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Mitos e verdades sobre intolerância à lactose

A dificuldade em digerir o açúcar existente no leite e seus derivados é uma realidade para muitas pessoas. A nutricionista responsável pelo Ambulatório de Nutrição do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, Kátia Terumi M. R. Ushiama, esclarece sobre o problema e alerta que o diagnóstico não deve ser sinônimo de desespero. Confira abaixo algumas dicas da nutricionista: Não é preciso viver para sempre sem lactose O tratamento inicial é a retirada total da lactose da dieta para reduzir o desconforto, como gases e inchaço abdominal. Mas, após liberação médica, é possível tentar a reintrodução de alguns derivados do leite, como queijos e iogurtes, de forma gradativa para observar a tolerância do paciente. A quantidade de lactose muda conforme o alimento Alguns derivados contêm menos lactose e podem ser tolerados, por isso é preciso reintroduzi-los aos poucos, para detectar o nível de intolerância de cada pessoa. Não é possível definir uma dosagem exata de ingestão diária, pois não se pode mensurar a quantidade de lactase, enzima que digere a lactose, que o indivíduo produz. Produtos sem lactose não têm menos cálcio A exclusão inicial de leite e seus derivados da alimentação não está diretamente relacionada à deficiência de cálcio na dieta. Esses produtos não apresentam diferença no teor do mineral em suas composições. Substituir lácteos por leites vegetais merece atenção Se o indivíduo optar por não consumir lácteos sem lactose, a substituição dos lácteos por leites vegetais, como soja e arroz, pode ser feita, porém, nesse caso, é preciso incluir fontes vegetais que contenham cálcio, como folhas verde-escuras, sementes e oleaginosas - castanhas e nozes, por exemplo. Evitar é a melhor saída Mesmo que de forma não tão aparente, alguns alimentos possuem grande quantidade de lactose em sua produção e devem ser evitados. Nesta lista estão pudins, flans, sorvetes cremosos, chocolates ao leite, manteiga, preparações com creme de leite, molho branco e gratinados.  

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Estudo mostra raio-x da intolerância nas redes sociais do Brasil

O Brasil é visto e reconhecido como um lugar pacífico, com um povo tolerante. Mas a internet vem ajudando a derrubar esse mito de que nós brasileiros somos tolerantes às diferenças. Um estudo realizado entre os meses de abril e junho pelo Comunica Que Muda, plataforma digital da agência nova/sb, monitorou a internet e encontrou dez tipos principais de intolerâncias. No total, foram analisadas 393.284 menções feitas por internautas de todo o país no Facebook, Twitter e Instagram e também em páginas de blogs e comentários de sites da internet. Expressões como cabelo ruim, gordo, vagabundo, retardado mental, boiola, malcomida, golpista, velho e nega predominam as nuvens de palavras encontradas em posts que revelam todo tipo de intransigência ao outro, em relação a aparência, classes sociais, deficiências, homofobia, misoginia, política, idade, raça, religião e xenofobia. Com o auxílio de um software de monitoramento, o Torabit, a equipe do Comunica Que Muda concluiu que a intolerância de maior audiência no Brasil é a política, com quase 220 mil menções; mais de quatro vezes superior à misoginia, que aparece em segundo lugar (50 mil menções); seguida por preconceitos relacionados a deficiência, aparência e raça. O Rio de Janeiro é o estado com maior volume de postagens intolerantes no país, seguido por São Paulo e Minas Gerais. Em termos relativos, na proporção com o número de habitantes, o Distrito Federal lidera o ranking. “A intolerância nas redes é resultado direto de desigualdades e preconceitos sociais em geral, não é uma invenção da internet. O que ocorre é que o ambiente em rede facilita que cada um solte seus demônios, ao dar a sensação de um pretenso anonimato. O mundo virtual é, portanto, mais uma forma para que os intolerantes se manifestem e ampliem o seu alcance”, destaca Bob Vieira da Costa, sócio-fundador da agência nova/sb. Dados da ONG Safernet mostram que denúncias contra páginas que divulgaram conteúdo do tipo cresceram mais de 200% no país. No primeiro momento, parece que a internet criou uma onda de intolerância. Mas o fato é que as redes sociais apenas amplificaram discursos existentes no nosso dia a dia. No fundo, as pessoas são as mesmas, nas ruas e nas redes. Se não, vejamos: o Brasil lidera as estatísticas de mortes na comunidade LGBT (dado da Associação Internacional de Gays e Lésbicas); mata muito mais negros do que brancos (Mapa da Violência); aparece em quinto em homicídios de mulheres (Mapa da Violência); registrou aumento de 633% nos casos de xenofobia (Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos); e 6,2% dos seus empregadores confessam não contratar pessoas obesas (site de recrutamento).

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