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Alterações visuais e dor de cabeça podem ser sintomas de tumor na hipófise

Localizada na base do cérebro, a hipófise é uma glândula do tamanho de uma ervilha, mas que tem um papel muito importante no corpo humano. Além de ter a função de regular o trabalho de outras glândulas, como a tireoide, ela também é responsável pela produção de vários hormônios, como o do crescimento, por exemplo. Por isso, alterações em seu funcionamento podem causar sérios problemas de saúde. Uma das condições mais recorrentes são os tumores hipofisários, que afetam cerca de 16,7% da população em geral. Do total dos tumores cerebrais, este tipo de condição representa de 10 a 15% dos casos. Os adenomas hipofisários surgem quando há crescimento anormal das células da hipófise. Segundo o neurocirurgião, Dr. Iuri Weinmann, do Centro Neurológico Weinmann, os tumores na hipófise são um desafio, pois o crescimento é lento e as manifestações clínicas costumam ser tardias e muito diversificadas. Tumor pode secretar hormônios em excesso De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), há três tipos de tumores de hipófise: adenomas típicos, atípicos e carcinomas. “Um adenoma é um tumor formado por células glandulares, portanto, pode secretar hormônios. Quando isso acontece chamamos de adenoma clinicamente funcionante. Mas, há tumores que não secretam hormônios e são chamados de clinicamente não funcionantes”, explica Dr. Iuri. Aproximadamente 75% dos tumores diagnosticados são adenomas funcionantes que levam a uma secreção elevada dos hormônios produzidos na hipófise. O mais prevalente é o prolactinoma, que representa de 40 a 60% dos casos dos tumores funcionantes e em 89% dos casos afeta mulheres. Os adenomas atípicos são aqueles com características sugestivas de comportamento agressivo, inclusive com força para invadir outras estruturas e se espalhar. O carcinoma de hipófise gera metástases. Felizmente, a maioria dos tumores de hipófise é benigna. Sintomas variados Os tumores que não secretam hormônios são os mais difíceis de serem diagnosticados. Isso porque o diagnóstico vai depender dos efeitos provocados pelo seu crescimento nas estruturas vizinhas do sistema nervoso central. “Nestes casos, há alterações visuais causadas pela compressão do nervo óptico e dor de cabeça pela compressão da dura-máter. Lembrando que estes sintomas podem também se manifestar nos tumores funcionantes, em conjunto com os sintomas decorrentes da hiperprodução dos hormônios da hipófise”, comenta Dr. Iuri. Nos prolactinomas (tumores que secretam prolactina), por exemplo, há produção e secreção de leite (galactorreia), ausência de fluxo menstrual (amenorreia), infertilidade, diminuição da libido, ganho de peso, entre outros sintomas. Nos corticotropinomas (tumores que secretam cortisol), há obesidade, fragilidade capital, face de lua cheia, estrias, hirsutismo (excesso de pelo em regiões específicas do corpo), entre outros. Cirurgia pode remover o tumor pelas narinas Após o diagnóstico, o médico poderá tratar o tumor com medicamentos e/ou cirurgia. Segundo Dr. Iuri, a cirurgia é indicada na maioria dos casos, principalmente quando os tumores são grandes e comprimem regiões do sistema nervoso central. Atualmente, graças ao avanço das técnicas cirúrgicas, já é possível retirar os tumores da hipófise por meio da neuroendoscopia. “Trata-se de uma técnica minimamente invasiva em que o endoscópio é introduzido pelas narinas do paciente, evitando incisões no crânio.”, explica Dr. Iuri, especialista neste tipo de procedimento. Entre as vantagens da neuroendoscopia estão menor tempo de cirurgia, menor tempo de internação, recuperação mais rápida se comparada com a cirurgia convencional, assim como diminuição de riscos durante o procedimento devido a menor agressão das estruturas cerebrais durante a cirurgia.

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Qual é o tipo da sua dor de cabeça?

A dor de cabeça é um sintoma que pode estar relacionado a mais de 200 doenças. Segundo a Sociedade Brasileira de Cefaleia, cerca de 95% da população apresentará, ao menos uma vez na vida, um episódio de cefaleia. Mais do que isso: 70% das mulheres e 50% dos homens apresentam ao menos uma dor de cabeça ao mês. Porém, poucas pessoas sabem diferenciar os diferentes tipos do problema. A cefaleia pode ser diferenciada de duas maneiras: primária e secundária. Na maioria dos casos, a primária é a que se manifesta sem se relacionar a nenhuma outra doença, e não há uma causa secundária para que a dor apareça, ela é a própria doença. “Pacientes com um histórico de dores recorrentes e que tenham as mesmas características geralmente apresentam um conjunto de sintomas que nos permite diagnosticar com precisão o problema, sem a necessidade de exames complementares”, explica o  Marcelo Calderaro, médico do Núcleo de Neurologia e Neurocirurgia do Hospital Samaritano. Já a dor secundária é normalmente relacionada como um sintoma de alguma outra doença, como gripe, virose, AVC e, até mesmo, um tumor. Nesses casos, o médico analisa o exame mais adequado para auxiliar no diagnóstico por trás dessa dor. Leva-se em conta também se a cefaleia é súbita, diferente das dores que o paciente está acostumado, ou quando ela é acompanhada de outros sintomas, como febre, por exemplo. Dentro dos dois tipos de cefaleia existem outros. A cefaleia tensional é a mais comum na população. Causa uma dor leve a moderada, peso na cabeça e não apresenta sintomas como enjoo e vômito. Pode ser crônica ou episódica, dependendo da sua frequência. A cefaleia em salvas é a que dá crises temporárias até oito vezes ao dia, com dor intensa sempre em uma metade da cabeça e ao redor do olhos. Já as crises de enxaqueca, sem tratamento, duram de quatro a 72 horas e costumam ser muito incapacitantes, causando dor de cabeça intensa e latejante, que atinge metade da cabeça e é acompanhada de sintomas como enjoo e aversão à luz e sons. O tratamento para a cefaleia, seja qual for o tipo, depende principalmente do diagnóstico correto. “No caso da enxaqueca, por exemplo, deve-se inicialmente definir o nível de limitação que ela causa na vida da pessoa. A frequência e a intensidade das crises são fatores importantes nesta análise. Além disso, leva-se em consideração quanto da qualidade de vida é perdida devido às crises de enxaqueca”, diz o médico. Nesses casos, é recomendado até o uso de medicações que previnem as crises. Outro ponto importante no tratamento e prevenção das dores de cabeça é, se possível, evitar os chamados “gatilhos” das crises, como jejum, estresse e privação de sono, entre outros. Adotar um estilo de vida saudável, com atividade física, sono regular e menos estresse também são medidas que ajudam a combater o problema. Tratar a dor com os medicamentos certos, com orientação médica e sem abusar dos analgésicos é outra recomendação importante do Dr. Marcelo.

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Para entender a dor de cabeça

Ter dores de cabeça é tão comum que 78% dos brasileiros afirmaram sentir o incômodo ao menos uma vez nos últimos três meses, de acordo com pesquisa do Ibope. Essa estatística vem preocupando os especialistas quanto ao diagnóstico da cefaléia e alertando a população sobre os riscos da dor. A Uninassau (Centro Universitário Maurício de Nassau) oferta. hoje, o minicurso Tipos de Dores de Cabeça. A atividade é gratuita e acontece dentro do Projeto Capacita, que visa a qualificação profissional e instrução da sociedade em diversas áreas. Desde uma pequena pontada, até enxaquecas que paralisam todas as atividades, o mal não tem idade para acontecer. São mais de 50 tipos conhecidos de dores e é necessário lembrar que o analgésico pode servir para o alívio imediato, mas, assim como nenhum medicamento deve ser tomado sem prescrição médica, é importante investigar quais os motivos pelos quais a cabeça vem doendo. A oficina acontece às 14h desta sexta-feira (13) no Bloco A da Uninassau, que fica na Rua Guilherme Pinto, número 114, no bairro das Graças. Para participar, é necessária inscrição a doação de dois quilos de alimentos não-perecíveis. Ao todo, o Projeto Capacita oferece mais de 8400 vagas em 140 cursos. Saiba mais sobre os tipos de dores de cabeça Se a dor vem acompanhada de náuseas e toma apenas metade da cabeça, certamente é a enxaqueca. Ela pode ser provocada por estresse, falta ou excesso de sono, alimentação, além de traumas cranianos. Quedas hormonais e o uso de alguns medicamentos também podem influenciar no aparecimento da enxaqueca, que deve ser tratada com sono e repouso. Em casos mais graves, o medicamento pode afastar ou até mesmo prevenir a dor. Já a cefaléia tensional é ocasionada pelo fluxo de sangue baixo e ocorre em de 86% das mulheres. Normalmente a dor concentra-se na parte de trás da cabeça e se assemelha com uma pressão no crânio. Os homens são mais afetados pela cefaleia em salvas, que é a dor em apenas um dos lados da cabeça, no fundo dos olhos. Relatos indicam que a dor é extremamente forte e ainda não se sabe ao certo o que causa o mal.

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Cefaleia em crianças e adolescentes

A cefaleia ou “dor de cabeça” é um dos sintomas mais comuns em crianças e, felizmente, na maioria das vezes não representa uma doença complicada. Apenas 5% das cefaleias são secundárias, ou seja, representam um sintoma de alguma outra doença, exigindo um tratamento específico. De qualquer forma, é um sintoma que não pode ser negligenciado, ainda mais se estiver acompanhado dos chamados sinais de alerta. Mesmo que raramente traga riscos para a criança, a cefaleia pode exigir tratamento contínuo já que a frequência e a intensidade das dores podem atrapalhar as atividades escolares e de lazer. A criança que tem cefaleia não tratada pode apresentar além da dor, comprometimento no rendimento escolar, além de isolamento dos amigos por não poder participar das atividades de lazer e esportivas na frequência desejada. Um mito ainda muito presente é o de que os problemas visuais sejam importante causa de cefaleia. A principal forma de cefaleia crônica encontrada na infância é a enxaqueca, seguida pela cefaleia tensional (devida à tensão ou contração exagerada de grupos musculares do pescoço, ombros, couro cabeludo e face). Devemos tentar caracterizar a intensidade da dor, o horário, sintomas associados, fatores desencadeantes para ajudar a caracterizar o tipo de cefaleia e sua intensidade. A criança pode apresentar fatores desencadeantes como a ingestão de determinados alimentos, jejum prolongado, sono excessivo, privação de sono, esforço físico, uso de medicamentos, dentre outros. Na enxaqueca, por exemplo, é frequente a ocorrência de náuseas, vômitos, dor abdominal, incômodo à luz ou ao barulho, palidez e sudorese, dentre outros. Além disso, devemos nos atentar ao uso abusivo de analgésicos, que podem ser responsáveis pela cronificação de cefaleias episódicas. Os principais sintomas de alerta para cefaleia secundária são dor intensa, de início abrupto, mudança no comportamento da dor com aumento da frequência ou intensidade, dor diária desde sua instalação, dor que não responde à analgésicos, presença de convulsões associadas, presença de doenças que atinjam outros órgãos, distúrbios de coagulação, além de sinais observados ao exame físico como sinais meníngeos (sugestivos de meningite), febre, alterações motoras (perda de força de uma lado do corpo, por exemplo) e alterações visuais. A enxaqueca é a cefaleia mais estudada da infância. Não existe nenhum exame de laboratório ou imagem que defina o seu diagnóstico. Sendo assim, é a partir das características das crises que o médico vai definir o tipo de cefaleia. Nos casos de cefaleias crônicas, é importante que se faça um diário da cefaleia, assim a criança ou seu familiar devem anotar como foi o início da dor, tempo de duração, se foi de um lado da cabeça ou dos dois, se causou tontura, náuseas ou vômitos, se melhorou com o analgésico, que medicamento utilizou, etc. A enxaqueca, em geral, dura poucas horas até 72 horas, pode ser em qualquer lugar no crânio mas principalmente na fronte ou dos lados do crânio, pulsátil, com tontura, náuseas ou vômitos, incômodo à luz e ao barulho. Conforme a idade de apresentação, os sintomas podem variar. Fatores genéticos, psicológicos e ambientais influenciam fortemente a expressão da cefaleia na infância. O tratamento deve ser individualizado conforme as suas características e intensidade, visando melhorar a qualidade de vida da criança e da sua família. * O conteúdo foi desenvolvido pelo Dr. Marco Aurélio Safadi (CRM: 54792), parceiro da NUK e professor de Pediatria da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo e coordenador da Equipe de Infectologia Pediátrica do Hospital

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Quais as dores mais sentidas pelos brasileiros?

A segunda edição da pesquisa A Dor no Cotidiano, realizada pelo Ibope Conecta em parceria com Advil, mostrou as dores que os brasileiros mais sentem. Dos entrevistados, 78% dizem ter tido dor de cabeça pelo menos uma vez nos últimos três meses, 63% relatam dor nas costas e 61% afirmam ter sentido dores musculares em outras partes do corpo. Sendo que, em 2015, 65% disseram que a dor de cabeça foi a que sentiram com maior frequência nos três meses anteriores à pesquisa, 41% dor nas costas e 40% dores musculares. De acordo com o estudo de 2016, o estresse é o principal fator que desencadeia a dor de cabeça, enquanto dor nas costas e dores musculares estão relacionadas principalmente à má postura. Quando perguntadas sobre a dor que sentem com mais frequência, a campeã foi dor nas costas, que atrapalha a rotina de 64% dos entrevistados pelo menos uma vez por semana. Mas as dores musculares e a dor de cabeça vêm logo atrás, com relatos de 55% e 58% dos participantes, respectivamente. O médico reumatologista Silvio Figueira Antonio explica que o estresse emocional é um fator determinante para o início, manutenção e amplificação da dor. “Quando estamos estressados, nosso organismo libera substâncias que alteram os neurotransmissores, aumentando a sensibilidade à dor”, esclarece. “Normalmente, sob situação de esgotamento, acabamos descuidando da alimentação, temos dificuldade para dormir e podemos apresentar ansiedade. Todas essas questões contribuem para o aparecimento e a piora do quadro de dor”, destaca o presidente da Comissão de Coluna Vertebral da Sociedade Brasileira de Reumatologia e médico do Serviço de Reumatologia do Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo. Segundo o especialista, de uma forma geral, a lombalgia é uma das queixas mais frequentes nos serviços de saúde. “Tanto o uso excessivo de computador e celular quanto o mobiliário inadequado no ambiente de trabalho contribuem muito para o surgimento das dores nas costas e musculares. O condicionamento físico adequado é outra questão fundamental para evitar o problema”, destaca Silvio Figueira Antonio. Mesmo assim, os participantes da pesquisa relatam que a dor de cabeça é a menos tolerada e a que mais prejudica a qualidade de vida. A principal atitude da maioria daqueles que têm dor de cabeça e não querem desistir de suas atividades é tomar um medicamento. O efeito mais procurado é alívio rápido para poder ter de volta o controle da sua rotina (78% das respostas), seguido por efeito prolongado. Como a dor impacta o dia a dia Mesmo quando a dor aparece, precisamos seguir em frente com nossas diversas atividades, seja no trabalho ou nos compromissos com a família ou com amigos. Isso nem sempre é fácil, já que apenas um quarto dos entrevistados da pesquisa A Dor no Cotidiano diz conseguir realizar todas as atividades da forma como gostaria quando está sentindo dor, independentemente se é uma dor de cabeça, nas costas ou muscular. Para 63% dos participantes, o sentimento desencadeado por esse sofrimento é irritação e mau humor. O especialista esclarece que a dor diminui nossa capacidade de trabalho e disposição para as atividades de lazer. “Quando sentimos dor, processamos as informações de forma mais lenta e temos dificuldade de seguir uma sequência de pensamentos, fazendo com que tenhamos pouca paciência”. Metodologia da pesquisa Conduzida pelo Ibope Conecta-I, a segunda edição da pesquisa A Dor no Cotidiano foi elaborada para entender quais situações mais desencadeiam a dor, quanto ela pode atrapalhar a rotina das pessoas e como os brasileiros lidam com ela. A pesquisa contemplou 1.500 entrevistas, realizadas pela internet com homens e mulheres, acima dos 16 anos, das classes ABC, em todo país, com base proporcional à da população de internautas do Brasil. A margem de erro da pesquisa é de três pontos percentuais.

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