Arquivos Economia - Página 8 De 42 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

economia

cidade digital

IoT traz boas perspectivas para o setor de tecnologia de Pernambuco

Com a redução do custo dos equipamentos e aumento da demanda por dados, setor de tecnologia local, que já produz hardwares e softwares, vislumbra cenário promissor com internet das coisas. *Por Rafael Dantas O Recife tem trilhado um caminho ainda tímido, mas crescente de empresas no segmento de Internet das Coisas. A IoT, como é conhecida, é a conexão de objetos físicos à internet, permitindo que eles coletem, compartilhem dados e interajam entre si e com os usuários. Tudo isso de forma inteligente, automatizada e nos últimos anos com várias soluções made in Pernambuco. Em diferentes vertentes, várias empresas locais têm construído suas histórias nessa atuação que perpassa entre os hardwares e a inteligência de dados. Diferente do desenvolvimento de softwares e aplicações, em que Pernambuco tem algumas centenas de startups e empresas atuando, no segmento de IoT o número de players é pequeno. Porém, as expectativas são grandes nesse mercado, com a redução do custo dos equipamentos e o aumento da demanda de dados para a tomada de decisões em todos os negócios e serviços. “O mercado global de IoT está em rápida expansão e analistas, como a GlobalData, projetam que ele possa ultrapassar US$ 1,1 trilhão até 2024, impulsionada pela automação e pela necessidade de dispositivos conectados. Temos algumas iniciativas promissoras em IoT em Pernambuco, mas a maior representatividade está nas universidades e nos projetos de governo. Universidades como a UFPE e o Instituto Senai de Inovação promovem pesquisas importantes e incubam startups, enquanto o Porto Digital fomenta projetos com IoT”, afirmou o professor da UniFBV Wyden Marcello Mello, que é PhD em Educação Tecnológica e mestre em Ciências da Computação. Diante do aumento da produção em escala desses equipamentos, o professor afirma que os custos dos sensores e módulos de comunicação diminuíram consideravelmente, permitindo que mais empresas e consumidores acessem essas tecnologias. Alguns dos produtos mais populares são os assistentes domésticos, como o Alexa. Além disso, várias soluções de automação residencial estão se tornando mais acessíveis. Esse avanço começa a ser percebido no Estado, segundo o CEO da Parlacom, Clóvis Lacerda. “Nós temos empresas que fabricam equipamentos em Pernambuco. Empresas genuinamente pernambucanas. Isso é importante porque no mundo inteiro se discute a questão do circuito integrado, porque é uma questão de estratégia nacional. No Recife temos no Porto Digital empresas de programação, muitos desenvolvedores… Mas agora a gente tem a união do software com hardware”, destacou. TECNOLOGIAS À SERVIÇO DA ILUMINAÇÃO PÚBLICA Um dos players locais no segmento é a BottomUp, que nasceu em 2011 em uma incubadora no Itep (Instituto de Tecnologia de Pernambuco). Hoje a empresa tem uma planta instalada na Várzea e já está com planos para levar suas operações para o Parqtel (Parque Tecnológico de Eletrônicos e Tecnologias Associadas de Pernambuco). O novo espaço representará um salto pois terá uma estrutura quatro vezes maior que a atual. A empresa é uma fábrica de hardwares, com 60 funcionários. A corporação dispõe de um setor interno de Pesquisa & Desenvolvimento, uma área de design industrial e muitos produtos no mercado. O principal segmento de atuação da BottomUp é de equipamentos voltados para os serviços de iluminação pública. Pequenos hardwares instalados nos postes da cidade ajudam a evitar que as lâmpadas queimem, diante da oscilação de eletricidade, por exemplo. “Nós temos um equipamento que é instalado e se o poste vazar corrente, o sistema desliga apenas aquele poste. A equipe da prefeitura fica sabendo qual poste foi desligado e está com problemas. Dessa forma, ninguém leva choque”, exemplificou Fred Braga, CEO da empresa. Caso as luminárias parem de funcionar, o sensor também emite um alerta para a gestão municipal. Além disso, uma funcionalidade bem típica desses equipamentos é a medição do consumo de cada ponto. Como se trata de uma solução de interesse das municipalidades de todo o País, os equipamentos da empresa pernambucana estão espalhados para além das fronteiras do Estado. Só aqui na Região Metropolitana, por exemplo, vários desses hardwares estão em uso nas cidades do Recife, do Cabo de Santo Agostinho, em Goiana, entre outras. Apenas nesse exemplo da iluminação, é possível perceber a inversão de lógica nos serviços públicos que a IoT abre caminho. “O município deixa de ser reativo e passa a ser proativo”, afirma Fred. Antes dessas tecnologias, as empresas que prestam esse serviço público recebem as notificações de luminárias queimadas dos cidadãos. Com a inovação, a autoridade municipal já recebe a informação antes mesmo do aviso da população. A empresa, no entanto, não atua apenas nesse segmento, tendo soluções também de telegestão de ambientes (para condomínios residenciais e comerciais), Smart Parking (para identificação de vagas em estacionamentos), telemetria (de água, gás e energia), entre outros. Um dos produtos da BottomUp, por exemplo, foi o Botão do Gás, comercializado para a Supergasbras. A empresa pernambucana fabricou 132 mil unidades do equipamento que, ao ser acionado, faz o pedido automático de compra do botijão. Além desses serviços já em uso, o desenvolvimento do setor no suporte às smart cities – cidades inteligentes – aponta para muitas novidades nos próximos anos. IOT NO SUPORTE À EFICIÊNCIA ENERGÉTICA Com precisão na medição de dados em soluções de IoT, a XP Energy vem se destacando no segmento de monitoramento e controle de energia. Fundada em 2019, a startup pernambucana desenvolve tanto o hardware quanto o software necessários para acompanhar o consumo energético em tempo real, disponibilizando informações detalhadas aos clientes diretamente pela nuvem. Essa tecnologia integrada permite que empresas identifiquem padrões de uso, otimizem processos e reduzam despesas. A plataforma da XP Energy permite às empresas acompanhar os custos de energia em tempo real e acessar relatórios detalhados para um planejamento financeiro mais eficaz. A solução beneficia médios e grandes consumidores de energia, com contas superiores a R$ 10 mil, para quem a redução de desperdício e a eficiência energética são fundamentais. “O benefício de IoT em geral e dos nossos serviços é a redução de custo, automação de processos, digitalização e velocidade no acesso a dados para tomada de decisão”, afirmou o

IoT traz boas perspectivas para o setor de tecnologia de Pernambuco Read More »

cachaca pernambuco

Acordo Mercosul-União Europeia fortalece produção de cachaça

O Instituto Brasileiro da Cachaça (IBRAC) celebrou o anúncio do acordo Mercosul-União Europeia, que reconhece e protege a denominação "Cachaça" no bloco europeu, além de prever redução tarifária para o destilado. A medida aumenta a competitividade internacional da bebida, que já possui proteção no Chile, Colômbia, EUA e México. Segundo Carlos Lima, presidente do IBRAC, o acordo é um marco para a valorização de um produto genuinamente brasileiro. "É um reconhecimento internacional e motivo de comemoração", afirma Lima. Apesar do avanço, o setor lamenta a proposta da reforma tributária em discussão no Senado, que pode prejudicar a cadeia produtiva da cachaça. O IBRAC defende a revisão do artigo 419 do PLP 68/2024, que prevê tributação diferenciada por teor alcoólico, favorecendo a cerveja. O setor, que tem players importantes em Pernambuco, apela para o retorno ao texto original da reforma, garantindo igualdade no tratamento fiscal de bebidas alcoólicas. Além de grandes marcas, como a Pitú, o Estado possui ainda cachaçarias premiadas como a Sanhaçú, de Chã Grande, e a Triumpho, do Engenho São Pedro, em Triunfo. Crescimento imobiliário impulsiona aumento de corretores autônomos em Pernambuco Os setores construtivo e imobiliário impactam diretamente na área de corretagem. Nos últimos cinco anos, no Brasil, houve aumento de 44% no número de profissionais atuando no nicho. E Pernambuco acompanha o crescimento. Aqui, Bruno Malheiros, gestor comercial da MRV, sinaliza média de 240 credenciamentos corretores autônomos por ano. Esse volume acompanha o ritmo de lançamentos da empresa no estado. Só em 2024, foram lançadas mais de 700 unidades habitacionais. Construtora Casais estreia no Nordeste com projeto em Alagoas Após atuar no Rio de Janeiro, São Paulo e outros estados, a construtora portuguesa Casais chega ao Nordeste com o lançamento do Maragogi Privilege Residence Apart Hotel. Localizado na praia de Peroba, em Maragogi (AL), o empreendimento terá 230 unidades com vista para o mar e infraestrutura de resort, incluindo coworking e três rooftops exclusivos para visitantes. Reconhecida como a maior construtora de hotéis e resorts da Europa, a Casais está presente em 17 países. No Brasil, sua expansão para o Nordeste está sendo conduzida pelo pernambucano Marco Antônio Costa, que possui ampla experiência no setor de construção civil de grande porte. CarboFlix e Sulog promovem ação para motoristas no Porto de Suape Até 11 de dezembro, a CarboFlix e a Sulog realizarão um evento especial no Porto de Suape, no Cabo de Santo Agostinho, voltado para caminhoneiros e motoristas autônomos. Durante o encontro, será apresentada a tecnologia de descarbonização de motores Carbo Vapt, que melhora a performance dos veículos, reduz custos com combustível e diminui a emissão de poluentes. Novos assinantes do superapp CarboFlix terão acesso a benefícios exclusivos, como teste de opacidade gratuito e mais de 20 serviços, incluindo telemedicina, suporte psicológico e manutenção preventiva. Segundo Thelis Botelho, CEO da CarboFlix, o superapp foi desenvolvido para atender às necessidades reais dos caminhoneiros, oferecendo suporte completo para garantir segurança e tranquilidade na estrada. O evento ocorrerá no pátio de triagem do Porto de Suape.

Acordo Mercosul-União Europeia fortalece produção de cachaça Read More »

caruaru

Pesquisa revela desafios e oportunidades para o Centro de Caruaru

Estudo inédito aponta percepções sobre segurança, infraestrutura, mobilidade e sugestões para modernização da área central. Foto: Staff Comunicação A CDL Caruaru divulgou uma pesquisa inédita realizada pela Ray Consulting que traça um panorama detalhado sobre o Centro da cidade. Foram ouvidas 808 pessoas, incluindo consumidores, comerciantes, ambulantes e turistas, entre os dias 21 e 30 de agosto. O levantamento avaliou aspectos como segurança, infraestrutura, limpeza, entretenimento e meio ambiente. Os dados revelam percepções diversas sobre o espaço, apontando problemas como dificuldade de estacionamento e preocupações com segurança. “Diversos setores vão poder se pautar e desenvolver estratégias que possam não só atingir as atuais circunstâncias, mas também as questões potenciais”, destaca Rossini Batista, presidente da CDL Caruaru. Entre os resultados, 60,27% das pessoas visitam o Centro diariamente, e 88,02% frequentam o local ao menos semanalmente. Apesar disso, 73,26% dos consumidores relatam dificuldade em encontrar estacionamento, enquanto 29,07% consideram a segurança ruim. A infraestrutura é vista como regular ou ruim por 51,7% dos entrevistados, com destaque para críticas às calçadas e sinalização. Por outro lado, turistas avaliam positivamente a limpeza (43,32%) e a segurança (25,37%), sugerindo diferenças nas experiências de quem transita pelo local. As expectativas por modernização são altas, com 57,62% preferindo uma transformação gradual e 27,13% defendendo mudanças urgentes. Além disso, eventos culturais, mais espaços ao ar livre e opções gastronômicas estão entre os desejos apontados pelos frequentadores. O otimismo dos comerciantes também se destaca, com 60,39% acreditando que o Centro tem potencial para crescimento. Apesar de enfrentarem dificuldades, como falta de apoio do poder público (62,99%), eles enxergam o espaço como promissor. Para Milton Santana, da GNI – Gerar Negócios Inteligentes, “quando se investe na reestruturação de uma cidade, pensando no bem-estar das pessoas, é imprescindível valer-se de tecnologias de inovação, a fim de promover desenvolvimento integrado que gere cidades mais inclusivas, humanas, seguras e vibrantes”.

Pesquisa revela desafios e oportunidades para o Centro de Caruaru Read More »

suape porto

Porto de Suape registra crescimento de 5,2% na movimentação de cargas

Aumento destaca a importância estratégica do complexo para o comércio nacional e internacional O Porto de Suape alcançou um crescimento de 5,2% na movimentação de cargas entre janeiro e outubro deste ano, somando 20.985.821 toneladas em comparação ao mesmo período de 2023. O destaque vai para agosto, com 2.670.132 toneladas, e para o aumento de 10% no número de atracações, totalizando 1.381 embarcações. Esses resultados consolidam Suape como o sexto porto público mais movimentado do Brasil. “Os números são bastante positivos e reafirmam a importância do Porto de Suape como um dos principais e mais movimentados terminais portuários do país. Mas estamos mirando mais alto”, afirmou Guilherme Cavalcanti, secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco. As operações com carga conteinerizada lideraram o crescimento, registrando alta de 23%, com 528.258 TEUs movimentados. O incremento foi impulsionado pela inclusão de Suape na rota internacional Singapura-Nordeste brasileiro, que conecta complexos portuários na Ásia, Caribe e outros atracadouros regionais. “Suape se posiciona como porta de entrada de contêineres de longo curso na região, trazendo mais competitividade para os exportadores e importadores”, destacou Marcio Guiot, diretor-presidente da estatal portuária. Além do desempenho em contêineres, o segmento de carga geral solta avançou 13,9%, alcançando 492.208 toneladas. Produtos como veículos, chapas de aço e peças industriais lideraram o aumento. Já os granéis líquidos, como petróleo e derivados, mantiveram estabilidade, representando 65,4% do volume total de carga movimentada. O porto pernambucano também se mantém como líder nacional no transporte de cabotagem e na movimentação de contêineres no Nordeste.

Porto de Suape registra crescimento de 5,2% na movimentação de cargas Read More »

remedios brasil

Projeto que isenta medicamentos do imposto de importação vai à sanção

Limite é US$ 10 mil, por pessoa física para uso próprio ou individual. Foto: Marcello Casal JrAgência Brasil O Plenário do Senado aprovou nesta quarta-feira (4) o Projeto de Lei (PL) 3.449/2024, que permite ao Ministério da Fazenda zerar as alíquotas do imposto de importação para medicamentos no Regime de Tributação Simplificada. O limite para isenção é US$ 10 mil, cerca de R$ 57 mil, para importação por pessoa física para uso próprio ou individual. Aprovado pela Câmara dos Deputados em outubro, o texto segue para sanção presidencial. O PL, de autoria do deputado José Guimarães (PT-CE), incorpora o texto das medidas provisórias (MPs) 1.236/2024 e 1.271/2024, sobre o tema de tributação simplificada, e da MP 1.249/2024, sobre o Programa Mover. O relator, senador Cid Gomes (PSB-CE), apresentou parecer favorável à proposta e rejeitou todas as emendas apresentadas. “Optamos por rejeitar todas as emendas para que o projeto não tenha que retornar para a Câmara dos Deputados, uma vez que sua aprovação demanda urgência e consequente positivação em lei”, justificou.

Projeto que isenta medicamentos do imposto de importação vai à sanção Read More »

fiepe

Algomais vence Prêmio Fiepe de Jornalismo com série "Pernambuco em Perspectiva"

A Revista Algomais voltou a vencer o Prêmio Fiepe de Jornalismo, desta vez com a série de reportagens "Pernambuco em Perspectiva", assinada pelo repórter Rafael Dantas, na categoria de texto impresso. A premiação reconheceu também trabalhos da TV Globo, na categoria vídeo, da CBN Recife, na categoria rádio, e do Leia Já, na categoria internet. O Prêmio Fiepe de Jornalismo reconhece incentiva a publicação de reportagens que destacam a visibilidade do setor industrial no Estado. A série de reportagem Pernambuco em Perspectiva aponta os desafios do Estado de redesenhar um planejamento de longo prazo, considerando os desafios do século 21. As reportagens podem ser conferidas no link Pernambuco em Perspectiva. Ainda em 2024, a Algomais venceu ainda o Prêmio Sebrae de Jornalismo, em Pernambuco, e foi finalista do Prêmio Urbana-PE.

Algomais vence Prêmio Fiepe de Jornalismo com série "Pernambuco em Perspectiva" Read More »

trabalhadores

Aumento das taxas de emprego é mais um estímulo à economia

A queda na taxa de desemprego traz a perspectiva de recuperação econômica e, para alguns analistas, também influencia na redução da vulnerabilidade social e estabilidade política *Por Rafael Dantas A taxa de desemprego do País chegou a 6,6%. É a menor taxa registrada pela Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) de toda a série histórica, que começou em 2012. Em Pernambuco, os números ainda são bem maiores, mas estão em queda. O Estado registrou 11,5% de desemprego, que é 2,6% menor do que no ano anterior. Essa mudança vem acompanhada com um aumento da renda dos trabalhadores. Transições que têm efeitos importantes na economia local e nacional. Luiz da Silva Neto, 48 anos, representa essa mudança no cenário do trabalho formal. Após dois anos de desemprego, o trabalhador, que já atuou como auxiliar de serviços gerais, cortador de cana e lavador de veículos, encontrou esperança em um novo emprego como ajudante de pedreiro em um empreendimento da Construtora Carrilho, no Recife. Com dois filhos, de 13 anos e 1 ano e meio, e sendo o único gerador de renda da casa, a carteira assinada dá uma tranquilidade que ele não tinha há mui- to tempo. “Eu deixava currículo em toda parte e sempre esperava uma chance. O que aparecia, eu tentava. Agora, espero com essa carteira assinada crescer na empresa e dar um futuro melhor para meus filhos”, planeja Luiz, que é morador de São Lourenço da Mata. “Estamos sempre na luta. A gente, pai de família, é quem mais sofre quando as coisas não vão bem. O trabalho é tudo, e quanto mais eu puder aprender, melhor”, diz ele, esperançoso. Sua história se entrelaça com o crescimento do emprego em Pernambuco. No setor da construção civil, o Estado registrou um aumento de 250,8% na geração de vagas na comparação entre os meses de janeiro e julho de 2024 com o mesmo período do ano passado. O total de geração de postos superou a casa de 6 mil contratações. A empresa em que Luiz trabalha, a Construtora Carrilho, está construindo oito novos empreendimentos. Para essas obras, ampliou o quadro em mais 150 profissionais. O avanço da geração de postos de trabalho e a redução do desemprego é fruto do crescimento econômico sustentado nos últimos anos e em 2024, segundo o economista e professor da UPE (Universidade de Pernambuco) Sandro Prado. “Nos últimos três anos (2022-2024), o Brasil viu um crescimento econômico significativo, com taxas que se aproximam dos 3%. Essa recuperação tem sido um fator crucial na luta contra o desemprego pois significa mais investimentos e, consequentemente, mais contratações. Esse cenário não só gera novas oportunidades, mas também atua como um motor para a formalização do trabalho, refletindo um ambiente econômico mais saudável.” Pernambuco recebeu em 2023 e neste ano grandes anúncios de empreendimentos, como da Stellantis, em Goiana, e da Refinaria Abreu e Lima, em Suape. O economista ressalta que Pernambuco lidera o percentual da geração de empregos no País, mas ressalva que o Estado ainda apresenta um dos patamares mais elevados de desemprego. Pernambuco e o Recife chegaram a superar as marcas de 14% e 16%, respectivamente, de desocupação, cravando por anos, com Bahia e Salvador, os postos de liderança do desemprego. Se o agronegócio foi o grande protagonista dos desempenhos econômicos do País na última década, a recente onda de avanço do emprego tem sido puxada principalmente pela indústria e pelos serviços. Apenas em agosto, segundo o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), foram 6.498 novas vagas na indústria e 5.815 nos serviços. No ano, o saldo de empregos no Estado, em todos os setores, é de 43.492 novos trabalhos formais. No ano, o comércio gerou 5.594 vagas, enquanto os serviços foram responsáveis por contratar 33.274 profissionais. O presidente da Fecomércio-PE, Bernardo Peixoto, destaca o ciclo positivo da economia do País e os impactos positivos nos setores representados pela federação. “O comércio varejista, o comércio por atacado e o comércio e reparação de veículos automotores são os segmentos que mais empregam no Brasil e os mais sensíveis à empregabilidade. Com mais pessoas empregadas, há um aumento no consumo local. Isso gera um ciclo positivo em que o comércio e os serviços prosperam, contribuindo para a recuperação da economia. O aumento da empregabilidade melhora a condição econômica das famílias, contribui para uma melhor qualidade de vida, reduzindo a vulnerabilidade social”. Além desse olhar por setores, Sandro Prado destaca que houve uma retomada dos empregos públicos a partir de 2023. A retomada dos concursos públicos e o aumento das contratações também das prefeituras, em áreas como ensino fundamental e na administração pública, também contribuíram. “Nós tivemos crescimento de empregos na iniciativa privada, mas tivemos de igual modo o aumento do número de empregos no setor público. Isso acontece após praticamente seis anos sem concursos públicos, sem que novos servidores estivessem sendo contratados.” EFEITOS ECONÔMICOS DA ATIVAÇÃO DO EMPREGO O efeito renda criado pelo avanço do emprego e também pelo aumento da remuneração se espalha por toda a economia. “A redução do desemprego resulta em um aumento da renda disponível das famílias, o que pode impulsionar o consumo. Com mais pessoas empregadas e recebendo salários, a demanda por bens e serviços tende a crescer, estimulando o setor privado e promovendo o crescimento econômico”, avalia Bernardo Peixoto. O presidente da Fecomércio-PE aponta ainda que enquanto uma região com alto índice de desemprego tende a refletir um quadro de insegurança financeira, altos índices de violência e baixo resultado dos setores produtivos, a virada que está sendo vista no País tende a gerar benefícios sociais relevantes. “A diminuição das taxas de desemprego pode contribuir para uma maior estabilidade social e política. Com menos pessoas em situação de vulnerabilidade econômica, há uma tendência de redução da criminalidade e dos conflitos sociais, criando um ambiente mais otimista para investimentos”. A diminuição da vulnerabilidade econômica das famílias pode gerar, segundo Sandro Prado, uma menor pressão no Governo Federal e no Governo do Estado em relação aos programas de distribuição direta de renda,

Aumento das taxas de emprego é mais um estímulo à economia Read More »

antonio barbalho

Antonio Barbalho: "Não existe falta de dinheiro no mundo"

Num momento em que o Brasil amarga os efeitos das mudanças climáticas, o especialista em financiamento para empreendimentos sustentáveis e resilientes, Antonio Barbalho, garante haver recursos disponíveis para projetos verdes. Mas ressalta que faltam planos bem estruturados que considerem a mitigação de riscos. O engenheiro pernambucano Antonio Barbalho circulou o mundo desenvolvendo estratégias e mobilizando finan ciamento para empreendimentos sustentáveis e resilien tes. Após o início de carreira na Chesf (Companhia Hidro Elétrica do São Francisco), ele desenvolveu uma trajetória internacional passando pelo Deutsche Bank, no Reino Unido, seguindo para o Banco Mundial, a partir de 2009. Ele foi gerente e chefe global da Miga (Agência Multilateral de Garantia de Investimentos) para Energia e Indústrias Extrativas e, posteriormente, gerente de Práticas para Energia na América Latina e Região do Caribe. Com ampla experiência nos setores financeiro, energético, indústrias extrativas e serviços públicos, ele avalia oportunidades e alguns desafios para Pernambuco na agenda ESG. Nesta entrevista a Rafael Dantas, o engenheiro destaca que o verdadeiro desafio não é a falta de recursos, mas sim a ausência de projetos bem estruturados que considerem a mitigação de riscos. Ele argumenta que há dinheiro disponível tanto em bancos privados quanto em instituições internacionais, como o Banco Mundial, mas muitos projetos falham ao não abordar adequadamente os riscos envolvidos. Com sua vasta atuação em financiamentos de iniciativas sustentáveis em diversas partes do mundo, Barbalho enfatiza a importância de entender as regras do mercado e adaptar os projetos às condições locais, garantindo maior viabilidade e sucesso a longo prazo. No último encontro do projeto Pernambuco em Perspectiva foi menciona do que não falta dinheiro para iniciativas de preservação ao meio ambiente e empreendimentos sustentáveis. Qual o desafio de acessar esses recursos? Não existe falta de dinheiro no mundo. O que existe é o não entendimento de mitigação de riscos. Fala-se muito que o problema é não ter projeto. Mas não é só isso. Projetos existem, mas projetos estruturados e pensados, não. Não se pensa em risco. Mesmo dentro do sistema financeiro nacional existe dinheiro, mas existe também uma mentalidade de que só quem financia é o BNDES. Isso não é verdade. Os bancos privados também financiam, mas têm juros mais altos. Quando começamos a entender isso e jogamos com o que existe no mercado é possível chegar a bons resultados. Já fiz um projeto de recuperação pela Miga em uma floresta da Indonésia no ano de 2011. Isso tem chamado a atenção global agora, mas fizemos isso há mais de 10 anos. Então, isso não é novidade. O esforço é se adaptar às regras, sem quebrar nenhuma, no ambiente em que se vai buscar o recurso. O que pode funcionar é baseado nas ideias da instituição financiadora em consonância com o que existe na legislação brasileira. Descobrir os limites e os caminhos até onde a gente pode ir com o projeto. A gente não cruza nenhuma linha. A lei brasileira é extremamente prescritiva (no comportamento, mesmo em ambiente de mudança) e punitiva (não considerando medidas corretivas em primeiro plano). Dentro de financiamentos a projetos, a parte mais importante é se antecipar aos problemas, porque quando eles acontecem nem sempre há tempo para resolver. É preciso, inclusive, traçar pelo menos um ou dois caminhos de como sair dos possíveis problemas. Como foi essa experiência na Indonésia? A Indonésia tem umas 5 mil ilhas e sofre uma degradação de floresta muito séria. As três maiores florestas do mundo são a da Amazônia, do Congo, que eu também tenho trabalhos por lá, e da Indonésia. Então, um Fundo de Investimento que Hong Kong, liderado por um britânico e com doação do Governo da Noruega, queria auxiliar numa determinada área de uma das ilhas com o pagamento pelos serviços ambientais. Nem se chamava isso, mas que era basicamente uma exploração de atividades econômicas da floresta, completamente recuperada e sustentável. Então se pode pensar: “Ah, podemos produzir e comercializar um pouco de coco”. Mas isso não vai sustentar 500 famílias, e havia duas mil famílias. Existem possibilidades de extrair produtos químicos que possam ir para fabricação de cosméticos. Isso já melhora o projeto, mas não resolve. Existe a possibilidade de replantio de floresta com espécies nativas que vai sequestrar carbono e vai restabelecer dentro de 10 a 15 anos o habitat natural. Isso, por si só, também não resolve. Mas a combinação de todos resolve. O fundo que eles colocaram era pequeno com relação à necessidade. Mas, uma dessas estruturas que eu desenhei com eles foi utilizar esse fundo para garantir um bond, uma debênture, que foi lançada (um título de dívida que é emitido para levantar fundos) e o resultado disso, o dinheiro que for levantado, seria utilizado nesses projetos, detalhando a forma de pagamento de cada um, que garantia a maneira como essas famílias iriam sobreviver. A mudança desse fundo do financiamento direto para um fundo garantidor permitia transformar US$ 40 milhões em US$ 300 milhões. Isso resolveu o problema. Então, em vez de fazer um investimento direto, essa nova modelagem do projeto gerou uma receita recorrente para eles? Exatamente, porque ele garantiu uma segurança do investidor, caso acontecesse a falha de alguma coisa. Por que "e se" ocorrer um incêndio? O grande desafio de qualquer financiamento é o “e se”. Então se eu consigo estruturar, entender esses riscos e mitigá-los, o projeto se torna mais robusto. Se utilizar uma parcela desse investimento em estruturas diferenciadas, o seu fundo de pensão vai investir porque é garantido. E se der um incêndio? Continua com a garantia. E se não der? Será possível ter um retorno um pouco melhor. E se der crédito de carbono? Melhor ainda. Então, essa perspectiva é muito maior, muito mais holística que estou começando a advogar no Brasil. Eu desejo fazer essa ponte aqui, já que eu regressei a Pernambuco. Não é uma viagem ao Banco Mundial que vai resolver o problema. Isso é muito importante, pois mostra interesse do Estado em resolver o problema. Mas o que precisa acontecer antes é uma definição do

Antonio Barbalho: "Não existe falta de dinheiro no mundo" Read More »

E METANOLMiva Filho Secom 4

Pernambuco recebe investimento de R$ 2 bilhões com a primeira indústria de e-metanol do Brasil

Planta será instalada no Porto de Suape, fortalecendo a cadeia de hidrogênio verde e gerando mais de 15 mil empregos. Foto: Miva Filho O estado de Pernambuco sediará a primeira indústria de e-metanol do Brasil, com investimento de R$ 2 bilhões. O projeto, liderado pela European Energy, será instalado no Complexo Industrial Portuário de Suape, em uma área de 10 hectares. O acordo foi firmado durante uma cerimônia no Palácio do Campo das Princesas, com a presença da governadora Raquel Lyra, que destacou a importância do investimento para a economia verde e para a criação de empregos. A planta deverá gerar 250 empregos diretos e 15 mil indiretos, posicionando Pernambuco como pioneiro na produção de e-metanol. “A instalação da European Energy em Pernambuco consolida nosso estado como referência em transição energética, aproveitando nosso potencial em energia eólica e solar. Isso coloca Suape em um novo patamar de desenvolvimento sustentável”, ressaltou a governadora. A previsão é que o projeto básico seja apresentado até abril de 2025, com início das obras em outubro do mesmo ano. A operação está prevista para começar em julho de 2028. O e-metanol, conhecido como metanol verde, é produzido a partir de fontes renováveis, como hidrogênio verde, e é livre de emissões poluentes. Segundo o deputy CEO da European Energy, Jens-Peter Zink, "este projeto faz parte de nossa estratégia de internacionalização e consolida o Brasil como protagonista na transição energética mundial". A produção anual estimada é de 100 mil toneladas, reforçando o papel de Suape como um dos principais portos do Brasil. Para o diretor-presidente do Complexo de Suape, Marcio Guiot, "este é um divisor de águas para o estado e para o Porto de Suape, consolidando a política de descarbonização e ampliando o impacto positivo no transporte marítimo". A planta também trará avanços para o setor de combustíveis renováveis, consolidando a atuação da European Energy no Brasil.

Pernambuco recebe investimento de R$ 2 bilhões com a primeira indústria de e-metanol do Brasil Read More »

candidatos

Candidatos mostram suas visões sobre o Recife que Precisamos

Série de encontros do projeto O Recife que Precisamos, promovidos pela CDL Recife, pela Rede Gestão e pela Algomais, recebeu os principais nomes do pleito municipal na capital pernambucana. *Por Rafael Dantas A capital pernambucana chega na reta final da campanha pela prefeitura. Nas últimas semanas, a Câmara dos Dirigentes Lojistas do Recife e a Revista Algomais receberam cinco candidatos, que fizeram suas propostas para os principais problemas da cidade e tiveram acesso às sugestões do projeto O Recife que Precisamos. Com perfis e trajetórias bem distintas, João Campos (PSB), Gilson Machado (PL), Dani Portela (PSOL), Tecio Teles (Novo) e Daniel Coelho (PSD) debateram nesses encontros sobre temas como a mobilidade, o Centro do Recife e a segurança pública. O projeto O Recife que Precisamos, uma iniciativa da Rede Gestão, da CDL Recife e da Revista Algomais, propõe desde 2012 prioridades estratégicas para o desenvolvimento da cidade, influenciando a implementação de importantes empreendimentos e políticas públicas municipais. Entre suas principais diretrizes estão: planejamento de longo prazo com foco nos 500 anos da cidade em 2037 (O Futuro), controle urbano e qualificação dos espaços públicos (A Cidade), melhorias na mobilidade urbana e incentivo aos deslocamentos a pé, de bicicleta e de transporte público (O Caminho), revitalização do Centro Histórico (A História), a transformação das margens do Rio Capibaribe em parques urbanos (O Rio) e o aproveitamento das oportunidades internacionais (O Mundo). SEGURANÇA PÚBLICA Uma temática que causa grande interesse dos candidatos foi a segurança pública. Dos cinco, apenas Dani Portela se posicionou contrária ao armamento da Guarda Municipal. O projeto O Recife que Precisamos apresentou dados que apontam a sensação de insegurança pública como um dos motivos que tornam o Centro menos atraente para a população. Tecio Teles afirmou ter sido o primeiro dos prefeituráveis a defender a pauta. Nessa agenda, ele sugeriu a separação dos agentes de trânsito e da guarda patrimonial. “Uma parte do efetivo fica dedicada a organizar o trânsito, enquanto a Guarda Municipal vai fazer a segurança do cidadão. Em recente decreto do Governo Federal, o Ministério da Justiça emitiu uma norma que aumenta a atuação da Guarda Municipal para que ela cada vez mais tenha o poder de polícia atuando como membro da segurança pública”, afirmou o candidato do Novo. Tecio disse ainda que a Guarda Municipal desarmada do Recife é motivo de chacota dos bandidos que circulam na cidade. O prefeito João Campos informou durante o evento o plano de promover treinamentos especializados e realizar o armamento do efetivo. “Fizemos um compromisso de começar o armamento gradual da Guarda Municipal, sem confundir o que é papel de polícia e o que é de guarda”. Ele sugeriu começar pelo Centro da cidade, com um Grupo Tático Operacional. “Faremos esse movimento, focando no patrimônio, olhando para as principais ruas, praças e corredores comerciais”. Em paralelo, o prefeito afirmou que avançará também no sistema integrado de videomonitoramento, com uso de inteligência artificial à disposição do efetivo que atuará na região. Além de também defender o armamento da guarda, como proposta adicional para combater a violência, Gilson Machado Neto destacou a necessidade de avançar no monitoramento por câmeras na cidade. O ex-ministro do Turismo prometeu ainda ampliar o efetivo da Guarda Municipal para 2,5 mil profissionais (atualmente é de 1,7 mil) e propôs um sistema tecnológico para mobilizar parte da sociedade no apoio à segurança. “Vamos criar um programa estratégico de qualificação dos profissionais que podem trabalhar nessa área e ajudar a prefeitura. Por exemplo, policiais aposentados, vigilantes, porteiros, motoristas de aplicativo serão todos cadastrados, terão um QR Code para ser fiscal da segurança." Dani Portela difere dos demais candidatos na pauta da segurança. Ela considera que combater a precariedade das condições de trabalho e melhorar a remuneração dos guardas municipais deve ser a prioridade. “Entendemos o conceito de segurança para além da atuação ostensiva. Armar uma parcela pequena da Guarda não resolve a questão. É um discurso fácil para uma questão complexa. A Guarda pode usar vários armamentos não letais. Ela tem um dos piores salários do País e não tem as mínimas condições de trabalho”. A candidata do PSOL propõe uma melhor estrutura para o trabalho da Guarda e uma ação integrada com o programa federal de Segurança Urbana. Daniel Coelho afirmou que entre todas as capitais brasileiras apenas o Recife não conta com guarda armada. Entre suas críticas, ele afirmou que os servidores concursados acabam deixando a atividade por ser pouco valorizada, tanto em termos de estrutura como de carreira. Sobre o Compaz, ele considera que não pode ser considerado como uma política de segurança. “O Compaz não funcionou como política de combate à criminalidade, mas como equipamento social, sim. A diferença da experiência de Medellín e do Recife é que o equipamento semelhante ao Compaz de lá foi feito com a reestruturação urbana das comunidades. No Alto Santa Terezinha [onde está localizada uma das unidades do Compaz], existem vários morros com lonas e toque de recolher. A intervenção urbana completa junto com ação social previne violência”. MOBILIDADE URBANA A requalificação da mobilidade urbana é uma das prioridades do projeto O Recife que Precisamos, invertendo a prioridade dos deslocamentos motorizados individuais para dar atenção aos pedestres, ciclistas e ao transporte público. Os candidatos mostram-se favoráveis ao estímulo do uso das bicicletas, mas abordaram propostas e preocupações bem distintas nos encontros. João Campos relatou os investimentos em calçadas, ciclovias e na entrega das primeiras pontes e pontilhões na sua gestão. Além de fazer esse balanço, o candidato do PSB à reeleição destacou que uma das prioridades será o avanço na integração da cidade com novas pontes, que ele considera ser um dos principais gargalos no trânsito da capital. Ele destacou ainda os aportes realizados em novas tecnologias na sinalização semafórica. Com o uso de semáforos adaptativos, as novas tecnologias em implantação devem beneficiar o fluxo dos veículos nos horários de pico. As intervenções na mobilidade, em especial na Avenida Agamenon Magalhães e na Avenida Conde da Boa Vista, foram criticadas pelo candidato do Novo. Ele avalia

Candidatos mostram suas visões sobre o Recife que Precisamos Read More »