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Fique em casa, mas não fique parado

Entre os efeitos colaterais das medidas de isolamento social adotadas para conter a COVID-19 está o aumento do sedentarismo, que pode contribuir para a deterioração da saúde cardiovascular mesmo em curtos períodos de tempo. Idosos e portadores de doenças crônicas tendem a ser os mais afetados. O alerta foi feito por pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FM-USP) em artigo de revisão publicado no American Journal of Physiology. Segundo os autores, o apelo feito por governantes e profissionais da saúde para que as pessoas “fiquem em casa” é válido na atual conjuntura, sem dúvida. Mas deve vir acrescido de uma segunda recomendação: “não fiquem parados”. “Uma pessoa precisa fazer ao menos 150 minutos de atividade física moderada a intensa por semana para ser considerada ativa, de acordo com as diretrizes da Organização Mundial da Saúde [OMS] e das sociedades médicas. O uso de academias e centros esportivos ficará limitado nos próximos meses, mesmo após o fim da quarentena. A atividade física realizada no ambiente domiciliar surge como uma alternativa interessante”, afirma Tiago Peçanha, bolsista da FAPESP de pós-doutorado e primeiro autor do artigo, que apresenta uma série de evidências científicas relacionadas ao impacto de curtos períodos de inatividade física sobre o sistema cardiovascular. Alguns dos estudos avaliados mostraram, por exemplo, que manter uma pessoa acamada durante 24 horas pode induzir atrofia cardíaca e redução significativa no calibre dos vasos sanguíneos em um período que variou entre uma e quatro semanas. Peçanha ressalta se tratar de um modelo agressivo, que não representa o que ocorre durante a quarentena. “Mas há outros experimentos relatados no artigo que são bastante representativos”, diz o pesquisador. Em um deles, voluntários foram induzidos a reduzir de 10 mil para menos de 5 mil o número de passos diários durante uma semana. Ao final, notou-se redução no diâmetro da artéria braquial (principal vaso do braço), perda da elasticidade dos vasos sanguíneos e danos ao endotélio (camada de células epiteliais que recobre o interior das veias e artérias). Há ainda experimentos em que os voluntários foram mantidos sentados continuamente durante períodos que variavam entre três e seis horas. O tempo de inatividade foi suficiente para promover alterações vasculares, aumento nos marcadores de inflamação e no índice glicêmico pós-alimentação. “Essas primeiras alterações observadas nos estudos são funcionais, ou seja, o coração e os vasos sanguíneos dos voluntários saudáveis passaram a funcionar de forma diferente em resposta à inatividade física. Caso a situação se prolongue, porém, a tendência é que se transformem em alterações estruturais, mais difíceis de reverter”, explica o pesquisador. Se indivíduos saudáveis podem correr atrás do prejuízo – literalmente –, o impacto do sedentarismo prolongado tende a ser nefasto para pessoas com doenças cardiovasculares e outras condições crônicas de saúde, como diabetes, hipertensão, obesidade e câncer. No caso dos idosos pode também agravar a perda generalizada de massa muscular – quadro conhecido como sarcopenia – e aumentar o risco de quedas, fraturas e outros traumas físicos. O grupo da FM-USP publicou artigo a respeito no Journal of the American Geriatrics Society. “Essas populações mais vulneráveis aos efeitos do sedentarismo também integram o grupo de risco da COVID-19 e, portanto, precisarão se resguardar em casa durante os próximos meses. O ideal é que encontrem estratégias para se manterem ativas, seja realizando tarefas domésticas, caminhando até o jardim, subindo escadas, brincando com os filhos ou dançando na sala. As evidências científicas indicam que a prática de exercícios no ambiente domiciliar é segura e eficaz para controlar a pressão, melhorar as taxas lipídicas, a composição corporal, a qualidade de vida e de sono”, afirma Peçanha. Para os pacientes de maior risco, principalmente aqueles não habituados à prática de exercícios, o pesquisador recomenda supervisão por profissionais de saúde, ainda que a distância, por meio de câmeras, aplicativos de celular e outros dispositivos eletrônicos. “Estudos mostram que as pessoas tendem a aderir melhor à atividade física quando se cria um ambiente on-line que favoreça o suporte social e a interação entre os praticantes.” Novas evidências Dados divulgados nos últimos meses por empresas que comercializam relógios inteligentes e aplicativos para monitoramento de atividade física indicam queda no número de passos diários de seus usuários desde o início do confinamento. “A norte-americana Fitbit, por exemplo, apresentou em seu blog, em 22 de março, dados de 30 milhões de usuários que mostraram uma redução entre 7% e 33% no número de passos dados por dia. No Brasil, há um levantamento feito pelo pesquisador Raphael Ritti-Dias pela internet com mais de 2 mil voluntários. Mais de 60% afirmam ter reduzido seu nível de atividade física após o início da quarentena”, conta Peçanha. “Essas ainda são evidências preliminares, mas há estudos em andamento que visam medir o efeito para a saúde da inatividade física durante a quarentena.” Uma dessas iniciativas está sendo conduzida na FM-USP, pelo grupo vinculado ao Projeto Temático “Reduzindo tempo sedentário em populações clínicas: o estudo take a stand for health”, coordenado pelo professor Bruno Gualano, coautor do artigo publicado no American Journal of Physiology. “Acompanhamos alguns grupos clínicos no âmbito do Temático, como mulheres com artrite reumatoide, pacientes submetidos a cirurgia bariátrica e idosos com comprometimento cognitivo leve. O objetivo é induzir o aumento da atividade física nessas populações por meio de ações do cotidiano, como passear com o cachorro ou descer dois pontos antes ao andar de ônibus, e avaliar os efeitos na saúde”, conta Peçanha. Agora, durante a quarentena, os pesquisadores têm monitorado mais assiduamente o grupo das mulheres com artrite reumatoide para medir o nível de atividade física e comparar com o do período anterior ao confinamento. “As pacientes estão usando acelerômetros [dispositivo que permite medir a atividade física e distância percorrida pelo indivíduo durante um período de tempo] em casa e ligamos com frequência para saber como está a qualidade de vida e a nutrição. Um grupo de pesquisadores vai até a residência para fazer medidas de peso, composição corporal, pressão e coleta de sangue”, explica. Metade das voluntárias será submetida a uma intervenção

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Envelhecimento bem-sucedido evita doenças e aumenta longevidade

O perfil do idoso sofreu uma grande transformação nos últimos anos. A figura da pessoa de cabelos grisalhos, letárgica e dependente têm sido substituída por homens e mulheres com importantes papéis sociais, saudáveis e ativos. Entre outros fatores, isso impacta diretamente na saúde da pessoa acima dos 60 anos, diminuindo a chance de doenças e aumentando a longevidade. "O estigma de que o idoso perde a sua independência e de que não é mais capaz de emitir opiniões ou tomar decisões faz parte do passado. No entanto, viver mais nem sempre é sinônimo de viver melhor. Envelhecimento bem-sucedido significa um envelhecimento produtivo, ativo e com boa qualidade de vida", explica a geriatra do Hospital Jayme da Fonte, Andrea Figueredo. Envelhecer de forma bem-sucedida minimiza o risco de doenças como demência e depressão e ainda aumenta a expectativa de vida. No entanto, é importante levar em consideração alguns aspectos: genéticos, fisiológicos, físicos, mentais e sociais. "Também é preciso prevenir doenças e incapacidades, com um estilo de vida saudável e acompanhamento médico regular.  Manter atividades prazerosas e relacionamentos sociais é fundamental", completa Andrea. Para quem ainda não é idoso, mas deseja chegar bem nessa fase, vale a pena seguir algumas dicas que podem ajudar nesse processo. Não fumar e não consumir bebida alcoólica em excesso, dormir bem, evitar o estresse, realizar atividades de lazer e sociais que tragam bem-estar, cultivar pensamentos positivos, praticar atividade física regular e ter uma alimentação saudável são algumas delas.

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"Brasil envelheceu antes de enriquecer e não dá conta do idoso"

Você já se preocupou sobre como será sua vida na terceira idade? Ou enfrenta dificuldade com os idosos da sua família que precisam de atenção especial que os filhos e netos não conseguem atender? Essas e outras questões complexas que envolvem o envelhecimento da população brasileira foram analisadas pela diretora médica do Geriatrie, Carla Núbia Borges. A professora da Unicap e membro da Câmara Técnica de Geriatria do Cremepe trata ainda, nesta entrevista concedida a Rafael Dantas, da sexualidade do idoso e da necessidade de políticas públicas voltadas para essa população. Segundo Alexandre Kalache (ex-diretor do programa de envelhecimento saudável da Organização Mundial de Saúde), para se envelhecer bem é preciso acumular quatro capitais: a saúde, o conhecimento, os relacionamentos, o financeiro além do propósito. Você concorda? Concordo totalmente. Isso mostra o quanto a saúde não é mais a ausência de doença, mas esse complexo entre a saúde social, mental e física. É importante se ter metas, propósitos e sonhos. Você precisa cuidar de tudo ao mesmo tempo. Não adianta estar com todos os exames em dia e não ter família, ser sozinho, ter pouca participação social. Ou o contrário, o idoso ser superssocial e participativo, mas não cuidar da saúde. É um contexto com vários pilares. Se um pilar desses cair, você tem adoecimento. É muito comum o idoso ter doenças, não é exceção, mas ele pode ter uma vida bastante funcional. Quais os benefícios de cuidar da saúde social? A saúde social é essa interação com a família e amigos que é muito importante. Ao cuidar da saúde social, o idoso se previne da depressão. As pessoas que têm participação social se cuidam mais e consequentemente têm outros ganhos, como ter propósitos e sonhos. Essa é uma fase de resgate. Não se pode mergulhar na velhice inativo e inútil. É preciso trabalhar bem a questão da vida após a aposentadoria. Afinal, o que você fará após se aposentar, depois que não tiver aquele grupo de amigos? Se você não fez seu capital financeiro, será prejudicado também na aposentadoria. Se não cuidou da saúde, vai entrar nessa fase da vida só gastando dinheiro com doença. São vários cuidados a serem tomados concomitantemente ao longo da vida, que precisam começar muito antes da velhice. Em menos de 20 anos, o Brasil vai dobrar sua população idosa, algo que na França demorou 145 anos. Quais os desafios do País para atender às necessidades desse rápido aumento da longevidade no futuro, especialmente quando estamos numa recessão e continuamos sendo um país em desenvolvimento? O Brasil deu uma guinada de uma longevidade de mais ou menos 45 anos nos anos 1950 para uma expectativa de vida de 75 ou 76 anos nos dias de hoje. E a população da quarta idade, acima dos 80 ou 85 anos, é a que mais cresce proporcionalmente. Isso porque, antigamente, tínhamos muitas doenças infectoparasitárias, pessoas morriam de malária, diarreia, tuberculose. Mas com a revolução industrial, vieram a penicilina, os antibióticos, o início do tratamento do câncer, o diagnóstico das doenças mais precoce, a vacinação, o anticoncepcional. As famílias que tinham 20 filhos começaram a ter menos, graças ao controle da natalidade. Então, menos crianças nascendo, mais vida longeva. O que acontece: nós envelhecemos antes de enriquecer, diferente dos países de primeiro mundo, que enriqueceram antes de envelhecer. Então, é preciso preparar a população. A pessoa quando envelhece no primeiro mundo, os filhos não ficam em casa, mas os idosos têm todo um acesso à saúde na residência, à acessibilidade, às políticas públicas engajadas para o idoso na cultura, no lazer, na saúde, no benefício. Eles têm mais suporte para o envelhecimento. Porém, a questão da intergeracionalidade é mais característica dos países subdesenvolvidos, mais latinos. Nosso idoso geralmente vai para a casa do filho ou o filho para a casa do idoso. Mas o Brasil envelheceu antes de enriquecer e o País não está dando conta de tantas pessoas envelhecidas. Na questão social não se dá valor aos idosos. Na questão de trabalho também, chegou aos 40 ou 50 anos é descartado. Então ninguém aproveita essa bagagem de experiência. Isso está começando a mudar. É preciso de mais programas culturais voltados ao idoso e não só ao jovem. Na questão de saúde, mais de 92% deles não têm planos de saúde. Onde estão? No SUS. Esse pessoal está na atenção básica e nos hospitais de média e alta complexidade, que não têm suporte para aguentar tanta demanda. Eles sofrem e morrem na fila de tanta espera. Que tipo de política pública é necessária para que os idosos tenham qualidade de vida? O idoso precisa se sentir respeitado. O respeito lhe gera muitos pontos positivos. Se chegar a um posto de saúde com respeito à sua idade, com atendimento prioritário, ele se sentirá mais feliz. Se as famílias trabalharem mais a humanidade, o amor, não abandonarem o idoso, ele vai se sentir mais feliz, comer melhor, dormir melhor. Vai ter mais participação social, indo aos grupos de idosos que estão fazendo uma festa ou uma palestra. Como uma política pública pode influenciar nisso? Levando informação para as escolas, os adolescentes e as famílias sobre o que é envelhecer e que precisamos ser respeitosos com os idosos. Devia-se oferecer turismo e cultura a essa população, mas o idoso está em casa isolado e oprimido. Qual é o estímulo que ele terá para sair de casa e participar das atividades sociais? Ele vai adoecer e se isolar. Talvez informar sobre o respeito e sobre o que é envelhecer seja a política de mais impacto. Ela cai como uma bomba e gera vários pontos positivos. Que tipo de preconceito sofre o idoso? Preconceito de que não pode dar opinião. Preconceito de que não pode mais fazer nada, de que ele é inútil. De que velhice é doença. De que todo esquecimento é tratado como demência. Preconceito de que ele quer tirar vantagem por ser velho, mas na verdade é um direito adquirido. Então, há o preconceito de que o idoso não

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Oito em cada dez idosos têm percepção positiva da terceira idade

O aumento da população idosa, que deve triplicar nas próximas quatro décadas no país, impõe uma série de desafios para a sociedade. Para entender como os idosos enxergam essa fase da vida, a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) realizaram uma pesquisa, em todas as capitais, com a população acima dos 60 anos. O levantamento revela que em cada dez entrevistados, oito (82%) encaram a terceira idade de forma positiva e, atribuem, em média, nota oito para o grau de felicidade com o atual momento. Os sentimentos positivos que os entrevistados mais vivenciam nesse estágio de vida são tranquilidade (36%), felicidade (30%), disposição para realizar atividades do dia a dia (22%), independência (20%) e produtividade para manter-se ativos (20%). Há ainda 18% de idosos que se consideram saudáveis e 12% que possuem planos para o futuro. A pesquisa demonstra que, ao contrário de décadas atrás, pertencer à terceira idade hoje em dia não significa, necessariamente, sentir-se velho. De modo geral, 75% dos idosos atribuem à essa etapa da vida características positivas como ter mais sabedoria (40%), orgulho das próprias realizações (37%) e sensação de dever cumprido (35%). Embora 42% dos entrevistados não tenham respondido o quanto esperam viver, a expectativa entre os que responderam é de 90 anos, em média. Mesmo que a terceira idade seja vista de maneira positiva para a maioria dos idosos, 56% dos entrevistados enxergam algum atributo negativo atrelado à essa fase da vida, sobretudo pela perda da saúde (29%), não encontrar oportunidades no mercado de trabalho (15%), sentir-se desrespeitado (14%) e depender de outras pessoas (14%). “Os brasileiros estão envelhecendo melhor. Hoje, a população acima de 60 anos está mais ativa, gosta de manter um bom convívio social e de estar bem informada, além de ter uma preocupação maior com a aparência e até fazer planos para o futuro, porque ainda espera viver muito mais”, avalia a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti. Para maioria, retardar efeitos do envelhecimento não é prioridade; 61% se sentem jovem para aproveitar a vida Até que ponto o envelhecimento chega a ser uma preocupação? A pesquisa indica que 34% têm se sentido mais vaidosos — percentual que sobre para 40% na população entre 60 a 69 anos — e boa parte procura se cuidar com frequência para viver mais, seja por meio medicamentos para melhorar a saúde (71%) ou por tratamentos e atividades físicas (37%). O avanço do tempo é visto com naturalidade por muitos, sem que haja uma obsessão por aparentar uma idade que não condiz com a realidade. Prova disso é que 58% não se sentem incomodados ao perceber os efeitos do envelhecimento. Além disso, 81% mostraram-se pouco dispostos a gastar tudo o que têm em troca de uma aparência mais jovem e 80% disseram não fazer qualquer tipo de tratamento para retardar os efeitos do envelhecimento. Ainda de acordo com o estudo, 61% afirmam sentir-se jovens para aproveitar a vida, enquanto 38% reconhecem já ter sofrido algum tipo de discriminação por não serem mais tão novos. Também há uma nítida preocupação com a autoestima e experiências que preencham o tempo de maneira gratificante. Indagados sobre o que fazem para se sentir bem, 44% dos idosos buscam se alimentar de forma saudável, 37% tingem o cabelo, 36% procuram visitar regularmente o médico e 31% controlam o peso. Em contrapartida, 17% garantem não fazer nada a esse respeito. E ao contrário do que se imagina, a terceira idade não impede de pensar em fazer planos para o futuro. Dentre os desejos citados pelos entrevistados para os próximos dois anos, destacam-se a possiblidade de aproveitar a vida com familiares e amigos (32%), viajar pelo Brasil (21%), pagar dívidas pendentes (14%), comprar ou reformar a casa (13%) e viajar pelo mundo (11%). Sobre os medos em relação ao que pode acontecer, 33% mencionam a chance de ter uma saúde física deficiente, 32% temem ficar doentes a ponto de depender de outras pessoas e 31% citam a perda da lucidez. 68% dos idosos acessam a internet; seis em cada dez têm smartphone Aprender novas habilidades, estimular a capacidade cognitiva e cultivar a convivência social são essenciais para manter-se ativo na terceira idade. E a tecnologia vem contribuindo quanto às formas de se relacionar com as pessoas e com o mundo. Dados da pesquisa mostram que 68% dos idosos acessam a internet, dos quais 47% costumam ficar conectados todos os dias, com uma média de acesso de seis dias por semana, e 63% possuem smartphone. Dentre o público da terceira idade que utiliza a internet, 77% acessam por smartphone, 40% pelo computador, 30% por meio do notebook e 14% pelo tablet. Segundo os entrevistados, os principais motivos para navegar na internet são manter o contato com conhecidos (68%), ficar informado sobre os principais assuntos que acontecem no mundo (47%), buscar informações sobre produtos e serviços (44%), fazer transações bancárias (28%), não ficar ultrapassado (21%) e fazer compras (21%). Quando se avalia os itens mais adquiridos pelos idosos que usam a internet, destaque para eletroeletrônicos (60%), eletrodomésticos (56%), viagens (43%), livros (33%), móveis (30%), roupas (30%) e remédios (28%). Apesar do hábito de fazer compras virtuais, oito em cada dez (80%) que utilizam a internet preocupam-se com fraudes, como o roubo de informações de cartões e documentos (80%). Além disso, 80% temem pela segurança e privacidade das informações pessoais durante a compra online via dispositivos móveis. 52% encontram dificuldades em achar produtos para a terceira idade Dados da pesquisa também revelam o expressivo potencial de consumo ainda inexplorado pelo mercado em relação a esta parcela de brasileiros. Mais da metade dos entrevistados (52%) considera difícil encontrar algum produto específico para a terceira idade, principalmente alimentos próprios para a faixa etária (17%), locais para sair que tenham público da terceira idade, como bares, restaurantes e casas noturnas (16%), aparelhos celulares com letras e teclados maiores (15%) e roupas (12%). Outros 37% concordam que há poucos produtos voltados para o público da terceira idade. Já

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Perda auditiva na terceira idade: como driblar a deficiência

É preciso saber envelhecer, buscar alegria no convívio com familiares e amigos, estar conectado ao mundo, escutar bem o som das conversas e das músicas. Entre todas as dificuldades que afetam a vida de um idoso, a surdez é uma das mais cruéis porque pode isolar o indivíduo da vida em sociedade. E o que fazer para evitar isso? As células auditivas morrem com o passar do tempo e hábitos ruins, como o de frequentar ambientes barulhentos durante a vida, podem agravar esse quadro. Quanto mais essas células são perdidas, maior é a perda auditiva. Pesquisa realizada pelo site Heart-it comprova: pessoas que não escutam bem têm problemas de relacionamento e ficam isoladas, sem participar dos momentos alegres do cotidiano, o que pode acarretar depressão e até demência. “Falar sobre deficiência auditiva nunca é fácil. Há muita resistência em admitir a surdez. Mas trazer à tona o problema é a melhor coisa a fazer. Estudos confirmam que uma das soluções para a perda de audição é o uso de aparelhos auditivos, o que resulta em melhoras significativas na qualidade de vida do idoso”, afirma Isabela Papera, fonoaudióloga da Telex Soluções Auditivas. São mais de 15 milhões de brasileiros com dificuldades auditivas, segundo a Organização Mundial de Saúde. Neste balanço estão incluídos os 12 milhões com mais de 65 anos.De acordo com especialistas, muitas pessoas já apresentam algum grau de surdez a partir dos 40 anos, por causa do envelhecimento natural do corpo. O processo é diferente em cada um, mas aproximadamente uma em cada dez pessoas nesta faixa etária já têm dificuldades para ouvir. E depois dos 65 anos, a perda auditiva, conhecida como presbiacusia, tende a ser mais severa. Por isso, o melhor é procurar um médico otorrinolaringologista aos primeiros sinais de surdez. “O uso diário do aparelho auditivo e o apoio da família são essenciais para que o idoso resgate a sua autoestima. Infelizmente, muitas vezes, quando se procura tratamento, o caso já está grave. A perda de audição acontece de maneira lenta e progressiva e, com o decorrer dos anos, a deficiência atinge um estágio mais avançado”, explica a fonoaudióloga, que é especialista em audiologia. A maioria das pessoas com presbiacusia começa a perder a audição quando há um declínio na sua capacidade de ouvir sons de alta frequência - uma conversação contém sons de alta freqüência. Portanto, o primeiro sinal de presbiacusia pode ser a dificuldade de ouvir o que as pessoas dizem para você. Os sons da fala com mais alta freqüência são as consoantes, como o S, T, K, P e F. Cabe ao médico otorrinolaringologista examinar o paciente e ao fonoaudiólogo indicar qual tipo e modelo de aparelho atende às necessidades do deficiente auditivo. “Cuidar da saúde auditiva é tão importante quanto cuidar do resto do corpo, pois uma boa audição traz mais prazer de viver. E na área auditiva, a tecnologia cada vez mais avançada surge como uma grande aliada do deficiente auditivo. Já existem modernos e discretos aparelhos que garantem uma audição perfeita e sem constrangimentos – alguns aparelhos ficam, inclusive, invisíveis dentro do canal auditivo. O melhor então é procurar ajuda para voltar logo a ouvir os sons da vida”, conclui a fonoaudióloga da Telex. Segundo dados do IBGE, o número de idosos ultrapassou os 30 milhões, em 2017, no Brasil; um crescimento de 18% nos últimos cinco anos. Na última década, também aumentou a expectativa de vida média do brasileiro, que hoje já passa de 73 anos. Deste modo, é preciso estar alerta para ter uma velhice saudável e, para isso, é fundamental ouvir bem! Conheça dez sintomas que podem indicar indícios de perda auditiva: -   Ouvir as pessoas falando como se elas estivessem sussurrando -  Assistir televisão em volume mais alto do que as outras pessoas da casa, pedindo para aumentar o som - Não ouvir quando é chamado por uma pessoa que não está à sua frente ou que se encontra em outro cômodo - Comunicar-se com dificuldade quando está em grupo ou em uma reunião - Pedir com freqüência que as pessoas repitam o que disseram - Ouvir com dificuldade o toque de campainha ou telefone; ou mesmo ficar embaraçado ao não entender o que outro diz pelo telefone - Dificuldade em comunicar-se em ambientes ruidosos, como no carro, no ônibus ou em uma festa - Fazer uso de leitura labial durante uma conversa. - Família e amigos comentam que você não está ouvindo bem. - Se concentrar muito para entender o que as pessoas falam.

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Shopping Patteo Olinda promove Semana do Idoso com programação gratuita

Entre os dias 26 e 29 de setembro, o Shopping Patteo Olinda celebra a Semana do Idoso, com uma programação especial e gratuita realizada em parceria com a Secretaria de Saúde de Olinda. A culminância da ação será no sábado (29), quando o centro de compras será o ponto de chegada da 8ª Caminhada da Superação em Olinda, maratona que estimula a solidariedade e prática da atividade física entre as pessoas da terceira idade. A programação tem início nesta quarta-feira (26), das 10h às 13h, com atendimentos gratuitos em terapias holísticas, como ventosaterapia e acupuntura auricular. Na quinta-feira (27), das 11h às 14h, haverá avaliação e orientação nutricional e em saúde bucal, aferição de glicemia e pressão arterial, além de palestra sobre alimentação saudável e qualidade de vida na terceira idade. Já na sexta-feira (28), a programação contará, às 15h, com uma palestra do cardiologista Silvio Paffer, membro da Liga de Cardiologia de Olinda, sobre o tema "Convivendo com a hipertensão e a diabetes", seguida de uma apresentação cultural com um grupo de idosas. Todas as atividades acontecem no piso L1, próximo à Farmácia Pague Menos. Fechando a Semana do Idoso, o Patteo Olinda recebe no sábado (29), os participantes da 8ª Caminhada da Superação em Olinda, que já conta com mais de 300 inscritos. O percurso de 3,5 km terá início às 7h, na Praça do Jacaré, com aferição de pressão, medição de glicose e alongamento para os maratonistas. Após a chegada ao centro de compras, será feita a entrega das medalhas e brindes para os participantes, sorteios, serviços de saúde, além de aulas de alongamento, dança de salão, zumba e combate. Para participar da caminhada, cada inscrito terá que doar um pacote de fralda geriátrica. Os donativos serão entregues ao Centro Geriátrico Padre Venâncio. O Shopping Patteo Olinda fica na Rua Carmelita Muniz de Araújo, S/N, em Casa Caiada.

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Artistas idosos expõem em Festival Artidade

No próximo dia 22 (sábado), no Centro Santos Dumont, em Boa Viagem, acontece a segunda edição do Festival Artidade, evento promovido pelo Instituto de Pesquisas da Terceira Idade (Ipeti) com apoio da Prefeitura do Recife, Celpe e Porto Social. O Artidade, que acontece das 8h às 17h, reúne mais de 30 expositores - todos idosos - que participam mostrando sua produção artística em diversas modalidades. "O público vai poder conferir trabalhos em pintura em tela e tecido, marcenaria, escultura, linha, cerâmica, além apresentações músicais e performances. Tudo produção de pessoas com mais de 60 anos que se envolveram com Arte depois que se aposentaram ou mesmo antes disso." - explica a gerontóloga Margarida Santos, vice-presidente do Ipeti, uma das organizadoras do evento. As inscrições para quem quer expor podem ser realizadas até o dia 14 de setembro, das 9h às 16h, no Ipeti (Memorial de Medicina, Rua Amaury de Medeiros, 206, Derby). OFICINAS No dia também acontecem 6 oficinas: Internet (e-commerce), Cordel, Customização de Vidros, Customização de Caixas, Turbantes e Crochê sem Agulhas, todas com inscrições custando R$10, com material incluído. As inscrições podem ser feitas no local, na hora do evento. TROCA LÂMPADAS LED Quem estiver interessado em trocar as lâmpadas comuns de casa pelas de LED pode ir ao Artidade. Para isso é necessário apresentar a conta de luz. O companhia de eletricidade também oferece uma palestra sobre Economia de Energia. Serviço Festival Artidade Dia 22 de setembro, das 8h às 17h, no Centro Santos Dumont, Boa Viagem - Recife Inscrições para expositores: até dia 14/09, das 9h às 16h, no Ipeti (Memorial de Medicina, Rua Amaury de Medeiros, 206, Derby). Mais informações: IPETI - Fone: (81) 3221.8452

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Isolamento provoca problemas de saúde nos idosos

O mês de julho é marcado pelo Dia dos Avós, momento que muitos se lembram como a sociedade desrespeita os direitos dos idosos, além das injustiças cometidas pelo Estado com essa população. Porém, uma grande parte das pessoas se esquece do desprezo e descaso cometido contra indivíduos nessa idade dentro da própria família. Um estudo feito no ano passado nos Estados Unidos comprovou que a solidão entre idosos possui uma ligação com um número maior de doenças crônicas. Conforme a pesquisa, o isolamento é capaz de elevar as chances de morte em até 14%. Isso ocorre porque, o estresse causado pela solidão pode levar a inflamações celulares que interferem no sistema imunológico, deixando o corpo mais suscetível a doenças. Diante disso, a solidão na terceira idade chega a ser tão prejudicial quanto o tabagismo ou o consumo excessivo de bebidas alcoólicas. Estima-se que esse sentimento aumenta em quase 30% os riscos de doenças coronarianas e acidentes vasculares. De acordo o psicólogo, com especialização em Neuropsicologia, Luciano Alves, seguindo a ideia do pensamento sistêmico os efeitos provocados na saúde, em virtude desse isolamento, são devastadores. “O isolamento social pode ter um impacto muito grande nos idosos, tanto psicológica, quanto fisicamente. A sensação de solidão afeta a saúde de diversas formas, podendo, por exemplo, aumentar o estresse, reduzir a autoestima ou contribuir para a depressão. E todos esses fatores influenciam na saúde física”, afirma ele, lembrando que também é importante compreender os aspectos hereditários, emocionais e transgeracionais das doenças para que se abra uma nova possibilidade de cura. “Existem diversas razões dentro do campo do pensamento sistêmico para explicar o motivo de muitas pessoas, apesar do grande avanço da medicina, não mostrarem reações positivas aos tratamentos convencionais. Através do estudo do sistema é possível perceber que existe uma ligação entre a doença, o comportamento do paciente e as dinâmicas familiares ocultas que podem impedir o caminho para a cura e a saúde”. De acordo com o pensamento sistêmico, sd doenças também podem ser vistas como processos que produzem cura, sobretudo para a nossa alma, além disso, alguns sintomas estão nitidamente relacionados a diversos acontecimentos e condições que provocaram nas pessoas a perda da vinculação com a família ou a insegurança percebida quanto a essa vinculação, ou ainda as dinâmicas de culpa ou de destinos trágicos na família que criam experiências de medo, insegurança e dor. “Um novo olhar para nossa saúde e o que significam realmente as doenças que nos assolam é mais do que necessário. A doença nunca age apenas sobre o doente, ela age sobre o doente e seu sistema familiar. Isso porque, todos nós estamos conectados aos nossos sistemas de referência, sejam eles nossas famílias, grupos, comunidades ou instituições às quais pertencemos. Muitas vezes, estes nossos vínculos ocorrem de forma disfuncional e somos influenciados no presente, com limitações, dificuldades, conflitos e até adoecimentos que chegam por ressonância pelas histórias de todos aqueles que nos antecederam em nossos sistemas familiares”, conclui.

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Sexualidade no idoso será tema debatido no Você com Saúde na Maior Idade

A sexualidade no idoso ainda é um assunto cercado por muitos mitos e preconceito. Para esclarecer dúvidas sobre o tema e destacar a importância do sexo na qualidade de vida, ele será debatido na próxima edição do Você com Saúde na Maior Idade, no dia 30 de novembro, às 15h. O evento é promovido mensalmente pelo Hospital Santa Joana Recife, no Santa Joana Recife Diagnóstico (Unidade Dom Bosco). “Percebemos que esse é um assunto que gera muitas dúvidas nos pacientes e o mito de que o idoso não deve ser sexualmente ativo ainda existe”, explica a geriatra do Hospital Santa Joana Recife, Lilian Karine. O urologista Filipe Tenório ressalta que na fase idosa, tanto o homem como a mulher passam por alterações hormonais que fazem o interesse por sexo diminuir. “A população masculina acaba tendo mais dificuldade em ter ereção e o medo de falhar na frente da parceira inibe a vontade de ter relações”, explica o médico. Durante o evento, além de alguns sinais de alerta, também serão apresentados os tratamentos disponíveis “Quando o paciente procura ajuda médica, normalmente conseguimos solucionar a questão e o paciente pode retomar a sua sexualidade, que é uma dimensão muito importante da sua qualidade de vida”, explica o urologista. Além das orientações das médicas, o encontro conta com aferição de pressão arterial, teste de glicemia e oficinas envolvendo as equipes de nutrição, fisioterapia e terapia ocupacional do hospital. A participação no evento é gratuita e os interessados devem fazer inscrição pelos telefones 3412-2827 ou 3412-2823. As vagas são limitadas. Serviço: Você com Saúde na Maior Idade Tema: Sexualidade no Idoso Data: 30 de novembro, quinta-feira. Hora: 15h. Local: Espaço Fidelidade- Santa Joana Recife Diagnóstico - Rua Dom Bosco, 961 - Boa Vista - Recife. Inscrições gratuitas pelos telefones 3412-2827 ou 3412-2823.

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Você já ouviu falar em anosmia?

O termo anosmia significa perda completa do olfato. Trata-se de uma situação que pode ser potencialmente perigosa, já que diante de odor de gás (vazamento) ou de fumaça (incêndio), alimentos estragados, a pessoa que sofre de anosmia será o último a perceber o perigo. Os sintomas incluem a perda da percepção de cheiros e do gosto das coisas, mas existem ainda os casos em que há uma distorção nestas percepções, quando o indivíduo percebe cheiros estranhos e gostos atípicos do habitual. A causa da doença pode estar relacionada com a lesão do nervo do olfato ou obstrução à passagem de ar pelas fossas nasais, incluindo trauma, pólipos nasais, rinite alérgica, sinusite, resfriados, gripes, sequela de infecções virais, inalação de produtos químicos tóxicos, tumores, uso de determinados medicamentos tóxicos ao olfato, diabetes, doença de Alzheimer, doença de Parkinson, radioterapia, quimioterapia, desnutrição, esclerose múltipla, deficiência vitamínica, tabagismo, envelhecimento, herança genética, AVC (acidente vascular cerebral), entre outros. A anosmia é mais prevalente em idosos devido a degeneração dos neurônios implicados no sentido olfativo. Os homens são os mais afetados. Tratamento - o sintoma pode ser agudo ou crônico. É agudo nos casos de rinite alérgica, sinusite, resfriados, gripes; e desaparece assim que há tratamento ou resolução dos quadros clínicos descritos. São casos crônicos aqueles que persistem por mais de três semanas. O tratamento é diversificado, e varia de acordo com a causa. A Dra. Jeanne Oiticica, médica otorrinolaringologista, otoneurologista e Chefe do Grupo de Pesquisa em Zumbido do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, explica que quando há obstrução à passagem de ar pelas fossas nasais o uso de descongestionantes, anti-histamínicos, sprays nasais, anti-inflamatórios hormonais (esteroides) costuma resolver o problema. “Nos casos de sinusite, o tratamento faz-se com antibióticos. Quando a causa é gerada pelo tabagismo, deve-se parar de fumar, largar o vício. No caso de pólipo nasal o tratamento requer cirurgia e desobstrução da via nasal interditada. Quando a anosmia é causada por sequelas, existem alguns medicamentos do tipo antioxidante que podem ajudar. Portanto, o tratamento é direcionado caso a caso, de acordo com a etiologia”, conclui Dra. Jeanne.

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