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Coringa e Minha Mãe é uma Peça no Planeta Drive-in Recife

A rede pernambucana Moviemax será a responsável pela exibição dos filmes no Planeta Drive-in Recife na Avenida Boa Viagem. O projeto foi antecipado ao público em um dia e acontecerá de 15 a 19 de julho, com três sessões, sempre às 15h, 18h30 e 21h30. Já é possível comprar antecipadamente as vagas para filmes como: Shazam!, Minha Mãe é uma peça 3, Coringa e Nasce uma Estrela. As vendas serão online no www.planetadrivein.com.br. a partir de R$ 70 por carro.   Confira a programação Quarta-feira, 15/07 Shazan - 15h - Dublado Minha Mãe é uma peça - 18h30 - Dublado Coringa - 21h30 - Legendado Quinta-feira, 16/07 Como teinar seu dragão 3 - 15h - Dublado Shazam! - 18h30 - Dublado O homem invisível - 21h30- Dublado Sexta, 17/07 Sonic - 15h- Dublado Coringa - 18h30 - Legendado Nasce uma estrela - 21h30 - Legendado Sábado, 18/7 Como treinar o seu dragão 3 - 15h - Dublado Nasce uma estrela - 18h30 - Legendado O homem invisível - 21h30 - Legendado Domingo, 19/7 Sonic - 15h - Dublado Minha mãe é uma peça 3 - Nacional - 18h30 Coringa - 21h30 - Legendado O Planeta Drive-in Recife, localizado em área entre as avenidas Boa Viagem e Antônio de Góes, segundo os proprietários, segue rígidos processos de segurança e alinhados com os órgãos competentes do Recife. "Vivenciamos um novo formato de socialização e os drive-ins, depois das lives, tomam conta do cenário do entretenimento mundial. Vamos colocar Recife nesta rota ao unir o resgate de um formato de cinema a uma nova infraestrutura de gastronomia e serviços com comodidade e segurança ", comenta a produtora de eventos Juliana Cavalcanti, responsável pela vinda do projeto. Os drive-ins decolaram nos anos 50 pelo mundo como opção de entretenimento familiar e agora volta ressignificado. As exibições no Recife acontecerão com telão de 4K com 144m2 em alta resolução, já o áudio poderá ser transmitido, via rádio, direto aos sistemas de som dos carros. Não faltarão comidinhas para acompanhar a sessão: será possível fazer os pedidos via aplicativos, sem contato, e os atendentes irão direto levar os petiscos aos veículos. O uso do app será também utilizado para organizar as filas aos banheiros, assim evitando qualquer tipo de aglomeração.

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Coringa: realidade faz cidadão comum sucumbir à loucura

Meu vei, falar desta figura não é fácil, pois nunca fui fã de vilões, mas nem por isso deixo de reconhecer que alguns são necessários para que tenhamos super-heróis incríveis. Muitos desses ‘cabras da peste’ chamam a atenção de qualquer leitor ou espectador. “Quando o mundo se perder, e nos jornais você vai ver só estupro, guerra, fome e nada mais, ahh, então eu vou mostrar quem sou!...". Pense num contexto apocalíptico e até semelhante ao que está tão próximo de nós, do nosso cotidiano, do dia a dia. Essa música é cantada pelo Coringa na animação Batman: a Piada Mortal (2016) e tem relação direta com a trama do atual filme de Todd Phillips nos cinemas. Mas vamos lá, vou falar da história desse personagem antes de dar qualquer spoiler.  O palhaço vilanesco estreou nos quadrinhos em 1940, na revista nº 1 de Batman. Era um um assaltante de jóias que matava as pessoas de Gothan usando o gás do riso, deixando suas vítimas com o rosto deformado, simulando um sorriso “feio que só a gota!”. No início, a própria DC Comics não achava o personagem interessante: um palhaço, que gargalhava, matava e soltava piadas. Nesta edição, foi sugerido que o Coringa deveria morrer, mas o vilão foi salvo pelo editor Whitney Ellsworth. Segundo Antônio Luiz Ribeiro, o personagem era chamado de “Galhofeiro” ou “Risonho” (pela empresa Ebal) no Brasil, e só tempos depois a Ebal o batizou de Coringa. A origem do personagem tem controvérsias, pois existem duas versões, uma apresentada pelo ilustrador Jerry Robinson, que inspirou-se pela figura do palhaço de uma carta de baralho. A outra é creditada à dupla criadora de Batman, Bob Kane e Bill Finger, influenciados pelo protagonista do filme O Homem Que Ri (1928), do cineasta expressionista alemão Paul Leni. Ele era interpretado pelo ator alemão naturalizado britânico, Hans Walter Konrad Veidt, comumente conhecido como Conrad Veidt. O filme, baseado na obra de Victor Hugo, fala da história de Gwynplaine, filho de um nobre Inglês que supostamente traiu o Rei James II da Inglaterra. Por isso, o monarca ordenou uma sentença de morte ao seu pai e, também, que o menino sofresse uma cirurgia para desfigurar seu rosto, mostrando um sorriso eterno. Como já abordamos nas colunas anteriores, na década entre 1950 e 1960, devido ao ‘Comics Code Authority’, tantos os Heróis como os vilões tiveram suas histórias, origens ou características alteradas ou amenizadas. Isso também ocorreu com o palhaço do crime, que ficou menos macabro. Esse é um dos motivos de termos na série de TV do Batman, em 1966, a versão icônica do ator Cesar Romero, interpretando um Coringa esquizofrênico, que tinha um humor infantilizado e gostava de aborrecer o Batman. Os fãs dos quadrinhos não gostavam desta versão, mas era extrapower e divertido de ver, na minha opinião. Com a censura aos quadrinhos enfraquecendo, em 1973, a dupla Dennis O’Neil e Neal Adams, reapresentam o vilão como conhecemos: o palhaço psicopata, que aniquila suas vítimas por sadismo e quer, de todas as formas, enlouquecer o Cavaleiro das Trevas. Ôh vilão maquiavélico e ‘doindin’ da mulesta! Entretanto, este personagem de várias facetas e origens chega com outra perspectiva no ano de 1988. Os britânicos Alan Moore (roteirista) e Brian Bolland (desenhista) constroem um Coringa diferente na HQ Batman: A Piada Mortal. O enredo narra a vida de um homem comum, casado, que trabalha em um laboratório químico, mas tem uma paixão e acredita ter talento para fazer as pessoas rirem. Após largar o emprego em busca de seu sonho, sem obter sucesso na comédia, sua vida entra em colapso, com dívidas e outras situações que o forçam a cometer um assalto ao laboratório em que trabalhava, junto com dois comparsas. E será neste local, para que Batman não o pegue, que o cidadão comum com um capuz vermelho se joga em um tanque com um líquido químico, desfigurando seu rosto, mudando seu tom de pele e cabelos, mas também alterando sua personalidade. Nesta  HQ o Coringa relata que “basta apenas um dia ruim para você abraçar a loucura e dela nunca mais soltar.” Daí por diante, o palhaço do crime foi ganhando destaque, transformou-se no principal arqui-inimigo do Batman, praticamente a face do mal do Cavaleiro das Trevas, fazendo sucesso nos quadrinhos, nas animações, nas telonas e nos games. E este palhaço começou a conquistar  prêmios, a exemplo dos três Eisner (roteirista, desenhista/arte-finalista e álbum) e quatro Harvey (artista, colorista, edição e álbum), conferidos à HQ A Piada Mortal, em 1989. O coringa já apareceu em cinco filmes no cinema, já ganhou um Oscar (2009) e, dez anos depois, o Leão de Ouro (2019). Mais uma vez, ele terá sua origem apresentada de maneira distinta na interpretação do ator Joaquin Phoenix no filme “Coringa” (2019), atualmente em cartaz. Vou tentar não dar muitas informações sobre o filme, para não estragar sua experiência, pois essa película é mais uma obra de arte do que um longa-metragem do universo dos quadrinhos, super-heróis contra seus vilões. De fato, a versão do cinema retrata um homem simples, na década de 1970, que não tem um salário decente, que sonha em fazer as pessoas rirem, mora com sua mãe, sofre ‘bullying’ de companheiros da firma de comédia, do seu chefe, de jovens arruaceiros das ruas de Gotham e de várias outras pessoas ao seu redor. Além disso, ele tem uma síndrome, uma doença que o deixa constrangido, pois ele não consegue segurar suas risadas em momentos em que fica ansioso ou nervoso. As risadas chamam muita atenção neste filme, pois parece provocar dor no protagonista (e para quem assiste), algo que ele não consegue controlar e que o deixa ofegante, completamente sem forças. Pense numa vida triste que só a gota serena. Dá para traçar paralelos com nossa realidade atual. Mas uma situação dantesca e violenta o faz pegar uma arma com “um amigo da onça”, e de forma inesperada para ele, o faz cometer um crime que resultará em polêmicas na cidade

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