Arquivos Economia - Página 35 De 47 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

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Projeção de instituições financeiras para inflação fica em 3,85%

Instituições financeiras, consultadas pelo Banco Central (BC), reduziram levemente a estimativa para a inflação, neste ano. A previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) passou de 3,87% para 3,85%. Para 2020, a previsão para o IPCA permanece em 4%. Para 2021 e 2022, também não houve alteração na estimativa: 3,75%. Essas projeções são do boletim Focus, publicação semanal elaborada com base em estimativas de instituições financeiras sobre os principais indicadores econômicos. A meta de inflação deste ano, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é 4,25%, com intervalo de tolerância entre 2,75% e 5,75%. A estimativa para 2020 está no centro da meta (4%). Essa meta tem intervalo de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Para 2021, o centro da meta é 3,75%, também com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual. O CMN ainda não definiu a meta de inflação para 2022. Para controlar a inflação e alcançar a meta, o BC usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic. Para o mercado financeiro, a Selic deve permanecer no seu mínimo histórico de 6,5% ao ano, até o fim de 2019. Para o final de 2020, a estimativa para a taxa é 8% ao ano, assim como a previsão para 2021 e 2022. A Selic, que serve de referência para os demais juros da economia, é a taxa média cobrada nas negociações com títulos emitidos pelo Tesouro Nacional, registradas diariamente no Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic). A manutenção da Selic, como prevê o mercado financeiro neste ano, indica que o Copom considera as alterações anteriores nos juros básicos suficientes para chegar à meta de inflação. Ao reduzir os juros básicos, a tendência é diminuir os custos do crédito e incentivar a produção e o consumo. Para cortar a Selic, a autoridade monetária precisa estar segura de que os preços estão sob controle e não correm risco de ficar acima da meta de inflação. Quando o Copom aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Atividade econômica A estimativa para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) – soma de todos os bens e serviços produzidos no país – permanece em 2,48%. Para 2020, a estimativa de crescimento do PIB subiu de 2,58% para 2,65%. Em 2021 e 2022, a expectativa segue em 2,50% de crescimento do PIB. Dólar A previsão do mercado financeiro para a cotação do dólar permanece em R$ 3,70 no final deste ano e em R$ 3,75, no fim de 2020. (Da Agência Brasil)

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Agência Carvalheira projeta crescer 40% em 2019

Festas de alto padrão, com público numeroso e grandes oportunidades de marketing. Essa foi a receita que fez a Agência Carvalheira triplicar o faturamento nos últimos três anos e nacionalizar a sua marca. Especializada em desenvolver experiências junto aos jovens, a empresa só em 2018 atraiu cerca de 95 mil pessoas para os mais de 20 eventos que promoveu. Para 2019, além de entrar no crescente mercado do Carnaval de São Paulo, o jovem time de sócios da agência projeta levar seu padrão para o continente europeu. “Nos últimos anos triplicamos a estrutura e a operação para alcançar esses resultados. Em 2018 tivemos um crescimento de 58% de faturamento e pouco mais de 30% de público”, informa o diretor executivo Victor Carvalheira. A empresa nasceu em 2004, estreando com uma festa de Natal. Os 600 ingressos colocados à venda foram comercializados rapidamente. “O consumidor sentia falta de eventos de mais qualidade no Recife, embora a cidade já tivesse a tradição de festas de Natal. Começamos chamando os amigos e, desde o princípio, tivemos muita atenção com a produção de todos os detalhes do evento. A marca se tornou muito forte e há sete ou oito anos a empresa virou o primeiro negócio de todos os sócios”, conta Geraldo Bandeira, que é advogado de formação, mas deixou a carreira jurídica para se dedicar exclusivamente à Carvalheira. Hoje a casa sede oficial da empresa, situada na Imbiribeira, onde são realizados vários eventos, tem capacidade para 2,5 mil pessoas. A agência vem crescendo ao longo de mais de uma década até ganhar um novo patamar, principalmente após o primeiro ano do Carvalheira na Ladeira, que acontece durante a folia de Momo em Olinda. A festa reuniu 25 mil pessoas no ano passado e é responsável por 50% do faturamento anual da empresa. Uma grata novidade que alegrou os sócios é que 52% do público do ano passado era composto por turistas. “Nós nos tornamos um produto turístico importante para o Carnaval, porque trouxemos um perfil de turista que não vinha para Pernambuco. É um visitante que ia para a Bahia, o Sul do País ou alugava uma casa de praia, buscava outro tipo de folia”, conta Jorge Peixoto, diretor comercial e de relações públicas da Carvalheira. Além do Carnaval, o trabalho no Réveillon de Fernando de Noronha, que acontece desde 2015, é outro ponto forte da empresa que contribuiu para nacionalizar a marca. Os primeiros passos da expansão em território nacional foram a realização de eventos em Fortaleza (Feijoada de Seu Carva) e Alagoas (Semana Santa dos Milagres) no ano passado. O próximo horizonte a ser atravessado é a capital paulista, onde a expectativa de público é de 15 mil pessoas na primeira edição do Carnaval na Cidade. “Com o projeto de São Paulo, que impacta muito nosso negócio, somados a outros que começamos recentemente, temos a expectativa de crescimento de 40% no faturamento em 2019”, afirma o diretor executivo. Outra novidade da empresa para 2019 será levar a Carvalheira para Europa, com um evento em Lisboa. A estreia no Velho Mundo deverá acontecer no segundo semestre. “Estamos criando um produto específico para Portugal. Os portugueses estão vivendo um momento de paixão intensa com a música brasileira. Estamos aproveitando essa situação para internacionalizar a marca”, planeja o diretor comercial. Jorge afirma que o diferencial dos eventos da empresa não são as atrações musicais, mas todo o serviço em volta do show. Em pesquisas com o público, os principais itens que levam a uma compra de ingresso das festas da Carvalheira são a comodidade, os serviços, a segurança, a equipe, entre outros. “As pessoas enxergam muitos motivos antes da atração. Não vendemos shows, vendemos experiências”, diferencia Jorge. Os ingressos, que custam entre R$ 300 e até mais de R$ 900 são disputados e geralmente somem rapidamente ao serem colocados à venda. A empresa desenvolveu nos últimos anos também a expertise de oferecer o serviço de marketing de experiências e publicidade dentro da agenda anual da Carvalheira ou mesmo na realização de pequenos eventos segmentados para marcas. “Temos uma estrutura para responder à demanda criativa de nossos patrocinadores. Atendemos 100% do pacote ou orientamos as agências dos clientes. Hoje 90% dos nossos patrocinadores são atendidos neste modelo”, conta o diretor. Para formar esse braço de produção e dar conta dos novos eventos, os fundadores (Eduardo Carvalheira, Geraldo Bandeira, Jorge Peixoto, Rafael Lobo e Victor Carvalheira) receberam um time de novos sócios, composto por Eduardo Rocha, Ulisses Pernambucano, Ricardo Rodrigues (Kadito), Thiago Wanderley e Valmir Wanderley. Com novos serviços e 23 festas no calendário, o ano de 2019 promete a consolidação da marca como referência de promoção de eventos de qualidade no cenário nacional. EM NÚMEROS 58% foi o crescimento do faturamento em 2018 30% foi o aumento de público no ano passado 40% é a projeção de crescimento de faturamento em 2019 . *Por Rafael Dantas é repórter da Algomais  (rafael@algomais.com). O jornalista assina a coluna Gente & Negócios no site da Algomais  

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Escritório pernambucano é destaque em ranking internacional

Pelo quarto ano, o Queiroz Cavalcanti Advocacia é destaque no ranking da Leaders League, agência francesa de classificação que mapeia o mercado e faz referência aos principais executivos em nível internacional. Dessa vez, o escritório pernambucano – que tem 20 anos de atuação no mercado corporativo e conta com dez unidades no Norte-Nordeste – recebeu recomendação para as áreas de Consumidor de Volume, Cível Comercial, Trabalhista, Trabalhista de Volume e Recuperação de Crédito. Essa classificação leva em conta dados de pesquisas realizadas com empresas públicas e privadas de vários países, além de escritórios de advocacia nacionais e internacionais. O ranking também recomendou seis advogados do Queiroz Cavalcanti Advocacia. Dois deles são os próprios sócios-diretores Carlos Harten e Bruno Cavalcanti. Startups e Inovação Em junho do ano passado, o Queiroz - com unidades entre Pernambuco, Bahia, Paraíba, Ceará, Maranhão e Amazonas - foi o único escritório jurídico do Norte e Nordeste a entrar no ranking do Leaders League, na categoria Startups e Inovação. Já em abril, foi reconhecido nas áreas trabalhista, consumidor e trabalhista larga-escala. E em novembro, foi premiado na área tributária.

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Pesquisa: 61% dos empresários estão otimistas com reformas

Com a perspectiva das medidas econômicas e a reforma da previdência aprovada este ano, o Brasil vai crescer em 2019. É o que mostra pesquisa da Câmara Americana de Comércio (Amcham Brasil) realizada com 550 presidentes e diretores de empresas brasileiras de todos os portes e segmentos. O otimismo do setor privado na aprovação de reformas econômicas está alto. A área que os executivos mais sentem confiança em relação ao novo governo é na economia (61%), com expectativa de aprovação de reformas como a previdenciária e tributária. A maioria dos empresários acreditam que a reforma da Previdência vai ser aprovada esse ano, mas com ressalvas. Essa é a reforma possível para 63% deles, que responderam a pesquisa “Plano de Voo Amcham: perspectivas e análises Brasil 2019”. Para eles, a expectativa é de aprovação de um projeto que não consiga abarcar todos os setores da sociedade, mas que ainda assim terá um impacto positivo nas contas do governo. “O clima é de otimismo. Detectamos que os empresários brasileiros estão confiante na capacidade do governo de conduzir o comunicar os motivos da reforma e os efeitos que pretendem ser alcançados”, comenta Devorah Vieitas, CEO da Amcham Brasil. A Câmara Americana de Comércio reúne no Brasil 5 mil empresas, em 15 cidades, sendo 85% delas de origem brasileira. A aprovação de uma reforma estrutural e ampla, que consiga abarcar todos os setores – incluindo militares e todos os servidores públicos – até o final do ano, foi votada por 20% do público. O otimismo do setor privado é grande. Só 16% acham que a reforma ainda enfrentará certa resistência para ser aprovada, provavelmente não sendo aprovada até o fim do ano. E só 2% não acreditam que ela sairá em 2019. Articulação com o Congresso Mas, para a reforma sair esse ano, vai ser preciso uma grande capacidade de articulação do governo com o Congresso. Para os empresários, o tema demanda três focos de trabalho do novo governo. O fator crucial para o Governo Bolsonaro endereçar seu texto, pelo menos para 32%, é manter a defesa e o debate da proposta, assumindo a condução da disputa sobre pontos com menores concessões (ex: militares e servidores públicos). Mas 30% responderam que o fator decisivo será o protagonismo do Presidente na discussão, direcionando seu capital popular para essa pauta estratégica e abrindo mão temporariamente de temas de grande popularidade. Outros 29% acham que é importante dialogar mais com o Congresso, com envolvimento de todas as lideranças partidárias para aprovação da reforma no Congresso, pausando temporariamente o discurso bélico contra opositores. Só 9% responderam que, antes do grande teste da Previdência, o governo deve priorizar a aprovação de outras pautas, testando e mapeando as alianças costuradas e números de votos conquistados. Os primeiros 40 dias e outras reformas A avaliação do governo nos primeiros 40 dias é bem positiva. 60% respondeu que os anúncios de medidas econômicas é positiva, com perspectivas de melhora da economia, geração de empregos e aumento de competitividade. Pouco mais de um terço (36%) achou neutro, uma vez que não houve tempo ou marcos suficientes para avaliação da gestão. E 4% acharam que o começo foi negativo, com pouca perspectiva de crescimento da economia. Além da Previdência, o governo terá algum folego para aprovar outras reformas. A que tem mais chances de acontecer, para 41%, é um ambicioso programa de privatização e prestação de serviços de infraestrutura. Em seguida, vêm a mudança do sistema tributário (15%), reforma administrativa e liberação comercial (com 13% cada), redução e racionalização dos subsídios concedidos da União, e autonomia do Banco Central (9% cada). Baixa confiança Por outro lado, o público está pessimista em relação à atenção que o governo vai dedicar a algumas áreas importantes. 37% dos respondentes estão menos confiantes em medidas para as áreas social e cultural. Em seguida, vêm a área ambiental (24%), educação e saúde (23%) e relações exteriores (10%). Das reformas com menos chance de acontecer nos próximos 4 anos, a mudança do sistema tributário foi a mais votada, com 37%. Também há baixa expectativa de reforma administrativa (19%), redução e racionalização dos subsídios concedidos da União (17%) e autonomia do Banco Central (15%). No tema da competividade, os empresários entrevistados pela Amcham esperam medidas importantes. Quase metade (48%) votou na simplificação e redução de carga tributária. O restante ficou dividido entre atração de investimentos (20%), desburocratização (15%), ajuste fiscal (10%) e combate à corrupção (6%). A PESQUISA A pesquisa “Plano de Voo Amcham: perspectivas e análises Brasil 2019” foi realizada nesta quinta-feira (7/2) envolvendo 550 presidentes e diretores de empresas brasileiras de todos os portes e segmentos econômicos.

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Onyx e Guedes se reúnem para discutir reforma da Previdência

A reforma da Previdência foi tema de uma reunião, logo cedo, hoje (6), no Palácio do Planalto, entre os ministros da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e da Economia, Paulo Guedes. A conversa durou cerca de duas horas. A proposta será apresentada ao presidente Jair Bolsonaro quando ele tiver alta médica em São Paulo, e depois encaminhada ao Congresso Nacional. Guedes se reuniu ontem (5) com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ). No encontro, Maia disse que vai respeitar os prazos regimentais e prevê dois meses entre tramitação e votação da proposta na Câmara. Maia ressaltou que o ideal é garantir 320 votos favoráveis para aprovação da proposta na Câmara. Pela Constituição, são necessários 308 votos. Guedes adiantou que a estimativa do governo federal é economizar R$ 1 trilhão em dez anos a partir da execução da reforma. Segundo ele, o governo federal trabalha com mais de uma proposta de mudanças na Previdência. (Da Agência Brasil)

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Suape em busca de investimentos e parcerias

O crescimento de Pernambuco na última década passou por Suape e a sua retomada também depende do dinamismo desse complexo portuário industrial. Não por acaso, ele é um dos principais objetos de investigação da Pesquisa Empresas & Empresários (E&E), que analisa como as organizações estão superando a crise. A E&E é realizada pela TGI Consultoria em Gestão e pelo INTG, com patrocínio do Governo de Pernambuco. A busca de novos investimentos de infraestrutura e de novas empresas para o complexo estão entre as estratégias adotadas pelo presidente de Suape, Carlos do Rêgo Vilar, para garantir a competitividade do polo. A aceleração da vinda de investimentos, no entanto, aguarda a devolução da autonomia dos portos perdida com a Lei 12.815/2013, que federalizou a gestão do terminal portuário, aprovada ainda na gestão Dilma Rousseff e mantida durante o governo de Michel Temer. “Qualquer que fosse o resultado da eleição, eu tinha certeza que haveria essa descentralização", assegura Vilar. Ela aponta que a lei paralisou vários investimentos. Mesmo com essas limitações e com os efeitos da crise econômica do País, a gestão do complexo conseguiu algumas conquistas. Uma delas foi a autorização para a Agrovia do Nordeste (terminal de açúcar localizado no porto) poder movimentar outros tipos de cargas. “Isso é muito importante para diversificarmos a movimentação”, afirma o presidente. Recentemente foram realizadas também audiências públicas pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários para tratar dos processos de licitação do Terminal de Veículos e do segundo Terminal de Contêineres (Tecon II). A expectativa dos diretores do complexo é que esses dois projetos sejam licitados no início do próximo ano, com investimento previsto de R$ 1,2 bilhão. Outra grande expectativa para Suape é o Leilão de Energia do Ministério de Minas e Energia, que acontecerá neste mês. Há três grandes projetos de usinas térmicas a gás natural para Suape concorrendo. Tratam-se de investimentos bilionários. Apenas a CH4 Energia pretende realizar um aporte de R$ 4,5 bilhões numa planta com previsão para operar em 2024. As empresas Gasen e CHPK Energia também concorrerão ao leilão. Vilar tem expectativa que dois desses projetos sejam concretizados. CHINESES Investidores chineses também estão de olho nas oportunidades em Suape. No final de setembro aconteceu o Encontro de Negócios Brasil-China em Suape, promovido pelo consulado geral chinês no Recife, que trouxe para Pernambuco 22 empresários do país oriental. Vilar afirma que eles poderão investir no Terminal de Minérios no porto. Há pouco mais de um ano a China Communications Construction Company (CCCC), gigante nos investimentos de infraestrutura, tem realizado estudos e negociações em ferrovias no País, envolvendo também a conclusão da Transnordestina. A parceria com os chineses tornou-se ainda mais necessária após a decisão da Transnordestina Logística S.A., empresa que controla a ferrovia, de priorizar as conclusões da obra no trecho entre a jazida de minérios de Paulistana (PI) para o Porto de Pecém (CE), que seria concluída em 2020, em detrimento da ligação com Suape, prevista para 2027. A saída, segundo Vilar, seria transformar Suape em um Terminal de Uso Privado (TUP), que reduziria a burocracia, ao dispensar o processo de licitação da obra (como ocorre com o porto cearense), abrindo espaço para investimentos da China. "Os chineses trabalham numa nova Rota da Seda, onde pretendem integrar 65 países, investindo na construção de canais logísticos no mundo inteiro. O Brasil está incluído nesse programa”, explica Vilar. O presidente do complexo destacou ainda que há interesse de um banco chinês no financiamento de projetos de energia limpa, além de máquinas e equipamentos portuários. Outra articulação recente foi a assinatura de um termo de cooperação com o Porto de Koper, na Eslovênia, considerado a porta de entrada para a região dos Bálcãs. O acordo tem a proposta de criar um hub no Nordeste, a partir de Suape, e outro na Europa Central, utilizando como base o porto esloveno. Mesmo com o cenário de crise no País, Suape segue em crescimento. O último balanço fechado até a conclusão da reportagem é que a movimentação de cargas entre janeiro e setembro somou 17,4 milhões de toneladas. O desempenho representa um crescimento de 3,7% em relação ao mesmo período do ano passado. *Por Rafael Dantas, repórter da Algomais (rafael@algomais.com)

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Tempos de transição: perspectivas para 2019

As tensões globais com as intensas migrações e a transição do papel hegemônico das potências econômicas já seriam um cenário complexo para um planeta. Mas o horizonte reserva ainda mais expectativa para Pernambuco e o Brasil com a eleição do presidente Jair Bolsonaro. A radical polarização política nacional, o desemprego elevado e outros sintomas de uma ressaca pós-recessão do País são a síntese do desafio a ser superado no próximo ano. Diante desse contexto, o que esperar do futuro? Essa é a pergunta-chave respondida pelo consultor Francisco Cunha na Agenda 2019, tradicional evento de fim de ano que reúne as lideranças empresariais de Pernambuco, e pelos especialistas entrevistados pela Algomais. Para explicar a surpreendente eleição de Jair Bolsonaro pelo então minúsculo Partido Social Liberal, o consultor e sócio da TGI Francisco Cunha relembra as Jornadas de 2013. O episódio histórico, segundo o consultor, foi o epicentro de um tsunami que ainda tem seus efeitos. “Uma coisa que sempre me preocupou era entender para onde tinha ido toda aquela energia das manifestações?” O movimento não foi compreendido pelos políticos na análise de Francisco Cunha. O consultor afirma que os protestos geraram repercussões fortes cinco anos após a população ter invadido a rampa do Congresso. “O tsunami de 2013 resultou numa primeira onda, que foi o impeachment de Dilma Rousseff, e a segunda foi a eleição atual, quando os candidatos de centro sofreram um colapso. Os partidos, desconhecendo essas consequências, foram tomar banho na praia como se nada tivesse acontecido. Foi quando vieram várias ondas como o medo do futuro, a frustração, o ódio à corrupção e o antipetismo, que levaram quase todas as legendas”. Na contramão disso, Bolsonaro foi o personagem que soube surfar nessas ondas de indignação até chegar ao Palácio do Planalto. Sobre o mandato presidencial, Francisco acredita que a população deverá se deparar com um político mais moderado do que o conhecido na Câmara dos Deputados e na campanha. “O presidente mostra mais temperança e capacidade de diálogo no seu período como parlamentar e como candidato”. Nessa fase de transição, Francisco considera haver uma dicotomia entre a expectativa dos eleitores de que o País passará a usufruir de um cenário de “céu de brigadeiro”, enquanto a realidade do novo presidente como piloto do Brasil está mais próxima de uma pista esburacada para o pouso após a vitória das urnas. “Temos que ficar de olho de como será essa aterrissagem. A partir dela poderemos perceber as possibilidades sobre que tipo de governo teremos à frente”. Ele considera que o ponto crucial para o sucesso de Bolsonaro será acertar na política econômica. “Isso significa fazer uma reforma da Previdência crível. Não precisa resolver o problema do déficit, mas sinalizar que o déficit e a dívida são cadentes e que o problema das contas públicas será resolvido. Se ele fizer essa sinalização, a economia volta a crescer”, avalia. O diretor adjunto do Instituto Fernand Braudel de Economia Mundial, Fernando Braga e Silva, também acredita que o desempenho do primeiro ano de mandato depende do combate à crise fiscal. “Temos boas sinalizações com relação à urgente reforma da Previdência. O problema é que as posições que o futuro governo tem assumido são muito fluidas: as ideias ficam sendo testadas de acordo com a reação popular de modo que a agenda do governo permanece uma incógnita”.   Braga considera que ao se concretizarem as ações de cortes de subsídios, de incentivos e de privilégios espalhados por vários setores da sociedade, é que se terá mais clareza das oposições de lobbies e de parlamentares ao novo presidente. “Aí veremos a capacidade deste governo produzir avanços”. A proposta do imposto único é outra preocupação de Braga. "Esse imposto pode ser ainda mais regressivo que o sistema atual e vai gerar um aumento da carga fiscal final de produtos e serviços de cadeia produtiva mais longa", adverte. Para avançar a eficiência da gestão pública, ele defende investimentos em e-government, que é o uso da tecnologia da informação na entrega de produtos e serviços do Estado para a sociedade. Rubens Ricupero, ex-ministro da Fazenda e do Meio Ambiente do Governo Itamar Franco, aponta duas questões como cruciais para um sucesso do Governo Bolsonaro: a dimensão política (em que é necessária uma resposta para a insegurança e para a corrupção) e a econômica. “Dois sentimentos muito importantes que conduziram a eleição foram a insegurança da população diante da criminalidade e a revolta diante da corrupção política”, analisa Ricupero, que também é presidente emérito do Instituto Fernand Braudel. Ele acredita que o ministro Sérgio Moro poderá se beneficiar da equipe formada em Curitiba, que criou as 10 medidas contra corrupção para conseguir avanços. No plano econômico, Ricupero compartilha da opinião de Francisco e Braga de que o maior desafio é fazer um conserto nas contas públicas. “É preciso uma política econômica para reduzir o déficit público, promover um saldo positivo e diminuir a dívida. Além de atacar o desemprego, que é a principal consequência social desse quadro”. Os depoimentos simpáticos de Bolsonaro à ditadura militar ao longo de sua carreira parlamentar e na campanha acenderam um alerta em relação à continuidade da democracia no País. “São preocupantes as declarações tanto do presidente como do vice, que já chegou a falar de autogolpe. Mas minha opinião é de que no Brasil haveria muita resistência a qualquer tentativa de suspender as liberdades democráticas. Nossas instituições estão firmes e não vejo até agora manifestações das Forças Armadas nesse sentido”, avaliou Ricupero. O ex-ministro, porém, destaca ter preocupações nas áreas de meio ambiente, direitos humanos e de política externa. Ao mesmo tempo que Bolsonaro sinaliza uma relação estreita com os Estados Unidos, ainda no período de transição já foram abertas algumas rusgas diplomáticas por declarações da equipe do novo presidente com a Argentina, Noruega, China, Cuba e países árabes. Também é preocupante a expectativa de uma nova recessão. “Há muitos sinais de que a economia mundial começa a entrar numa nova fase maior de turbulência, sobretudo porque o crescimento da China começou

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Gente & Negócios: In Loco University discute tendências da publicidade no Recife

A In Loco realizou ontem o primeiro evento In Loco University no Recife. Um encontro leve e dinâmico que trouxe José Saad (falando sobre Creative Data & Content Insights 2019), Denis Gustavo (com palestra sobre Criatividade + Tecnologia: construindo grandes marcas e histórias de sucesso) e Victor Araújo (com a apresentação Criatividade X Eficiência: como criar campanhas bem sucedidas no mobile). Especialistas das áreas de comunicação, tecnologia e design, os palestrantes apontaram tendências do mercado publicitário e contaram um pouco de suas experiências profissionais, além de grandes cases de referência globais. . A In Loco University é um espaço criado pela empresa pernambucana para discutir soluções tecnológicas, com debates gratuitos. Ontem (12) o evento reuniu profissionais dos setores de marketing, publicidade, tecnologia, entre outros. É mais uma iniciativa inteligente da In Loco de fomento neste mercado em constante inovação. Hoje (13) acontece o segundo debate no Recife com o tema Privacidade e LGPD: fatos e mitos. A In Loco abriu mais algumas vagas, que podem ser acessadas pelo link: https://bit.ly/2D721pp . . Clubitshirt desembarca no RioMar com novidades para o fim do ano   A Clubitshirt, marca pernambucana de blusas femininas, desembarca pela primeira vez em um shopping da cidade para apresentar para o grande público t-shirts em malha versáteis. Mais de 200 estampas estão disponíveis no quiosque da marca aberto ao público no Shopping RioMar. A Clubitshirt já é conhecida pelos frequentadores de espaços coletivos e eventos de economia criativa, como a Parada Criativa, a Casa Viva, o Bazar Prime e o I Love Bazar. O quiosque é o maior investimento que a marca fez em sua trajetória, que começou em 2016. “Tomamos essa iniciativa como estratégia para dar visibilidade à nossa marca, buscando mostrar a qualidade e credibilidade dos nossos produtos para um público maior”, comentou a empresária Emanuelle Nogueira, uma das sócias da marca. A Clubitshirt fica no RioMar até o dia 31 de dezembro. O quiosque fica no piso L1, perto do DeltaExpresso. . . Da Fonte, Advogados amplia atuação no Sudeste A unidade paulista do escritório Da Fonte Advogados amplia a expertise em Direito Internacional com a volta do advogado Luiz Otávio Monte Vieira da Cunha da temporada de dois anos nos EUA. Durante o período, o advogado prestou assessoria jurídica em parceria com escritórios de New York a clientes interessados em investir e captar recursos nos EUA através da estruturação de negócios na área imobiliária, na constituição de fundos de investimentos, sociedades comerciais e joint ventures. A advogada e sócia do escritório Da Fonte, Advogados, Gabriela Duque, é quem lidera a equipe da capital paulista. Com mais de 15 anos de experiência na assessoria a empresas, Gabriela é especialista em Licitações, Contratos Administrativos, PPP e forte atuação também em Contencioso Cível. . . Parla Deli investe em pães artesanais Seguindo uma tendência de mercado, Marcelo Silva anuncia que até o final de novembro as unidades da Parla Deli (Casa Amarela e Aflitos) estarão oferecendo aos sues clientes uma grande variedade de pães artesanais feitos com farinha importada e fermentação natural. Não irão faltar baguetes, ciabattas, focaccias e croissants. Em 2015, segundo os dados da Associação Brasileira da Indústria da Panificação e Confeitaria (Abip), o setor de panificação registrou um crescimento de 2, 7% e um faturamento próximo aos 85 bilhões de reais, muito disso se deve a diversificação nos itens oferecidos para os clientes. . . Almir Reis no Congresso Internacional de Direito Laboral O advogado especialista em direito previdenciário e também sócio do escritório Reis & Pacheco Advogados, Almir Reis, embarca a Portugal para participar do 10º Congresso Internacional de Direito Laboral. O encontro jurídico acontece dias 13 e 14 deste mês, na Universidade de Coimbra. Juntamente com outros seis advogados da equipe, vão se atualizar sobre direitos e garantias previdenciárias e trabalhistas, fazendo relação entre o Brasil e aquele país lusitano, além de reformas trabalhistas nas duas nações, seguridade social e outras questões ligadas ao tema.   *Mande sugestões de notas para rafael@algomais.com    

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Lojas colaborativas conquistam pequenos empreendedores

Modelo de negócios fundamentado na economia compartilhada, a loja colaborativa pode ser entendida como um espaço físico coletivo, onde pequenos empresários compartilham do mesmo local físico para comercializar seus produtos de uma forma direta, e sem a necessidade de investir em um ponto de comércio próprio. Essa tendência tem crescido nos últimos tempos e chamado a atenção de empreendedores para investir no modelo. A Plural Colab, loja colaborativa localizada em Caruaru e idealizada pelo empresário Milton Oliveira durante a sua graduação em administração, reúne em seu espaço físico mais de 50 marcas locais, de diversos segmentos. A maioria dos produtos são feitos artesanalmente e vendidos exclusivamente na Plural. “É um negócio que tem um impacto social muito grande, um modelo de negócio que dá oportunidade para que pequenos empreendedores tenham um ponto físico de exposição, sem os altos custos e a burocracia de ter uma loja física, como é o tradicional. Essa foi a razão de criar a loja. Eu não empreendi por empreender, somente pra ganhar dinheiro”, distingue-se Milton. Para que as lojas colaborativas obtenham sucesso, de acordo com Conceição Moraes, analista do Sebrae-PE, é preciso que exista o conhecimento aprofundado do consumidor que será um futuro cliente das marcas. “Tem que haver sinergia de produto, mas, principalmente, com o perfil de público que se quer conquistar. A sinergia entre os lojistas também é fundamental para que haja uma ação conjunta e uma vivência colaborativa, como sugere o nome desse negócio”, aponta. O economista da Fecomércio-PE Rafael Ramos concorda: “é preciso que o empresário estude o modelo de negócios de economia compartilhada, e que conheça bem as pessoas (outros empresários) com quem irá dividir o seu negócio”. Uma vantagem destacada pelo economista é que por meio do marketing colaborativo, é possível que a clientela de uma marca se torne consumidora da outra. Outro benefício é a redução de gastos com o imóvel. “Esse tipo de negócio é uma maneira de baratear o aluguel e de compartilhar gastos, como água e luz, podendo até aumentar a margem de lucro da loja”, declara. Localizada no bairro da Jaqueira, a Rosamarela fidelizou seu espaço a três marcas: Calma Monga, Duas Design e Trocando em Miúdos. Elas já haviam dividido espaço em uma casarão no bairro de Casa Amarela, mas em momentos diferentes. Perceberam ali que as clientes eram as mesmas, e quase sempre aquelas que gostavam de uma das marcas, gostavam também das outras. “Observamos nisso uma oportunidade de nos juntarmos em um único espaço. E, como tínhamos experiências com ateliês mais intimistas, resolvemos arriscar um ponto mais comercial, numa galeria de rua. A Rosamarela é um projeto fechado de três marcas que uniu as sócias em uma outra marca, que não produz, mas apenas revende nossas marcas”, resume Lia Tavares, responsável pela Duas Design, loja de vestuário feminino. A Calma Monga, coordenada por Gabrielle Fiuza, produz acessórios, como bolsas e pochetes. Já a Trocando em Miúdos fabrica acessórios de design exclusivos, como colares, anéis e brincos, idealizada pelas designers e sócias Amanda Braga e Juliane Miranda. Outra experiência que, segundo Lia Tavares, agrega à atividade é a troca de ideias existente entre as empresárias: “ter outros olhares criativos e de negócio dentro do mesmo ambiente é inspirador. Por mais que não haja unanimidade em todas as escolhas, sempre sabemos resolver e chegar num denominador comum que seja mais interessante para a Rosamarela em si”, constata. As vantagens dessa tendência de mercado também valem para os consumidores. Estar em contato com produtos de diversos empreendedores reduz o esforço de procurar mercadorias e também se mantém um contato direto com o produtor. “Tanto para o consumidor quanto para o criador é perfeito. Ver vários artistas reunidos, dentro de um mesmo conceito, ficar mais próximo de quem produz, é um consumo mais consciente. Você tem muito mais carinho, cria um laço. É afetivo. O consumidor está mudando o olhar na hora de consumir”, declara Vívian Lima, proprietária da loja colaborativa Casa Viva, que tem um formato mais diferenciado das outras lojas. O modelo popup permite que a loja fique por um tempo determinado em exposiçãoem locais como RioMar Shopping, ou seja, tem data para abrir e fechar. POPUP Uma exposição da Casa Viva dura em torno de dois meses e passeia por diferentes locais da cidade. Vívian além de proprietária é curadora da loja. Ela seleciona as marcas que vão ser expostas. “A Casa Viva pode ser considerada hoje uma aceleradora para muitos desses pequenos empreendedores, que ainda não tinham ganhado espaço, que apostam em suas marcas e querem a relação direta com o consumidor. São ofertados artigos de moda, acessórios, casa, decoração e papelaria”, destaca a empresária. Tal tendência tem chamado a atenção dos shopping centers. Na Zona Norte do Recife, o Shopping Plaza vem trazendo esse mercado para os seus clientes, por meio da Parada Criativa, projeto iniciado há dois anos em parceria com a Casa Viva. “Os shoppings deixaram de ser um simples local de compras para se tornarem um lugar para vivenciar experiências. A loja colaborativa é uma tendência em resposta aos desejos do consumidor e a sua necessidade de conveniência, de ter tudo reunido em um único local”, explica Zuleica Lira, superintendente do mall. A iniciativa atendeu ao perfil do frequentador do shopping. “Os clientes do Plaza adoram atividades culturais e artísticas, trabalhos autorais e querem estar sempre por dentro das tendências. Por isso, criamos em 2016 a Parada Criativa, uma parceria com a Casa Viva. Nosso objetivo foi aproximar nossos clientes das novidades e inovações produzidas pelo rico leque de produtores da área da economia criativa, muitos da Zona Norte do Recife. Ao mesmo tempo, também contribuímos para o desenvolvimento e valorização desse movimento que vem crescendo no nosso Estado”, afirma Zuleica. Além desse projeto, o Plaza abriga a loja colaborativa Ôpa, que comercializa produtos elaborados por designers e artistas. São quadros, miniaturas em cerâmica, xilogravuras, porcelanas pintadas, anéis, colares, roupas e bolsas, entre outros artigos, com valores que variam de R$ 5 a R$ 1.800. Fátima

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É fundamental conhecer o consumidor

A Pesquisa Empresas & Empresários (E&E) está mapeando os caminhos trilhados pelas corporações pernambucanas para enfrentar o cenário de crise econômica e seguir crescendo. Uma das transformações substanciais dos últimos anos que impacta diretamente a maioria dos setores produtivos do Estado é a mudança no padrão de consumo dos brasileiros. O encolhimento da renda e o aumento da percepção de risco dos consumidores são novos cenários que exigem dos empresários estratégias inovadoras de vendas e de fidelização dos seus clientes. Dados do IBGE apontam que o consumo das famílias brasileiras caiu 3,2% em 2015 e 4,3% em 2016. Em 2017 houve uma leve recuperação de 1%. Um início de retomada que foi explicado pelo instituto como o resultado de fatores como a queda da inflação e dos juros e pelo aumento do crédito no País. Em Pernambuco, um fator dificultador no cenário do consumo é a geração de empregos mais lenta do que no restante do Brasil. Segundo estudo realizado recentemente pela agência Publicis e pelo Instituto Locomotiva, 93% dos brasileiros afirmaram ter modificado de alguma forma seu consumo após a crise. “Além da questão da redução da renda, que é afetada com a crise, existe um aspecto extremamente relevante na hora de compreender o comportamento do consumo que é a percepção de risco. Os estudos mais recentes mostram as transformações no hábito de consumo a partir dessa percepção do risco mais elevada”, afirma o publicitário e professor da Unicap (Universidade Católica de Pernambuco) e da UniFBV/Wyden, Rodrigo Duguay. A diminuição das compras foi o movimento inicial dos consumidores. “O corte é a primeira coisa. Os brasileiros procuraram identificar o que era supérfluo e eliminar. Isso será difícil de retornar. Só voltará às compras habituais o que era realmente essencial”, antevê Duguay. O segundo passo dos consumidores foi migrar para marcas mais econômicas do mesmo produto. O especialista afirma que mesmo nessa direção de fazer compras mais baratas, a confiança é um fator ainda muito relevante no consumo. “A parcela da população de baixa renda tende a não se arriscar em uma nova marca se há uma percepção de risco maior. Esse consumidor não vai para o desconhecido pelo medo de arcar com as consequências de uma compra errada”, aponta. Uma das mudanças mapeadas pelo estudo da agência Publicis e do Instituto Locomotiva é que 85% dos 3.614 entrevistados de todo País afirmaram que estão analisando com mais critério a relação entre o preço e a qualidade das compras. O hábito de pesquisar o valor das mercadorias e as condições de pagamentos antes de adquirir o produto aumentou. “Não podemos dizer que o brasileiro é um consumidor consciente, mas não é mais o inocente de décadas passadas. Ainda olham mais o valor da parcela, mas já fazem os cálculos das taxas de juros nas compras, por exemplo”, destaca Duguay. Essas transformações têm mobilizado as empresas pernambucanas e nacionais a se adaptarem aos novos padrões de consumo e desejos da população. Além da redução dos preços (que não é uma estratégia que possa ser usada por marcas que já trabalham com uma margem de lucro baixa), a realização de promoções e a disponibilidade de novas embalagens dos seus produtos são algumas das táticas utilizadas. “Algumas empresas têm desenvolvido produtos específicos que representam menos entrega, com latas menores, por exemplo. Embalagens econômicas e a sugestão de vendas casadas para garantir um preço melhor também são algumas das ações”, afirma Duguay. Independente da crise econômica, outro novo fator no cenário do consumo dos brasileiros são as compras online. A comparação imediata de preços tem permitido ao consumidor uma melhor análise do que vai levar para casa. A desconfiança na hora de colocar os dados bancários no celular ou no computador ainda é um dos fenômenos que freiam um avanço mais acelerado no e-commerce no País, segundo o especialista. E&E A pesquisa Empresas & Empresários, realizada pela TGI e pelo INTG, com patrocínio do Governo do Estado de Pernambuco, e está estudando quais medidas que as empresas pernambucanas estão tomando para superar a crise. Além do estudo, que irá analisar as principais práticas empresariais locais, a pesquisa reconhecerá os melhores cases dos 15 setores produtivos mapeados no Estado com o Prêmio Quem Faz Algomais por Pernambuco. Entre todas as vencedoras, uma receberá o prêmio geral.

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