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Mitos e verdades da infecção urinária

Ir à praia ou à piscina e ficar longos períodos com a roupa de banho molhada não aumenta as chances de desenvolver infecção urinária. Ao contrário do que muitas pessoas pensam, não há ligação entre este hábito e a doença, como afirma o urologista do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, Fernando Almeida. O problema, no entanto, está diretamente relacionado à baixa imunidade. Esse fator favorece a ação da bactéria, que entra pelo canal da uretra e chega até a bexiga. Segundo o médico, a infecção é mais comum entre mulheres de 20 a 50 anos. Sem prevenção direta, é possível diminuir os riscos de ter a doença mantendo a saúde em dia. "Quem está saudável e com a acidez normal da vagina fica menos suscetível a desenvolver a infecção", reforça. Entre os cuidados essenciais da saúde está a ingestão de água, principalmente neste período de altas temperaturas. Adotando esta prática, de acordo com Almeida, aumentam as chances de expelir a bactéria pela urina. O controle da hidratação do organismo pode ser feito a partir da observação da cor do líquido eliminado. "A urina deve estar clara, não necessariamente transparente. Caso esteja escura, é sinal que está sendo ingerida pouca água, e, portanto, dificultando a saída da bactéria", explica o urologista. Alguns sintomas evidentes ajudam na detecção do problema. "Dor, ardência, aumento da frequência de idas ao banheiro e sangue são sinais de uma possível infecção urinária", finaliza Almeida.

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Infecção urinária: prevenção, sintomas e tratamento

Rio de Janeiro, RJ (agosto de 2017) – De acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia, a infecção do trato urinário (ITU) pode ocorrer na bexiga, nos rins, na uretra e nos ureteres. Mais comum nas mulheres, esse tipo de problema pode não apresentar sintomas em sua fase inicial – o que é um fator de alerta. O médico Gabriel Treiger, coordenador do Núcleo de Urologia do Hospital Vitória (Rio de Janeiro), dá orientação sobre a prevenção, os sintomas e o tratamento da doença, que, só na Emergência dessa unidade hospitalar, é responsável por 5% dos atendimentos mensais. O especialista explica que é fundamental que a infecção urinária seja diagnosticada e tratada com rapidez. Por essa razão, é preciso atentar ao correto funcionamento do organismo, como, por exemplo, observar se a quantidade de idas ao banheiro está acima do normal ou se há algum desconforto ou dor ao urinar. “Os pacientes nem sempre se queixam de dores agudas, mas podem sentir algum tipo de ardor ou sensação de peso na parte inferior da barriga”, observa Treiger. Outro sintoma clássico dessa enfermidade é a urgência urinária – ou seja, a dificuldade que os pacientes apresentam para conter a urina. “Pode acontecer de forma tão intensa e súbita que a pessoa que está com a doença acaba sujando a própria roupa antes mesmo de chegar ao sanitário”, aponta o médico. Treiger alerta para dois outros sintomas importantes: a hematúria – presença de sangue na urina, que a deixa com uma cor rosada ou avermelhada – e a febre, que podem indicar que a infecção já avançou para um quadro mais agudo. “Nessa situação, os pacientes sentem também dores lombares, calafrios, mal-estar generalizado, náuseas e vômitos. A orientação é procurar logo assistência médica”, diz. O especialista faz uma recomendação especial quanto aos idosos: “Nessa fase da vida, há um risco maior de desidratação, pois o índice de água do corpo cai cerca de 50%. Por isso, a ingestão de líquidos deve ser incentivada pelos familiares ou cuidadores para evitar o possível surgimento da infecção urinária, que, nessa faixa etária, pode se apresentar com maior gravidade”. Quanto à prevenção, Treiger diz que a ingestão de, no mínimo, 5 copos de água diariamente pode diminuir bastante as possibilidades de a doença surgir. Já o tratamento, quando a infecção já está diagnosticada, é realizado com antibióticos. Se nada for feito, em poucos dias os primeiros sintomas podem até desaparecer, mas, certamente, voltarão a ocorrer, pois a bactéria permanece na bexiga – e, dessa forma, os riscos de ela penetrar nos rins e causar danos maiores são muito altos. “Todo e qualquer sinal que o organismo apresente deve ser levado em conta. A infecção urinária, embora seja um problema bastante comum e simples de ser tratado, pode levar até à morte por infecção generalizada se não for cuidada de forma adequada”, finaliza.

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