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exposição fotográfica

Museu do Homem do Nordeste comemora 40 anos

Um real, um real, um real – a expressão comumente utilizada por trabalhadores informais dá nome à exposição que comemora os 40 anos do Museu do Homem do Nordeste (Muhne) e 70 anos da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), com abertura neste sábado (21). A mostra abre às 17h30, na Galeria Mauro Mota, com presença da curadora Ciema Mello, dando início à programação especial voltada para as quatro décadas de vida do Muhne, que segue até julho de 2019. Composta por peças do acervo do próprio museu, a proposta expográfica articula objetos antigos e atuais ligados à atividade ambulante, além de fotografias das décadas de 1960 e 1970 e dos dias de hoje, criando um arco histórico que simboliza a importância da economia informal e seus trabalhadores para a região Nordeste. “O museu tem uma visão plural e complexa sobre o que é a cultura nordestina, por isso vemos a questão do comércio informal como algo importante”, enfatiza Frederico Almeida, coordenador geral do Museu do Homem do Nordeste. Entre os objetos expostos, estão peças raras dos anos 1950 e 1960, como um tabuleiro de doce japonês e uma máquina fotográfica de lambe-lambe, originários da capital pernambucana, e um carrinho de café, peça vinda da Bahia e que ainda é utilizada por comerciantes informais nas ruas de Salvador. Há também diversos itens vendidos no comércio de rua, como cataventos, leques, bacias de metal, bolas coloridas, bambolês e vassouras. A curadoria da antropóloga Ciema Mello também insere no espaço expositivo duas coleções fotográficas do museu. As imagens feitas por Wilson Carneiro da Cunha em preto e branco enquadram cenas cotidianas do trabalho informal no centro do Recife no passado. Elas contrastam com o colorido das imagens de tempos atuais, feitas entre 2013 e 2014, e que compõem o recorte da coleção Nordestes Emergentes, realizada pela curadoria de imagens de fotógrafos como Rogério Reis, Fernanda Chemale, André Dusek, Iatã Cannabrava, Paula Sampaio e Gleide Selma. Aliando objetos às fotos, a mostra ressalta também a própria plasticidade que caracteriza a estética dos mostruários de rua. “Existe uma convivência notável entre a tradição e a mudança na economia informal de hoje. O camelô é também o sujeito que mais vende capinha de celular, mas ele continua a vender vassoura de piaçava”, explica a curadora Ciema Mello. Um real, um real, um real é também uma atualização da mostra de mesmo nome realizada pelo museu nos anos 1980, à época inspirada pela tese A viabilidade do setor informal, do Clóvis Cavalcante, pesquisador da Fundaj. Para a releitura contemporânea da exposição, a curadoria teve como base de estudo a tese Aventura do comércio informal no Recife, de Maria do Socorro Pedrosa de Araújo, também pesquisadora da casa. “Na visão do museu, os sujeitos trabalhadores informais são, à sua maneira, heroicos, porque conseguem sobreviver num cenário de adversidade. Em um país com altíssima taxa de desemprego, a economia informal tem um papel importantíssimo tanto do ponto de vista econômico quanto sociológico”, complementa a curadora. Serviço: Abertura da exposição Um real, um real, um real Data: 21 de julho de 2018 Hora: 17h30 Local: Galeria Mauro Mota, Fundaj Casa Forte. Av. Dezessete de Agosto, 2187

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Museu Murillo La Greca recebe exposição sobre agricultura e agroecologia

A vida dos agricultores do Semiárido e da Zona da Mata pernambucana entra em cartaz no Museu Murillo La Greca, equipamento cultural da Prefeitura do Recife, nesta terça-feira (15), quando estreia a exposição gratuita Uma Deliciosa Teimosia em Ser Feliz, do fotógrafo e documentarista carioca João Roberto Ripper. Ao todo, serão expostas 20 fotos, que são fruto do trabalho realizado pela organização Centro Sabiá, que semeia novas práticas de produção no solo árido da Zona da Mata, do Agreste e do Sertão de Pernambuco. Durante todo o tempo em que andou pelo interior, acompanhando esse trabalho, o fotógrafo registrou as dinâmicas da agricultura familiar, experiências de convivência com o meio ambiente e práticas de agroecologia. A curadoria da mostra é de Luciana Dantas e o design, de Alberto Saulo Lima. “Essa exposição vem de uma andança que faz parte de várias andanças, em que a gente vai cada vez mais entendendo coisas tão bonitas, feitas por populações conhecidas somente por suas grandes dificuldades. São pessoas que realmente lutam muito, seja na Caatinga ou na Mata. Mas, de uma amabilidade e de um querer ao outro fantástico, que me fazem pensar que elas têm a deliciosa magia de insistir em ser feliz”, explica João Roberto Ripper, que também já fez brotar de seu olhar fértil e humano o Projeto Imagens do Povo, uma Agência-Escola de Fotógrafos Populares do Observatório de Favelas, localizada no complexo de favelas da Maré, no Rio de Janeiro. Serviço Exposição fotográfica Uma deliciosa Teimosia em Ser Feliz Abertura: 15 de agosto, às 19h Visitação: De segunda a sexta, das 9h às 12h e das 14 às 17h, até o dia 15 de outubro Local: Museu Murillo La Greca, na Rua Leonardo Bezerra Cavalcante, 366, Parnamirim Entrada Gratuita Informações: 3355-3126 (Murillo La Greca) ou 3223-7026 (Centro Sabiá)

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