Arquivos mamam - Página 2 de 3 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

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Beto Figueiroa lança catálogo da exposição ExistenCidades no MAMAM

O fotógrafo Beto Figueiroa lança esta quinta-feira (9), às 19h, o catálogo da exposição ExisteCidades no Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães (MAMAM), no Recife. Na ocasião, também acontecerá uma visita guiada pela instalação com análise das 13 imagens expostas com o professor Afonso Jr., da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Mateus Sá e o músico Jr. Black, além de Beto. O projeto é realizado pela Jaraguá Produções com incentivo do Governo do Estado de Pernambuco, por meio do Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura – Funcultura. A exposição está em cartaz no museu desde o dia 2 de maio, numa estrutura que simula um ambiente quase urbano com recursos audiovisuais, composto de andaimes de construções vazados, utilizados como suporte para as fotografias. A assinatura da construção arquitetônica e identidade visual é de Luciana Calheiros e Aurélio Velho da Zolu Design. Para a ativação, Beto convidou Jr. Black, que criou textos inspirados em suas obras. No catálogo, as palavras do músico serão impressas ao lado das imagens. Nele também estarão reproduzidas as aplicações das imagens da própria exposição. Beto Figueiroa - Fotografia além da visão Beto Figueiroa passou parte da infância na histórica cidade de Goiana, Mata Norte de Pernambuco. Foi criado por uma mulher cega. Mãe Ná, sua avó, morreu em 2009, aos 106 anos e sempre foi uma referência não só na conduta de vida como na arte de enxergar. Para o menino Beto, o sentido da visão jamais foi parte essencial para a alegria. O jeito de ver as coisas se construiu de maneira diferenciada – bem provavelmente pela força dos ensinamentos de Mãe Ná, que jamais o viu, mas o acompanhou de perto, desde o início de sua carreira como fotógrafo. A afetiva história sobre o olhar especial de Beto Figueiroa, evidente em suas fotos, talvez seja a primeira explicação para o reconhecimento do seu trabalho. Lançou em 2014 a exposição "Morro de Fé", com curadoria de Mateus Sá e 25 fotografias coloridas e em preto e branco, impressas em grandes formatos, ocupando paredes, telhados com até 14 metros de largura. As imagens a céu aberto e em grandes proporções, foram fixadas nas fachadas e muros das casas no surpreendente suporte de pôster-bombs (lambe-lambe). Um ano após a intervenção no morro, o projeto ganhou o formato de livro, como um registro perene de uma intervenção efêmera, de 114 páginas. Com trabalho reconhecido pelas principais premiações do fotojornalismo nacional, como Vladimir Herzog, Beto participou de exposições individuais e coletivas, no Brasil e no exterior, além de inúmeras publicações em livros e revistas. Em 2007, esteve entre os dez brasileiros escolhidos pela Fototeca de Cuba e pelo Instituto de Mídia e Arte – Imea (SP) para representar a fotografia brasileira, sendo o mais jovem da seleção na mostra “Mirame – uma ventana da fotografia brasileña”, em Havana. Em 2016 lançou o livro “Banzo” pela editora Olhavê e o segundo da sua carreira.

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Equipamentos recifenses terão programação especial na 16ª Semana de Museus

Já é tradição no calendário cultural nacional: para celebrar o 18 de maio, Dia Internacional dos Museus, equipamentos do país inteiro preparam uma semana inteira de programação caprichada. Para estimular a população a conhecer e frequentar esses espaços de fomento e preservação cultural, seis equipamentos geridos pela Prefeitura do Recife irão participar da 16ª Semana de Museus, que acontece entre os próximos dias 14 e 20 de maio. Com o tema Museus hiperconectados: novas abordagens, novos públicos, a semana capitaneada pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) mobiliza mais de 1.130 instituições no país, somando 3.261 eventos realizados em 489 municípios de 26 estados brasileiros. Confira a programação completa da semana no guia online produzido pelo Ibram (http://guiadaprogramacao.museus.gov.br/). Confira a programação de cada equipamento: Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães (MAMAM) - Dedicado à produção de arte contemporânea, o equipamento preparou uma programação especial para a semana comemorativa, além das duas exposições em cartaz: ExistenCidades, do fotógrafo Beto Figueiroa, e A arte é um manifesto – 30 anos de Devotos, de Neilton, guitarrista da banda, que celebra a história do grupo que saiu do Alto José do Pinho para a posteridade do punk nacional. A programação da semana começa com uma roda de diálogos, no dia 15, das 18h às 20h30, sobre Arte, Conectividade e novos públicos, para discutir sobre relações e conexões nos espaços expositivos. A entrada é gratuita. De 15 a 20, estará em cartaz a exposição Tempos de Conectividade, com curadoria dos estagiários do MAMAM, abordando a ideia de museus hiperconectados e buscando abarcar novos públicos, com performances de Sandra Cinto e Daniel Santiago. De terça a sexta, das 12h às 18h e de sábado a domingo, das 13h às 17h. Nos dias 15 e 16, das 14h às 17h, será oferecida uma oficina de lambe-lambe O MAMAM é logo ali, que vai produção coletiva de cartazes em lambe-lambe, que serão aplicados em locais nas intermediações do museu, com frases que indiquem sua localização. Há 20 vagas disponíveis. Inscrições: educmamam@gmail.com. No dia 18, das 14h às 17h, tem mais oficina. Batizada de Troco Arte, a experiência irá trabalhar o contraste entre as novas formas de comunicação e as antigas, através da arte postal. Foram abertas 10 vagas. Inscrições pelo mesmo e-mail: educmamam@gmail.com. No dia 19, das 14h às 20h, o evento Entre lanças e contas promoverá oficinas, rodas de diálogo e feira, com a participação de artistas, artesãos e músicos, para tratar de arte e cultura dos povos negro e indígena e da produção simbólica que demarca a etnia, a identidade e o território. A entrada é gratuita. Um dos mais representativos museus de arte contemporânea do Nordeste, o MAMAM fica na Rua da Aurora, 265, na Boa Vista. Abre de segunda a sexta, das 10h às 18h, e sábados e domingos, das 13 às 17h. O acesso é gratuito. Museu da Cidade do Recife/Forte das Cinco Pontas – No equipamento que faz parte do Conjunto de Fortificações do Brasil, integrante da Lista Indicativa brasileira do Patrimônio Mundial da Unesco, a programação preparada para a Semana de Museus contempla toda a família. Entre 15 e 20 de maio, a atividade O Forte e o Tempo será oferecida todos os dias, estimulando os visitantes a interagir com a fortaleza de uma maneira leve e criativa, participando de um jogo que tem como objetivo a criação de um forte subjetivo. No dia 19, às 10h, uma oficina de colagem convidará os participantes a criar monstros marinhos, a exemplo dos que habitavam o imaginário coletivo na época das grandes navegações e estampam paredes, mapas e azulejos holandeses expostos na mostra Cinco Pontas. Às 15h, o artista Victor Vasconcelos vai ensinar a confeccionar peças de artilharia militar lúdicas, feitas de bola de encher na oficina ARTElharia. Serão oferecidas 20 vagas para crianças a partir de 10 anos. A inscrição deve ser feita pelo e-mail: educativomcr@gmail.com. O Museu da Cidade do Recife fica na Praça das Cinco Pontas, São José. Funciona de 9h a 17h, de terça a domingo. O acesso é gratuito. Murillo La Greca - No equipamento, além de conferir a Mostra Coletiva de Artes Visuais Vetores, que reúne trabalhos de nove artistas, e a exposição permanente do equipamento, Um artista de outro tempo, que conta a trajetória artística do patrono do equipamento, Murillo La Greca, será realizada, no dia 17, uma capacitação sobre a arte e seu papel na escola, para 100 professores da rede municipal. O museu abre de terça a sexta, das 9h às 12h e das 14h às 17h, e, no sábado, das 15h às 18h. Paço do Frevo - Espaço de salvaguarda e valorização do frevo, tradição genuinamente recifense reconhecida como Patrimônio Imaterial da Humanidade pela Unesco, o equipamento celebra a data com conversas e, claro, música e dança, além do acervo permanente, à disposição dos visitantes em busca de intimidade com o gênero musical e sua história. Ao longo de todo o dia 15, das 9h às 16h30, haverá vivências para quem quiser se arriscar na extensa biblioteca de passos que o frevo coloca nas ruas. No dia 18, a programação começa às 9h, com a palestra Patrimônios e Conexões, sobre o diálogo entre as tradições e a contemporaneidade. Entre 10h30 e 12h, será oferecida uma roda de conversa com relatos de experiências sobre patrimônio e conexões digitais. E, das 14h às 17h, um minicurso tratará de comunicação estratégica, internet e patrimônio. O Paço do Frevo fica na Praça do Arsenal da Marinha, s/n, Bairro do Recife. Funciona de 9h a 16h30 de terça a sexta e de 14h a 18h aos sábados e domingos. O ingresso custa R$ 8. Casa do Carnaval - Espaço destinado a pesquisas sobre as manifestações da cultura popular, a Casa do Carnaval irá oferecer, gratuitamente, uma oficina de Catalogação de Acervos, entre os dias 14 e 18 de maio. Serão disponibilizadas 10 vagas, destinadas a estudantes universitários, equipes de museus e interessados em aprender noções básicas sobre práticas de salvaguarda de acervo. As inscrições podem ser feitas pelo

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Devotos em cartaz no MAMAM

Num exercício de se fazer pouso para todas as linguagens por meio das quais a arte pode se expressar, o Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães (MAMAM, equipamento da Prefeitura do Recife, recebe, a partir de hoje (9), a exposição A arte é um manifesto – 30 anos de Devotos. A mostra conta, por meio de backdrops, pôsteres, ingressos, capas de fitas demo e projetos gráficos dos discos, a história da Devotos, uma das bandas mais eloquentes de Pernambuco, nascida do Alto José do Pinho para a posteridade do punk nacional. Quem assina a curadoria da mostra é o mesmo artista que assina os trabalhos expostos, que vem a ser também o músico no comando da guitarra da Devotos: Neilton. A exposição é uma realização de Neilton e do Grão Coletivo, e conta com incentivo do Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura (Funcultura PE), Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), Secretaria de Cultura de Pernambuco e Governo de Pernambuco. A exposição ocupa quatro salas em dois andares do museu. Na primeira sala, o público vai encontrar três aquarelas, que serviram de base para o projeto gráfico do primeiro disco da banda, o Agora tá valendo (1997); seis telas em tinta acrílica resultantes do trabalho desenvolvido para o CD também intitulado Devotos (2000); e mais quatro aquarelas, um quadro bico de pena e um carvão sobre papel, que integraram o projeto gráfico do disco Hora da Batalha (2003). Estão ainda expostos o corpo da primeira guitarra comprada por Neilton, o primeiro instrumento que ele montou e o primeiro baixo de Cannibal. Na segunda sala do primeiro andar, estão expostos três backdrops pintados por Neilton, usados como fundo de palco em apresentações do grupo, com projeções de Gabriel Furtado, do coletivo Media Sana, e trilha sonora do Devotos. No segundo andar, estão os desenhos em bico de pena que foram incluídos no design do disco Flores com Espinhos para o Rei (2006); um díptico em tinta acrílica realizado especialmente para o CD Póstumos (2012); dois trabalhos em bico de pena integrantes do projeto gráfico do vinil Victoria (2010), o primeiro da banda, lançado na França; um quadro em tinta acrílica em que o artista retrata a vizinhança do Alto José do Pinho; além de duas telas acrílicas inéditas. Ainda no segundo andar do Mamam, Neilton selecionou vários clipes da Devotos para exibição, além do documentário Punk Rock Hardcore (1995), de roteiro e direção de Adelina Pontual, Cláudio Assis e Marcelo Gomes. Para completar, a exposição também apresenta fitas demo, CDs, vinis, camisetas e vários cartazes de diversas fases da Devotos, desde os anos 1980, além de pôsteres de apresentações da banda pelo mundo. O acesso é gratuito. Serviço A arte é um manifesto – 30 anos de Devotos Abertura: Hoje (9), às 19h Visitação: 10 de maio a 15 de julho, de terça a sexta-feira, das 12h às 18h, e sábados e domingos, das 13h às 17h Local: MAMAM, na Rua da Aurora, 265 - Boa Vista, Recife Estrada gratuita Informações: (81) 3355-6871

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MAMAM será único museu nordestino a participar da SP-Arte

De hoje (11) até o próximo dia 15 de abril, o Museu de Arte Moderna Aluísio Magalhães (MAMAM) participa da 14ª edição da SP-Arte, Festival Internacional de Arte de São Paulo. Gerido pela Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Cultura e da Fundação de Cultura Cidade do Recife, o equipamento será o único representante da região Nordeste no evento, considerado um dos mais importantes do mercado global de arte, reunindo um total de 131 galerias e mais de 2.000 artistas no Pavilhão da Bienal, no Parque Ibirapuera. A ideia do festival, que conta ainda com lançamento de livros e debates, é encurtar distâncias entre os mais diversos espaços expositivos e museus do planeta, colecionadores, profissionais e público para formar um fiel e potente panorama da arte contemporânea mundial, com o objetivo de aglutinar tendências e fortalecer a economia criativa. O MAMAM, que participa pela segunda vez do SP-Arte, levará para o evento seu Clube de Fotografia, criado em 2010 pela diretora do museu, Beth da Matta, com curadoria de Ricardo Rezende, para servir de porta para o reconhecimento e o dinamismo artístico de figuras já consolidadas ou ainda pouco conhecidas que exploram a linguagem fotográfica. “Decidimos apostar nesse conceito de clube para estimular o colecionismo de arte e ampliar o público de consumo do museu, devido ao custo reduzidos das obras, e também para integrar o MAMAM nesse circuito nacional de clubes de arte”, explica Beth da Mata. Fazem parte do acervo que a gestora levou na bagagem fotografias de Alberto Bitar, João Castilho, Jonathas de Andrade, Priscilla Buhr e Gordana Manic. No estande do MAMAM, será possível conversar com a gestora do museu. Beth da Matta, e a chefe de acervo, Mabel Medeiros, sobre arte e sobre resistência. Para quem não for à SP-Arte, mas quiser informações sobre o Clube, basta ligar ou mandar e-mail: 3355-6871 ou clubefotografiamamam@gmail.com. Expositores - Entre as galerias internacionais que estarão no evento, destacam-se as habituées David Zwirner e Marian Goodman (Nova York), White Cube (Londres), neugerriemschneider (Berlim) e kurimanzutto (Cidade do México) e as novatas Blank (Cape Town), Fragment (Moscou) e Cayón (Madri). Das nacionais, farão-se representar as tradicionais Dan, Bergamin & Gomide, Vermelho, A Gentil Carioca, Casa Triângulo, Fortes D’Aloia & Gabriel, Luisa Strina e Millan, além de 15 novatas, como Adelina, Verve, Base e Mapa, Cassia Bomeny e Gaby Indio da Costa. Para mais informações sobre a SP-Arte, acesse www.sp-arte.com.

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MAMAM realiza Sarau das Lobas neste sábado (17)

Seres conectados com a natureza e seus instintos, que se guiam pela lua e se fortalecem junto à sua alcateia, as lobas representam um sagrado feminino que será celebrado neste sábado (17), no Museu Aloísio Magalhães (MAMAM), equipamento gerido pela Prefeitura do Recife, por meio da Fundação de Cultura Cidade do Recife. Por todas as Marias e Marielles, por voz, por respeito e, mais urgente, pelo direito à vida, o Mamam convida as mulheres recifenses a ocuparem seus lugares de fala e a debaterem a presença feminina no cenário artístico do Recife. A tarde de reflexão, resistência e poesia é aberta ao público e tem entrada franca. O MAMAM fica na Rua da Aurora, 265, Boa Vista. Serviço Sarau das Lobas Sábado (17), às 15h Informações: 3355-6871

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Celebrando 30 anos de Devotos, Mamam recebe exposição de Neilton

O multiartista Neilton apresenta a exposição individual “A arte é um manifesto – 30 anos de Devotos”, no Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães (Mamam), de 28 de março a 13 de junho de 2018. O artista apresentará um passeio pela história da Devotos, uma das bandas mais importantes e influentes de Pernambuco. O público vai conferir desde os quadros criados especificamente por Neilton como base para os projetos gráficos dos seis discos de estúdio, um ao vivo e dois vinis do grupo, além de raridades como backdrops, pôsteres, ingressos e capas de fitas demo. Tudo fruto de um trabalho desenvolvido de forma independente desde a década de 1980 até hoje. A exposição conta com incentivo do Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura (Funcultura PE), Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), Secretaria de Cultura de Pernambuco e Governo de Pernambuco. Serviço: Exposição: “A arte é um manifesto – 30 anos de Devotos” Artista: Neilton Abertura: 28/03/18, às 19h Visitação: de 29/03/18 a 13/06/18 Dias e horários de funcionamento: de terça a sexta-feira, das 12h às 18h. Sábados e domingos, das 13h às 17h Local: Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães (Mamam) Endereço: Entrada Principal – Rua da Aurora, 265, Bairro da Boa Vista – Recife – PE. Entrada 2 – Rua da União, 88, Boa Vista – Recife – PE Entrada: gratuita Incentivo: Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura (Funcultura PE), Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), Secretaria de Cultura de Pernambuco e Governo de Pernambuco

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MAMAM estreia exposição sobre Aloisio Magalhães

Em 1982, quando embarcou para uma viagem à Europa da qual nunca mais retornaria, Aloisio Magalhães carregava Olinda debaixo do braço. No meio de uma cruzada para transformar a cidade histórica em patrimônio mundial, o artista plástico formado em direito e devotado ao desenho industrial, ardoroso defensor de uma identidade cultural brasileira e criador de solenes marcas e símbolos nacionais, como as cédulas de cruzeiro novo, levava consigo o álbum de litogravuras Olinda, de sua autoria. O mesmo que desembarca, nesta quinta (30), no equipamento da Prefeitura do Recife que carrega no rótulo um dos mais importantes artistas que Pernambuco produziu: o Museu de Arte Moderna Aloisio Magalhães (MAMAM). A partir das 19h, a última exposição que ocupará as paredes do museu em 2017, estreia, para convidados, numa produção conjunta entre a Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) e o próprio MAMAM, para celebrar os 90 anos de nascimento do artista. Para o público, a exposição abre na sexta, dia 1º de dezembro. Ao todo, a mostra intitulada Olinda nos quatro cantos do mundo — e no coração de Aloisio Magalhães apresenta 11 litogravuras do álbum Olinda, derradeira empreitada do artista, produzidas em 1981. As obras fazem parte da coleção do MAMAM. “Olinda era a cidade do seu aconchego, o seu refúgio, a cidade que o ensinava a ver - assim como a nós. A ela, sem o saber, rendeu a última homenagem. Aloisio a presenteou com os seus desenhos, fez-lhe um álbum inteirinho de litogravuras: Olinda. E a levou para o mundo, para que outros a conhecessem e a reconhecessem em sua singularidade histórica e cultural e em sua beleza de cidade à beira-mar plantada”, escreveu Rita de Cássia Barbosa de Araújo, historiadora e pesquisadora da Fundação Joaquim Nabuco, sobre o conjunto de obras que ficará exposto no museu para visitação gratuita até o dia 25 de fevereiro de 2018. VISITAS EDUCATIVAS - Visitas educativas são gratuitas e estão disponíveis para escolas e grupos. Devem ser agendadas pelo telefone 81 3355-6871 ou pelo e-maileducmamam@gmail.com. No primeiro andar do museu, também estará aberta à visitação a exposição Carimbos, de José Cláudio. SOBRE ALOISIO MAGALHÃES - Sobre o artista, a pesquisadora Rita de Cássia, da Fundaj, escreveu ainda: “Aloisio Sérgio Barbosa Magalhães, pernambucano do Recife, nasceu em 5 de novembro de 1927. Formou-se em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito do Recife. Ainda estudante, atuou como cenógrafo e mestre de bonecos no Teatro de Estudantes de Pernambuco – TEP. Entre a década de 1950 e a metade dos anos 1970, Aloisio Magalhães voltou-se para as artes plásticas e o desenho industrial. Em Paris, estudou Museologia na École du Louvre, e frequentou o Atelier 17, um centro de divulgação de técnicas de gravura. Passou uma temporada nos Estados Unidos, dedicando-se às artes gráficas e à programação visual. De volta ao Recife, em 1954, junto aos amigos Gastão de Holanda, José Laurênio de Melo e Orlando Costa Ferreira, fundou a oficina experimental de arte O Gráfico Amador. Sem finalidade lucrativa, a oficina produzia livros quase artesanalmente, por meio de uma prensa manual, primando pela qualidade artística e gráfica das impressões. O Gráfico Amador encerrou suas atividades no final de 1961, deixando um legado de 27 obras publicadas. No início dos anos 1960, Aloisio Magalhães mudou-se para o Rio de Janeiro, casando-se com a artista plástica Solange Valborg Magalhães, com quem teve duas filhas: Clarice e Carolina Magalhães. Abriu um escritório de comunicação visual e, em 1963, colaborou para a criação da Escola de Desenho Industrial – Esdi, na qual chegou a lecionar. Nesse período, criou marcas e símbolos que alcançaram grande repercussão entre a crítica especializada e o público brasileiro em geral, a exemplo do símbolo das comemorações do IV Centenário do Rio de Janeiro, vencedor do primeiro prêmio em concurso público (1964); do Unibanco (1965); da Light (1966); da Petrobrás (1970) e das novas cédulas do Cruzeiro Novo (1966). Aloisio Magalhães inovou no desenho das notas, respaldando-se nas suas experiências com a justaposição espelhada, desenvolvida nos Cartemas e nas gravuras. Ele foi, também, responsável por trazer ao Brasil a tecnologia da produção da moeda nacional. A partir de questionamentos sobre a natureza do produto brasileiro, Aloisio Magalhães enveredou definitivamente para o campo da cultura. Motivava-o, sobretudo, a busca por uma identidade nacional em que o processo de desenvolvimento econômico reconhecesse e valorizasse a cultura brasileira, singularizada pela diversidade, pluralidade e heterogeneidade de práticas e manifestações culturais. Ele foi um dos idealizadores do Centro Nacional Referência Cultural – CNRC, coordenando-o de 1975 a 1979. Esse projeto experimental o credenciou a assumir diversos cargos no Ministério da Educação e Cultura - MEC: diretor do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Sphan, e presidente da Fundação Pró-Memória, ambos em 1979; diretor do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - Iphan, também em 1979; secretário da Cultura, em 1981; além de membro do Bureau do Comitê do Patrimônio Mundial da Unesco, de 1981 a 1982. À frente desses órgãos de cultura, liderou processos de reestruturação administrativa e funcional, promoveu inovações conceituais e coordenou equipes de trabalho responsáveis por formular, planejar e executar políticas públicas de cultura e de preservação do bem cultural. Em 1982, Aloisio Magalhães embarcou com destino à Europa, levando consigo o álbum de litogravuras de sua autoria, Olinda (1981). Tinha por missão defender, junto ao Comitê do Patrimônio Mundial da Unesco reunido em Paris, a inserção do sítio histórico de Olinda na lista de Patrimônio Mundial. Antes, porém, de passagem pela Itália, sofreu um grave acidente vascular cerebral e veio a falecer em 13 de junho daquele ano." Serviço Olinda nos quatro cantos do mundo — e no coração de Aloisio Magalhães Abertura: 30 de novembro, às 19h Visitação: 1º de novembro de 2017 a 25 de fevereiro de 2018 Local: Museu de Arte Moderna Aloisio Magalhães (MAMAM), na Rua da Aurora, 265, Boa Vista Horário: Terça a sexta, das 12h às 18h, e sábados e domingos, das 13h às 17h Entrada gratuita Informações e agendamentos: 81 3355-6871 ou

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Exposição Carimbos, de José Cláudio, entra em cartaz no Mamam

Celebrando o pintor, desenhista, gravador, escultor, crítico de arte e escritor José Cláudio, um dos mais ilustres e produtivos representantes da arte pernambucana, o Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães (Mamam), equipamento da Prefeitura do Recife, estreia a exposição Carimbos, na próxima quarta-feira (30). Apresentando ao público uma reunião inédita de quase 100 trabalhos realizados pelo artista entre 1968 e 1972, a mostra retrata a fase mais experimental da trajetória de José Cláudio, quando ele articula gestualidade, musicalidade e artes gráficas e se integra ao movimento do poema/processo do final da década de 1960, tornando-se referência fundamental para a poesia visual brasileira. Com curadoria de Clarissa Diniz, a exposição, realizada com recursos do Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura (Funcultura), fica em cartaz até 29 de outubro e revela uma faceta pouco conhecida da vigorosa e célebre obra do artista, resultado do encontro quase casual de José Cláudio com os carimbos. A descoberta se deu quando José Cláudio trabalhava como desenhista na Sudene (Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste) e ilustrava os mais diversos tipos de materiais, publicações e plantas. Certa vez, precisando fazer grandes mapas rurais de Pernambuco, desenvolveu carimbos feitos em borrachas de apagar para facilitar a ocupação de manchas de plantações de cana ou coqueirais, por exemplo. A técnica – retomada de sua infância – passou a interessá-lo como artista e, no final dos anos 1960, José Cláudio realiza diversas experiências com carimbos, articulados com grafismos e outras técnicas de frotagem. A série é peça importante na história da arte em Pernambuco, na esteira das ricas investigações que se dão especialmente entre os anos 1940 e 1970 na interface entre artistas, poetas e a indústria gráfica. Para além de Pernambuco, contudo, os Carimbos de José Cláudio fizeram parte do intenso movimento do poema/processo, liderado por Wlademir Dias Pino e Álvaro de Sá, entre Rio de Janeiro, Natal, Recife, Cuiabá, Belo Horizonte e Salvador. Dentro desse contexto, circularam em publicações e livros de artista do período, tornando-se uma referência fundamental para os artistas da arte correio e do poema visual dos anos 1970. Além de trabalhos da coleção particular do artista, a exposição reúne obras de colecionadores privados, alguns dos quais foram cúmplices da produção dos Carimbos ainda durante a década de 1970, como Paulo Bruscky e José Luiz Passos, além de outros que recentemente tiveram acesso e estão contribuindo para a valorização deste ainda pouco conhecido período da obra de José Cláudio, como Daniel Maranhão e Thomaz Lobo. Configurada como um espaço de experimentação da técnica do carimbo, com mesas e materiais para a investigação do público, a exposição contará também com atividades educativas realizadas diariamente pelo EducAtivo Mamam. Serão oferecidas ainda oficinas gratuitas para mediadores do Mamam e de outras instituições e vivências de mediação inclusiva e acessível em museus, com o intuito de sensibilizar os mediadores para atendimento inclusivo. Reproduções táteis das obras estão sendo elaboradas para que cegos e pessoas com baixa visibilidade possam ter melhor acesso às obras. Estará disponível também agendamento de grupos para visitas guiadas com atendimento em libras e áudio-descrição. O projeto contará ainda com uma publicação, a ser editada em parceria com a Companhia Editora de Pernambuco (Cepe), que conterá generosa documentação fotográfica da série e textos da curadora Clarissa Diniz, do artista José Cláudio e da pesquisadora Fernanda Porto. A publicação será lançada na última semana da exposição, junto com debate aberto ao público. Suplemento Pernambuco ­- No mesmo dia 30, o Mamam inaugura também a exposição Uma capa é uma capa é uma capa é uma capa, que comemora os dez anos do Pernambuco, suplemento literário do Diário Oficial do Estado, publicado pela Cepe Editora. A mostra reúne 30 capas memoráveis da publicação, que conjuga, como poucas, design e conteúdo literário. Na mostra, cujo título parafraseia o famoso verso de Gertrude Stein, “uma rosa é uma rosa é uma rosa é uma rosa”, estão expostas capas assinadas por Fabio Seixo, Hallina Beltrão, Hélia Scheppa, Janio Santos, Jéssica Mangaba, Karina Freitas e Pedro Vasconcelos. SERVIÇO Exposição Carimbos, de José Cláudio Abertura: 30 de agosto de 2017, a partir das 19h Visitação: 31 de agosto a 29 de outubro, de terça a sexta, das 12h às 18h, e sábados e domingos, das 13h às 17h Local: Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães – Mamam (Rua da Aurora, 265, Boa Vista) Informações: (81) 3355-6871 Entrada gratuita Exposição Uma capa é uma capa é uma capa é uma capa Abertura: 30 de agosto de 2017, a partir das 19h Visitação: 31 de agosto a 19 de novembro, de terça a sexta, das 12h às 18h, e sábados e domingos, das 13h às 17h Local - Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães – Mamam (Rua da Aurora, 265, Boa Vista) Informações: (81) 3355-6871

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Brasil e França em exposição no Mamam

Para celebrar a Queda da Bastilha e a Revolução Francesa, ocorrida em 14 de julho de 1789, o Consulado Geral da França promove, no Museu de Arte Moderna Aluísio Magalhães (Mamam), o Aurore, encontro de fotografias francesas, com a produção de artistas pernambucanos. Misturando história, diplomacia e arte, o resultado estará exposto no museu, equipamento cultural da Prefeitura do Recife, até o próximo dia 25 de julho. A exposição, batizada com o nome da rua onde se localiza o Mamam, coloca para dialogar, no idioma universal da arte, obras das fotógrafas Claire Jean e Carolina Arantes, com as exposições atualmente em cartaz no museu, assinadas pelos artistas pernambucanos Wilton de Souza e Daniel Santiago, celebrando o encontro e a cooperação entre culturas e povos brasileiros e franceses. A exposição de Daniel Santiago é Um Sonho Para Ezra Pound, que traduz a concepção do poeta americano sobre o real numa instalação composta por 20 camas de solteiro, disponíveis inclusive para uma sesta, no térreo do museu. Já a mostra de Wilton de Souza é a Bela Aurora do Recife, um panorama da obra do artista plástico pernambucano, com pinturas, gravuras e esculturas, selecionadas a partir da curadoria de Betânia Corrêa de Araujo, que ocupam o primeiro andar do prédio. Interagindo com esses acervos, as fotógrafas Claire Jean, francesa radicada no Brasil há mais de três décadas, e Carolina Arantes, que trabalha em Paris há nove anos, expõem suas obras no térreo e no Aquário do museu, revelando seus olhares afetivos de fronteiras há muito tempo dissolvidas entre França e Brasil. Nos trabalhos que selecionou para a mostra, Claire Jean insere a beleza, a paisagem e o nu em contextos artísticos e antropológicos, propondo a fotografia como cura para o corpo, para a alma e para o planeta, num convite para que os visitantes façam um esforço de contemplação do planeta através das críticas, desejos e angústias. Carolina Arantes, por sua vez, apresenta o projeto First Generation, um trabalho documental sobre a primeira geração de mulheres afro-francesas, primeiras ramificações familiares dos imigrantes africanos que chegaram à França entre 1975 e 1980. O projeto tenta entender como elas lidam com a incipiente referência de suas origens, estando imersas numa cultura europeia profundamente ancorada em sua tradição histórica. Serviço Exposição Aurore Quando: Até dia 25 de julho Onde: MAMAM, Rua da Aurora, 265, Boa Vista Horário: De terça a sexta, das 12h às 18h. Sábado e domingo, das 13h às 17h Informações:3355-6871 (PCR)

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Mamam inaugura duas exposições nesta terça (20)

Nesta terça (20), o Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães (Mamam), equipamento cultural da Prefeitura do Recife, tem dois convites a fazer aos recifenses. Serão inauguradas, simultaneamente, as exposições Daniel Santiago em dois tempos e Nosso Seu Wilton, que ficam em cartaz de amanhã até o próximo dia 13 de agosto. A exposição Daniel Santiago em dois tempos é composta por 30 obras, muitas inéditas, selecionadas pela curadora Joana D´Arc Lima, que vê essa mostra como uma espécie de celebração e reconhecimento da trajetória do artista, que começou sua carreira na década de 1960 e segue atuando até hoje, com uma enorme potência criativa. O pavimento térreo do museu será tomado por Um sonho de Ezra Pound, sala composta por 20 camas de solteiro prontas para receber os sonolentos que por lá passarem. O artista conta que a ideia dessa obra nasceu quando ele ficou sabendo que o poeta americano, Ezra Pound, dizia que a realidade não é essa que vivemos, e sim o que sonhamos. “Aqui nós estamos lutando pela sobreviver e poder sonhar. Quando temos tempo é que vamos para a realidade, que é o sonho. Queria levar as pessoas para essa realidade, e, para sonhar, é preciso dormir, por isso ofereço camas”, conta. No primeiro andar, será apresentada uma seleção de obras do artista desenvolvidas ao longo de sua carreira. Diante da diversidade de suportes, projetos, ideias e conceitos que perpassam o trabalho de Daniel, a produção optou por unificar o modo de apresentação dos mesmos. ARTE MODERNA - A segunda exposição em cartaz no Mamam evoca a obra do artista Wilton de Souza, que se confunde com a história cultural do Recife. A partir de suas obras, é possível construir uma teia de relações que inclui intelectuais, instituições culturais, arte, música e literatura. Nos mais de sessenta anos de atividade, Wilton produziu pinturas, gravuras, esculturas, centenas de capas de livros e discos, criou galerias privadas e dirigiu importantes instituições públicas. Fiel à sua trajetória e possuidor de um saber acumulado por uma dedicação de décadas, Seu Wilton ou Seu Wiltinho, como é carinhosamente tratado pelos colegas de trabalho, permanece ativo. Pinta, desenha, escreve e diariamente está no Museu de Arte Moderna, que ajudou a fundar. Do Museu , Wilton avista o Capibaribe onde criou galerias e viu a cidade anfíbia transformar-se. Serviço Exposições Daniel Santiago em dois tempos e Nosso Seu Wilton Visitação: 20 de junho a 13 de agosto de 2017 Onde: Mamam, Rua da Aurora, 265 – Boa Vista Horários: De terça a sexta, das 12h às 18h. Sábados e domingos das 13h às 17h

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