Arquivos história - Página 3 de 11 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

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9 fotos do Colégio Sagrada Família Antigamente

Na semana passada uma notícia triste para o setor de educação foi o anúncio do fechamento do Colégio Sagrada Família, um dos mais tradicionais do Recife que funcionava em Casa Forte. Fundado há 115 anos por Santa Emília de Rodat, a instituição encerra suas atividades no dia 31 de dezembro. Localizamos um série de 9 imagens do Colégio Sagrada Família dos últimos anos das primeiras décadas século passado nos Acervos Benício Dias e Josebias Bandeira, ambos da Fundaj. Confira abaixo. Clique nas imagens para ampliar. VEJA TAMBÉM: 20 imagens de Escolas de Pernambuco Antigamente 8 colégios do Recife antigamente . Prédio do Colégio Sagrada Família, em postal datado de 1914 . Colégio Sagrada Família, em 1938 . Colégio Sagrada Família, em 1939 . Fechada do Colégio  . Estudantes no pátio do Colégio Sagrada Família . Classe do Colégio Sagrado Família . Refeitório da instituição de ensino . Capela no interior do colégio . Sala de visitas . *Por Rafael Dantas, repórter da Revista Algomais (rafael@algomais.com | rafaeldantas.pe@gmail.com) . VEJA TAMBÉM: 20 imagens de Escolas de Pernambuco Antigamente 8 colégios do Recife antigamente  

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15 imagens da Rua do Bom Jesus Antigamente

A Rua do Bom Jesus, apontada neste mês como uma das três vias mais bonitas do mundo pela publicação norte-americana Architectural Digest, é o destaque de hoje da coluna Pernambuco Antigamente. Um das mais charmosos passeios públicas do Recife abriga prédios históricos, como a primeira sinagora das américas (a Sinagoga Kahal Zur Israel). Para Lúcia Gaspar, bibliotecária da Fundaj: "Desde o tempo da ocupação holandesa, a Rua do Bom Jesus era a mais importante do Bairro do Recife, possivelmente em decorrência de seu traçado natural de velha estrada, que conduzia viajantes procedentes de Olinda". Fundada no século 15, inicialmente foi chamada de Rua do Bode e, posteriormente, Rua dos Judeus e de Rua da Cruz, antes de receber o nome atual. A Kahal Zur Israel, que significa Rocha de Israel, funcionou entre 1636 e 1654. A visita à sinagoga é obrigatória para quem faz um passeio pelo Bairro do Recife a turismo. Confira abaixo as imagens da Villa Digital (Fundaj) 1. Cortejo na Rua do Bom Jesus, em 1894 (Fotografia adquirida pelo museu do açúcar a Benício Dias em 1963) 2. Rua do Bom Jesus - é possível ver a Torre Malacoff no final da imagem 3. Caminhante solitário na Rua do Bom Jesus, em 1899   4. Postal da Rua do Bom Jesus datada de 1907 (Acervo Josebias Bandeira, Fundaj) . 5. Rua do Bom Jesus, em 1913, num período de demolição de parte do Recife Antigo (Foto: Acervo Benício Dias/Fundaj) . 6. Rua do Bom Jesus, em 1920 . 7. Fotografia da Rua do Bom Jesus, em 1920 (Página Recife Antigamente)   8. Carros antigos na Rua do Bom Jesus, em 1940.   9. Trilhos na Rua do Bom Jesus. No primeiro plano, na sombra, um transporte de tração animal trafegando na via.   10. Cartão Postal da Rua do Bom Jesus e Torre do Arsenal da Marinha (Acervo Josebias Bandeira, Autor Ramiro M. Costa) . 11. Rua do Bom Jesus (sem descrição da data) . Como este é um post especial, pois não é todo dia que uma rua do Recife ganha uma distinção internacional, trazemos hoje também as imagens da algumas pinturas da Rua do Bom Jesus, que encontramos no blog Recife Antigo, pinceladas de história sobre o berço do Recife. 12. Rua do Bom Jesus. Cromolitografia de L. Krauss, 1878 . 13. Rua dos Judeus - Mercado de Escravos - 1641 , de Zacharias Wagener . 14. Arco do Bom Jesus - Maria Graham - 1821 . 15. Rua da Cruz - 1852 - Emil Bauch . *Por Rafael Dantas, repórter da Revista Algomais (rafael@algomais.com)

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8 fotos de lojas do Recife Antigamente

No dia do comerciante (16 de julho), a coluna Pernambuco Antigamente preparou uma seleção imagens de lojas, feiras e comerciantes de rua do Estado antigamente. Os mais saudosistas irão lembras de grandes marcas que fizeram história na capital pernambucana, como a Mesbla, e de várias ruas conhecidas pelo seu comércio fervilhante, em tempos que não havia ainda shoppings ou que eles não eram tão predominantes na rotina de compras das capitais. As imagens são de diversas fontes. Clique nas fotos para ampliar. Mesbla, no Recife. (Foto: Poraqui)   Comércio na Praça da Independência. (Foto: Fundaj/Acervo Josebias Bandeira) Recorte da Rua da Imperatriz, com destaque para a Livraria Imperatriz e para as Lojas Brasileiras Casa Sloper, na Rua Nova (Foto: Fernando Machado) Livro 7, uma das referências entre as livrarias brasileiras (Foto: Blog Angústia Criadora) Mais uma vez a Rua Imperatriz, com seu forte comércio de rua, em 1983 (Foto: Página do Fcebook Recife Antigamente, cedida pelo seguidor Fernando Alves Ferraz) Bompreço de Casa Amarela (Imagem: Frame de uma publicidade antiga do supermercado)   Para finalizar, não podemos falar de comércio sem apresentar a Feira de Caruaru (Foto: Fundaj) . Por Rafael Dantas, repórter da Algomais (rafaeldantas.pe@gmail.com | rafael@algomais.com)

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9 fotos de Olinda há quase 100 anos

A cidade de Olinda é o destaque de hoje da coluna Pernambuco Antigamente. As fotos tem quase 100 anos e foram publicadas na Revista da Cidade, nas edições que circularam no Estado entre 1926 e 1929. As imagens das praias são o principal destaque dos cliques da revista, que era bastante focada na vida social dos pernambucanos. . . . . . . . . *Por Rafael Dantas, repórter da Revista Algomais (rafael@algomais.com)

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9 fotos da Ponte Duarte Coelho Antigamente

  A Ponte do Galo da Madrugada. A conexão entre a Avenida Conde da Boa Vista com a Avenida Guararapes. Um dos cartões-postais do Centro do Recife. A Ponte Duarte Coelho foi construída inicialmente em 1868, com uma estrutura metálica. De acordo com informações da Fundação Joaquim Nabuco, ela foi desativada apenas em 1915 e reconstruída para ser entregue à população no ano de 1943. Construção da Ponte Duarte Coelho, entre 1941 e 1942, segundo as informações do registro das fotos (Acervo Benício Dias/Fundaj)       . Vista da Ponte Duarte Coelho, em 1957 (Biblioteca do IBGE) . Vista a partir da calçada do atual prédio dos Correios (Biblioteca do IBGE, sem data informada) . Fotos a partir da Rua do Sol, com vista para o prédio do Cinema São Luiz (Biblioteca do IBGE) . . Registro fotográfico da ponte, com vista para o prédio dos Correios (Biblioteca do IBGE) *Por Rafael Dantas, repórter da Revista Algomais  

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11 fotos de hotéis de Pernambuco Antigamente

Em um período de intensas dificuldades para o setor de turismo de Pernambuco, com vários hotéis e pousadas fechados, fizemos uma seleção de fotos de equipamentos hoteleiros no Estado. Confira as imagens abaixo. Clique nas fotos para ampliar. . Grande Hotel, em 1937 (Villa Digital, Acervo Benício Dias) . Hotel Boa Viagem, 1957. (Biblioteca do IBGE) . Hotel Internacional do Derby (Digital, Josebias Bandeira) . Hotel Central, na Av Manoel Borba (Villa Digital, Josebias Bandeira, 1931) . Hotel Boa Viagem, 1965  (Villa Digital, Katarina Real) . Hotel Moderno, 1920. Bairro de Santo Antônio, 1920 (Villa Digital, Benício Dias) . Hotel na Caxangá, 1910 (Villa Digital, Josebias Bandeira) . Hotel do Sol, em Caruaru (Biblioteca do IBGE) Segundo a descrição da foto, ficava no entroncamento da BR 232 com a BR 104, o Hotel foi extinto e sua estrutura abriga a unidade de Caruru da Faculdade Maurício de Nassau. . Sanatório Tavares Correia, atual Hotel Tavares Correia, em Garanhuns. . Hotel Monte Sinai, Garanhuns (Biblioteca do IBGE) De acordo com a descrição da foto, ficava localizado no Bairro de Heliópolis, em setembro de 1987 o prédio do hotel passou a abrigar o 9º Batalhão da Polícia Militar de Pernambuco, denominado de Batalhão Arruda Câmara. . Hotel Grande Rio, em Petrolina. 1970. (Biblioteca do IBGE) . *Por Rafael Dantas, repórter da Revista Algomais (rafael@algomais.com | rafaeldantas.pe@gmail.com)

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Conheça o criador da página Recife de Antigamente

Se você gosta de apreciar fotos de décadas passadas da capital pernambucana e desfrutar de um certo saudosismo, provavelmente já se deparou e interagiu com as postagens da página Recife Antigamente. Inicialmente no Facebook, o espaço virtual dedicado à memória da cidade também chegou ao Instagram. Entrevistamos virtualmente o criador desse canal digital, Wilton Carvalho Filho. No Facebook a página tem mais de 162 mil seguidores. No Instagram, que a entrada do perfil do Recife Antigamente é bem recente, já são mais de 16 mil internautas seguindo as postagens. "As fotografias e elementos iconográficos publicados na página Recife de Antigamente são aglutinadores de experiências pessoais porque, nas variadas imagens, se enxergam vivências cotidianas com as quais conferimos aos espaços a ideia de lugar e, enquanto indivíduos, construímos a sensação de fazer parte de um grupo. Expressar-se sobre tais vivências, a partir de experiências particulares, é uma força de coesão social. O crescimento do número de participantes do grupo é um indício desta potência. Se, na criação dos álbuns de família e nas caixas de sapato com recordações, a fotografia e outros objetos guardados podem ser vistos por outra perspectiva com o passar do tempo e por diferentes pessoas, porque não seria feito nas redes sociais? Por seus elementos constituintes, a página Recife de Antigamente se assemelha mais a uma caixa de recordações do que a um álbum tradicional, ainda que neste, muitas vezes, sejam colocadas informações em legendas ou guardados recortes de jornal, por exemplo", afirmou Maria Eugênia Bezerra Alves, na conclusão da pesquisa de mestrado em comunicação sobre a Página Recife de Antigamente. Confira a entrevista!  Quando começou o Recife Antigamente? Como surgiu a ideia? WILTON CARVALHO - A página foi criada no final de 2012 com a intenção de compartilhar algumas fotos que eu tinha na minha coleção. A ideia surgiu quando um amigo viu algumas fotos antigas do Recife no meu perfil pessoal do Facebook. Ele achou interessante e sugeriu que eu criasse uma página para que outras pessoas pudessem ter acesso a essas fotos. Como é a sua relação com a história do Recife? Você sempre teve interesse no tema? WILTON CARVALHO - Sou cearense. Nasci em Fortaleza em 1972, mas vim morar no Recife com 8 anos. Na adolescência comecei a admirar as pontes, os prédios históricos, sobrados, o Rio Capibaribe e ruas. Comecei a frequentar museus e livrarias em busca de conhecer um pouco mais a história do Recife. Com o surgimento da Internet comecei a acessar sites e blogs que postavam fotos antigas do Recife e assim fui aprendendo e colecionando as fotos. A página é um sucesso, com alto engajamento dos seguidores. Quando você percebeu que a iniciativa de criar a página tinha tomado uma grande proporção? WILTON CARVALHO - Logo nas primeiras postagens, ainda em 2012, percebi que muitas pessoas ficavam admiradas com as fotos antigas do Recife e foram curtindo e compartilhando as fotos da página. No ano seguinte, em 2013, fui convidado para participar da Bienal do Livro, no estande da Editora Novo Estilo, para dar palestras sobre a história do Recife. Fiz alguns vídeos com fotos antigas que ficavam passando em um telão atraindo muitas pessoas para o estande e muitas delas já eram seguidoras da página. Foi aí que percebi que a página já estava fazendo um certo "sucesso" no Facebook. Que desdobramentos a criação da página trouxe para você?  WILTON CARVALHO - Conheci muitas pessoas através da página. Admiradores do Recife, colaboradores, historiadores e jornalistas. Participamos de diversos eventos e também já promovemos palestras e passeios. Um deles foi o Projeto Recife de Antigamente - Histórias e Memórias, idealizado por Rosa Bezerra, que eram encontros em livrarias e praças para compartilharmos histórias vividas no Recife. . . Já promovemos diversos passeios e palestras com historiadores, entre eles Carlos Bezerra Cavalcanti, autor do livro "O Recife e seus bairros" e "O Recife é suas ruas", participamos de passeios de catamarã com o Projeto Navegando em Poesias e também de ciclos de palestras na Livraria Jaqueira no Projeto Conversando Perto de Casa, ambos criação de Taciana Valença. No ano de 2015 a página Recife de antigamente foi tema de carnaval do Bloco Lírico O Bonde. . . Já participamos de entrevistas para jornais do Recife, como Folha de PE, Jornal do Commercio e Diario de Pernambuco e a página também já foi tema de tese de mestrado do curso de Comunicação na UFPE. (Clique abaixo e confira a pesquisa de Mestrado sobre a Página Recife Antigamente) Maria Eugênia Bezerra Alves Recife de Antigamente representações da cidade e a memória coletiva   . Como é a operação da atualização dos canais do Recife Antigamente no Facebook e Instagram? WILTON CARVALHO - A página é composta de um administrador que sou eu e três editores que ajudam com as postagens e pesquisa: Tulio Couceiro, Felipe Alves e Fernando Silva. Não temos um cronograma específico para postagem, cada editor tem a liberdade de postar o que desejar, só com a exigência de não perder o foco da página que é fotos antigas do Recife e do Grande Recife e nada mais. Quando existe uma data comemorativa no Recife, como exemplo, a festa do Morro da Conceição, procuramos postar algo que tem a ver com a data comemorativa. Também podemos postar sobre pessoas importantes ou que fizeram parte da história do Recife, como exemplo, Clarisse Lispector. . Quais os planos futuros que você tem para o Recife Antigamente? WILTON CARVALHO - O nosso maior objetivo é continuar sendo uma página com foco nas fotos antigas relacionadas com o Recife, mantendo a imparcialidade em diversos temas. Queremos continuar sendo uma página cujo objetivo é emocionar as pessoas com suas memórias em cada foto postada. . Wilton Carvalho também já postou alguns vídeos no seu canal pessoal do Youtube. Confira abaixo algumas produções. .   . . *Por Rafael Dantas, repórter da Revista Algomais e publica semanalmente a coluna Pernambuco Antigamente (rafael@algomais.com | rafaeldantas.pe@gmail.com)

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6 fotos dos cinemas do Recife Antigamente

Em período de isolamento ou quarentena devido ao Covid-19, uma das dicas mais recorrentes para ocupar o tempo é assistir filmes ou séries. Se hoje estamos confinados na telinha do celular ou na TV, num passado bem recente eram as salas de cinema o lugar para apreciar as novidades da sétima arte. O Recife, por sinal, tinha uma série delas espalhadas pelos bairros, como o Rivoli, em Casa Amarela, e o da Torre. O Centro da cidade era o espaço que abrigava a maior quantidade de salas. Preparamos hoje uma série de imagens dos cinemas antigos da capital pernambucana. De acordo com Lúcia Gaspar, da Fundaj, o primeiro cinema do Recife foi o Pathé, na Rua Nova, inaugurado em 1909. Meses depois nasceu o Royal, na mesma via, esse durou até 1954. O Teatro Santa Isabel já funcionou como cinema também, em 1913. O mais famoso cinema Recifense, o São Luiz, só viria na década de 50. Antes disso, diversas outras salas operaram na cidade, como o Moderno, o Glória e o Ideal. "O cinema São Luiz, pertencente ao grupo de Luiz Severiano Ribeiro, foi inaugurado no térreo do Edficio Duarte Coelho, no dia 7 de setembro de 1952, com modernas e luxuosas instalações", afirmou Lúcia Gaspar, no artigo Cinemas Antigos do Recife. . Clique nas imagens para ampliar. . Cine Rivoli, em Casa Amarela, na década de 1980 . Cinema da Torre . Cinema São Luiz . Teatro do Parque, que também tinha sala de cinema (Foto: Antônio Tenório/Museu da Cidade do Recife) . Cine Art Palácio (Foto: Gustavo Maia/página do Facebook Prédios do Recife) . Cine Trianon (frame do vídeo e livro Cinemas de Rua do Recife - Ontem e Hoje, de Lucas Rigaud, com a pesquisa da arquiteta Kate Saraiva) . Confira o vídeo produzido por Lucas Rigaud, no especial O Canto do Cinema - Os 65 anos do São Luiz: . *Vídeo disponível no especial O Canto do Cinema - Os 65 anos do São Luiz, no site da Unicap. *Por Rafael Dantas, repórter da Revista Algomais (rafael@algomais.com)

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Graça Ataíde: "A história elege suas heroínas"

No mês da mulher, a doutora em história social pela USP, onde é pesquisadora do Laboratório de Estudos sobre Etnicidade, Racismo e Discriminação (LEER), e professora da UFRPE Graça Ataíde fala sobre as razões que levaram o papel feminino a ser invisibilizado na sociedade por gerações. Especialista em governos autoritários, ela conversou com os jornalistas Cláudia Santos e Rafael Dantas sobre alguns nomes menos conhecidos da vida política pernambucana. Personagens que durante os anos de chumbo assumiram o protagonismo para abrir algumas pautas e conquistar direitos que foram estendidos a todas as brasileiras. Por que o papel da mulher na história é desconhecido ou pouco estudado? Qual o motivo dessa invisibilidade? A mulher foi muito protegida. Mas essa proteção na história da humanidade era uma proteção para barrá-la de crescer. Impedi-la de alcançar espaços que têm sido tradicionalmente ocupados pelos homens. Isso é uma tradição e decorre da cultura de cada país, uma mais perversa do que a outra. Os países foram trazendo a mulher para um espaço de onde ela não deveria sair. Muitas lutaram pelo direito do voto. Elas começam a votar no Brasil em 1933, para a Constituinte. Mas por que Getúlio concede o voto? Porque era a garantia de barreira contra o comunismo. A Igreja Católica faz um pacto grande com o Estado nessa época dizendo que as mulheres iriam votar para eleger constituintes fiéis católicos para depois voltarem para o recôndito do lar. Isso está, inclusive, registrado em um artigo na revista Maria, da Congregação Mariana. Hoje nós, mulheres, temos buscado espaços, mas não tem sido fácil. Esse fenômeno da invisibilidade feminina foi mais forte no Brasil? Não. Na segunda metade do Século 19, franceses, como o psicólogo Gustave Le Bon, diziam que o cérebro da mulher era inferior ao do homem, salvo o de algumas mulheres francesas. Ele era totalmente preconceituoso. Então, não é uma história do Brasil, nem do Nordeste, mas é do mundo. Estudei no meu doutorado e pós-doutorado a ditadura varguista no Brasil e salazarista em Portugal, que era mais machista que a brasileira. Em Portugal, na época de Salazar, havia uma sociedade agrária, que tendia a ser muito conservadora. No Brasil, antes da podermos votar, éramos vistas pela sociedade iguais aos índios, loucos e crianças. Há um livro sobre a República no Brasil de José Murilo de Carvalho chamado Formação das Almas que informa que o único quadro mostrando a mulher na República brasileira foi pintado na Itália e não tem projeção no Brasil. Tentou-se muito trazer a figura de Marianne, da Revolução Francesa, para o Brasil, mas não se conseguiu (trata-se da representação simbólica da República pelos franceses, pintada em quadros de artistas como Eugène Delacroix e que está cunhada na moeda de R$ 1 e impressa na nota de R$ 100). No seu livro História (nem sempre) bem-humorada de Pernambuco: 140 caricaturas do Século 19, escrito com a professora da UFRPE Rosário Andrade, como a mulher era representada nessas charges? Essa publicação chegou a ser premiada no Troféu HQ Mix, como melhor livro teórico. Nela fica bem claro que todas as vezes em que se queria caracterizar alguma coisa ruim era usada uma figura feminina. Por exemplo, quando queriam retratar a República que estava mal, desenhavam uma mulher prostituta. Diferentemente, na França, a República era a figura da Marianne, mulher romana, altiva. No meu conceito, essa questão está centrada no imaginário construído sobre a mulher, que é muito forte ainda. Estudei algumas mulheres na Revolução de 1930. Quando é criado o Departamento de Ordem Política e Social (DOPS) e acontece a Intentona Comunista, muitas mulheres são perseguidas. Quando tive acesso ao arquivo do DOPS, pude ver um pouco da vida dessas mulheres. Acho que todo esse silêncio em torno delas tem a ver com uma cultura não só do Brasil, mas mundial. Tenho 70 anos, estou há 42 na universidade. Nesse tempo, muitas mulheres tiveram um papel importante também no combate à ditadura de 1964. Mas elas são homenageadas apenas colocando seus nomes em espaços pouco significantes da cidade. O que está na base desse imaginário sobre a figura feminina? A sociedade patriarcal que não permitia à mulher nem se sentar à mesa na época da colonização. Ela sabia que o marido usava as escravas. Havia muito sadismo por parte das sinhás em relação às escravas. O livro Proteção e Obediência mostrava que uma mulher branca em São Paulo só andava na rua, mesmo depois da abolição, no fim do Século 19, com uma criança negra, que era a sua proteção. Na verdade, era para dizer que ela não estava só. Isso era terrível porque uma criancinha não poderia socorrer uma mulher adulta. A mulher era colocada num lugar de que tinha que ser protegida. Mas ao mesmo tempo era silenciada e invisibilizada. Elas não definiam nada da vida dos filhos nem tinham direito ao prazer. O prazer feminino é uma coisa muito nova, vem com a minha geração dos anos 60, que começou a revolucionar, que rasgou o sutiã na rua e que não achava que o seu corpo teria que ser perfeito. . Como a senhora avalia a preocupação da mulher com o corpo dos dias de hoje? Na geração de agora a mulher se preocupa muito com o corpo que ela vai apresentar e só pode ser para o homem. As suas rugas e o seu corpo é a sua vida, a sua história. Se observarmos pessoas como a atriz Vanessa Redgrave (hoje aos 83 anos) é uma mulher linda. Ou ao ver uma foto da escritora e crítica de arte Susan Sontag quando já tinha uma idade avançada (falecida aos 71 anos, em 2004) são mulheres lindas na velhice. Vejo quase que uma escravidão da mulher em relação à balança. Isso é para quê? Se for para um orgulho pessoal, tudo bem. Mas senão for, o caminho não é por aí. Dentro dessa reflexão acerca da relevância social das mulheres, qual a sua análise sobre Brites de Albuquerque, mulher de Duarte Coelho? A

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Igreja Matriz de São Pedro, em Olinda (PE), recebe obra de restauração

A Igreja São Pedro dos Apóstolos, também conhecida como Matriz de São Pedro, em Olinda (PE), começará a ser restaurada, por meio de ação conjunta entre o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e a Prefeitura Municipal. O início da obra será marcado pela assinatura da ordem de serviço da intervenção, que ocorre em solenidade nessa quinta-feira, dia 12 de março, data em que a cidade celebra seus 485 anos. A Matriz de São Pedro, localizada no Bairro do Carmo, foi interditada pela Defesa Civil ainda em 2015 e estava fechada desde então, devido a problemas estruturais. Com a obra, o templo, que é um importante símbolo religioso para a população da cidade, poderá ser reaberto. A intervenção receberá R$ 1,46 milhão do Governo Federal, por meio do Iphan, e será executada pela Prefeitura de Olinda. Com previsão de oito meses de duração, a restauração inclui serviços diversos, como a recuperação de esquadrias, pisos e revestimentos, revisão das instalações elétrica e hidráulica, pintura geral, recuperação total da cobertura e da escadaria da torre sineira, além de implantação das devidas condições de acessibilidade. A assinatura da ordem de serviço para o início da obra será realizada na Praça do Carmo, às 18h, em meio às festividades do aniversário da cidade. A programação inclui apresentações culturais, com cortejo de agremiações, shows diversos e a distribuição de um bolo gigante, de 485 quilos. Porta de entrada para o Centro Histórico A Igreja Matriz de São Pedro é um pequeno templo localizado na Praça João Alfredo, no bairro do Carmo, e é a porta de entrada para quem visita o Centro Histórico de Olinda. Construída na segunda metade do século XVIII e com pouco mais de 790 m² de área construída, ganha importância fundamental na memória dos moradores, que têm ali um símbolo de sua fé e marco de momentos importantes, como batizados e casamentos. Desde 1982, Olinda é reconhecida pela Unesco como Patrimônio Cultural Mundial. Seu conjunto arquitetônico, urbanístico e paisagístico, do qual a Matriz de São Pedro faz parte, é protegido pelo tombamento do Iphan. Uma das cidades mais antigas do país, fundada ainda em 1535, ela é amplamente conhecida pela riqueza de seu núcleo urbano, emoldurado pelas belezas naturais e por abrigar uma diversa gama de manifestações culturais. A obra de restauração da Igreja de São Pedro é parte de uma série de investimentos, que já soma mais de R$ 38 milhões investidos pelo Iphan em Pernambuco. Só em Olinda, nos últimos anos, foram realizadas as obras de requalificação do adro do Convento Franciscano e restaurações da Igreja do Bonfim e das bicas do Rosário, São Pedro e Quatro Cantos. Serviço: Assinatura da ordem de serviço para restauração da Matriz de São Pedro Data: 12 de março de 2020, às 18h Local: Praça do Carmo, Centro Histórico de Olinda/PE

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