Arquivos Economia - Página 40 De 47 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

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Índice FIRJAN analisa desenvolvimento dos municípios de Pernambuco

O Índice FIRJAN de Desenvolvimento Municipal (IFDM) aponta que 24,9% das cidades pernambucanas têm desenvolvimento socioeconômico regular. Apesar do resultado, os outros 75,1% (139 municípios) têm desenvolvimento moderado, o melhor resultado do estado desde o início da série histórica do estudo. A nova edição do IFDM analisa dados oficiais de 2016, os últimos disponíveis. O levantamento monitora todas as cidades brasileiras e a avaliação varia de 0 a 1, sendo que quanto mais próximo de 1 maior o seu desenvolvimento. Cada uma delas é classificada em uma das quatro categorias do estudo: baixo desenvolvimento (de 0 a 0,4), desenvolvimento regular (0,4 a 0,6), desenvolvimento moderado (de 0,6 a 0,8) e alto desenvolvimento (0,8 a 1). São acompanhadas as áreas de Emprego e Renda, Saúde e Educação e avaliadas conquistas e desafios socioeconômicos de competência municipal: manutenção de ambiente de negócios propício à geração local de emprego e renda, educação infantil e fundamental, e atenção básica em saúde. A crise econômica, que teve início em 2014 e causou forte recessão no país, fez com que o nível socioeconômico das cidades brasileiras retrocedesse três anos. Na análise da área de Emprego e Renda, o IFDM destaca que, entre 2015 e 2016, foram fechados quase 3 milhões de postos de trabalho formais no país. Nesta vertente, o cenário pernambucano acompanhou o resultado nacional: 104 cidades (56,2%) do estado registraram baixo desenvolvimento; 71 (38,4%), regular; e apenas 10 (5,4%) tiveram desempenho moderado. Apesar disso, na comparação com 2015, cerca de dois em cada três (62,2%) municípios pernambucanos avançaram no índice, sustentados pelo aumento da renda. Saúde foi o indicador com a maior concentração de cidades com alto desenvolvimento, com 122 nessa categoria (65,9%), 59 (31,9%) em moderado e quatro (2,2%) em regular. Na comparação com 2015, 146 (78,9%) avançaram nessa área, influenciados pela redução do percentual de internações sensíveis à atenção básica (ISAB) e pelo aumento da cobertura pré-natal. Já em Educação, a maioria das cidades registrou desenvolvimento moderado: 156, ou seja, 84,3% do total. Apesar disso, na comparação com o ano anterior, 104 municípios do estado apresentaram queda no indicador, impulsionados, por exemplo, pela redução da média de horas-aula e da taxa de atendimento à Educação Infantil. Os dez primeiros colocados de Pernambuco são: Caruaru (0,7882 ponto), Fernando de Noronha (0,7680), Petrolina (0,7617), Goiana (0,7579), Recife (0,7555), Rio Formoso (0,7451), Camutanga (0,7444), Brejinho (0,7433), Nazaré da Mata (0,7290) e Olinda (0,7267). Vale destacar o avanço de 12,5% do município de Brejinho, na comparação com 2015, o maior progresso entre os mais bem colocados do estado. Por outro lado, Goiana apresentou a maior queda do grupo (-6%) e perdeu o grau de alto desenvolvimento registrado no ano anterior, influenciado pelo resultado em Emprego e Renda. Já os piores resultados do estado são: Buíque (0,5511 ponto), Santa Maria da Boa Vista (0,5474), Jaqueira (0,5470), São Benedito do Sul (0,5459), Amaraji (0,5441), Sertânia (0,5291), Ibimirim (0,5186), Inajá (0,5064), Orocó (0,5061) e Afrânio (0,5044), em último lugar. Na comparação com 2015, Amaraji (-11,7%) e Jaqueira (-9,7%) tiveram os maiores retrocessos, em função da piora nos indicadores de Emprego e Renda e Educação. Em contraponto, Santa Maria da Boa Vista (+11,3%) foi a que mais avançou, impulsionado pela melhora em Emprego e Renda. Mercado de trabalho encolheu em quase 60% das cidades brasileiras Em relação à totalidade das cidades brasileiras, o estudo mostra que, na comparação com 2015, Educação e Saúde tiveram o menor avanço da última década. Nesta edição, o IFDM Brasil atingiu 0,6678 ponto – abaixo do nível observado em 2013. No resultado geral, que inclui a média das notas dos três indicadores (Emprego e Renda, Saúde e Educação) só 431 municípios (7,9%) tiveram alto desenvolvimento. Em Emprego e Renda, o IFDM destaca que, em 2016, quase 60% das cidades fecharam postos de trabalho. Com isso, o indicador do estudo registrou 0,4664 ponto, com pequena recuperação com relação a 2015 (0,4336). O movimento é explicado pelo aumento no rendimento real do trabalhador formal, em parte por conta da política de reajuste do salário mínimo. Só cinco cidades alcançaram alto desenvolvimento nesse indicador: São Bento do Norte (RN), Capanema (PR), Telêmaco Borba (PR), Selvíria (MS) e Cristalina (GO). Foi o pior resultado da série histórica. O estudo destaca que a crise foi tão severa que mesmo que o IFDM Emprego e Renda cresça nos próximos anos com variação média de 1,5%, o país só alcançará o nível de 2013 em 2027. A recessão custou mais de uma década de desenvolvimento para o mercado de trabalho formal dos municípios. O estudo revela que o país mantém enormes disparidades regionais: o Sul é a região mais desenvolvida, tendo 98,8% de cidades com desenvolvimento alto ou moderado. O Sudeste e o Centro-Oeste têm perfil semelhante. Já Norte e Nordeste têm, respectivamente, 60,2% e 50,1% dos municípios com desenvolvimento regular ou baixo. Florianópolis, com 0,8584, ocupa o primeiro lugar entre as capitais. No último lugar do ranking, com 0,3214, está Ipixuna, no Amazonas. Desafios em Saúde e Educação continuam grandes Nesta edição o IFDM Saúde teve o menor avanço da última década (1,6%). Entre as variáveis que compõem esse indicador, a que mais precisa se desenvolver é a de percentual de gestantes com sete ou mais consultas pré-natal, o recomendado pelo Ministério da Saúde. Em 2016, um terço (32,2%) delas não tiveram a quantidade mínima de consultas. A perspectiva não é positiva: caso a cobertura evolua na taxa média dos últimos três anos a universalização só será atingida em 2029. O IFDM Educação também progrediu lentamente: foi o menor avanço da última década (0,6%): os indicadores que compõem esse quesito continuam longe das metas definidas pelo Plano Nacional de Educação (PNE). A meta de universalizar a educação infantil na pré-escola, por exemplo, que deveria ter sido atingida em 2016, só deve ser alcançada em 2035 caso a taxa de crescimento permaneça em 1,2%. Para o Sistema FIRJAN, políticas macroeconômicas para o equilíbrio fiscal e gestão eficiente dos recursos públicos são essenciais para que as cidades se recuperem e atinjam nível

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Incerteza da Economia tem maior nível desde janeiro de 2017, diz FGV

O Indicador de Incerteza da Economia, medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), subiu 10,1 pontos de maio para junho deste ano, atingindo 125,1 pontos em uma escala de zero a 200. Esse é o maior nível desde janeiro de 2017 (125,4 pontos). Com o resultado, o indicador manteve-se na região de incerteza elevada (acima de 110 pontos) pelo quarto mês consecutivo. De acordo com a FGV, a greve dos caminhoneiros gerou pressão inflacionária, aumento da volatilidade no mercado de ações, queda do então presidente da Petrobras, Pedro Parente, e “colocou em cheque a recuperação da economia”. A alta foi percebida em seus três componentes, com destaque para a expectativa, calculado a partir das previsões dos analistas econômicos para taxa de câmbio e inflação oficial, que subiu 21,5 pontos. O componente de mercado, baseado na volatilidade do mercado acionário, cresceu 10,3 pontos. Já o componente mídia, medido com base na frequência de notícias com menção à incerteza que saem na imprensa, subiu 4 pontos. (Agência Brasil)

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ADIT Share 2018 discutirá timeshare e multipropriedade no Brasil

Mais importante evento sobre timeshare e multipropriedade do Brasil, o ADIT Share, promovido pela ADIT Brasil – Associação para o Desenvolvimento Imobiliário e Turístico do Brasil, realizará sua sexta edição de 18 a 19 de junho no Enotel Convention & Spa Porto de Galinhas, em Pernambuco. Em um cenário no qual o Projeto de Lei de Multipropriedade já foi aprovado no Senado e encaminhado para a Câmara, a programação contará com diversos painéis com participação de especialistas referência no mercado que abordarão as tendências para a propriedade compartilhada, entre outros assuntos. O turismo compartilhado, ou a multipropriedade, se destina ao público interessado em manter uma casa de veraneio sem arcar sozinho com os custos pós-compra: manutenção, segurança, impostos. Estes imóveis – casas ou apartamentos em condomínios ou resorts, com acesso a praia ou parque aquático – possuem alguns serviços de hotelaria e a unidade autônoma é fracionada entre os donos. Durante o seminário, a ADIT Brasil apresentará, no dia 18/6, um estudo inédito sobre o mercado de timeshare e sua representatividade no setor. A pesquisa, realizada pela FGV – Fundação Getúlio Vargas, disponibilizará números precisos para mensurar o tamanho desta indústria país. O evento reúne um público altamente qualificado de executivos e profissionais de redes hoteleiras, hotéis e resorts independentes, investidores, consultorias, construtoras, incorporadoras, loteadoras, fundos de investimentos e private equity, escritórios jurídicos, instituições financeiras e imobiliárias. A programação completa está disponível pelo no link. Nesta edição, também será feito o lançamento do ADIT Tech, um espaço sobre novas tecnologias e aplicativos voltados ao mercado de timeshare, onde serão apresentadas soluções inovadoras que possam ser utilizadas nos empreendimentos interessados em utilizar a tecnologia a seu favor. Outro lançamento será o Vitrine ADIT, que possibilitará a apresentação de cases com duração de 15 minutos cada, contemplando algum dos seguintes temas: relacionamento in house com clientes; uso de tecnologia para a captação de dados e relacionamento com clientes: big data e IoT; salas off site; captação e salas em shopping centers; inovações em critérios de qualificação; entre outros. Este formato possibilita a apresentação de ferramentas e ideias práticas e aplicáveis voltadas não somente à gestão, mas também à operação dos empreendimentos de timeshare. O ADIT Share reúne anualmente os principais players do setor para apresentar temas atuais, debater e ampliar experiências, além de proporcionar aos participantes novas oportunidades de network e negócios. Serviço ADIT Share 2018 Data: 18 e 19 de junho de 2018 Local: Enotel Convention & Spa Porto de Galinhas Rodovia PE 09 S/N, Gleba 6 BA, Porto de Galinhas – Ipojuca – PE Mais informações: www.adit.com.br/aditshare/ ou (82) 3327-3465

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Greve dos caminhoneiros custará R$ 15 bilhões para a economia

Os dez dias de greve dos caminhoneiros custarão R$ 15 bilhões para a economia, o equivalente a 0,2% do Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas no país), informou ontem (12) o Ministério da Fazenda. Por causa da paralisação, a previsão oficial de 2,5% de crescimento do PIB para este ano poderá ser revista para baixo. O número só será divulgado no fim de julho, e o ministro não informou mais detalhes. Na última edição do boletim Focus, pesquisa com instituições financeiras divulgada todas as semanas pelo Banco Central, os analistas de mercado estimavam que a economia crescerá apenas 1,94% em 2018. Essa foi a sexta semana consecutiva de queda nas projeções. Há um mês, a projeção estava em 2,51%. O ministro não informou o impacto que a greve dos caminhoneiros terá sobre a inflação, por causa da escassez de alimentos e da alta temporária do preço dos combustíveis provocadas pela paralisação. Segundo o boletim Focus, a previsão das instituições financeiras para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) passou de 3,65% para 3,82% em 2018. As projeções do Ministério da Fazenda para a inflação também só serão divulgadas no fim de julho. (Agência Brasil)

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Economia e Negócios: Ecio Costa fala sobre a fuga de capitais nos Países emergentes

Estreamos hoje a coluna Economia e Negócios, que será publicada quinzenalmente no site e redes sociais da Revista Algomais. O economista Ecio Costa, sócio da CEDES, fala hoje sobre a fuga de capitais que está acontecendo nos Países emergentes e comenta sobre a repercussão disso no Brasil.

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Loja Irmãos Haluli supera a crise e a invasão chinesa no comércio do Recife

“Se não tiver nos Irmãos Haluli, não tem em lugar nenhum”. Esse slogan informal de uma das lojas mais tradicionais da Rua Santa Rita está na boca dos comerciantes e consumidores do Bairro de São José. A diversidade de produtos da empresa, que conta com 28 mil itens distintos, foi uma das forças que contribuiu para que superasse as crises econômicas nos seus 56 anos de funcionamento. Seus proprietários resistiram também à chegada dos chineses na cidade e à concorrência com o e-commerce. Pai dos atuais dirigentes da loja, David Haluli, de origem libanesa e hoje com 87 anos, montou o comércio a poucos metros da antiga rodoviária do Recife com foco nas vendas para o atacado. O sócio-diretor, Paulus Haluli, afirma que na época muitos comerciantes do interior do Estado vinham até o Recife fazer as compras para seus negócios. Porém, com a transferência do Terminal Integrado de Passageiros (TIP) para o Curado e a instalação de centros de distribuição no interior, houve um esvaziamento desse público inicial. A loja mudou e passou a focar no varejo. Paulus afirma ter sido uma mudança difícil, mas que deu certo. Enquanto muitas lojas atacadistas do bairro fecharam as portas, os Irmãos Haluli cresceram. Dos 12 funcionários dos anos 80, hoje 65 pessoas trabalham atendendo os mais de mil consumidores diários. “Passar do atacado para o varejo não é fácil. Por isso várias empresas não existem mais. O tíquete médio hoje é de três a quatro vezes menor que na década de 80. Isso nos levou à necessidade de ter um maior volume de atendimento de pessoas, que nos exige ter muita mão de obra em atividade”. Com o tempo, para atender a diversa clientela da região, a empresa acabou se especializando em oferecer produtos diferentes e difíceis de serem encontrados no mercado. Enquanto para boa parte dos lojistas do comércio popular do Centro do Recife – conhecido como "Vuco-vuco" – a recente crise econômica foi desastrosa, para a Irmãos Haluli constituiu-se numa oportunidade. Muitos dos consumidores da loja buscam itens que os ajudem a gerar um complemento de renda, como artesanato e produtos para confeitaria ou essências e frascos para fazer perfumes. Na falta de emprego, o que era um extra pode até se tornar a fonte principal de remuneração. Para estimular ainda mais esse perfil de público, a loja passou a oferecer, há 10 anos, cursos gratuitos – alguns a preços populares – para as pessoas interessadas nessa linha de geração de renda. O calendário das capacitações é praticamente ininterrupto e com casa cheia. A média de alunos por ano da Haluli Cursos é de 3,8 mil pessoas. A sala precisou inclusive ser reformada recentemente. Seus clientes também podem se capacitar pelas oficinas online produzidas e transmitidas na web pelos Irmãos Haluli. A chegada em massa dos comerciantes chineses também não abalou as vendas da empresa familiar. O que é uma rara exceção. Donos de uma parcela significativa do comércio de rua, a atuação dos orientais, com preços muito abaixo dos praticados então na cidade, provocou o fechamento de muitas lojas do Centro. Além de não atrapalhar, a vinda dos novos lojistas ajudou a empresa da família de origem libanesa. Sem a variedade de produtos dos Irmãos Haluli, os chineses nunca foram de fato concorrentes. Mas a presença asiática acabou atraindo um movimento maior de pessoas ao comércio local, fenômeno que Paulus considerou positivo. “Apesar da região não ter uma condição boa de limpeza, calçamento, segurança e estacionamento, temos um fluxo de pessoas comprando nos bairros de São José e Santo Antônio, que seguiu forte nos últimos anos mesmo com a crise. O varejo dos chineses reforçou a imagem que aqui se encontram produtos de baixo custo. Temos uma Rua 25 de Março aqui no Recife. Recebemos muita gente inclusive de outros Estados”. As vendas digitais são outro fenômeno recente com impacto na atividade. A empresa, porém, embarcou no universo online ainda de forma tímida. Hoje, mil itens estão cadastrados para comercialização na internet. O e-commerce representa no momento apenas 1% do faturamento da loja, mas está crescendo. “Tem sido uma experiência muito boa para entendermos como funciona. É muito complexo para quem está vendendo. É preciso uma retaguarda de apoio muito grande para a loja virtual funcionar bem”. Atualmente, quatro pessoas trabalham exclusivamente para as vendas não presenciais. Muitos consumidores, inclusive, fazem seus pedidos e tiram suas dúvidas diretamente pelas mídias sociais. Uma mudança na experiência de compra que já fez a tradicional loja dedicar um funcionário para essa atividade. “Isso era inimaginável há 10 anos. É uma nova dinâmica. Hoje os clientes praticamente não ligam mais pelo telefone. A comunicação é, em sua maioria, pelas redes sociais”, conta. Crescer no virtual é um dos desafios da loja para os próximos anos. Para o futuro, a empresa projeta também fazer uma reforma para modernizar toda a loja física. “Além disso, integrar o site com a loja física é o nosso grande desafio”, planeja Paulus. *Por Rafael Dantas, repórter da Algomais (rafael@algomais.com)

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País à beira de um ataque de nervos (por Francisco Cunha)

A greve dos caminhoneiros mostrou a cara de um país neurastênico, como se dizia há muito tempo atrás. Estressada por uma inédita confluência de crises (econômica, política, social, ética) que parece configurar algo como uma “tempestade perfeita”, quatro meses antes das eleições presidenciais mais incertas desde a redemocratização, a sociedade reage com altas doses de histerismo e inúmeros boatos cabeludos pelas redes sociais. Defendeu-se de tudo pela internet. Desde “Intervenção Militar, Já!”, até uma “desobediência” tributária do tipo “não pague nenhum imposto até que todos os políticos corruptos sejam varridos no mapa”. Noves fora os delírios, esse comportamento parece denunciar uma espécie de exaustão da ampla maioria com o estado de coisas no qual o País mergulhou caracterizado por uma profunda descrença na classe política que não consegue mais, como se passou a dizer muito por aí, “nos representar”. Há quem diga que estamos vivendo no Brasil o fim de um longo ciclo político/econômico de 30 anos que começou, justamente, com a Nova República e caracterizou-se pelo predomínio das soluções “políticas” e pela expansão fiscal que hoje já compromete cerca de 35% do PIB de carga tributária (era de 24% quando o ciclo começou em 1987) e, com o déficit fiscal de cerca de 6% do PIB, pela apropriação de mais de 40% do PIB pelo setor público contra a prestação de serviços de qualidade que vai de ruim a muito ruim. Se esta interpretação está correta (e as indicações são cada vez mais que sim), estamos naquela situação já descrita como a pior possível, ou seja, no limbo político: momento em que todos estão insatisfeitos já que a necessária mudança ainda não se fez, o novo não surgiu, e o antigo resiste ferozmente a acabar. Seja como for, a hora é muito delicada pois as demandas e carências são maiores do que a atual capacidade política e econômica de revolvê-las. E nervos esgotados, neurastenia, estresse e raiva não são bons conselheiros para nada, em especial para resolver problemas econômicos, políticos e sociais históricos complexos, típicos do final de um ciclo longo que muito prometeu e pouco cumpriu. É preciso muita calma nesta hora. Em menos de quatro meses teremos as eleições gerais, o remédio democrático para a incerteza política. Além disso, também muito cuidado na hora de votar pois a eleição de um populista turbinará a crise com certeza absoluta.

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Faturamento da indústria cresce 1,5% em abril, aponta CNI

O faturamento da indústria aumentou 1,5% em abril na comparação com março, informou a Confederação Nacional da Indústria nesta segunda-feira (4), por meio do relatório Indicadores Industriais. O dado é referente à série livre de influências sazonais. Com esse resultado, o indicador de faturamento industrial fechou o quadrimenstre (de janeiro a abril) com alta de 6,9% na comparação com o mesmo período do ano passado. Em termos reais, o faturamento atual é 12,2% superior ao registrado há 12 meses. "Os Indicadores Industriais de abril indicam que a indústria retomou sua recuperação, embora esse processo seja lento e ainda esteja longe de ser concluído", diz um trecho do relatório. Ainda de acordo com a pesquisa, as horas trabalhadas na produção também aumentaram 2,2% em abril, após uma sequência de duas quedas consecutivas, em fevereiro e março. A utilização da capacidade instalada ficou praticamente estável em 78%, com leve recuo de 0,1 ponto percentual em abril na comparação com março. Conforme a CNI, a utilização média da capacidade instalada no primeiro quadrimestre é 1,2 ponto percentual superior à do mesmo período de 2017. Já o emprego na indústria cresceu 0,1% em abril na comparação com março, na série dessazonalizada. Foi o oitavo mês consecutivo de crescimento do emprego, que registra uma expansão de 0,7% no primeiro quadrimestre na comparação com o mesmo período de 2017. Baixas A massa real de salários caiu 0,4% e o rendimento médio real dos trabalhadores também diminuiu 0,4% em abril frente a março, na série dessazonalizada. Segundo a CNI, o resultado mostra "que o mercado de trabalho ainda segue em fase de ajustes". Apesar disso, na comparação do primeiro quadrimestre com o mesmo período de 2017, a massa real de salários aumentou 1,8% e o rendimento médio real do trabalhador subiu 1,1%.

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Mercado reduz projeção de crescimento da economia

Com a crise de abastecimento causada pelos protestos dos caminhoneiros, o mercado financeiro reduziu a projeção para o crescimento da economia e aumentou a estimativa de inflação. De acordo com o Boletim Focus, publicação na internet divulgada todas as semanas pelo Banco Central (BC), a projeção para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) – soma de todos os bens e serviços produzidos no país – passou de 2,50% para 2,37%. Essa foi a quarta redução consecutiva. Para 2019, a previsão permanece em 3%. Além disso, a estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu de 3,50% para 3,60%, neste ano. Para 2019, a projeção foi ajustada de 4,01% para 4%. Mesmo assim, a expectativa para a inflação permanece abaixo da meta, que é 4,5% neste ano, com limite inferior de 3% e superior de 6%. Para 2019, a meta é 4,25%, com intervalo de tolerância entre 2,75% e 5,75%. Taxa básica de juros Para alcançar a meta, o BC usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 6,50% ao ano. Quando o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Quando o Copom diminui os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação. Para cortar a Selic, o BC precisa estar seguro de que os preços estão sob controle e não correm risco de subir. Para o mercado, a Selic deve permanecer em 6,50% ao ano até o fim de 2018 e subir ao longo de 2019, encerrando o período em 8% ao ano. Dólar A previsão para a cotação do dólar ao final do ano subiu de R$ 3,43 para R$ 3,48. Para o fim de 2019, passou de R$ 3,45 para R$ 3,47. A projeção para o superávit comercial subiu de US$ 56,1 bilhões para US$ 57,15 bilhões, neste ano, e de US$ 47,63 bilhões para US$ 49,80 em 2019. (Agência Brasil)

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Projeto São Francisco estimula economia após um ano da chegada das águas a Paraíba e Pernambuco

A chegada das águas do ‘Velho Chico’ ao sertão vem mudando há um ano a realidade de aproximadamente um milhão de pessoas nos estados da Paraíba e de Pernambuco. Desde a inauguração do Eixo Leste do Projeto de Integração do Rio São Francisco, em março do ano passado, a população de 33 municípios nos dois estados comemora a nova rotina nas residências, no comércio e na agricultura. As transformações impactam diretamente no desenvolvimento da região, como o fim do racionamento em Campina Grande, segunda cidade mais populosa da Paraíba. Em Monteiro, primeiro município paraibano a receber as águas do Projeto São Francisco, a prefeita Ana Lorena Nóbrega afirma que a segurança hídrica a partir do Eixo Leste criou condições mais favoráveis à comercialização de diversos produtos regionais. “Nossa economia gira muito em torno da caprinocultura, da agricultura familiar e, claro, a chegada das águas deu uma levantada visível na produção e comercialização”, disse a prefeita, que também aposta na instalação de novas indústrias e empresas para movimentar ainda mais a economia local. De lá, as águas seguiram pelo leito do Rio Paraíba até chegar ao Açude Epitácio Pessoa, conhecido como Boqueirão, responsável por abastecer a região metropolitana de Campina Grande. Em pouco tempo, a população passou a sentir o alívio nas torneiras com o fim do racionamento. Além de evitar o colapso hídrico, a obra do Governo Federal fortalece os setores da agricultura e pecuária, como destaca o produtor João de Deus Rodrigues. “Nos tranquiliza muito a certeza de que, num momento mais crítico de seca, podemos garantir suporte aos animais, por exemplo”, comenta. O empresário Divaildo Júnior, presidente do Sindicato de Hotéis, Bares e Restaurantes de Campina Grande, observa que o setor já apresenta importantes sinais de retomada do crescimento. “A cidade voltou a se planejar a longo prazo, a captar investimentos e buscar atrair novas empresas. Hoje, sim, podemos dizer que temos garantia hídrica. O projeto de transposição foi uma bênção”, garante. Em Pernambuco, a primeira cidade a ser beneficiada pelo Eixo Leste foi Sertânia, na região do Sertão do Moxotó. O artista plástico Júnior Silva, que hoje vive no estado do Mato Grosso, visitou o município para rever a família e se surpreendeu com o novo cenário. “Antes buscávamos água em poços distantes para encher tanques e baldes, ou então aguardávamos o reforço que vinha dos carros-pipa. Era uma precariedade. Hoje, temos água de boa qualidade nas torneiras de casa”, comemora. Água para quatro milhões de pessoas O Eixo Leste do Projeto São Francisco foi projetado para garantir o abastecimento de mais de quatro milhões de pessoas em 168 municípios nos dois estados – Pernambuco e Paraíba. Com a inauguração, o Governo Federal cumpriu sua missão de entregar a água do Rio São Francisco nos pontos de captação. O tratamento e o fornecimento do recurso hídrico estão a cargo dos governos estaduais.

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