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5 hábitos para os idosos com diabetes ter qualidade de vida

Começar algo vai bem além de uma simples decisão.Afinal, requer disciplina e quando se tem uma doença como a diabetes, seja qual tipo for, a urgência da mudança de hábitos se torna latente. Há muitas discussões sobre a importância de se alimentar adequadamente e praticar exercícios físicos com regularidade, porém outras ações simples também são necessárias como, por exemplo, observar os pés, pois eles dão os primeiros sinais de que algo está errado. Fazendo esse exercício de observação é possível evitar problemas sérios. Quando a doença se agrava pode acontecer amputações dos membros e muitos diabéticos só percebem a gravidade dos sintomas após um estágio avançado. “Uma das principais causas de amputamento das pernas é a doença conhecida como pé de diabético. São feridas que podem virar úlceras ocasionando dor, vermelhidão e não têm chance de cura”, explica o chefe do grupo Pé Diabético de Ortopedia da Unifesp, Fábio Batista. As úlceras nos pés, além de um problema sério para o paciente, envolvem alto custo e registram altos índices de mortalidade. No mundo já são mais de 600 milhões de pessoas que têm a doença, sendo 13 milhões no Brasil. Pensando nisso, e em como a profilaxia pode melhorar a vida de milhares de diabéticos, Luzia Costa, especialista em cuidados das mãos e pés, e criadora da rede Beryllos, cita cinco hábitos para melhorar a vida de quem tem a doença: 1.Atenção às unhas dos pés O brasileiro tem o hábito de ir à manicure uma vez por semana. Este costume não é restrito apenas às mulheres, apesar delas serem o maior número nos salões. De acordo com o Ministério da Saúde, nesses 10 anos, o grupo mais atingido pela diabetes é o das mulheres. O índice saltou de 6,3% para 9,9%. E o perigo maior é que muitas delas continuam a cuidar dos pés com profissionais que não são especializados em pés de diabéticos. Não se pode retirar a cutícula das unhas e devem ser feitas apenas uma vez por mês com um aparelho adequado. Na Beryllos temos um micromotor exclusivo adaptado com uma broca desbastadora de cutícula que inibe um efeito invasivo nas unhas, por exemplo. 2. Se não conseguir inspecionar os pés diariamente: peça para alguém ajudar O número de pessoas que moram sozinhas saltou de uns anos para cá. De acordo com o IBGE, brasileiros com mais de 60 anos e que não têm companhia, já são 15,7%. A diabetes não é restrita a apenas indivíduos com essa faixa etária, porém com o avanço da idade pode ser mais comum. Logo, não tenha vergonha de pedir a ajuda de vizinhos e colegas caso não consiga olhar os seus pés todos os dias. Este membro é o mais afetado pela doença e observar sinais como formigamento, rachadura no calcanhar e micose pode ser a “salvação” de um amputamento. Cuide dos seus pés! 3. Atenção aos sapatos utilizados Use calçados sempre confortáveis e com meias, isso evita calos e feridas. Outra medida é, se caso o indivíduo opte por salto alto atenta-se a manter o limite de 3 centímetros. Há lojas especializadas em calçados confortáveis. Lembre-se: vale a pena custear em um produto mais alto, mas que acarretará em benefícios no dia a dia. 4. Use sabonetes de glicerina Sim, você pode evitar que a sua pele crie casquinhas e feridas adotando o hábito simples de fazer sua higiene com sabonetes à base de glicerina. Isso porque esse composto é ideal para peles sensíveis devido a sua composição química, por possuir poucas toxinas e não causar nenhuma reação alérgica, além de manter a pele mais hidratada. 5. Evite o uso de secadores Para as mulheres essa dica pode ser difícil de seguir, porém se você gosta do seu cabelo liso pode optar por uma progressiva no salão de cabeleireiro desde que inspecione os produtos que serão usados para o procedimento, e que não tenham contraindicação para diabéticos e circulação do sangue. O secador pode ocasionar feridas caso esteja muito quente, e isso pode acontecer sem que a pessoa perceba por ser um hábito diário que muitas vezes fazemos sem cuidado.

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Participação de idosos no mercado formal de trabalho cresce 30% em cinco anos

O número de pessoas entre 50 e 64 anos no mercado formal de trabalho cresceu cerca de 30% entre 2010 e 2015. Segundo dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), divulgados pelo Ministério do Trabalho, em 2010 havia 5,8 milhões trabalhadores com carteira assinada nessa faixa etária, e o número passou para 7,6 milhões em 2015. Também foi registrado um aumento na participação de trabalhadores com mais de 65 anos, que passou de 361,3 mil em 2010 para 574,1 mil em 2015, um aumento de 58,8%. Dados da Rais mostram que o setor de serviço é o que tem mais receptividade aos trabalhadores mais velhos. Quase 2,6 milhões de trabalhadores entre 50 a 64 anos estavam empregados com carteira de trabalho nesse segmento em 2015. Outros 200,4 mil tinham mais de 65 anos. No mesmo ano, a administração pública empregava 2,5 milhões de pessoas entre 50 e 64 anos, seguido da indústria de transformação, com 923 mil empregados nessa faixa etária, e do comércio, com 864 mil trabalhadores. De acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), mais de 2 milhões de pessoas de 50 a 64 anos e 99,2 mil com mais de 65 anos perderam o emprego nos últimos 12 meses. No mesmo período, houve 931,4 mil contratações de pessoas nas duas faixas etárias. O Ministério do Trabalho está estudando a criação de uma nova divisão para cuidar de questões de discriminação, entre elas contra idosos no mercado de trabalho. A expectativa é dar uma atenção maior ao combate ao preconceito no ambiente de trabalho. (Da Agência Brasil)

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Sexo não é só para jovens

Quando o cineasta Cacá Diegues lançou o filme Chuvas de Verão, em 1978, causou grande espanto no público. O motivo? A cena de dois personagens na terceira idade tendo relações sexuais. De lá para cá o País mudou, mas muita gente ainda se espanta ao saber que existem idosos com vida sexual ativa. A sexualidade depois dos 65 anos ainda é envolta por mitos e preconceitos. “Tanto a educação repressora quanto a religião propagaram a ideia de que o sexo é algo errado e deve ser feito para fins da procriação, não por prazer. Por isso a sociedade acha que a mulher na menopausa não deva mais ter desejo”, analisa a sexóloga Silvana Melo. A ideia de que o sexo esteja presente na vida de pessoas de idade ainda é vista por muitos como um desvio. Até própria família encara a situação com certo constrangimento. “Filhos de pais idosos, muitas vezes, veem os pais como se eles não tivessem sexualidade. A sociedade ainda vê com ressalvas e um certo quê de perversão. Mas isso está mudando”, constata o geriatra do Hospital Jayme da Fonte Daniel Kitner. E não é para menos. Afinal, a expectativa de vida do brasileiro aumentou e a imagem do idoso mudou. Basta reparar nos avós de hoje em dia: em nada se parecem com as velhinhas que faziam tricô na cadeira de balanço ou com os senhorezinhos aposentados e de pijama. Quem tem 70 anos hoje pode ter sido o jovem contestador de 1968 que viveu a revolução sexual. Em 15 anos de consultório geriátrico, Kitner percebe um pouco mais de facilidade para falar de sexualidade os pacientes. Segundo o especialista, a disposição para o sexo nessa faixa etária é influenciada não só por questões físicas, mas também pela cultura e vivência sexual pregressa. “Por isso ela é variável. Idosos envelhecem de forma diferente e a percepção de como se envelhece também varia de pessoa para pessoa.” Assim, se um indivíduo tem uma visão mais aberta sobre o sexo e levou um vida sexual sem muitas repressões pode ter uma sexualidade ativa na terceira idade. O oposto também acontece. “Tenho pacientes de 70 anos que acham que sexo é coisa do passado e não faz falta”, exemplifica o geriatra. Como se vê não há um padrão rígido a ser seguido. Porém, há muita mitos que precisam ser esclarecidos. O primeiro deles é a crença de que a queda do nível de hormônios proveniente da idade interfere no desejo. Não é bem assim. O homem perde por ano 1% da produção de testosterona – responsável entre outras coisas pela libido - a partir dos 50 anos. “Isso significa que chegará aos 80 com 70% desse hormônio, ou seja, ainda está ativo sexualmente”, explica o urologista Misael Wanderley Júnior. Também não existe a tal “andropausa”. Apenas 10% da população masculina apresenta déficit de testosterona, conhecido como DAEM (déficit androgênico do envelhecimento masculino) tratado com reposição hormonal. “O Viagra nesse caso não é recomendável porque ele não estimula a libido, mas é indicado para a disfunção erétil”, diferencia Misael. Também chamada de impotência, a incapacidade do homem alcançar a ereção suficiente para a consumação do ato sexual pode ou não ocorrer com o passar dos anos. “Alguma doenças podem influenciar" , acrescenta o urologista. Motivos de ordem emocional também interferirem na potência masculina. “O homem recebe a educação para ser sempre viril, mas ele precisa entender que não terá sempre o vigor físico da juventude. Muitos demoram mais tempo para ter ereção. É uma questão de adaptação”, tranquiliza Silvana. MULHERES Quanto às mulheres, é bom esclarecer que a menopausa é a última menstruação. Antes dela vem o climatério, quando podem surgir sintomas como fogachos (sensação de calor), secura vaginal (que pode causar dor na penetração), perda de libido e até depressão. O grande vilão é a queda no nível de estrógeno, hormônio produzido pelo ovário. Ao contrário dos homens, a perda hormonal ocorre de forma abrupta por volta dos 50 anos. “Todas as mulheres passam pela menopausa, mas nem todas sofrerão os sintomas e sim 70% delas, que duram um período de 3 a 6 meses. Há quem sinta durante 2 anos e outras podem perdurar a vida toda”, informa o endocrinologista Ney Cavalcanti. Desde que estudos comprovaram que reposição hormonal eleva o risco de enfarte, recomenda-se a terapia apenas para as mulheres com sintomas intensos do climatério. Mas durante um curto período, desde que não haja contraindicação (problemas cardiológicos, diabetes, câncer na família). Nem tudo são más notícias para a ala feminina. Cavalcanti salienta ser mais importante como estímulo sexual os hormônios masculinos, os andrógenos, também produzidos pela mulher. “São secretados principalmente pelas glândulas adrenais que não se alteram com a menopausa. O resultado, é nessa fase da vida existem mais hormônios masculinos do que femininos. Por conta disso, algumas mulheres tem até exacerbação da libido”, surpreende Cavalcanti. Para os casos de secura vaginal estão disponíveis géis e cremes que facilitam a penetração e evitam a dor. Também é necessário investigar até que ponto a falta de libido é decorrente de déficit hormonal ou de ordem psicológica. Silvana lembra de uma paciente, de 60 anos, que tinha a crença de que quando entrasse na menopausa não teria mais desejo. “A libido dela desapareceu e não foi alterada nem quando passou a tomar medicação hormonal. Então, qual foi o peso dos hormônios?”, indaga a sexóloga. Nesses casos podem pesar valores sociais como o ideal de beleza feminina sempre associada à juventude. Por isso, muitas sentem vergonha de seu corpo envelhecido. “Trata-se de um padrão imposto pela sociedade. É preciso constatar que se pode ser bonita em qualquer idade e que o corpo ainda é sensível a carícias”, aconselha Silvana. Falta de desejo também pode ser sintoma de depressão, numa fase da vida cheia de perdas como a saída dos filhos de casa. Numa sociedade em que homens idosos querem ser viris e tomam Viagra e mulheres não se sentem dignas de ter desejo, o resultado pode ser “escapulidas”

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Idoso e a dificuldade de se alimentar

Engasgos frequentes durante a refeição, pigarros, tosse, dificuldade de mastigação, lentidão na hora de engolir, recusa do alimento e falta de apetite podem ser sinais de disfagia. Esse quadro não caracteriza propriamente uma doença, mas um sinal de alerta que algo não vai bem no organismo e, se negligenciado, pode levar à complicações que podem comprometer seriamente a saúde do idoso: desnutrição, desidratação e infecções respiratórias graves estão entre as principais consequências da falta de atenção à este problema. Como os idosos costumam conviver com doenças crônicas, o problema requer ainda mais atenção: além de aumentar a probabilidade de internação hospitalar, a disfagia representa um risco à própria vida do paciente. Por isso, identificar esses sintomas e buscar auxílio profissional quando o idoso começa a apresentar dificuldades na alimentação é fundamental para garantir sua saúde e qualidade de vida. O que causa a disfagia? - O processo normal de deglutição envolve diversas etapas neuromotoras que visam transportar o alimento da boca até o estômago de forma segura, evitando que pedaços da refeição sejam aspirados e entrem nas vias respiratórias. Anormalidades em qualquer uma das etapas desse processo podem caracterizar a disfagia, ou seja, a dificuldade de engolir alimentos sólidos ou líquidos. É importante esclarecer que ela não é uma alteração exclusiva da terceira idade, podendo ocorrer em qualquer etapa da vida. Mas sua incidência é mais comum em pessoas na terceira idade. A perda da dentição, do tônus muscular das estruturas faciais (maxilar, bochechas, língua) e o uso de próteses dentárias mal adaptadas são problemas comuns aos idosos que podem dificultar sua alimentação e reduzir seu apetite. De acordo com a nutricionista da Nova Nutrii, especializada em nutrição clínica, Jéssica Freitas “O maior risco nesses casos é a subnutrição e desnutrição comprometendo a saúde do idoso, especialmente se ele já convive com alguma doença crônica. Além disso, a disfagia causada por esses transtornos pode levar ao isolamento, uma vez que a refeição também é um ato social, que muitas vezes envolve familiares e amigos.” Outras causas comuns e mais delicadas da disfagia envolvem processos automáticos, que são executados pelo organismo sem o nosso controle. A partir do momento em que o alimento é engolido, as etapas subsequentes que passam pela laringe e esôfago são comandadas pelo cérebro de maneira autônoma, sem que possamos interferir. Quando qualquer anormalidade ocorre a partir desse ponto, pode ocorrer a sensação de engasgo, de sufocamento e dor ao engolir, levando a pessoa a tossir e/ou regurgitar o alimento. Sintomas como esse estão ligados à diversos problemas, que só podem ser diagnosticados precisamente por um profissional especializado como um fonoaudiólogo. Outra razão pela qual essa anormalidade é comum em pacientes idosos é que as funções que controlam a deglutição podem ser prejudicadas por distrofias musculares, cânceres e doenças neurológicas como derrames (AVCs), traumas no crânio e doenças degenerativas como o Mal de Alzheimer, Mal de Parkinson, esclerose lateral amiotrófica e esclerose múltipla. Cuidados com a alimentação - É comum que aos primeiros sinais de dificuldade mastigação e/ou deglutição, o idoso corte deliberadamente determinados alimentos da dieta. Alimentos fibrosos ou duros como carnes, por exemplo, são consumidos cada vez menos ou em menor quantidade. Isso resulta em menor oferta de proteínas, carboidratos e outras vitaminas essenciais para manutenção da massa corporal e para obtenção de energia. “Uma das maiores preocupações em relação à disfagia é sua capacidade de comprometer ainda mais outros quadros clínicos do idoso, que normalmente já convive com doenças crônicas. A desnutrição e desidratação decorrentes desse problema aumentam as chances de necessidade de internação hospitalar, além de prolongarem o tempo de permanência nesse tipo de intervenção.” – explica Jéssica Freitas. Outro agravante é que a ingestão de líquidos requer maiores cuidados em pacientes com disfagia: como esses alimentos passam mais rapidamente pela garganta, têm mais chances de serem broncoaspirados. A entrada de alimentos e líquidos no pulmão é extremamente perigosa, podendo acarretar em pneumonias, graves infecções no sistema respiratório ou até mesmo asfixia. Isso significa que até mesmo um simples copo d´água pode ser um desafio para o idoso com disfagia. O que fazer então? “Pacientes disfágicos precisam ter a dieta adaptada para reduzir tanto o desconforto ao deglutir, quanto os riscos de broncoaspiração. A alteração da textura dos alimentos é um dos principais passos. A adoção de uma dieta pastosa e o uso de espessantes afim de “engrossar” e dar mais viscosidade à alimentos líquidos são medidas que podem ajudar a de deixar a água e outras bebidas mais espessas, facilitando a ingestão e minimizando o risco da broncoaspiração.” – explica a nutricionista. Porém, isso não significa que o idoso passará a ter uma alimentação monótona, com gosto de remédio ou até mesmo insípida: “Já existem produtos específicos para alterar a textura do alimento, sem modificar sua cor ou sabor, facilitando a introdução de espessantes na dieta.” Além disso, a nutricionista explica que por mais que exista a necessidade de amassar ou processar os alimentos, isso não significa que a dieta do idoso deve se restringir à papas: “Purês e alimentos liquidificados podem facilitar a aceitação, mas para que fiquem mais atrativos e saborosos, é recomendado que se amasse e sirva os alimentos separadamente. Dessa forma preserva-se o sabor, cor e odor do alimento, estimulando o paladar e permitindo maiores variações, mesmo em uma dieta pastosa.” - aconselha Jéssica. Da mesma forma, a interação social é muito importante: sempre que possível, o idoso deve fazer as refeições à mesa, juntamente com a família, para tornar essa hora mais agradável. Cuidados durante a refeição também devem fazer parte da rotina do idoso: comer e engolir vagarosamente, manter a postura durante a alimentação e atentar-se a higiene bucal são medidas que devem ser feitas diariamente. É importante que cuidadores e familiares supervisionem a alimentação de idosos, mesmo que eles tenham independência para se alimentar sozinhos, afim de auxiliar em qualquer dificuldade. Quando a situação é mais delicada e o paciente encontra-se acamado, o cuidador / familiar deve ter sempre o cuidado de deixar o idoso em posição

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Água é tão bom que ajuda até a emagrecer!

Se você só toma água na hora em que sente sede, é melhor mudar seus hábitos. Quando se está sedento é sinal de que o organismo já está com déficit desse precioso líquido. E bota precioso nisso, afinal 60% do nosso corpo é composto por água e nas crianças esse percentual eleva-se para 80%. Toda essa abundância hídrica é necessária para realizar as inúmeras reações químicas que ocorrem no nosso corpo para mantê-lo funcionando. Por meio dessas reações é que se realiza, por exemplo, a digestão. Presente nas células e tecidos, a água também compõe boa parte do sangue, que é responsável por transportar os nutrientes dos alimentos que ingerimos – como as vitaminas, o ferro, entre outros. Portanto, trata-se de um arsenal importante para nos manter nutridos e fortalecer nossas defesas contra infecções. E pasme: a água também emagrece! “Ela ajuda a ter uma sensação de saciedade, ou seja, a não ter fome”, revela a endocrinologista Lúcia Cordeiro, do Instituto de Endocrinologia do Recife. Esse benefício, segundo a especialista, foi constatado num recente estudo norte-americano que pesquisou crianças em escolas onde o acesso à água era facilitado pela existência de bebedouros e comparou-as com as de colégios onde não havia essa facilidade. “Os alunos com acesso à hidratação tiveram ganho de peso 35% menor quando comparado ao outro grupo de estudantes”, informa a médica, que alerta, no entanto, não ser verdadeira a ideia de que água gelada acelera ainda mais o emagrecimento. “Não existem estudos que comprovem esse benefício”, rechaça Lúcia. A água também auxilia na prevenção da chamada retenção de líquido que provoca os desagradáveis inchaços no corpo, que são comuns nos dias quentes e na tensão pré-menstrual. Isso acontece porque a água presente na circulação sanguínea acaba extravasando para a região abaixo da pele, se acumulando em certos locais do corpo causando o edema. Ao beber muita água, faz com que o líquido retorne para os vasos e saia pela urina. Para que isso ocorra os rins precisam estar em bom funcionamento. E nesse caso, mais uma vez, a água tem papel fundamental. “Eles filtram tudo o que entra no nosso organismo e precisam da água para realizar essa função. Pessoas com tendência a ter cálculo renal devem ter atenção redobrada”, orienta a nutricionista Fabrícia Padilha, coordenadora do Curso de Nutrição da Faculdade Pernambucana de Saúde. Para os que sofrem com problemas intestinais como a prisão de ventre, a água pode ajudar e muito. Ela hidrata e amolece o bolo fecal, reduzindo seu volume e facilitando a excreção das fezes. “Muitos pacientes revelam nos consultórios que comem alimentos com muita fibra, mas não resolvem seus problemas de constipação. Isso ocorre porque eles não ingerem água na quantidade necessária”, aponta Fabrícia. Na verdade, consumir fibras alimentares sem a devida hidratação pode, segundo Lúcia Cordeiro, até aumentar a prisão de ventre. Numa situação extremamente oposta, isto é, na diarreia, o precioso líquido também exerce uma função importante. Isto porque há uma perda excessiva de água no corpo que precisa ser reposta para não provocar desidratação. O mesmo acontece nos quadros de vômitos e também de febre. FEBRE Nos estados febris há um aumento da temperatura corpórea e da transpiração, causando o risco de desidratação. “Quando a temperatura corporal excede os 37 graus perde-se 100 ml de água por hora em cada grau acima dos 37”, alerta Lúcia Cordeiro. Exemplificando podemos entender melhor: quando se está com 38 graus de febre, perde-se 100 ml de água a cada hora. Se alcança 39 graus, a perda eleva-se para 200 ml a cada hora. Portanto, se uma pessoa ficar 6 horas em estado febril e não for hidratada perderá 600 ml! E as consequências advindas por não repor a hidratação poderão ser sérias. “Caso um paciente esteja com febre e diarreia e não for hidratado pode sofrer uma lesão grave nos rins ao tomar um medicamento para a dor”, adverte Lúcia. É por isso, que quando estamos com alguma infecção e somos atendidos numa emergência, sempre nos oferecem analgésicos juntamente com soro fisiológico que combate a desidratação. E falando em febre, saiba que a água também é peça chave no controle da temperatura corporal, que é realizado pela transpiração. Sintetizado pela glândula sudorípara, o suor é produzido no momento em que o corpo atinge a temperatura acima dos 37 graus. Algo não muito difícil de acontecer em quem mora em localidades quentes como Pernambuco e quando se realiza atividades físicas. Pois sabia que o suor é 99% composto de água. Quanto devemos beber? Agora que já está ciente da importância da água para o nosso corpo, você deve estar se perguntando qual a quantidade ideal que devemos consumir para manter o organismo hidratado. Em média, uma pessoa que não realiza exercícios físicos intensos perde nada menos que 2,5 ml de água por dia, por meio da transpiração e da urina. E todo esse volume precisa ser reposto diariamente. Por isso, os médicos aconselham que sejam ingeridos de 2 a 3 litros por dia, algo como de 8 ou mais copos diários. Mas quantidade a ser consumida por um indivíduo que pratica atividade física intensa é diferente, assim como pessoas que apresentam certas doenças, como os que sofrem de insuficiência renal. Pode-se mesclar a hidratação com sucos de frutas e água de coco, porém com certa moderação. As frutas não substituem a água, porque contêm calorias e algumas substâncias que em excesso pode fazer mal a saúde. E fique longe dos isotônicos – que também são calóricos e possuem muito sódio e potássio – e dos refrigerantes, que também apresentam sódio, além de muito açúcar e não oferecem nenhum valor nutritivo. “Nos dias quentes do verão ou em situações como no Carnaval, quando se está exposto ao sol e suando muito, é necessário aumentar a quantidade de água ingerida”, recomenda a nutricionista Fabrícia. Falando em Carnaval, muitas vezes, pessoas passam mal e se sentem tontas no meio da folia. Um estado que pode configurar como falta de hidratação. “Na desidratação, o rim,

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O idoso e o Sexo

Endocrinologista Ney Cavalcanti analisa o sexo na terceira idade, tema ainda considerado tabu pela sociedade.  Ele rebate a ideia de que mudanças hormonais ocorridas com a idade mais avançada fazem desaparecer a necessidade e o desejo da atividade sexual.         Os idosos sofrem discriminação por parcela importante da população. Afinal eles se apresentam de maneira oposta dos atuais ícones da sociedade, que são juventude e beleza. Alguns jovens, inclusive, tratam os idosos como se pertencessem a uma espécie diferente da sua. Não se lembram, que é preciso ter sorte e saúde bastante, para viver o suficiente até se alcançar a condição de idoso. No aspecto de vida sexual, o julgamento é rigoroso. Sexo é só para os jovens e os de meia idade. Essa forma de pensar é dominante entre os leigos e também, infelizmente, entre muitos médicos. O raciocínio em que se baseiam seria que, ao atingir a terceira idade, as modificações que ocorrem, inclusive as hormonais, fariam desaparecer a necessidade e o desejo da atividade sexual. Esse pensamento é absolutamente falso. Nos casos dos hormônios no homem, não existe, na maioria dos casos, diminuição significativa dos níveis de testosterona com a idade. Existem octogenários com níveis desse hormônio semelhantes a de indivíduos muito mais jovens. Nas mulheres, com a menopausa existe uma redução abrupta dos hormônios femininos, os estrógenos. Porém, muito mais importantes como estímulo para a atividade sexual são os hormônios masculinos, os andrógenos, que a mulher também os produz. Esses são secretados principalmente pelas glândulas adrenais que não se alteram com a menopausa . O resultado, é nessa fase da vida das mulheres, existe mais hormônios masculinos do que femininos. Por conta disso, algumas mulheres tem até exacerbação da libido. O aumento da longevidade, as melhores condições de saúde e o surgimento de drogas que favorecem a realização do ato sexual fazem com que cada vez mais idosos o pratiquem. Os números impressionam. Estudo recente realizado nos Estados Unidos demonstrou que 73% do grupo entre 56 e 74 anos de idade tem vida sexual. O percentual é menor entre nos que têm 75 e 74 ( 43%,), mas ainda persiste depois dos 75 (26%). Isso tem trazido alguns problemas. O principal é o grande aumento das doenças sexualmente transmitidas nesse grupo etário. Aumento inclusive proporcionalmente maior do que entre os jovens. Mais do que dobrou na última década. Um estudo realizado no Reino Unido demonstrou que 17% dos casos de Aids e 27 % dos novos casos da doença são diagnosticados em pessoas com mais de 45 anos de idade. Isto ocorre por dois motivos. Não existe temor da gravidez e a falta de informação de como se prevenir das doenças sexualmente transmitidas nesse grupo etário. O governo de vários países estão fazendo campanhas de esclarecimento para os idosos. É de muito sabido que os benefícios da atividade sexual não se resumem ao prazer que o orgasmo proporciona. O idoso que tem vida sexual é menos ansioso, mais sociável, adoece menos é mais otimista etc. Pesquisas demonstraram que pelo menos parte desses benefícios decorre do aumento da produção, por parte de hipófise, de um hormônio, a ocitocina. Há muito se achava que suas ações se resumiam em promover a contração uterina durante o parto, e estimular a saída do leite na amamentação. Porém se demonstrou ter ele uma outra e muito importante função . Hoje é considerado o hormônio do bem-estar. A sua secreção é aumentada por vários e diferentes estímulos. Contato com amigo, com uma pessoa que nos agrada, e principalmente pelo contato físico e atividade sexual. Os idosos que praticam o sexo têm níveis muito mais elevados dos que os que não o fazem. Foi também constatado que a adoção por parte de um idoso de um animal de estimação promove o aumento da secreção ocitocina. E você jovem, se tiver a sorte de se tornar um idoso no futuro, prefere continuar ter vida sexual ou tomar conta de um cachorrinho?

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