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Especialistas alertam sobre a importância do preventivo

Mesmo na sociedade contemporânea, ainda existe um número significativo de mulheres que não realizam anualmente o preventivo, fazendo do exame um grande tabu. Conhecido também como Papanicolau, ele deve ser realizado por todas as mulheres, sexualmente ativas ou não, com o objetivo de diagnosticar precocemente lesões precursoras do câncer do colo de útero. O preventivo é um exame realizado no próprio consultório ginecológico, onde se é coletada uma amostra do material do colo do útero a fim de analisar a natureza das células – e, eventualmente, detectar a presença de alterações, inclusive o HPV, Papiloma Vírus Humano. Ainda muito frequente no público feminino, esse vírus atinge a pele e as mucosas, podendo causar verrugas ou lesões percursoras de câncer, como o câncer de colo de útero, garganta ou ânus. De acordo com a ginecologista da Clínica SiM, Dra. Marcela Costa, existem mais de 200 tipos de HPV e cada tipo pode criar verrugas em diferentes partes do corpo, mas, hoje, 150 deles já foram identificados e sequenciados geneticamente. ”A forma de transmissão mais comum é o contato íntimo desprotegido e, por isso, o HPV pode ser considerado uma doença sexualmente transmissível”, comenta. No primeiro contato sexual, uma em cada 10 meninas chega a entrar em contato com o vírus. Conforme o tempo passa, entre 80 e 90% da população já entrou em contato com o vírus alguma vez na vida, mesmo que não tenha desenvolvido lesão. Mas é importante lembrar que mais de 90% das pessoas conseguem eliminar o vírus do organismo naturalmente, sem ter manifestações clínicas. Além do contágio pelo contato pele a pele, o HPV apresenta mais dois tipo de transmissão: o vertical e o por uso de roupas íntimas e toalha. No primeiro caso, ocorre quando os bebês que nascem de parto normal entram em contato com a área infectada da mãe, e o segundo só seria possível se a pessoa vestisse a roupa íntima da pessoa contaminada logo depois que ela a tenha tirado. Outro ponto importante é que o paciente pode transmitir o vírus mesmo que esteja sem sintomas e ele pode demorar poucos meses pra se manifestar, ou até anos e nunca se manifestar.  Para evitar esse contágio com o HPV, a Organização Mundial de Saúde realiza campanhas, anualmente, falando sobre a importância do uso da camisinha e de tomar a vacina quadrivalente que engloba quatro tipos de vírus e é realizada em três doses. “Existem formas muitas simples de prevenir o câncer de colo do útero e o exame de citologia oncótica ou Papanicolau é um deles. As pacientes a partir de um ano com vida sexual ativa já deve realizá-lo”, explica, acrescentando que uma boa conversar com a ginecologista para tirar dúvidas é imprescindível.   Serviço BOA VISTA Onde: Avenida Conde da Boa Vista, 710 Quando: De segunda a sexta, das 6h às 17h; aos sábados, 6h às 12h Telefones: (81) 4042.9660 Site: www.clinicasim.com Instagram: @clinica.sim Facebook: /clinicasim SHOPPING TACARUNA Onde: Av. Gov. Agamenon Magalhães, nº 153, Santo Amaro Quando: De segunda a sábado, das 6h30 às 22h; aos domingos, 12h às 20h Telefones: (81) 4042-9660

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Confira os principais cuidados antes da realização dos exames de imagem

Todos sabem a importância dos cuidados com a saúde e a necessidade de manter os exames sempre em dia. Com a evolução da tecnologia, a medicina tem ficado cada vez mais avançada, principalmente no quesito dos exames de imagem, o que pode gerar dúvidas para a realização dos mesmos. Na execução de alguns exames, é necessária uma preparação prévia. Para saber quais os necessários em cada caso, a médica radiologista do Lucilo Maranhão Diagnósticos, Dra Beatriz Maranhão, separou alguns dos principais cuidados na preparação antes dos exames. Mamografia – Não é necessário preparo antes. A paciente é orientada a levar exames anteriores para um estudo comparativo, já que é de total importância a avaliação dos filmes mamográficos anteriores e comparação com o presente exame, para que possam ser assinalados os achados novos e mais evidentes. Orienta-se ainda evitar uso de talco nas axilas, o que pode causar artefato na imagem. Densitometria – Não é necessário preparo antes. No entanto, se o paciente estiver feito algum exame com contraste, é ideal aguardar alguns dias antes de realizar a densitometria, pois o contraste, em algumas situações, pode alterar o resultado. Ultrassom - Em geral não é necessário nenhum preparo, no entanto, a ultrassonografia abdominal requer alguns cuidados como o jejum de 8h, que é necessário para deixar a vesícula bem distendida para avaliar o interior do órgão, afastando cálculos, pólipos ou tumorações. Se o paciente for fazer o exame sem jejum, a vesícula estará contraída e não será possível identificar o que tem internamente. Outro fato também é que no jejum é possível diminuir a interposição gasosa que o intestino faz sobre o pâncreas. Quando existe muito gás, o órgão fica pouco visível. Tomografia – Em sua maioria não é necessário preparo, apenas nos casos da tomografia com contraste. Para ela, é necessário um jejum de 4h e preparo antialérgico, caso o paciente tenha histórico de alergias diversas. Como a tomografia com contraste usa o contraste iodado, pacientes que tiverem alergia ao iodo devem realizar o procedimento com acompanhamento anestésico para minimizar os riscos de uma reação anafilática. Ressonância – Em sua maioria não é necessário preparo, apenas nos casos de ressonância com contraste. Para ela, é necessário jejum de 4h e o preparo antialérgico também é necessário para o paciente que tem histórico de alergias diversas (por exemplo: alergia à crustáceos, medicamentos, entre outros). Como a ressonância é realizada através de um campo magnético, está contraindicada a realização do exame em pacientes que possuam marcapasso cardíaco, implantes cocleares, clipes cirúrgicos intra cranianos e peso acima de 125kg. Biópsia de Próstata – O paciente deverá fazer uso de antibioticoterapia profilática, ou seja, iniciar antibiótico preventivo antes da realização do procedimento, já que a biopsia é feita através do reto e o risco de infecção é grande, visando diminuir as chances de uma urosepse. Solicita-se parecer cardiológico para os pacientes acima de 60 anos e/ou com co-morbidades. O uso de anticoagulantes está contraindicado, sendo assim, um parecer do médico assistente poderá ser solicitado para a suspensão temporária da medicação. A biópsia pode ser realizada com sedação ou com anestesia local, caso seja realizada sob sedação, é necessário jejum de 8 horas.

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Mitos e verdades sobre mamografia

Que a mamografia é fundamental para o diagnóstico do câncer de mama, todo mundo sabe. No entanto, algumas dúvidas ainda pairam sobre esse tipo de exame. Pensando em desmistificar a ultrassonografia é que as médicas radiologistas Dra Norma Maranhão e Dra Beatriz Maranhão, do Lucilo Maranhão Diagnósticos, elencaram as principais dúvidas acerca da avaliação por imagem. O autoexame dispensa a mamografia? Não dispensa. O autoexame funciona apenas para guiar alguma duvida diagnóstica, alteração palpável, achado novo. O procedimento não é seguro para dizer que não existe alteração maligna. Desta forma, a mamografia deve ser utilizada para encontrar achados assintomáticos. A mamografia é o principal exame para detecção do câncer de mama? É um dos principais exames, já que é feito para rastrear. A mamografia foi o único exame que mostrou redução de mortalidade do câncer de mama. A mamografia dói? Geralmente não causa dor, mas algumas pacientes apresentam uma sensibilidade natural, chamado de mastalgia (dores nas mamas). Para elas, a compressão da mamografia termina sendo sentida, causando relatos de dor durante a realização do exame. A mamografia funciona apenas para identificar o câncer de mama? O exame detecta câncer e alterações benignas, tais como alterações pós cirúrgicas e avalia implantes mamários. A mamografia digital é melhor do que a convencional? A mamografia digital é muito superior a convencional. Ela além de emitir menor radiação, ainda apresenta melhor qualidade de imagem. A mamografia é cara? Relativamente não é um exame caro. Além de ser bastante disponível pelo SUS Próteses de silicone atrapalham a mamografia? Para quem tem silicone, o exame é feito de maneira diferente. Nesses casos, a mamografia precisa de um pouco mais de imagens. Por isso são oito radiografias, quatro de cada mama. Sendo quatro com a prótese e quatro com uma manobra com a técnica que afasta a prótese para cima e para trás, sendo possível radiografar apenas o tecido mamário. Todas as mulheres devem realizar a mamografia a partir da mesma idade? A recomendação atual é de que deve ser realizada anualmente a partir dos 40 anos para pacientes que não apresentam fatores de risco e a partir dos 35 anos para pacientes do grupo de risco. A mamografia pode ser substituída por ressonância magnética ou ultrassonografia? A mamografia não pode ser substituída por ultrassom e ressonância, eles são exames complementares. Mamografia - é indicada como rastreio para paciente assintomático acima dos 40 anos. É fundamental para avaliação de alterações e calcificações suspeitas, sendo o único método que rastreia tais calcificações. Ultrassonografia – é método complementar para avaliação da mamografia, avaliação de nódulos, implantes e alterações palpáveis em mamas jovens. Ressonância – é indicada para pacientes de alto risco, em estadiamento pré operatório e com avaliação para quimioterapia neoadjuvante. Estou grávida, posso fazer mamografia? Paciente gravida não deve fazer mamografia, no entanto, se ao fizer o exame, não souber da gravidez, por ela estar ainda em estágio inicial, não há risco de teratogenicidade para o feto, pois a radiação é mínima.

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Por que o dignóstico da endometriose é tão difícil?

O diagnóstico pode ser um desafio para as mulheres que sofrem com a endometriose, doença crônica e incurável, que se caracteriza pela presença de tecido endometrial (semelhante ao que reveste a cavidade uterina) fora do útero. A estimativa, de acordo com diversos estudos, é que a confirmação do diagnóstico pode levar em média, oito anos para acontecer. Segundo Dr. Edvaldo Cavalcante, cirurgião ginecológico e especialista em endometriose, a mulher costuma percorrer um longo caminho até descobrir a doença, principalmente quando não há sintomas aparentes. Nas pacientes sintomáticas, esse atraso aumenta o sofrimento físico e impacta diretamente na redução da qualidade de vida, com prejuízos na carreira, estudos e relacionamentos. Quando desconfiar da endometriose? “A dor pélvica é o principal sintoma da endometriose. Ela pode se manifestar de diversas maneiras, como a dismenorreia (cólica menstrual), dor pélvica crônica (ou acíclica), dispareunia de profundidade (dor durante a relação), alterações intestinais cíclicas (dor à evacuação, sangramento nas fezes, aumento do trânsito intestinal durante o período menstrual), alterações urinárias cíclicas (ardor, perda de sangue na urina, aumento da frequência acompanhando o fluxo menstrual) e infertilidade”, explica Dr. Edvaldo. O que pode atrasar o diagnóstico? Há alguns fatores que podem atrasar o diagnóstico. O primeiro deles é que em muitos casos as mulheres não levam suas queixas ao médico por considerarem a cólica menstrual um sintoma normal. Acabam se automedicando com analgésicos e, em muitos casos, evitam atividades sociais durante as crises. “Por muito tempo as mulheres, e por que não dizer que alguns médicos, também acreditavam que cólica e dores na relação eram sintomas normais durante toda a sua vida. Mas, hoje sabemos que esses sintomas podem ser o primeiro sinal da endometriose e, por isso, qualquer queixa clínica deve ser valorizada”, afirma o médico. Como chegar ao diagnóstico Após a suspeita clínica da endometriose, o médico irá iniciar a investigação com exames de imagem específicos, como o ultrassom pélvico transvaginal com preparo intestinal e/ou ressonância magnética com preparo intestinal. Entretanto, esses exames são outros fatores que podem contribuir para o atraso no diagnóstico. “Esses exames devem ser realizados por médicos especializados e preparados para a intepretação das imagens que mapeiam a endometriose. Infelizmente, há escassez de médicos capacitados nos laboratórios e centros médicos brasileiros”, diz Dr. Edvaldo. Diagnóstico definitivo é sempre cirúrgico? Por muito tempo, as mulheres que tinham a suspeita clínica de endometriose eram submetidas à cirurgia por videolaparoscopia para confirmação diagnóstica e este era o único método definitivo para confirmação da doença. Entretanto, segundo Dr. Edvaldo, graças ao avanço do diagnóstico por imagem (ultrassom e ressonância magnética) e à experiência dos médicos especializados em endometriose, após a suspeita clínica, exames físico e por imagem, o diagnóstico da endometriose é firmado na grande maioria dos casos. “A videolaparoscopia diagnóstica ficou reservada para um seleto grupo de pacientes. Atualmente, conseguimos diagnosticar, mapear e individualizar o melhor tratamento da endometriose, que pode ser clínico ou cirúrgico”, comenta o médico. Como mensagem final, Dr. Edvaldo reforça a importância da valorização das queixas de cólicas menstruais, principalmente em mulheres jovens, pois a doença pode ter início precoce, e nessa fase o principal sintoma será a cólica menstrual intensa. “Quando a dor for intensa e exigir repouso ou afastamento das atividades rotineiras, é preciso prestar atenção. Cólica menstrual não deve ser algo incapacitante, se for, o médico deve valorizar a queixa e investigá-la”, conclui.

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O uso do contraste em exames radiológicos

Muitas são as dúvidas sobre o uso do contraste em exames de ressonância magnética ou tomografia computadorizada, deixando os pacientes com dúvidas, e alguma vezes com receio em fazer o procedimento. Alergias, efeitos colaterais, fatores de riscos, e até o entender o porque dele ser utilizado são os mais comuns. Para esclarecer o uso do contraste, o médico radiologista da Lucilo Maranhão Diagnósticos, Dr Lucilo Maranhão Neto, responde algumas perguntas acerca do uso do composto. O que é o contraste? Os meios de contraste (MC) são compostos utilizados para dar melhor definição de imagem nos distintos métodos de diagnóstico radiológicos e incluem o sulfato de bário, a fluoresceína, o gadolíneo (Gd) e os meios de contraste iodados (MCI). Qual a indicação do uso do contraste nos exames de ressonância e tomografia? O contraste vai ajudar o médico radiologista a ter mais subsídios para sugerir um diagnóstico preciso. No campo da oncologia, por exemplo, os contrastes ajudam não só na identificação das lesões como ainda, baseado no comportamento vascular das lesões em diagnósticos precisos. Ajudam ainda de maneira geral na identificação de locais com reações inflamatórias/infecciosas, que irão realçar ao meio de contraste. Tem alguma idade mínima ou máxima para se usar? Geralmente recomenda-se seu uso, mediante indicação do médico assistente, após os 2 anos de idade; não havendo idade máxima para sua utilização, respeitando-se todavia as suas contra-indicações. Como é aplicado o contraste? Geralmente é aplicado por via intravenosa, em alguns casos, os iodados, podem ser deglutidos em solução para estudo do trato gastrointestinal. Quais os fatores de risco da utilização do contraste? História prévia de reação adversa ao meio de contraste, história de múltiplas alergias ou asma, mieloma múltiplo, doença renal, diabetes, doença cardiovascular, incluindo arritmias, cardiopatia isquêmica e hipotensão pulmonar, discrasias sangüíneas, feocromocitoma, doença autoimune, hipertireoidismo e ansiedade. Existem alergias ao contraste? A frequência das reações alérgicas varia de acordo com o tipo de contraste usado. De modo geral, considera-se que os agentes de contraste à base de gadolíneo são muito mais seguros que o contraste iodado utilizado na radiologia convencional e nos exames de tomografia computadorizada. Existem efeitos colaterais após o uso do contraste? As reações adversas associadas com o uso de meios de contraste são normalmente leves a moderadas e de natureza transitória, requerendo apenas monitorização. No entanto, foram relatadas reações graves envolvendo risco de vida, incluindo casos fatais. As reações leves são as mais comuns, tais como náuseas, vômitos, urticária, cefaléia, irritação, ardor, sensação de dor e sensação geral de calor. Quanto tempo o contraste fica no corpo da pessoa? A meia-vida do meio de contraste iodado administrado via intravenosa é de aproximadamente duas horas e quase 100% da dose é eliminada da corrente sangüínea em 24 horas. No caso do gadolíneo, geralmente por volta de 90 minutos, se a função renal estiver normal. Tive alergia ao contraste no passado, posso ter novamente? Sim, pode ser que ocorra novamente. Portanto, torna-se imperiosa a necessidade de comunicar ao médico a história previa de alergias aos contrastes e a outros fatores. Tenho alergia a camarão e frutos do mar, posso ter ao contraste? Sim. Pacientes que possuem alergia a outras substâncias, podem ter mais chances de alergias ao contraste, quando comparados a um grupo populacional que não possui alergias de qualquer ordem. Pacientes alérgicos a crustáceos podem apresentar doenças atópicas, e devem ser questionados a respeito de outras alergias, o que poderia predispor a uma reação de hipersensibilidade ao contraste. Para esses pacientes, quando há necessidade de um estudo com contraste, indicamos um prévio preparo anti-alérgico. Tenho asma, e faço uso de bombinha. Posso usar contraste? Sim, porém, como a asma é um entidade clínica com fundo alérgico, indicamos previamente o preparo anti-alérgico. Sou cardiopata, posso usar contraste? Em princípio sim. Determinadas cardiopatias constituem fator de risco para reações adversas aos meios de contraste. Em casos selecionados de insuficiência cardíaca grave, os contrastes devem ser evitados, pois eles agem sobre a função cárdio-vascular diminuindo a contratilidade cardíaca e sobre o efeito de "bomba" do coração. Sempre pesar risco x benefício. Grávidas e mulheres amamentando podem utilizar o contraste? A passagem de contraste pela placenta em gestantes e para o leite em mulheres na lactação já foi demonstrada; de modo que de maneira geral, recomenda-se a não-utilização dos meios de contraste nestas situações. Ele somente deve ser utilizado quando a informação necessária não pode ser adquirida por outros exames; casos em que o exame altera o tratamento da paciente durante a gravidez e se não for prudente esperar até o final da gestação para o diagnóstico. Nestes casos a dose para gestantes deve ser a metade da habitual.

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