Arquivos Economia - Página 2 De 42 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

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Micro e Pequenas Empresas lideram aumento de 13,1% na demanda por crédito em fevereiro

Serasa Experian aponta que o crescimento foi impulsionado pela resiliência dos MPEs diante de um cenário desafiador A demanda das empresas por crédito no Brasil registrou um aumento de 13,1% em fevereiro de 2025, comparado ao mesmo mês do ano anterior, segundo dados do Indicador Serasa Experian de Demanda das Empresas por Crédito. O principal responsável por esse crescimento foram as Micro e Pequenas Empresas (MPEs), que apresentaram uma alta de 13,5% no período. Esse aumento reflete a busca por fôlego financeiro em meio a um cenário de taxas de juros elevadas e desafios econômicos. Para Camila Abdelmalack, economista da Serasa Experian, o aumento na procura por crédito é uma resposta das empresas à necessidade de manter a operação. “Apesar do nível restritivo da taxa de juros, muitas micro e pequenas empresas têm recorrido ao crédito como uma forma de manter a operação e atravessar um cenário desafiador. A resiliência dessas empresas é fundamental para sustentação da atividade econômica, visto que micro e pequenos negócios representam mais de 90% das empresas no Brasil”, afirma. Esse comportamento reflete a adaptação e resistência dos MPEs, que continuam a ser um pilar vital para a economia do país. Na análise por setores, o segmento "Demais", que inclui o agronegócio, o setor financeiro e o terciário, teve o maior crescimento da demanda por crédito, com um avanço de 19,5%. Em seguida, destacaram-se os setores de "Serviços", com um crescimento de 18,8%, e "Indústria", com uma alta de 13,5%. O setor de "Comércio", embora tenha apresentado crescimento, teve a menor variação, com 6,8%.

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Suape destaca inovação e transição energética na maior feira de logística da América Latina

Porto pernambucano apresenta nova fase de expansão e sustentabilidade na Intermodal South America 2025 O Porto de Suape marca presença de forma estratégica na 29ª Intermodal South America, maior feira de logística, transporte de cargas e comércio exterior da América Latina, realizada entre os dias 22 e 24 de abril, no Distrito Anhembi, em São Paulo. Com mais de 550 marcas expositoras, o evento reforça o papel central do setor no cenário econômico nacional — e Suape chega com foco em inovação, transição energética e grandes investimentos em infraestrutura. Com um estande de 120 m², o complexo industrial portuário apresenta ao público sua estrutura de ponta e os projetos que o colocam na vanguarda da logística sustentável no Brasil. Um dos destaques é a experiência imersiva com óculos 3D, que leva os visitantes a uma viagem virtual pelas instalações do sexto porto público mais movimentado do país. Suape também exibe painéis de LED com imagens de alta definição do complexo, onde 59% dos 17,3 mil hectares estão em área de preservação ecológica (ZPEC). A participação do porto na feira conta com a presença de um time de peso do Governo de Pernambuco, incluindo o novo presidente de Suape, Armando Monteiro Bisneto, que fará sua estreia oficial no cargo. "Temos o melhor porto do Nordeste e um dos mais importantes do Brasil. Vamos reforçar isso com muita força aos investidores", afirmou. Entre os destaques de investimento, Suape leva à feira o chamamento público de uma área de 10 hectares para instalação da segunda planta de e-metanol no país, com valor mínimo contratual de R$ 14,6 milhões. A primeira, da dinamarquesa European Energy, prevê aporte de R$ 2 bilhões e produção anual de 100 mil toneladas de combustível limpo. Os novos cais 6 e 7, propostos ao PAC 3, devem receber R$ 580 milhões para abrigar terminais de grãos e combustíveis renováveis. Serviço📍 Intermodal South America 2025🗓️ 22 a 24 de abril de 2025📍 Distrito Anhembi – São Paulo/SP📌 Estande do Porto de Suape: Rua G – nº 030

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Inflação desacelera, mas alimentos pressionam famílias de baixa renda

Queda nos preços da energia e do transporte urbano alivia orçamento das camadas mais pobres, mas itens da cesta básica ainda pesam A inflação desacelerou para todas as faixas de renda em março, de acordo com levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O maior alívio foi registrado entre as famílias de renda muito baixa, cuja taxa caiu de 1,59% para 0,56% no mês. Para os mais ricos, a inflação também recuou, de 0,9% para 0,6%. O principal fator para a melhora nos indicadores foi a estabilidade das tarifas de energia elétrica e a redução nos preços das passagens de ônibus (-1,1%) e metrô (-1,7%). Apesar do alívio geral, o encarecimento dos alimentos continua sendo um desafio especialmente para as famílias de menor renda. Em março, subiram os preços dos ovos (13,1%), café (8,1%), leite (3,3%) e tomate (22,6%), pressionando o custo da alimentação no domicílio. Por outro lado, houve queda em produtos como arroz (-1,8%), feijão-preto (-3,9%), carnes (-1,6%) e óleo de soja (-2,0%). Já no caso das famílias de renda alta, o que mais pesou foram os gastos com transporte e lazer, como as passagens aéreas (+6,9%) e os serviços recreativos (+1,2%). A desaceleração da inflação nesse grupo foi puxada, principalmente, pelo arrefecimento dos reajustes em mensalidades escolares, que haviam ocorrido com mais força em fevereiro. No acumulado de 12 meses, a inflação segue mais intensa para as faixas de renda alta (5,61%), enquanto a renda muito baixa acumula alta de 5,24%. Os grupos que mais pressionaram a inflação nesse período foram alimentos e bebidas, transportes e saúde e cuidados pessoais, com destaque para os aumentos de café (77,8%), óleo de soja (24,4%) e planos de saúde (7,3%). Com a inflação cedendo no curto prazo, o cenário favorece uma retomada mais equilibrada do poder de compra — principalmente se a tendência de queda nos preços dos alimentos essenciais se mantiver nos próximos meses.

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Nordeste deve colher 54,4 milhões de toneladas de cana em 2025, aponta Conab

Apesar de queda na produtividade, região segue como importante polo da produção nacional de açúcar e etanol Mesmo diante das adversidades climáticas, como a restrição hídrica enfrentada ao longo do ciclo 2024/2025, o Nordeste brasileiro deverá colher 54,4 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, segundo estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O número representa uma queda de 3,7% em relação à safra anterior, reflexo direto da redução na produtividade média das lavouras. Por outro lado, a área plantada cresceu 1,6%, chegando a 897,5 mil hectares, o que reforça o empenho dos produtores em manter a competitividade da região. A produção nacional também sentiu os efeitos da seca e das altas temperaturas, principalmente na Região Centro-Sul, que responde por mais de 90% da safra brasileira. Ainda assim, o país deve colher 676,9 milhões de toneladas, a segunda maior safra de cana da história, apesar de uma retração de 5,1% frente ao ciclo recorde anterior. Com a queda na colheita, a produção de açúcar recuou 3,4%, ficando em 44,1 milhões de toneladas. Ainda assim, a Conab destaca que este é o segundo maior volume da série histórica, impulsionado por um mercado internacional favorável. “Apesar da redução em relação à última safra, a temporada que se encerra apresenta a segunda maior produção do adoçante na série histórica da Conab. Esse bom resultado é reflexo do mercado favorável ao produto, que fez com que boa parte da matéria-prima fosse destinada para a fabricação de açúcar”, explicou a estatal. No setor de biocombustíveis, o etanol apresentou desempenho positivo, com alta de 4,4% na produção total, alcançando 37,2 bilhões de litros. Mesmo com a leve queda na produção a partir da cana, o avanço expressivo do etanol de milho, que cresceu 32,4% e somou 7,84 bilhões de litros, compensou a perda e ampliou a oferta nacional.

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Endividamento recua no Recife, mas inadimplência segue alta entre famílias de baixa renda

PEIC aponta redução no total de lares com dívidas e alerta para impacto do crédito consignado no orçamento das famílias A mais recente edição da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), divulgada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) com recorte local feito pela Fecomércio-PE, revela que o endividamento das famílias recifenses caiu para 81,2% em março de 2025 — uma retração de 2,2 pontos percentuais em relação ao mês anterior. Por outro lado, a inadimplência registrou leve alta, atingindo 27,1% das famílias, 0,1 ponto percentual acima do observado em fevereiro. Entre os destaques da pesquisa, chama atenção a desigualdade no impacto financeiro entre as faixas de renda: entre os lares com rendimento de até 10 salários mínimos, o índice de inadimplência chega a 35,7%. Já nas famílias com renda acima desse patamar, a taxa é bem menor, de 8,9%. Em uma sinalização positiva, o percentual de famílias que declararam não ter condições de quitar suas dívidas no mês seguinte recuou para 12,2%, indicando um avanço na organização orçamentária. A pesquisa também mostra que o cartão de crédito, principal fonte de endividamento das famílias, apresentou redução na participação: de 94,4% em março de 2024 para 88% este ano. O presidente da Fecomércio-PE, Bernardo Peixoto, ressalta que o cenário sinaliza recuperação, impulsionada pela geração de empregos formais. “O fortalecimento do mercado de trabalho, com saldo positivo de 7.588 novos postos em fevereiro segundo o Caged, contribui para a melhora dos indicadores. Mas ainda há desafios significativos, especialmente para os grupos de menor renda”, afirma. Para o economista Rafael Lima, da Fecomércio-PE, é necessário cautela com o avanço do crédito consignado ao trabalhador. “Apesar de facilitar o acesso ao crédito, essa modalidade pode comprometer uma parcela significativa da renda familiar, elevando os riscos de inadimplência no médio prazo”, alerta.

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Sem novas linhas de transmissão, setor de energia em Pernambuco pode travar?

Especialistas apontam que o Estado pode deixar de atrair investimentos bilionários em energias renováveis e perder espaço para Estados vizinhos *Por Rafael Dantas Pernambuco, como todo o Nordeste, vem arrematando investimentos bilionários no setor de energias renováveis nos últimos anos. A Zona da Mata, o Agreste e o Sertão estão atraindo empreendimentos em energia solar e eólica. A comparação regional, porém, indica que há uma concentração maior desses projetos em estados vizinhos. Há algumas motivações naturais, mas um gargalo que contribui para isso é a ausência de uma estrutura mais robusta de linhas de transmissão. Elas são as estruturas responsáveis por transportar a energia elétrica das usinas geradoras até as subestações para ser transformada em níveis de tensão mais baixos e distribuída para os consumidores. São como as estradas por onde a produção hidroelétrica, eólica, solar ou térmica percorrem para chegar nas cidades, seja para atender a demanda do setor industrial, residencial ou quaisquer outras. Acontece que os pesquisadores e os representantes empresariais do setor estão alertando para a urgência de o Estado projetar novas linhas de transmissão. Sem elas, os possíveis empreendimentos no interior, ainda que sejam construídos, não teriam como escoar sua produção. A percepção dos representantes da área elétrica é que Pernambuco está no limite. O problema, porém, não é exclusivo local e está sendo enfrentado também em outros estados. “Pernambuco hoje está praticamente sem nenhuma margem a mais, ou seja, os parques que existem já ocuparam todas as barras disponíveis e, se esse trabalho não for feito, a gente compromete o desenvolvimento do Estado no futuro”, afirmou o presidente do Sindienergia-PE (Sindicato das Empresas de Energia de Pernambuco), Bruno Câmara.  "Pernambuco está praticamente sem nenhuma margem a mais [quanto às linhas de transmissão], ou seja, os parques que existem já ocuparam todas as barras disponíveis e, se esse trabalho não for feito, a gente compromete o desenvolvimento do Estado no futuro." (Bruno Câmara) De acordo com o presidente da Aperenováveis, Rudinei Miranda, a infraestrutura existente ficou deficitária pois as malhas de transmissão não foram dimensionadas para um aumento de geração oriunda de outras fontes. Ou seja, o sistema criado para atender principalmente a geração hidroelétrica, hoje recebe a geração solar, eólica e vê a aproximação de outros projetos num horizonte próximo.  “Não houve um planejamento energético para que isso fosse corrigido ao longo do tempo. Isso é um problema de estado, não de governo. Pernambuco perdeu o timing de entender as necessidades energéticas. Então, hoje temos capacidade de captar investidores, temos atratividade pelo posicionamento logístico, mas o Estado esqueceu que a malha elétrica, o planejamento energético, precisa de um tempo maior para acontecer e ser construído”, afirmou Rudinei. "Não houve planejamento energético para que isso fosse corrigido. Temos capacidade de captar investidores e atratividade pelo posicionamento logístico, mas o Estado esqueceu que a malha elétrica precisa de um tempo maior para acontecer e ser construída." (Rudinei Miranda) A realidade apresentada pelos especialistas e representantes setoriais expõe uma gradativa perda de competitividade do setor elétrico, em Pernambuco, que já foi protagonista no Nordeste. No momento em que o mundo volta os olhos para regiões com alto potencial solar e eólico, como o Nordeste brasileiro, a ausência dessa infraestrutura pode reposicionar o Estado a um papel menor na região. Essa percepção fica mais evidente quando comparados os empreendimentos no setor entre os estados do Nordeste. A conta foi explanada durante o evento Exporenováveis 2025 pelo professor do Departamento de Engenharia Elétrica da UFPE, Methodio Varejão. “Existe uma realidade bem clara: os investimentos em geração eólica e solar em Pernambuco nos últimos 8 a 10 anos são muito menores. No Ceará, os aportes foram 10 vezes maiores, no Rio Grande do Norte 8 vezes e na Bahia 14 vezes”.  O docente afirma que embora a geração de energia eólica não seja uma realidade para todos lugares no Nordeste, os empreendimentos solares poderiam ter avançado mais no Estado. “Esses outros têm uma condição mais favorável de ventos. Mas, sobre a geração solar não tem justificativa nenhuma. A radiação é alta em qualquer estado. Esse é o ponto principal”.  BARREIRAS PARA ATRAÇÃO DE NOVOS PROJETOS O presidente da Sindienergia-PE considera que esse gargalo na transmissão é o motivo pelo qual Pernambuco não consegue atrair um volume maior de  empreendimentos. “Os investimentos no setor estão indo para Piauí, Ceará e Rio Grande do Norte. Esses estados se organizaram melhor, conseguiram criar facilidades e estão atraindo muito mais projetos. Pernambuco é um estado que não ‘exporta’ energia. Todo o resto do Nordeste é exportador. A gente precisa aumentar nossa capacidade para poder se tornar um exportador de energia também”, alerta Bruno.  A fuga de projetos se dá exatamente porque uma das condições para qualquer investimento de geração é a infraestrutura de escoamento. Rudinei Miranda ressalta que esse problema tem afetado especialmente os empreendimentos de usinas fotovoltaicas em Pernambuco. “Hoje, dois critérios são levados em consideração pelos grandes investidores – dependendo da região onde pretendem instalar um projeto solar: como eles vão conectar essa usina; e se a subestação que vai receber essa energia terá condições de escoar. Como temos essa restrição em vários pontos do Estado, algumas usinas deixaram de ser feitas aqui e foram deslocadas para o Ceará ou para estados vizinhos, em virtude do receio de se avançar no projeto e não ter viabilidade.” Methodio Varejão observa o problema também pelo ângulo contrário. Ele destaca que Pernambuco não tem uma quantidade maior de linhas de transmissão, justamente pelo fato de não ter atraído maiores investimentos em geração ou em carga, como os estados vizinhos. Ele exemplifica com o Ceará que atraiu um projeto de data center que representa uma demanda de consumo que equivale a 40% de todo o Sergipe. “Quando esse projeto estiver em plena operação, vai consumir o equivalente a todo o estado do Sergipe. Tendo uma carga dessa, terá investimento em transmissão… ninguém fez uma linha para nada”. "Existe uma realidade bem clara: os investimentos em geração eólica e solar em Pernambuco nos últimos 8 a 10

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Brasil bate recorde na criação de pequenos negócios no primeiro trimestre de 2025

Crescimento de MEIs impulsiona empreendedorismo formal e coloca país entre os líderes globais em negócios estabelecidos O primeiro trimestre de 2025 foi histórico para o empreendedorismo no Brasil. O país registrou a abertura de mais de 1,4 milhão de novos pequenos negócios entre janeiro e março, segundo levantamento do Sebrae. Desse total, os microempreendedores individuais (MEIs) responderam por 78% dos novos registros no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), com um salto de 35% em relação ao mesmo período de 2024. O avanço reflete o ambiente favorável para empreender, marcado por políticas de estímulo à formalização, facilitação do crédito e promoção da inovação. A pesquisa aponta ainda um crescimento de 28% na criação de micro e pequenas empresas. O setor de serviços liderou a abertura de novos negócios no trimestre, com 63,7% do total, seguido por comércio e indústria da transformação. A tendência é puxada por um número crescente de brasileiros que apostam no próprio negócio como alternativa de renda e autonomia. Hoje, o país tem 47 milhões de pessoas à frente de algum tipo de empreendimento, seja formal ou informal. Um dos destaques é o crescimento da chamada Taxa de Empreendedores Estabelecidos – com mais de três anos de operação – que passou de 8,7% em 2020 para 13,2% em 2024. O resultado consolidou o Brasil na sexta posição do ranking global de empreendedores estabelecidos, ultrapassando economias como Reino Unido, Itália e Estados Unidos. A região Sudeste concentra o maior volume de aberturas, com São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro no topo do ranking estadual. Sul e Nordeste também se destacam no cenário nacional.

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O marco regulatório das criptomoedas no Brasil

*Wallace Fabrício Paiva Souza A sociedade contemporânea passa por transformações constantes, impulsionadas pela acelerada modernização tecnológica. Embora a revolução das telecomunicações seja relativamente recente, o chamado espaço virtual já possibilita a realização de diversos atos, incluindo muitos de natureza jurídica. E, nesse contexto de evolução, surgiu, em 2008, a tecnologia blockchain, criada por um desconhecido com o pseudônimo Satoshi Nakamoto. O objetivo era ter uma solução para conter eventuais arbítrios da soberania estatal, que controla a indústria financeira. Com a tecnologia blockchain, surgiu a criptomoeda Bitcoin, cuja primeira transação ocorreu em 2009. Ao contrário das moedas tradicionais, como o Real, o Dólar e o Euro, criou-se uma moeda descentralizada, abrindo o sistema financeiro tradicional. Embora a tecnologia blockchain tenha diversas aplicações, as criptomoedas foram seu principal destaque. As moedas em si não são novidades para a humanidade, uma vez que, desde os primórdios da humanidade, já havia bens utilizados como meio de troca. Um ponto principal das moedas hoje em dia é a confiança que elas possuem. Ora, por qual razão alguém trocaria um carro por uma determinada quantidade de moeda? Isso só se justifica pela confiança que ele tem nela. E o Bitcoin, como todas as criptomoedas existentes, que são inúmeras, altera a forma de se obter essa confiança. Não há um Estado garantindo a confiança nos criptoativos, o que, para seus defensores, é uma grande vantagem, pois nenhuma autoridade central sozinha tem o poder de controlar ou desestabilizar. Com o avanço dessa temática, tornou-se necessária uma normatização. Contudo, os Projetos de Lei que tramitaram inicialmente não trouxeram regras adequadas e, em diversos momentos, confundiram os institutos, tratando criptomoedas como programas de milhas aéreas, por exemplo. Além disso, a principal preocupação foi o âmbito criminal, o que mostra que ainda há uma associação dos criptoativos à prática de crimes. Somente em 21 de dezembro de 2022, foi promulgada a Lei n. 14.478, que ficou conhecida como Marco Legal das Criptomoedas, cuja vigência se iniciou em 2023, e teve como objetivo regulamentar as criptomoedas no Brasil e dispor sobre as diretrizes para as Prestadoras de Serviços de Ativos Virtuais. A expectativa é proporcionar maior segurança jurídica ao setor, incentivando novos investimentos, uma vez que, até então, não havia uma legislação específica. Foi um começo, exigindo mais documentos de quem atua no mercado, mas muito aquém do necessário para de fato trazer uma segurança jurídica relevante, ainda mantendo a associação dos criptoativos com a prática de crimes. Essa associação dos criptoativos a práticas criminosas pode ser comparada a responsabilizar o dinheiro pelos assaltos a bancos. Com a nova legislação, quem presta serviços relacionados a criptoativos passa a ser submetido a exigências mais rigorosas de conformidade, incluindo a obrigação de manter registros detalhados de todas as transações e das partes envolvidas, para que as operações sejam realizadas dentro de um ambiente seguro e supervisionado. Outro aspecto relevante do Marco Legal dos Criptoativos é a imposição de um dever de comunicação às prestadoras de serviço sempre que houver indícios de irregularidades. Caso sejam identificadas operações suspeitas, essas precisam ser reportadas imediatamente às autoridades competentes, como forma de colaborar com a fiscalização e repressão de ilícitos financeiros. Essa obrigatoriedade reforça o compromisso do setor com boas práticas de governança e alinhamento às diretrizes internacionais de compliance. Dessa forma, a legislação visa contribuir para a credibilidade do mercado de ativos virtuais no Brasil, estimulando sua adoção pelos agentes do mercado, embora tenha sido tímida. O importante, então, é acompanhar as novidades no Legislativo, Executivo e Judiciário, verificando os rumos da atuação estatal nessa realidade econômica que é muito promissora. Debater a existência dos criptoativos é algo inútil, uma vez que já estão acontecendo e alterando a estrutura do mercado. A economia digital não conhece fronteiras, então que sejam feitas as mudanças necessárias para garantir um tratamento e segurança jurídica adequada. *Wallace Fabrício Paiva Souza é doutor em Direito com tese em criptoativos e professor da Wyden

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Atividade econômica brasileira avança 0,4% em fevereiro e mantém ritmo de crescimento

No acumulado de 12 meses, alta chega a 3,8%; resultado reforça aquecimento da economia, apesar do controle monetário via Selic A atividade econômica brasileira manteve o fôlego positivo em fevereiro, com alta de 0,4% em relação a janeiro, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (11) pelo Banco Central. O Índice de Atividade Econômica do BC (IBC-Br), considerado uma espécie de prévia do PIB, atingiu 108,8 pontos no mês, consolidando o segundo avanço consecutivo em 2025. Na comparação com fevereiro de 2024, o crescimento foi ainda mais expressivo: 4,1%. No acumulado de 12 meses, o indicador registrou alta de 3,8%, sinalizando uma tendência consistente de expansão, mesmo diante do cenário de juros altos. Atualmente, a taxa Selic está em 14,25% ao ano, patamar elevado mantido pelo Banco Central como resposta ao aumento da inflação. Apesar do aperto monetário, o Copom reconheceu em comunicado que a economia segue aquecida, embora com sinais de moderação. A continuidade dos aumentos da Selic deverá ocorrer de forma mais branda, segundo o BC, que monitora os efeitos do crédito mais caro sobre o consumo e a produção. INFLAÇÃO A inflação oficial desacelerou em março, fechando o mês com alta de 0,56%, abaixo do índice de 1,31% registrado em fevereiro. Apesar da desaceleração, o aumento no preço dos alimentos continua sendo o principal vilão no bolso do consumidor. Segundo o IBGE, o grupo alimentação e bebidas teve alta de 1,17%, com destaque para o tomate (22,55%), café moído (8,14%) e ovos (13,13%). Esses três itens, sozinhos, responderam por 25% da inflação no mês. No acumulado de 12 meses, o IPCA chega a 5,48%, acima do teto da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional, que é de 4,5%. Além dos alimentos, o grupo transportes também teve peso relevante, com avanço de 0,46%, puxado pela alta das passagens aéreas (6,91%). Já os preços monitorados, como combustíveis e energia, cresceram apenas 0,18%, após avanço expressivo em fevereiro. A inflação de serviços subiu 0,62%, reflexo da maior massa salarial e do consumo aquecido, o que mantém o Banco Central em alerta. Com a Selic em 14,25% ao ano, o Copom avalia os efeitos do aperto monetário sobre o controle da inflação, especialmente no setor de serviços, que segue pressionado.

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Gente & Negócios: Pernambuco recebe R$ 340 milhões em investimentos e gera 871 novos empregos

O Governo de Pernambuco anunciou a aprovação de 59 projetos para incentivos fiscais por meio dos programas Prodepe e Proind, totalizando quase R$ 340 milhões em investimentos. Os empreendimentos, que envolvem indústrias, importadores atacadistas e centrais de distribuição, devem gerar 871 novos empregos, sendo 683 no interior do Estado e 188 na Região Metropolitana do Recife. Entre os destaques estão a Arcelormittal, que investirá R$ 31,8 milhões em Petrolina, e a Ativa Mineração, com R$ 186,3 milhões em Escada. O secretário de Desenvolvimento Econômico, Guilherme Cavalcanti, celebrou o crescimento do Estado e a atração de investimentos para o interior. NOVO PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DAS CIDADES INTELIGENTES, TECNOLÓGICAS E INOVADORAS É DO RECIFE A escolha de Bernardo D’Almeida, presidente da Emprel (Empresa Municipal de Informática do Recife), para liderar a Anciti (Associação Nacional das Cidades Inteligentes, Tecnológicas e Inovadoras) reforça a importância da inovação na gestão pública. Com foco na transformação digital, sua gestão promete impulsionar o uso de inteligência artificial, internet das coisas (IoT) e análise de dados para tornar os serviços públicos mais eficientes e acessíveis. A ampliação de parcerias estratégicas com o setor privado e acadêmico também está no radar, garantindo que a tecnologia seja um pilar essencial para melhorar a qualidade de vida nas cidades brasileiras. TAMBAÚ ALIMENTOS RENOVA PARCERIA COM A PAIXÃO DE CRISTO DE NOVA JERUSALÉM Reforçando seu compromisso com a tradição e a cultura nordestina, a Tambaú Alimentos patrocina pelo terceiro ano consecutivo a Paixão de Cristo de Nova Jerusalém. O espetáculo, o maior teatro ao ar livre do mundo, acontece de 12 a 20 de abril no Brejo da Madre de Deus e deve atrair cerca de 70 mil espectadores. Além do patrocínio, a marca promoverá uma ativação especial no evento, com um estande interativo onde os visitantes poderão conhecer os produtos da Tambaú, participar de brincadeiras e levar brindes para casa. “A Páscoa é um momento de celebração e união, e queremos estar presentes nas mesas das famílias, tornando esses momentos ainda mais especiais”, destaca Hugo Gonçalves, presidente da Tambaú. PALMARES TRAÇA ROTA PARA FORTALECER O TURISMO LOCAL A cidade de Palmares, na Zona da Mata Sul de Pernambuco, dá um passo estratégico para impulsionar sua economia com o lançamento do primeiro Plano Municipal de Turismo. Elaborado pela gestão municipal em parceria com o Sebrae Pernambuco, o documento estabelece diretrizes para estruturar e potencializar o setor, integrando ações voltadas ao desenvolvimento sustentável da região. A iniciativa faz parte do programa LIDER, que busca fomentar o crescimento econômico e fortalecer a identidade cultural da região. Com um rico patrimônio histórico e atrações como festivais culturais, turismo rural e cachoeiras, Palmares pretende se posicionar como um destino competitivo no cenário turístico. O plano também visa capacitar empreendedores locais, gerar empregos e estimular investimentos. AMARANTE INVESTE R$ 2 MILHÕES EM ESCRITÓRIO NO RECIFE A Amarante inaugurou um novo espaço corporativo no Recife, investindo quase R$ 2 milhões em um ambiente moderno para seus colaboradores. O projeto, assinado pela arquiteta Marcela Luiza Ferreira, combina design sofisticado, referências aos resorts do grupo e áreas de convivência confortáveis, incluindo salas temáticas, obras de arte e vistas para o mar e o mangue. Com essa expansão, a administradora do Salinas Maragogi, Salinas Maceió e Japaratinga Lounge Resort passa a contar com o escritório corporativo no empresarial Italo Brasil Renda, em Boa Viagem. A área repaginada possui 411m² com capacidade para 49 posições de trabalho e 46 lugares em salas de reuniões e 32 vagas no coworking. “Com o aumento no quadro, os escritórios atuais já não supriam uma quantidade razoável de pessoas colaboradoras. Essa necessidade de crescimento vem associada a alguns dos valores que fazem a cultura da Amarante, como respiramos excelência e amamos gente”, afirma a arquiteta.

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