Arquivos Doença - Página 3 De 3 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

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Casos de sífilis aumentam em Pernambuco

Durante todo o ano de 2016, Pernambuco registrou 2.565 casos de sífilis adquirida, transmitida, principalmente, por via sexual. O quantitativo é 400% maior do que os registros de 2014, com 499 ocorrências. A Secretaria Estadual de Saúde (SES) tem reforçado com os municípios a importância da testagem rápida para a doença, objetivando encontrar os casos positivos e, com isso, ofertar o tratamento e diminuir a cadeia de transmissão. “Apesar de ser uma doença de fácil diagnóstico e ter tratamento, temos notado um aumento do número de casos no Estado. Por isso a necessidade de informar a população sobre o assunto e incentivar o uso de camisinha, maneira mais eficaz de evitar essa e outras infecções sexualmente transmissíveis”, afirma o coordenador do Programa Estadual de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST/Aids), François Figueiroa. Para ele, o aumento dos números pode refletir a melhora na vigilância dos casos e a ampliação da oferta dos testes rápidos. O coordenador ainda ressalta a importância de todos os parceiros serem testados e, se necessário, também tratados. “Historicamente, sabemos que as mulheres procuram mais os serviços de saúde. Então, é necessário chamar a atenção que as ações de prevenção e assistência devem se estender aos homens. Se apenas a mulher se trata, a cadeia de transmissão não será interrompida, ficando essas mulheres vulneráveis à recontaminações pela bactéria da sífilis”, esclarece Figueiroa. Além dos casos de sífilis adquirida, a SES também registra casos em gestantes (935 casos, em 2016) e de sífilis congênita, que é quando a doença é transmitida ao recém-nascido durante à gestação ou no parto (1.418 casos em 2016). A prevenção contra a transmissão vertical é feita por meio do diagnóstico e início do tratamento precoces durante o pré-natal, assim como a boa adesão à medicação pela gestante. Na falta de tratamento, a criança pode nascer com sequelas, como surdez, cegueira e retardo mental. O QUE É: A sífilis é uma doença infectocontagiosa sistêmica, de evolução crônica, causada pelo Treponema pallidum. A doença não tratada progride ao longo de muitos anos, sendo classificada em sífilis primária, secundária, latente recente, latente tardia e terciária. A transmissão pode ser sexual, vertical ou sanguínea. A via predominante é a sexual, entretanto, a mulher portadora da bactéria durante a gestação pode transmitir para o feto durante todo o período gestacional. O resultado da contaminação do feto pode ser o abortamento, óbito fetal e morte neonatal ou o nascimento de crianças com sífilis. (Governo do Estado de Pernambuco)

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Cuidado com o óleo de coco

A Associação Brasileira de Nutrologia (Aban) publicou um posicionamento oficial alertando para o uso do óleo de coco. Segundo a entidade ainda não existem evidências científicas que comprovem os benefícios do produto no tratamento da obesidade e de doenças neurovegetativas, como o Alzheimer. A associação alerta ainda que não deve ser prescrito como nutriente antimicrobiano (para combater as infecções) nem como imumomodulador (substância que atua na defesa do organismo) também em razão da ausência de estudos clínicos demonstrando esses efeitos. Obtido a partir da polpa do coco fresco maduro (espécie Cocos nucifera L.), o óleo de coco é composto por ácidos graxos saturados (mais de 80%) e ácidos graxos insaturados (oleico e linoleico).  Em virtude de suas propriedades físicas e resistência à oxidação, o óleo de coco é muito empregado no preparo de gorduras especiais para confeitaria, sorvetes, margarinas e substitutos de manteiga de cacau. Quando o óleo de coco é comparado a óleos vegetais menos ricos em ácido graxo saturado, recente revisão mostrou que ele aumenta o colesterol total (particularmente o LDL-colesterol) o que contribui para um maior risco cardiovascular. Um número muito pequeno de estudos, com resultados controversos, segundo a Aban, tem relatado os efeitos do óleo de coco sobre o peso corporal em seres humanos.    

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Um terço desconfia dos transgênicos

O consumo de transgênicos foi alvo de uma pesquisa inédita realizada pelo IBOPE Conecta e encomendado pelo Conselho de Informações sobre Biotecnologia (CIB). A grande constatação do levantamento é que os brasileiros ainda tem poucas informações sobre a relação entre a produção de alimentos com a aplicação de conhecimento científico no agronegócio. Apesar disso, 80% dos brasileiros afirmaram já saber o que são transgênicos. O estudo identificou que apenas 23% das pessoas acreditam que o conhecimento científico auxilia na produção de alimentos. Para 44% dos entrevistados, esses alimentos ainda foram pouco testados, 33% acreditam que eles fazem mal a saúde e para 30% eles causam reações alérgicas. Entre as características positivas dos transgênicos apontadas pelos entrevistados estão a resistência a pragas (que foi lembrada por 77% da amostra) e o aumento de produção (citado por 73% das pessoas). O estudo relevou ainda que 61% atribuiu a essas plantas uma maior durabilidade, uma característica que ela não teria. Nenhum dos participantes enumerou corretamente quais são as culturas geneticamente modificadas disponíveis no Brasil. Soja e milho são os alimentos mais citados. A resposta correta, soja, milho e algodão, é mencionada por apenas 11% dos entrevistados, mas eles também acrescentam outros produtos na lista, como trigo e tomate, que não possuem versões geneticamente modificadas no mercado. A maioria (73%) dos entrevistados afirmou já ter consumido algum alimento transgênico. Dos 27% que disseram que não consomem ou não sabem, 59% se mostrou aberto ao consumo desse tipo de alimento. Em contraste ao pouco conhecimento das tecnologias aplicadas à produção de alimentos e as suas desconfianças, os brasileiros associam os avanços da ciência na contribuição da cura de doenças (84%) e entendem a sua relevância para o desenvolvimento de novos medicamentos. A pesquisa foi realizada pela plataforma Conecta do IBOPE Inteligência e teve como amostragem 2011 homens e mulheres a partir de 18 anos, das classes A, B e C, de todas as regiões do país, que não trabalham com biotecnologia ou em áreas correlatas. (Por Rafael Dantas, com informações do Ibope Conecta)

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Pilates mantém a forma e o equilíbrio

Criado durante a 1ª Guerra Mundial para a reabilitação física dos soldados lesionados, o pilates tornou-se popular apenas na década de 80. Não há dados precisos sobre a modalidade no Brasil, mas basta sair para observar o grande número de estúdios espalhados pelas ruas aqui, mesmo, no Recife. O boom ocorreu depois que o método passou a ser o queridinho das famosas para manter a boa forma. No entanto, as vantagens vão muito além do simples fato de esculpir o corpo. Alguns dos benefícios como redução de dores na coluna e correção postural já são bem conhecidos e outros efeitos também estão sendo observados. Entre eles se destacam a melhora da concentração e da noção de equilíbrio. A técnica ainda auxilia no tratamento de problemas respiratórios. De acordo com a tutora do curso de fisioterapia da Faculdade Pernambucana de Saúde (FPS), Renata Firmo, a metodologia alcança diferentes resultados, pois trabalha o corpo de maneira global. “Os exercícios são praticados, visando o equilíbrio entre o corpo e a mente, promovendo consciência corporal, realinhamento postural, tonificação de músculos, melhora da flexibilidade e alívio de dores crônicas.” Um dos princípios utilizado pela técnica para atingir tais objetivos é o centro de força. Também chamado de power house, ele refere-se a músculos estabilizadores da coluna. Através do pilates, então, busca-se fortalecer esse ponto central para manter ou recuperar o equilíbrio. “Durante a aula, fazemos vários exercícios que desestabilizam para que, posteriormente, o aluno possa ganhar estabilidade”, relata a fisioterapeuta Franciella Soccal. Diferente do que ocorre em outros tratamentos fisioterapêuticos para a reabilitação física, no pilates, o aluno influi diretamente na execução dos movimentos. Esse é um dos motivos pelo qual a técnica também  auxilia na capacidade de memorização. “É necessário que o paciente preste atenção, pois são realizadas várias atividades ao mesmo tempo. Então, aos poucos, se observa uma melhora na concentração”, explica Renata. A técnica, que é indicada para todas as idades, tem a capacidade agir sobre diversas áreas do corpo humano graças a um aspecto importante: a possibilidade de montar programas específicos a partir das necessidades de cada aluno. “Uma das características das aulas de pilates é a não utilização de um protocolo fechado de exercícios, favorecendo, assim, uma gama maior de estímulos”, informa o fisioterapeuta e professor substituto da UFPE Taciano Rocha. A aposentada Margarida Maciel, 67, é uma das adeptas do método. Ela resolveu trocar os exercícios de musculação pelo pilates e é só elogios para a atividade. “As dores que sentia nas costas e na coluna diminuíram muito.” Já dona Josilda Camarotti, 80, comemora o ganho de flexibilidade. A respiração é uma das ações enfatizadas durante as aulas de pilates e mais recentemente o benefício da metodologia para tratamento de doenças respiratórias vem sendo constatada. Uma pesquisa divulgada no Jornal Brasileiro de Pneumologia mostrou os efeitos positivos do método em portadores de fibrose cística. Dos 19 voluntários submetidos ao estudo, todos apresentaram um aumento na capacidade da força muscular respiratória. Embora ainda sem comprovação científica, os efeitos do pilates em pacientes com Doença Pulmonar Crônica Obstrutiva (DPOC) também vêm sendo observados. O distúrbio, que tem como principal fator de risco o tabagismo, debilita os pulmões, prejudicando o fluxo aéreo. A patologia atinge um número expressivo de pacientes no mundo, 210 milhões pessoas, segundo a Associação Brasileira de Portadores de DPOC. Além da dificuldade para respirar, a doença provoca uma disfunção muscular nos membros inferiores, o que prejudica a realização de simples atividades cotidianas. “A perda de massa muscular é um preditor de mortalidade para os pacientes com DPOC. Assim, o tamanho da musculatura e sua força estão relacionados com desfechos clínicos importantes como a intolerância ao exercício”, explica Taciano. A reabilitação pulmonar, que consiste em uma intervenção com base em diferentes áreas da saúde, é o caminho mais indicado para o tratamento da doença, segundo a presidente da Sociedade Pernambucana de Pneumologia e Tisiologia (SPEPT), Adriana Velozo. “É possível notar a redução dos sintomas, aumento da participação física e emocional do paciente. Ou seja, uma melhora da qualidade, de um modo geral", destaca. O pilates pode ser, então, um dos componentes desse tratamento multidisciplinar. De acordo com Taciano, a coordenação da respiração durante a prática do pilates é, justamente, um dos fatores responsáveis pela evolução. Assim, o ar, que tende a ficar preso nos pulmões dos portadores de DPOC, é expelido mais facilmente. “É importante lembrar, no entanto, que a obstrução não é reversível”, acrescenta. A funcionária pública, Julieta Maria Soares, 61, pratica o pilates há 3 anos. Mas depois de descobrir, em julho, que é portadora de DPOC, o programa de atividades foi alterado. “A médica me aconselhou a continuar fazendo, no entanto, os exercícios passaram a ser mais voltados para a parte torácica”, conta. “Houve uma melhora na postura dela que era bem encurvada, o que acaba por melhorar a dinâmica do tórax”, acrescenta Taciano. O aposentado Reginaldo Florêncio, 83 anos, é outro que sente os benefícios do método. Uma simples caminhada havia se transformado em um sacrifício para seu Reginaldo. “Antes, praticamente, não conseguia andar. Depois que comecei a fazer aula de pilates, já fui do Engenho do Meio até o final da Canxagá”, celebra. Texto: Camila Moura. Fotos: Juarez Ventura

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