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Saiba como prevenir a dor na coluna

A fisioterapeuta Maria do Socorro Almeida defende que prevenção da dor nas costas deva ser feita ainda na infância. “É preciso orientar a criança desde cedo a como se comportar para evitar o quadro doloroso. Essa orientação pode vir dos pais, professores e do educador que realiza atividade física com alunos”, propõe Socorro, que é especialista em reeducação postural global (RPG) e osteopatia. Um bom começo para realizar esse esclarecimento é ensinar os pequenos a evitarem a má postura, seja no computador, assistindo à TV, ou mesmo dormindo, já que é um dos fatores mais recorrentes a causar problemas na coluna. “A prática postural saudável poderia ser ensinada não só em casa, mas principalmente nas escolas”, sugere Socorro. Os adultos também devem ficar atentos a essas situações em especial no ambiente de trabalho (veja algumas dicas de posturas corretas). E, falando em trabalho, sinal amarelo para aqueles que permanecem muito tempo sentados no escritório, pois isso pode pressionar os discos situados entre as vértebras da coluna. Resultado: dor na região lombar. Com possibilidade para progredir, com o tempo, para uma hérnia de disco. O fato é que não devemos sentar por longos períodos, mesmo que seja numa posição correta, porque a ausência de movimentação tensiona os músculos que passam a doer. “O ideal é que, pelo menos a cada uma hora, a pessoa se levante”, orienta Socorro. “Vá ao banheiro, ou beba água ou ainda, se quiser falar com o colega, em vez de contatá-lo por telefone, vá até a sala dele”, sugere. Uma dica para quem quiser se ajustar a uma postura correta é fazer sessões de reeducação postural global (RPG). Trata-se um método fisioterapêutico que visa prevenir e corrigir alterações posturais que causam dor e desconforto. “É realizado por meio de posturas de alongamento muscular, associado com a respiração associado. Não é voltado unicamente para as pessoas com dor, mas também para todos que buscam encontrar um melhor equilíbrio e viver em harmonia com o corpo”, explica Socorro. E é ao respirar corretamente que também se combate o estresse, outra causa importante na origem das dores. Quando uma pessoa está estressada, seus músculos são tensionados, o que pode levar a um quadro doloroso, em especial na região muscular das costas e do pescoço. Além disso, um estado estressante pode liberar no organismo hormônios que aumentam a percepção da dor, como o cortisol e o adrenocorticotrópico (ACTH). Por isso, não coloque em segundo plano atividades que possam evitar e combater o estresse. Uma delas é o exercício físico que além de relaxar, estimula a produção de endorfinas (substâncias ligadas ao bem-estar) e é uma arma poderosa contra a obesidade. Estar com aqueles indesejáveis quilos a mais, por sinal, também pode provocar dor por causar uma sobrecarga aos discos intervertebrais. “O aumento de peso favorece ao desgaste na articulação da coluna. O obeso tem limitação na flexibilidade e dificuldade na realização de movimentos”, adverte Socorro. Mas, qual o melhor exercício? “O ideal é fazer algo que se goste, seja caminhar, praticar um esporte, academia, natação (que envolve todos os músculos e a respiração) ou atividades que causem relaxamento, como a ioga”, recomenda a fisioterapeuta, acrescentando que se deve exercitar no mínimo três vezes por semana. O pilates é especialmente saudável por ser um método de condicionamento físico que visa melhorar flexibilidade, consciência corporal, força e equilíbrio. Quanto aos exercícios de alto impacto, como correr, por exemplo, devem ser evitados pelos que sofrem de hérnia de disco. Esses movimentos pressionam justamente os discos intervertebrais, provocando a crise dolorosa. Como se pode perceber, entre o estresse e o sedentarismo da vida moderna, o melhor mesmo para prevenir a quase inevitável lombalgia é seguir a receita do compositor Walter Franco: tudo é uma questão de manter a mente quieta, a espinha ereta e o coração tranquilo. Mas não é só. Também se deve ter atenção redobrada ao carregar objetos. Eles devem pesar no máximo 10% do peso total da pessoa que o carrega. Isso inclui, evidentemente, maxi bolsas tão ao gosto das mulheres e as mochilas escolares (portanto, a melhor opção é o modelo de rodinhas) . Muitas vezes, porém, a causa da dor nas costas pode não ser originada na coluna, mas em outras regiões do corpo. Problemas nos joelhos e nos pés, como o conhecido “pé torto” são também responsáveis por lombalgias. “A melhor prevenção, nesse caso, é tratar essas deformidades no paciente ainda quando criança”, alerta Socorro.

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Quais as dores mais sentidas pelos brasileiros?

A segunda edição da pesquisa A Dor no Cotidiano, realizada pelo Ibope Conecta em parceria com Advil, mostrou as dores que os brasileiros mais sentem. Dos entrevistados, 78% dizem ter tido dor de cabeça pelo menos uma vez nos últimos três meses, 63% relatam dor nas costas e 61% afirmam ter sentido dores musculares em outras partes do corpo. Sendo que, em 2015, 65% disseram que a dor de cabeça foi a que sentiram com maior frequência nos três meses anteriores à pesquisa, 41% dor nas costas e 40% dores musculares. De acordo com o estudo de 2016, o estresse é o principal fator que desencadeia a dor de cabeça, enquanto dor nas costas e dores musculares estão relacionadas principalmente à má postura. Quando perguntadas sobre a dor que sentem com mais frequência, a campeã foi dor nas costas, que atrapalha a rotina de 64% dos entrevistados pelo menos uma vez por semana. Mas as dores musculares e a dor de cabeça vêm logo atrás, com relatos de 55% e 58% dos participantes, respectivamente. O médico reumatologista Silvio Figueira Antonio explica que o estresse emocional é um fator determinante para o início, manutenção e amplificação da dor. “Quando estamos estressados, nosso organismo libera substâncias que alteram os neurotransmissores, aumentando a sensibilidade à dor”, esclarece. “Normalmente, sob situação de esgotamento, acabamos descuidando da alimentação, temos dificuldade para dormir e podemos apresentar ansiedade. Todas essas questões contribuem para o aparecimento e a piora do quadro de dor”, destaca o presidente da Comissão de Coluna Vertebral da Sociedade Brasileira de Reumatologia e médico do Serviço de Reumatologia do Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo. Segundo o especialista, de uma forma geral, a lombalgia é uma das queixas mais frequentes nos serviços de saúde. “Tanto o uso excessivo de computador e celular quanto o mobiliário inadequado no ambiente de trabalho contribuem muito para o surgimento das dores nas costas e musculares. O condicionamento físico adequado é outra questão fundamental para evitar o problema”, destaca Silvio Figueira Antonio. Mesmo assim, os participantes da pesquisa relatam que a dor de cabeça é a menos tolerada e a que mais prejudica a qualidade de vida. A principal atitude da maioria daqueles que têm dor de cabeça e não querem desistir de suas atividades é tomar um medicamento. O efeito mais procurado é alívio rápido para poder ter de volta o controle da sua rotina (78% das respostas), seguido por efeito prolongado. Como a dor impacta o dia a dia Mesmo quando a dor aparece, precisamos seguir em frente com nossas diversas atividades, seja no trabalho ou nos compromissos com a família ou com amigos. Isso nem sempre é fácil, já que apenas um quarto dos entrevistados da pesquisa A Dor no Cotidiano diz conseguir realizar todas as atividades da forma como gostaria quando está sentindo dor, independentemente se é uma dor de cabeça, nas costas ou muscular. Para 63% dos participantes, o sentimento desencadeado por esse sofrimento é irritação e mau humor. O especialista esclarece que a dor diminui nossa capacidade de trabalho e disposição para as atividades de lazer. “Quando sentimos dor, processamos as informações de forma mais lenta e temos dificuldade de seguir uma sequência de pensamentos, fazendo com que tenhamos pouca paciência”. Metodologia da pesquisa Conduzida pelo Ibope Conecta-I, a segunda edição da pesquisa A Dor no Cotidiano foi elaborada para entender quais situações mais desencadeiam a dor, quanto ela pode atrapalhar a rotina das pessoas e como os brasileiros lidam com ela. A pesquisa contemplou 1.500 entrevistas, realizadas pela internet com homens e mulheres, acima dos 16 anos, das classes ABC, em todo país, com base proporcional à da população de internautas do Brasil. A margem de erro da pesquisa é de três pontos percentuais.

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