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Máscara requer descarte adequado para não afetar tubulação de esgoto

Com o início de novas regras de prevenção à Covid-19 e a obrigatoriedade pelo uso de máscaras de proteção facial em ambientes externos em diversas cidades pelo país, se faz necessário redobrar a atenção quanto ao descarte desse tipo de material, quando houver a necessidade de uso das máscaras descartáveis, que são uma opção além das tradicionais de pano.  Sabe-se que no Brasil, segundo dados do mais recente Panorama de Resíduos Sólidos divulgado pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), cerca de 6 milhões de toneladas de resíduos recebem destino inapropriado todos os anos. E parte dessa destinação inadequada acaba chegando ao sistema público de esgoto. Na Região Metropolitana do Recife (RMR), somente no ano passado, a BRK Ambiental – responsável pelos serviços de esgoto na RMR - recolheu mais de 200 toneladas por mês de lixo do sistema de esgoto. Todo esse resíduo foi removido durante os atendimentos as ocorrências de entupimentos, em manutenções de redes e nas grades das estações de tratamento de esgoto. “Os resíduos sólidos encontrados e removidos do sistema de esgoto são direcionados pela empresa para seu destino adequado, ou seja, para um aterro sanitário que atende todas as legislações ambientais vigentes”, explica o diretor de Operações da BRK Ambiental em Pernambuco, Adriano Barbosa. Ele comenta que muitas pessoas ainda não se sensibilizaram quanto ao descarte apropriado de resíduos sólidos. Entre os materiais encontrados pela empresa no esgoto estão talheres, brinquedos, chupetas, chinelos, embalagens plásticas, restos de construção civil e até pedaços de eletrodomésticos. Resíduos que, inclusive, poderiam ter sido reaproveitados em sistema de reciclagem. Adriano comenta ainda sua preocupação em relação ao descarte de máscaras no sistema público de esgoto e aproveita para orientar à população. “Essenciais como medidas de prevenção a Covid-19 e para controle da propagação do novo Coronavírus, as máscaras descartáveis devem receber uma destinação adequada e, especialmente, consciente. Lugar de máscara descartada pela população, segundo as recomendações técnicas é no lixo comum, dentro de um saco plástico, nunca no reciclável. Além disso, ela deve ser retirada com cuidado e acondicionada em dois sacos plásticos”, afirma. De acordo com a Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (ABES), ao retirar a máscara do rosto deve-se colocá-la dentro dos sacos plásticos e acondicioná-lo dentro do lixo do banheiro, que é considerado lixo comum que vai para o seu destino sem nenhum contato. Também é fundamental lavar bem as mãos em seguida. “Esgoto não é lixo”, reforça o diretor de Operações em suas recomendações sobre o tema.

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Saiba como descartar máscaras e materiais infectados pelo coronavírus

Em tempos de enfrentamento do novo Coronavírus, muitos materiais de proteção como máscaras e luvas têm sido utilizados massivamente pela população como forma de proteção contra o vírus. Mas além da preocupação com a saúde, outro tema tem chamado a atenção: os cuidados com o descarte dos materiais contaminados com o vírus. Por possuir um alto nível de transmissão e por sobreviver por até nove dias em determinadas superfícies, o vírus representa um risco para catadores e profissionais envolvidos com a coleta de resíduos. Por isso, para proteger do risco de contágio os trabalhadores e tantas outras pessoas envolvidas com a coleta de lixo, o Coordenador de Sustentabilidade do Sistema Fiep e membro do Comitê Técnico do InPAR, Mauricy Kawano, separou algumas dicas importantes para que o descarte de objetos contaminados seja o mais adequado possível tanto em residências, quanto em hospitais e centros de saúde, além de dicas para os catadores que podem manipular esse tipo de material. Kawano explica que todos os pacientes com suspeita ou confirmação de infecção por COVID-19 deverão separar todos os resíduos, colocá-los em sacos de lixo resistentes e descartáveis e com fechamento com lacre ou nó quando o saco tiver até 2/3 de sua capacidade. “O ideal é colocar esse saco dentro de outro saco de lixo limpo, fechá-los e identificá-los para que não cause qualquer problema aos catadores e do meio ambiente. Se estiver em um condomínio é necessário informar sobre as medidas tomadas para os funcionários responsáveis pela coleta”, afirma Kawano. O especialista lembra ainda que os materiais infectados podem ser descartados em lixos comuns, desde que sigam todos os cuidados necessários. No caso de hospitais, consultórios e serviços de saúde o lixo deve estar acomodado em sacos brancos leitosos com a identificação de materiais infectantes e deverá ser recolhido por uma empresa especializada. As recomendações fazem parte de uma cartilha da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (ABES). Kawano lembra ainda que, para os domicílios com casos confirmados de coronavírus, é necessário deixar os resíduos contaminados de quarentena. “É necessário que esses materiais fiquem armazenados em um local separado antes de serem descartados. Dessa forma, evita-se que os profissionais da coleta sejam expostos ao risco”, ressalta. Segundo o médico Günter Kampf, do Hospital Universitário Greifswald, outros tipos de coronavírus chegaram a sobreviver cinco dias em materiais como plástico, papel e vidro. Em alguns casos, pode chegar a nove dias mas ainda não há estudos conclusivos sobre o tempo de sobrevivência do COVID-19. Já em relação aos profissionais da coleta seletiva, o cuidado deve ser redobrado. É importante que, após a quarentena nas residências, os resíduos recicláveis sejam levados para estações de transbordo, pontos de destinação intermediários que funcionam para a quarentena dos materiais por parte do município. “Também é importante manejar os resíduos que chegam nas Instalações de Recuperação dos Resíduos antes que a triagem seja realizada. Os profissionais envolvidos nesse processo também devem utilizar os EPIs (Equipamentos de Proteção Individual”, destaca. A outra opção de destinação para os materiais contaminados é o encaminhamento para os aterros sanitários, que garantirão que o material permaneça o tempo necessário até a inativação do vírus sem expor os trabalhadores a qualquer tipo de risco. Dessa maneira, o material não precisa de quarentena.

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