. O homem é beneficiado na escala de poder. A mulher continua saindo na rua a evitar becos escuros com medo do sexo oposto, enquanto o homem branco, hétero e classe média continua no topo da pirâmide. Vivemos em sociedade. Toda vez que uma mulher é assediada afeta a todas mulheres. Quando vejo uma companheira reclamar do “mimimi” feminista, penso que tenho que lutar em dobro em nome dela. O homem que traz esse argumento vai ter que torcer, em dobro, para que ela não acorde. Porque quando acordar, meu querido, será uma revolução. 3) “Eles são uns meninos”. Quando uma menina de 13 anos é assediada, dizem que ela tem corpo de mulher, que provocou, que a roupa que usava não era de criança. Quando um homem assedia, ele é menino, não sabia o que estava fazendo, deixa pra lá. Se a mulher bebe, ela pediu por aquilo. Se o cara está bêbado, aquele não era o seu verdadeiro “eu” agindo no momento. Nossos hormônios nos fazem histéricas, loucas. Para o homem, sua biologia lhe serve de desculpa. Talvez, a passos lentos e de formiguinha, chegou a hora dos homens começarem a serem responsabilizados. Os poderosos de Hollywood estão caindo. Os brasileiros do vídeo poderão ser punidos. Não tem menino ali. Só vejo adultos vacinados. Em nenhuma de suas respostas, no entanto, eles admitem o erro. Enquanto não aprendem na conversa, vão entender na marra. 4) “Tem que ter cuidado com a internet”. Que tal trocarmos a frase “tem que ter cuidado com o que postar na rede” por “tem que ter cuidado com o que faz”?. A culpa não é da internet, não é nossa por estarmos problematizando uma “brincadeira de mal gosto”. Não é das mulheres mal amadas que adorariam atenção de homens. A culpa é de quem não está prestando atenção. Aproveito para sugerir outra substituição. Vamos trocar “e se fosse sua filha?” para “e se fosse um ser humano?”. Vamos esquecer a lógica dos nossos representantes políticos que chegam no palanque e creditam o voto às suas famílias. Não merecemos respeito por sermos filha ou alguma coisa de algum homem. Somos seres vivos e isso basta. Pois bem, é isso que pedimos: diante de uma mulher, enxerguem um ser humano e não apenas uma boceta rosa.…... Tive a oportunidade de conversar com uma russa uma vez. Ela havia se mudado para a Espanha porque disse não aguentar os homens do seu país. “Vim para Barcelona encontrar amor”, confessou. A Rússia é um lugar altamente machista e repressor. Lembro de ter dito que a situação no Brasil também não é legal. “Somos um dos países que mais mata mulher no mundo”. No final do papo, desejei

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Pesquisa aponta que má postura é principal causa de dores nas costas e musculares

A terceira edição da pesquisa A Dor no Cotidiano1, realizada por Advil com o apoio do Ibope Conecta, traz dados inéditos sobre como o brasileiro lida com a dor e o que faz para tentar evitá-la. Quando o assunto são as dores nas costas e musculares, os participantes do estudo afirmam que manter uma boa postura corporal no dia a dia (58% e 38%, respectivamente) é a principal atitude para impedir que os incômodos apareçam. Além disso, para evitar as dores musculares, praticar atividade física regularmente é uma atitude importante para 37% dos participantes. Já para prevenir a dor de cabeça, os entrevistados procuram manter uma boa noite de sono (46%) e controlar o estresse (45%). A pesquisa mostrou também que as dores mais frequentes entre a população brasileira seguem os mesmos padrões da edição anterior2, realizada em 2016. Dos entrevistados, 76% dizem ter tido dor de cabeça pelo menos uma vez nos últimos três meses, 65% afirmam terem tido dor nas costas e 63% relatam ter tido dores musculares em outras partes do corpo. O presidente da Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor (SBED), Irimar de Paula Posso, explica que, a fim de evitar a dor, é fundamental conhecer o próprio corpo e respeitar seus limites. “Praticar exercício regularmente, com moderação e acompanhamento profissional, é importante para se proteger das dores nas costas e musculares e uma ótima maneira de ter mais qualidade de vida”, destaca. Maior causa de afastamento do trabalho, a dor nas costas é a mais frequente entre os participantes da pesquisa, tanto em 2016 quanto em 2017: dos entrevistados que sofrem com o incômodo, 65% sentem essa dor pelo menos uma vez por semana. Ano passado, o percentual registrado foi de 64%. “Fazer atividades repetitivas ou ficar muito tempo na mesma posição – sentado, de pé ou dirigindo, por exemplo – podem ser causas de dor nas costas. A orientação é utilizar móveis ergonômicos e calçados adequados, além de movimentar-se periodicamente e alongar-se”, ressalta o especialista. O uso prolongado do celular, com a cabeça baixa, excesso de peso e o próprio envelhecimento também contribuem para a frequência das dores nas costas. As dores musculares, entretanto, também são bastante constantes. Entre os que têm dores musculares, 57% sentem pelo menos uma vez por semana. As principais causas apontadas pelos participantes da pesquisa para as dores musculares são má postura (58%) e excesso de exercício (56%). Na sequência, os motivos citados são gripes ou resfriados e excesso de trabalho ou estudo, com 48% e 42%, respectivamente. Quando analisados por faixa etária, o estudo mostra que quanto mais jovens mais as pessoas tendem a associar excesso de exercício e gripes e resfriados a dores musculares. Os mais velhos, ao contrário, destacam-se por associar a falta de exercício à dor muscular. “As dores decorrentes dos exercícios físicos podem ser causadas por seu excesso, mesmo quando a pessoa está condicionada, ou pela prática de movimentos que o corpo não está acostumado, ainda que sejam atividades cotidianas, como varrer a casa ou subir escadas”, explica Posso. Para aliviar a dor Ter consciência do próprio corpo e buscar atitudes que ajudam a evitar a dor é fundamental para ter bem-estar no dia a dia. Sabemos, porém, que, de vez em quando, a dor pode aparecer. Para esses momentos esporádicos, o uso de um analgésico é a solução. A pesquisa mostrou que os principais fatores que levam os entrevistados a confiarem em uma marca de analgésicos são a qualidade e a eficácia (50%), seguidos pela indicação do médico (25%). “Com o dia a dia cada vez mais agitado, muitas vezes, não podemos parar nossas atividades por causa da dor. Assim, Advil pode ser um aliado para o alívio rápido, já que é um analgésico com ação rápida a partir de 10 minutos” destaca a diretora de Marketing da Pfizer Consumer Healthcare, Cristina Viana da Fonseca. O medicamento é facilmente absorvido pelo organismo devido à inovadora tecnologia da cápsula líquida. Há nove anos no mercado brasileiro, Advil é indicado para o alívio das dores de cabeça, nas costas e musculares. (Maxpress)

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Fisioterapia oferece tratamento para dor na coluna

A fisioterapia também trouxe novas possibilidades de tratamento e prevenção. Uma delas é a osteopatia, que emprega um conjunto de técnicas manuais, que atuam na estimulação dos tecidos. “Após a avaliação do paciente o profissional osteopata identifica qual técnica se faz necessária naquele momento”, explica Maria do Socorro Almeida Costa, fisioterapeuta da Clínica Ciclo Fisioterapia. Com o uso das mãos, o profissional desbloqueia restrições de mobilidade a partir de três campos terapêuticos: músculos e ossos, crânio e vísceras. “Quando o fisioterapeuta, através de técnicas manuais osteopáticas recupera a mobilidade de uma articulação, ele alivia a sobrecarga e evita desalinhamentos posturais”, esclarece Socorro. Outra vantagem da técnica é o seu emprego na prevenção. “A lesão osteopática afeta sempre o movimento antes de provocar dor, antes de perturbar os órgãos, antes de atingir uma região, antes de multiplicar-se e expandir-se. Para prevenir as dores nas costas é importante o tratamento com osteopatia no momento em que o paciente se queixa de alguma dificuldade nos movimentos da coluna, quando se sente ‘travado’”. Embora tenha chegado ao Brasil em 1989, a técnica foi criada em 1874 pelo médico norte-americano Andrew Taylor Still e é recomendada pela Organização Mundial da Saúde. Em média o tratamento é feito com três sessões seguidas, uma vez por semana. “Dependendo da evolução, mantém a cada 15 dias, finalizando com uma sessão mensal se existir desconforto ou limitação articular”, afirma Socorro. Reeducação Postural Global (RPG) é outro método fisioterapêutico manual, desenvolvido pelo francês Philippe E. Souchard nos anos 80. Tem como objetivo prevenir e combater dores relacionadas à má postura. “É realizada de forma a conscientizar o paciente sobre a necessidade de ter uma postura que não afete sua saúde, trabalhando o equilíbrio, corrigindo as alterações e melhorando a qualidade de vida”, explica a fisioterapeuta . Na sessão de RPG são trabalhadas posturas com movimentos lentos, graduais e progressivos associando com a respiração, alongando e descomprimindo o corpo, permitindo que os músculos voltem a ficar nas posições fisiologicamente corretas. “O paciente tem uma participação ativa no tratamento, partimos da consequência até a causa do problema”, acrescenta. São necessárias em dia 10 sessões para tratar e prevenir as dores na coluna. “Mas isso vai depender do problema apresentado e da idade do paciente”, diz Socorro.

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Livre-se da dor na coluna

Se você alguma vez na vida já sofreu com dores nas costas, saiba que não está sozinho nesse martírio. Estatísticas comprovam que 94% da população algum dia vai se queixar dessa sensação dolorosa. Não por acaso, um estudo realizado nos Estados Unidos mostrou que os custos causados somente pela dor na região lombar (no final da coluna) chegam a assustadores US$ 90 bilhões, o que inclui gastos como terapias e afastamento no trabalho. A boa notícia é que o tratamento evoluiu muito nos últimos tempos a ponto de a cirurgia ser recomendável para apenas 0,5% dos casos. Mas, afinal, por que a dor na coluna vertebral é tão prevalente? Um dos motivos é que pagamos o preço pela nossa evolução, desde que o nosso antepassado Homo erectus ficou de pé. Na verdade, a coluna foi concebida para ficarmos em posição horizontal e mesmo quando há milhões de anos a espécie humana adotou a posição vertical, nossas vértebras não estão totalmente desenvolvidas e adaptadas para tal mudança. Aguentamos bem a ousadia de ser bípede durante as duas ou três décadas de vida, depois dos 30 podem surgir os problemas. Por isso, é bom prevenir . Outros fatores são obesidades (o peso sobrecarrega a região), fumo (que acomete os ossos ) estresse, tensão, além de fatores genéticos. Sem falar no sedentarismo. O fato de ficarmos tanto tempo sentados diante da TV, do computador ou do smartphone tem levado muitos especialistas a brincarem que de Homo erectus passamos a ser Homo sentatus. Brincadeiras à parte, o importante é entender que existem vários tipos de dor, que pode surgir em diferentes áreas das costas: coluna cervical, torácica, lombar, sacral e coccígea (veja quadro ao lado). “A grande parte das queixas está relacionada à cervical e a lombar”, informa Luciano Braun, coordenador clínico da Clínica de Dor do Hospital Esperança . A sensação dolorosa pode ser muscular (chamada pelos médicos de miofacial) que é a mais comum. Para detectá-la, segundo Braun, basta realizar o diagnóstico clínico com exame físico e ouvir a história paciente. Nos demais casos são pedidos testes complementares, como raio-x, tomografia, ressonância magnética, cintilografia e eletroneuromiografia. A dor pode ainda acontecer no disco intervertebral. Ele tem um formato de anel, composto por um tecido cartilaginoso e elástico e serve como uma espécie de amortecedor entre as vértebras. Por razões como esforço excessivo, traumas e idade, o disco pode se deslocar, formando uma hérnia, e comprimir as raízes nervosas que emergem da coluna. Outra causa pode estar nas articulações que são responsáveis por esticar, dobrar e movimentar a coluna. Elas podem sofrer degeneração em razão do processo de envelhecimento, causando dor. Para alento dos que forem com essas dores, a medicina e outras áreas da saúde dispõem de alternativas que na grande maioria dos casos dispensa a necessidade de cirurgia. Hoje em dia são realizadas técnicas minimamente invasivas, em regime ambulatorial, sem necessidade de anestesia geral, apenas local. “O paciente faz o procedimento e no mesmo dia já é liberado para ir para casa e no outro dia pode ir trabalhar, porque já não se queixa de dor”, informa Luciano Braun. As técnicas tiveram um desenvolvimento tão grande que impulsionaram o surgimento de uma nova especialidade: a medicina intervencionista da dor. “São procedimentos que podem ser empregados desde casos de hérnia de disco até fraturas de vértebras”, detalha Braun, que é presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Intervencionista em Dor e vice-presidente da Academia Latino-americana de Medicina Intervencionista em Dor. Nesses procedimentos o médico utiliza agulhas e cateteres para introduzir medicamentos e outras substâncias no local da dor, guiado pelo auxílio de imagem de ultrassonografia, raio-x, ressonância magnética ou tomografia computadorizada. Nos casos de hérnia de disco, por exemplo, o especialista introduz anti-inflamatórios no canal espinhal. “A técnica reverte 90% dos casos”, assegura Braun. Para os 10% restantes existe um leque grande de alternativas, entre elas a injeção de ozônio, um gás que desidrata o disco, reduzindo-o, além do uso do laser. Já nos casos de fratura de vértebra, é feita a injeção no local fraturado da substância polimetilmetacrilato em estado líquido. Ao ser injetada, ela se solidifica como uma espécie de cimento. “Três horas depois do procedimento o paciente vai para casa, sem necessidade de cirurgia aberta ou colocação de parafuso”, informa Braun. Essas intervenções, no entanto, não são utilizadas para as dores musculares. Nesses casos os pontos dolorosos são inativados com injeção de anestésicos, ondas de choque ou agulhamento (que é a técnica da acupuntura). Veja também: fisioterapia oferece tratamentos para dor de coluna

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