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Um “dar de mãos” entre a indústria da construção civil e os órgãos de fiscalização ambiental: é possível?

*Por Luiz Mário Guerra e Thiago Bezerra Segundo levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI), mais de 70% das empresas do setor da construção civil apontam o licenciamento ambiental como um dos principais entraves para novos empreendimentos no Brasil. Paralelamente, dados do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) mostram que o país perdeu, entre 1985 e 2022, mais de 90 milhões de hectares de vegetação nativa — um território equivalente à soma de França e Alemanha. Diante desse cenário, surge uma tensão natural entre dois aspectos, aparentemente antagônicos, mas igualmente relevantes para a sociedade: de um lado, o dever do Estado, por meio de seus órgãos ambientais, em proteger o meio ambiente ecologicamente equilibrado — um direito fundamental previsto no artigo 225 da Constituição Federal; de outro, o legítimo interesse da iniciativa privada em fomentar o desenvolvimento econômico e gerar empregos, riqueza e infraestrutura, o que, ao fim, redunda em benefícios para toda a sociedade. Não há vilões. Existe, sim, interesses distintos que precisam ser mediados com técnica, bom senso e, sobretudo, com segurança jurídica. Os órgãos ambientais cumprem uma função inegociável: garantir que o crescimento urbano e industrial não seja feito às custas da degradação irreversível dos nossos biomas, da poluição de rios, da emissão desenfreada de gases e do comprometimento da qualidade de vida das próximas gerações. O rigor dos processos de licenciamento, embora muitas vezes questionado pela burocracia e morosidade, tem como objetivo prevenir danos ambientais e exigir das empresas planejamento, responsabilidade e compensações adequadas. Por outro lado, é injusto ignorar que, sem a iniciativa privada, o Estado é inviável. O setor da construção civil, em especial, é um dos pilares da economia nacional, responsável por mais de 6% do PIB e pela geração de milhões de empregos diretos e indiretos. Suas demandas por agilidade, clareza normativa e previsibilidade legal não devem ser tratadas como caprichos corporativos, mas como pontos legítimos de aprimoramento das relações intersetoriais. É nesse cruzamento de interesses que o Direito Penal Ambiental se vê frequentemente invocado: ora para punir condutas ilegais que colocam em risco o meio ambiente, ora para defender empresários que, mesmo imbuído dos melhores propósitos, enfrentam, muitas vezes, labirintos burocráticos e procedimentos kafkianos. É tempo de aproximação, diálogo e compreensão mútua. Não há outra saída. É preciso construir ambientes dialogais entre órgãos de fiscalização, setor produtivo, especialistas e sociedade civil. Afinal, só com equilíbrio entre progresso e proteção, entre desenvolvimento e sustentabilidade, será possível construir um país mais justo, competitivo e ambientalmente responsável. *Luiz Mário Guerra é Procurador do Estado e Sócio da área Penal Empresarial do Urbano Vitalino Advogados e Thiago Bezerra é sócio da área Imobiliária do Urbano Vitalino Advogados

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Governo amplia Minha Casa, Minha Vida para classe média e mira 3 milhões de novas moradias até 2026

Nova faixa do programa permite financiamento de imóveis de até R$ 500 mil para famílias com renda entre R$ 8 mil e R$ 12 mil O Governo Federal anunciou a meta de contratar 3 milhões de novas unidades habitacionais por meio do programa Minha Casa, Minha Vida até 2026. A ampliação da política habitacional inclui agora uma nova faixa voltada para famílias com renda entre R$ 8 mil e R$ 12 mil, que poderão financiar imóveis novos ou usados de até R$ 500 mil em até 420 parcelas, com taxa de juros de 10,5% ao ano. O ministro das Cidades, Jader Filho, explicou que essa nova faixa busca suprir a demanda de um público que antes recorria majoritariamente à poupança para financiar seus imóveis. “Estamos usando recursos do Fundo Social, oriundos do pré-sal, combinados com recursos da poupança e da LCI, para viabilizar R$ 30 bilhões em financiamentos. Só neste ano, a previsão é atender 120 mil famílias”, afirmou o ministro, em entrevista ao programa A Voz do Brasil. A maior parte dos contratos do Minha Casa, Minha Vida continua sendo destinada às faixas de menor renda, especialmente a Faixa 1, que contempla famílias com renda de até R$ 2,8 mil mensais. “Aumentamos o subsídio para R$ 55 mil e reduzimos os juros a patamares históricos, garantindo acesso à moradia digna para quem mais precisa”, destacou Jader Filho. Com quatro faixas de renda, o programa segue sendo o principal instrumento do governo para a redução do déficit habitacional, atendendo desde famílias em situação de vulnerabilidade até a classe média, com condições facilitadas de acesso ao crédito e subsídios crescentes. Faixas de Renda do Minha Casa, Minha Vida🏠 Faixa 1: até R$ 2,8 mil🏠 Faixa 2: R$ 2,8 mil a R$ 4,7 mil🏠 Faixa 3: R$ 4,8 mil a R$ 8 mil🏠 Faixa 4 (nova): R$ 8 mil a R$ 12 mil

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Vendas do comércio da construção civil crescem 4%

As vendas do comércio varejista da construção civil no país fecharam os quatro primeiros meses do ano (janeiro a abril) com crescimento acumulado de 4% na relação com os quatro primeiros meses de 2017. Quando comparado a abril do ano passado, abril deste ano também acusa crescimento de 4%. Os dados fazem parte de pesquisa sobre o setor, divulgada hoje (3), no Rio de Janeiro, pela Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco). Quando a comparação é com março deste ano, o comércio amarga queda de 4%. Para o presidente da Anamaco, Cláudio Conz, mesmo com os dados mostrando que as empresas “estão se recuperando do ponto de vista do faturamento, uma vez que o crescimento é nominal, para se ter uma melhor avaliação do setor é importante a verificação dos dados levando-se em conta a inflação dos produtos comercializados”. Para ele, “reformas e expansão de imóveis dependem de confiança e espaço para investimentos de médio e longo prazo, cujas condições de juros e financiamentos para a compra da casa própria começam a ser oferecidas abaixo dos 10% ao ano''. Queda em todo o país Uma análise da pesquisa feita pelo índice dessazonalizado (mês comparativamente ao mês anterior) o estudo anotou desempenhos negativos em todas as regiões do país. No Nordeste, as vendas caíram 16%; no Norte, 11%; no Sudeste 10%; no Centro-Oeste 9% e no Sul, 2%. A pesquisa ouviu 530 lojistas de todo o país entre 24 e 27 de abril. A partir do levantamento, a associação constatou que os lojistas, apesar da queda no índice dessazonalizado, acreditam que irão recuperar parte das vendas em maio. Cerca de 62% dos entrevistados esperam que as vendas cresçam 10% nos próximos 30 dias. A pesquisa apurou também que 42% das lojas pretendem fazer investimentos nos próximos 12 meses e que cerca de 18% das entrevistadas têm intenção de contratar funcionários ainda este mês. (Agência Brasil)

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