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"O setor de logística desponta como um elo entre as fábricas e os consumidores finais"

O setor de logística foi destaque da última matéria de capa da Revista Algomais. Um dos nossos entrevistados foi Paulo Alencar, que é doutorando em Engenharia de Produção, consultor e professor de logística na Unit-PE. Publicamos hoje a entrevista completa em que ele aponta as razões do setor estar em forte crescimento, mesmo em meio a um período de crises. Ele aposta num crescimento médio de 20% do e-commerce ancorado nos avanços tecnológicos e no maior acesso dos consumidores aos dispositivos digitais. Quais os fatores que têm colocado o setor de logística como um dos mais promissores para crescer nos próximos anos? Com o crescimento do consumo direto pelos clientes finais nas mais variadas formas, esta nova demanda impulsionou a necessidade mais latente de integrar os produtores aos consumidores finais em uma cadeia logística mais longa e desafiadora, a ponto de gerar um diferencial competitivo para atender estes clientes finais que são mais exigentes, conscientes e que têm mais pressa em receber os seus produtos. Ou seja, o setor de logística desponta como elo de ligação entre as fábricas e os consumidores finais em uma tendência de mercado que tende a ser constante hoje e nos próximos anos. Nos últimos anos vimos muitas transformações nesse segmento, que impactaram fortemente a nossa forma de consumo e as oportunidades de negócios, com grande destaque para o avanço do e-commerce. Quais as principais transformações que os consumidores e empresas deverão observar nos próximos anos? O e-commerce no Brasil cresce cerca de 20% ao ano nos últimos 10 anos, impulsionado principalmente pelo acesso maior das pessoas aos computadores e ao avanço da internet na maioria dos lares brasileiros. Neste sentido, os consumidores vêm aprendendo a utilizar as facilidades das compras remotas e as empresas por sua vez vêm desenvolvendo plataformas que atendam a este mercado. As empresas investem continuamente no desenvolvimento das facilidades e agilidades para garantir compras seguras e com entregas rápidas para estes consumidores finais, a ponto das lojas físicas encolherem gradativamente e tornarem-se verdadeiras vitrines com vendedores que se adaptaram para consultores de compras. No campo tecnológico, da Logística 4.0, há muitas inovações em desenvolvimento? O que você destacaria? O uso de drones para entrega pode se tornar uma realidade? Com o surgimento da Indústria 4.0 ou 4° Revolução Industrial no fim dos anos 90, além da do avanço da Globalização com decorrente crescimento do consumo remoto para os mais variados produtos e mercados, a logística desenvolveu uma sinergia entre tecnologia e velocidade de resposta para garantir a integração entre uma indústria mais mecanizada e com consumidores cada vez mais distantes e com demandas crescentes. Sendo assim, a Logística 4.0 nada mais é do que o incremento da tecnologia para facilitar as conexões transversais entre a indústria e os consumidores finais com o uso de softwares e modelos matemáticos para evitar gargalos operacionais e garantir satisfação dos consumidores. Do ponto de vista das inovações, podem-se destacar o uso de redes neurais nas Cadeias Logísticas, drones e Blockchain quem avançam na solução para tomada de decisão, entrega de pequenos volumes e mapeamento dos insumos, respectivamente. Que oportunidades de trabalho se abrem nesse setor? Quais os principais contratantes? As empresas perceberam que com as compras remotas, não precisão mais necessariamente de grandes lojas físicas e sim de estruturas avançadas ou CDs com softwares robustos e profissionais capacitados para recepção dos produtos dos fabricantes, separação e transporte para os locais de entrega definidos pelos consumidores. Ou seja, surgem oportunidade concretas de trabalho e emprego no setor que cresce como área de retaguarda entre os anseios dos consumidores e uma indústria em grande momento transformação. Os principais contratantes aqui podem ser definidos como as empresas do pequeno varejo, material de uso e consumo e fast food com entrega residencial. . . *Por Rafael Dantas, jornalista e repórter da Revista Algomais. Ele assina as colunas Gente & Negócios e Pernambuco Antigamente (rafael@algomais.com | rafaeldantas.jornalista@gmail.com)

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Ferreira Costa avança no e-commerce e amplia em 30% a base de clientes digitais

Uma das empresas pernambucanas mais tradicionais do varejo está avançando rápido no e-commerce. A Ferreira Costa passou a dedidcar uma atenção maior para essa modalidade ainda antes da pandemia. Mas desde que o coronavírus chegou ao Brasil, o número de compradores virtuais no home center cresceu em 30%. O desempenho contribuiu para que a marca seguisse atendendo sua clientela e mantivesse as vendas mesmo nos dias mais duros do isolamento social. "Com toda essa restrição e com o isolamento social, percebemos a mudança de comportamento do consumidor, que passou a ser mais digital. A migração do físico para o digital foi muito forte nos últimos meses. E esse comportamento se refletiu nos números. Nesse período, 30% dos nossos acessos foram de novos usuários para o site, ou seja, pessoas que nunca tinham entrado na nossa loja online antes. A pandemia trouxe um benefício para os e-commerces em geral, pois muita gente experimentou pela primeira vez uma compra online, não só no nosso site, mas em outros negócios. E a experiência de comprar sem sair de casa agrega praticidade para a vida das pessoas, pois gera economia de tempo. Uma vez que esse benefício foi percebido pelo consumidor, ele passa a repetir essa compra no digital. O desafio maior é manter o relacionamento e uma experiência de compra que encante", conta Flávia Chiba, gerente de e-commerce da Ferreira Costa. . . O serviço de e-commerce da empresa começou a operar em 2019. No entanto, foram nos últmos meses que ele segmento ganhou uma relevância maior para o negócio, pois muitos dos clientes já habituados a visitar as lojas físicas passaram a comprar também pelo site. Isso além dos novos clientes que passaram a ser atendidos pela marca. "Ou seja, pessoas que nunca tinham comprado na Ferreira Costa e passaram a comprar pela praticidade de comprar sem sair de casa. Mesmo aqueles que não queriam esperar pela entrega por alguma urgência, puderam vir à loja retirar com toda segurança", explica Chiba. A gerente afirma que a empresa segue realizando investimentos no e-commerce para melhorar a experiência do cliente. "O digital é muito dinâmico, muda muito rápido. É necessário ouvir o cliente e ter velocidade para se ajustar às necessidades. Há muitos estudos sobre tendências digitais, mas queremos priorizar o que vai facilitar a experiência de compra para o cliente, sendo relevante para ele. A personalização, por exemplo, é algo em que acreditamos muito e que pode facilitar a vida das pessoas, pois possibilita oferecer produtos e serviços que se adequem ao perfil do cliente, desconsiderando o que não é relevante para ele", afirma. . FERREIRA COSTA LANÇA CAMPANHA PARA ARRECADAR LIVROS E BRINQUEDOS Com o dia das crianças tão próximo, o Home Center Ferreira Costa resolveu ajudar os pequeninos a terem um dia mais feliz. A intenção é arrecadar livros e brinquedos para serem doados às crianças em situação de vulnerabilidade, que neste momento, mais do que nunca, precisam de atenção e do nosso cuidado. A ação começou no último dia 19 de Setembro e vai até o dia 15 de Outubro. Para quem quiser doar, basta se direcionar até a loja da Ferreira Costa e levar o livro e/ou brinquedo. Todos os livros e brinquedos arrecadados serão doados para a Casa da Comunidade do CCB Social Berardo, que fica localizado na R. Prof. Lins e Silva, 161 - A - Prado, no Recife.

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Startups criam negócios inovadores a partir da ascensão do e-commerce

Com o crescimento do comércio eletrônico e o avanço das novas tecnologias, tanto as compras online como o varejo tradicional estão passando por transformações. E na onda dessas tendências de consumo surgem várias startups pernambucanas antenadas com as oportunidades que estão despontando e com as novas demandas dos consumidores e dos comerciantes, sejam das lojas físicas ou digitais. Uma das mais novas startups incubadas no Porto Digital é a Scambo. As sócias Gabriela Alencar, Helena Duarte e Renata Alencar estão desenhando o negócio que será uma espécie de guarda-roupa virtual ou um brechó digital. Elas têm uma experiência de pouco mais de seis meses no mercado de brechós no Recife e tiveram a ideia de criar uma plataforma em que os usuários podem comprar, “provar” os looks, solicitar ajustes e customizações nas peças, entre outros serviços. . . “Estamos embarcados com a proposta de criar uma plataforma que fomente diferentes formas de consumo. Entendemos que o cliente pode comprar, alugar ou trocar a peça de segunda mão. Vamos trabalhar em cima dessas possibilidades, inicialmente em um único site, que tem um propósito sustentável que é prolongar o ciclo de vida das roupas”, esclarece Gabriela Alencar. A aposta no mercado de brechós não é por acaso. Entre 2011 e 2016, o número de brechós cresceu 210% no Brasil, de acordo com pesquisa do Sebrae. O primeiro segmento que está sendo prototipado pela startup é o infantil, em que o descarte das peças é muito mais acelerado. De olho no futuro do comércio, o site inteligente, que será desenvolvido pela Scambo, tem a proposta de agregar muita tecnologia, como oferecer a experiência de realidade virtual. Ou seja, o cliente poderia se enxergar vestindo a roupa que pretende comprar. “Hoje já tem um pouco disso acontecendo nas grandes marcas, mas no segmento de brechó nem se fala. Estamos testando tudo o que já existe disponível para o consumidor digital”, explica Helena. Em Caruaru, funciona no Armazém da Criatividade a Project 360, especializada em fotografia corporativa interativa. De olho na necessidade dos empresários de oferecer uma espécie de “passeio virtual” aos seus consumidores. “Por meio de alguns cliques no computador, pelo celular ou com óculos de realidade aumentada, as empresas podem proporcionar aos seus clientes experiências imersivas, inclusive com interações. Acreditamos no mercado virtual em crescimento e no potencial econômico e turístico da cidade de Caruaru, agregando valores aos negócios locais do Agreste”, relata a sócia e cofundadora Andreia Alencar. O primeiro case da Project 360 foi o lançamento de uma nova clínica de fisioterapia da Unimed Caruaru. A oferta do serviço de tour virtual - experiência cada vez mais buscada pelos consumidores antes da compra ou visita a um local - tem grande potencial para clientes de setores como o imobiliário e o turístico, segundo Andreia. “Quem quer comprar um imóvel e se interessa em conhecer vários apartamentos, a imobiliária pode oferecer uma experiência com óculos de realidade aumentada, em que o comprador passeia virtualmente pelos espaços. Se a imobiliária tem 10 imóveis e o cliente gosta de dois, a empresa já reduz o custo e o tempo do atendimento”. Da mesma forma, antes de decidir em qual hotel irá se hospedar, o cliente poderia conferir as instalações do quarto e posição das janelas, por exemplo. No setor de restaurantes, pode-se reservar uma mesa específica no salão em que ele já passeou digitalmente pelo computador ou celular. “Há uma gama de hotéis, restaurantes, pousadas, além do mercado em ascensão no segmento imobiliário que podem se interessar pelo serviço”, enumera Andreia. As novas tecnologias também permitem algumas alternativas de interatividade com os internautas. “Em um museu que oferece a visita, além do passeio, é possível clicar na obra e ter mais informações do autor ou a história da peça. Em locais como restaurantes e bares, o cliente pode ouvir a música que irá tocar no ambiente. As plataformas permitem ainda que se faça a reserva de um serviço ou a compra de um ingresso ou produto. O objetivo final é possibilitar que o cliente tenha uma experiência melhor e possa fechar vendas”, conta o sócio e fotógrafo da empresa, Jorge Florêncio. LOJAS FÍSICAS Uma startup que está conectada com a experiência do cliente nas lojas físicas é o Projeto Musique. Enquanto as vendas no mundo digital avançam pelos preços e comodidades, as lojas tradicionais têm o desafio de oferecer no contato presencial dos consumidores mais do que apenas a compra. “A experiência do cliente está sendo responsável pela ressignificação do varejo tradicional. A virtualização do mundo vai tornar a humanização das lojas cada vez mais um diferencial", prevê André Domingues, CEO do Projeto Musique. Para Domingues, a experiência de consumo no local já deve ser intensamente multissensorial, ou seja, explorando cada um dos cinco sentidos do ser humano nessa experiência, tomando cuidado com cada detalhe e não apenas com o produto e o preço. "Há uma necessidade cada vez maior de proporcionar um bem-estar inconsciente ao cliente de forma profissional e não-aleatória”, alerta. . . O serviço oferecido pela startup, primeira empresa do Brasil a usar ciência aplicada à música ambiente, é estudar cada marca de forma minuciosa e criar uma programação musical para melhorar o desempenho das empresas. Alguns resultados já obtidos foram o de aumentar em 10% o período de permanência dos clientes em algumas cafeterias. A playlist certeira conseguiu reduzir também a percepção de espera dos clientes do setor de emergência de um dos maiores hospitais do País. Em três anos de funcionamento, o Projeto Musique já atendeu mais de 100 clientes no País, como a Volvo, a Cafeteria Santa Clara e o Work Café Santander. Inicialmente, apenas grandes marcas e empresas em rede nacional consumiam o serviço. Hoje, no entanto, mesmo pequenos negócios têm apresentado interesse na novidade. *Por Rafael Dantas, repórter da Algomais (rafael@algomais.com)

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