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Senhora de Engenho Entre a Cruz e a Torá na XXIII Edição A Porta Aberta

XXIII Mostra de Artes Cênicas A Porta Aberta surgiu há 18 anos numa iniciativa dos professores e estudantes dos cursos de teatro e dança. O projeto sempre contou com grupos de teatro da UFPE, grupos profissionais, estudantis e amadores de Pernambuco e também com oficinas e palestras. Nessa mais recente edição, 2017.2, o espetáculo Senhora de Engenho – Entre a Cruz e a Torá foi convidado para se apresentar na abertura do projeto no dia 11/12 as 19.30h na Escola de Arte João Pernambuco no bairro da Várzea. O nome dessa bela iniciativa “A Porta Aberta” foi inspirado por professores da Escola de Arte João Pernambuco e também por Peter Brook, diretor e dramaturgo inglês que escreveu o livro “A Porta Aberta – reflexões sobre a interpretação e o teatro”. O texto é baseado na história real, quase lendária, da portuguesa Branca Dias, e da sua luta para se manter fiel a sua fé judaica, enfrentando tanto a santa inquisição em Portugal, o que lhe rendeu uma passagem pelo cárcere, quanto o preconceito e a intolerância. Fugida de Portugal encontra abrigo em Pernambuco, no Brasil colônia, em 1550. Em meio a conflitos familiares, Branca Dias torna-se a primeira mulher a dar aulas, assume o comando do Engenho Camaragibe. A encenação contará com a presença  de Leonardo Ramos/intérprete de Libras, e palestra/debate com Suzana Veiga historiadora e doutoranda em judaísmo e Branca Dias. Senhora de Engenho, participou de vários projetos e já viajou pro Chile, Rio de Janeiro, Caicó/Rio Grande do Norte e Interiores de Pernambuco. Participou do VIII Festival Internacional de Teatro do Chile, Janeiro de Grandes Espetáculos/Festival Internacional de Artes Cênicas de Pernambuco, I Festival de Teatro Hermilo Borba Filho/ Palmares-PE, Todos Verão Teatro, Festival de Teatro de Igarassu, Festival de Teatro de Olinda e o Festival de Teatro do Sertão do Pajeú, entre outros. FICHA TÉCNICA: Realização/Produção: Patrícia Assunção Produtor Executivo: Juvino Agner Produção Cultural: Companhia Popular de Teatro de Camaragibe Texto: Miriam Halfim Encenação, Programação Visual e Seleção Musical: Emanuel David D’Lucard Assistente de Encenação e Operadora de som: Fabiana de Souza Palestrante e Debatedora: Dra. Suzana Veiga Direção de Arte: Lupércio Kallabar e Bernardo Junior Partitura Corporal: Anderson Henry Divulgação: Pedro Dias Interprete de Libras: Leonardo Ramos Contra-Regras: Edson Rodrigues e Naldinho Alves Assessoria e Consultoria Histórica e Religiosa: Tânia Kauffmann Figurino, Pesquisa e Execução: Francis de Souza Designer de Luz: João Paulo e Geraldo Cosmo Confecção do Cenário e adereços: Bernardo Junior Operador de Luz: João Paulo Fotografia: Pedro Portugal, Francis Silva, Carlos Kamara Filmagem/Edição: Sérgio Gusmão, Carlos Kamara/ Ambar Produtora Plano de Maquiagem: Cláudia Alves Execução do Projeto: Lúcio Fábio No Elenco: Barbara Warner, Claudia Alves, Dul Santos, Eduarda Salustiano, Euclides Farias, Francis de Souza, Geraldo Cosmo, Lom Paz, Patrícia Assunção, Pedro Dias, Wanderson Oliveira e William Gomes, Yah Vasconcellos. SERVIÇO I: Peça: Senhora de Engenho Entre a Cruz e a Torá Local: Escola de Arte João Pernambuco, Avenida Barão de Muribeca, n 116, Várzea, Recife Data: 11 de dezembro de 2017 – Segunda-feira. Horário: 19:30h Duração: 80 min Censura: 12 anos Entrada: Acesso Gratuito Informações: 81: 99536.4746 / 3355-4093 / 3355-4094

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Em cartaz o 19º FestCine

Para desenvolver, fomentar, preservar e difundir a produção de conteúdo audiovisual em Pernambuco, começou ontem (4) e vai até o próximo sábado (9) o 19º FestCine - Festival de Curtas de Pernambuco, no Cinema São Luiz. Realizada pelo Governo de Pernambuco, via Secretaria de Cultura e Fundarpe, em parceria com a Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Cultura e da Fundação de Cultura Cidade do Recife, a programação é aberta ao público. Realizado desde 1999, o festival vai premiar este ano os melhores curtas das categorias competitivas da mostra geral (animação, documentário, experimental, ficção e videoclipe) e da mostra competitiva de formação, aberta a alunos de universidades, cursos e escolas de Pernambuco. O valor total da premiação é de R$ 58,5 mil para as duas categorias. Os três melhores filmes de cada categoria da competição geral e os melhores da mostra competitiva de formação receberão prêmios em dinheiro, em valores que variam entre R$ 2 mil e R$ 4,5 mil. Além disso, será dado o Troféu Fernando Spencer para os vencedores de dez categorias: Direção, Fotografia, Montagem, Roteiro, Produção, Direção de arte, Trilha sonora, Som, Ator e Atriz. Numa parceria com o Festival VerOuvindo, será oferecida ainda uma sessão especial de curtas com acessibilidade comunicacional, no sábado (9), a partir das 17h, assegurando a pessoas surdas e cegas um pouco mais de intimidade com a produção audiovisual pernambucana. HOMENAGEADO - Com mais de 20 anos dedicados ao mercado audiovisual em Pernambuco, o produtor de cinema e televisão João Vieira Jr. é o homenageado desta edição do evento. Confira a programação completa: 19º FESTCINE – FESTIVAL DE CURTAS DE PERNAMBUCO De 04 a 09 de dezembro Local: Cinema São Luiz (Rua da Aurora, 175 – Boa Vista, Recife/PE) Acesso gratuito TERÇA-FEIRA, 5/12 19h – Mostra Competitiva Geral Classificação: 18 anos A Orelha encantada ou alma de gato (Animação, 9 minutos, 2017), Paulo Leonardo Caleidoscópia (Videoarte, 3 minutos, 2017), Dir. Laura Dornelles e Bruno Cabús Dança Macabra (Videoarte, 25 minutos, 2017), Dir. Filipe Marcena e Marcelo Sena O Consertador de coisas miúdas (Animação, 11 minutos, 2017), Dir. Marcos Buccini Orbitantes (Ficção, 22 minutos, 2017), Dir. Rodrigo Campos Não há foz Não há Nascente (Videoarte, 18 minutos, 2017), Valentina Homem Sob o Delírio de Agosto (Ficção, 20 minutos, 2017), Dir. Carlos Kamara e Karla Ferreira O delírio é a redenção dos aflitos (Ficção, 22 minutos, 2016), Dir. Fellipe Fernandes Terra Não dita Mar não visto (Videoarte, 9 minutos, 2017), Dir. Lia Letícia Cosmo Grão – Ao vivo no Iraq (Videoclipe, 2 minutos, 2017), Dir. Pedro Vitor Ferraz Imanência (Videoarte, 9 minutos, 2017), Dir. Breno César Casa Cheia (Ficção, 14 minutos, 2017), Dir. Carlos Nigro QUARTA-FEIRA, 6/12 18h30 – Mostra Competitiva de Formação Classificação: 16 anos Ogiva caseira (Animação, 2 minutos, 2017), Dir. Coletivo Ficcionalizar Cidade linda (Documentário, 8 minutos, 2017), Dir. Paulo Souza Dia Um (Animação, 2 Minutos, 2017), Dir. Natália Lima, Júnior Ramos e Itamar Silva - Fora Presídio (Documentário, 14 minutos, 2017), Dir. Coletivo Ficcionalizar Resistência emocional (Animação, 2 minutos, 2015), Dir. Bruno Cabús e participantes da oficina Geisiely com Y (Ficção, 15 minutos, 2017), Dir. Mery Lemos P575 (Ficção, 4 minutos, 2016), Dir. Lais Rilda Eles não estão lá – O Filme (Ficção, 7 minutos, 2016), Dir. Erickson Marinho 20h – Mostra Competitiva Geral Classificação: 18 anos Cores femininas (Documentário, 20 minutos, 2017), Dir. Barbara Hostin, Gil, Júlia Karam, Juliana Trevas, Maria Cardozo, Roberta Garcia, Sylara Silvério Bala Perdida (Videoclipe, 4 minutos, 2017), Dir. Sylara Silvério Banco Brecht (Ficção, 9 minutos, 2017), Dir. Márcio Souza e Tiago Aguiar Nanã (Ficção, 25 minutos, 2017), Dir. Rafael Amorim Domination Corporation (Animação, 1 minuto, 2017), Dir. Erickson Marinho Salina (Videoclipe, 4 minutos, 2017), Dir. Álvaro Júnior Mata Norte (Documentário, 20 minutos, 2015), Dir. Tuca Siqueira Ficamos assim (Videoclipe, 4 minutos, 2017), Dir. Lorena Calábria e Mariana Zdravca Fotograma (Videoarte, 9 minutos, 2016), Dir. Luís Henrique Leal e Caio Zatti Repulsa (Ficção, 20 minutos, 2017), Dir. Eduardo Morotó QUINTA-FEIRA, 7/12 18h30 – Mostra Competitiva de Formação Classificação: 14 anos A lembrança que eu gosto de ter (Documentário, 25 minutos, 2017), Dir. Filipe Carvalho Pelos galhos da Jurema (Documentário, 11 minutos, 2016), Dir. David Henrique Sustento (Documentário, 1 minuto, 2016), Dir. Sylara Silvério Especulação S.A (Documentário, 20 minutos, 2017), Dir. Erlânia Nascimento 20h – Mostra Competitiva Geral Classificação: 14 anos Lampião e o fogo da Serra Grande (Ficção, 24 minutos, 2017), dir. Anildomá Willans de Souza Cine S. José (Documentário, 11 minutos, 2017), Dir. William Tenório L’Imperatrice (Videoarte, 6 minutos, 2017), Dir. Gil Vicente de Brito Maia Entre Andares (Documentário, 15 minutos, 2016), Dir. Aline Van der Linden e Marina Moura Maciel Equilíbrio da Matéria (Animação, 1 minuto, 2017), Dir. Lucas Alves e Kerolainy Kimberlin Edney (Ficção, 15 minutos, 2016), Dir. João Cintra Tudo que você quiser com Rozenbac (Videoclipe, 6 minutos, 2016), Dir. Marcelo Pinheiro Objeto voador não identificado (Ficção, 22 minutos, 2016), Dir. Cesar Castanha 10 Daydream (Videoarte, 10 minutos, 2016), Dir. André Hora e Daniel Edmundson 14 Diz o Leão (Videoclipe, 4 minutos, 2016), Dir. Pedro Maria de Brito Jéssika (Ficção, 19 minutos, 2017), Dir. Emerson Cursino de Moura Filho SEXTA-FEIRA, 8/12 18h30 – Mostra Competitiva de Formação Classificação: 12 anos De: CASE Pacas Para: Meninas de Santa Luzia (Documentário, 3 minutos, 2017), Dir. Alunos do projeto Cartas ao Mundão A cerca do nada (Ficção, 20 minutos, 2017), Dir. Wellington Bravo Do mar pra cá (Documentário, 26 minutos, 2017 ), Dir. Carol Oliveira Som de papel (Ficção, 15 minutos, 2017), Dir. Larissa Reis e Victor Mauricio Borba 20h – Mostra Competitiva Geral Classificação:18 anos Kibe Lanches (Documentário, 18 minutos, 2017), Dir. Alexandre Figueiroa Teta Lírica (Videoarte, 5 minutos, 2016), Dir. Marie Carangi Ultima Puella (Ficção, 8 minutos, 2017), Dir. João Bosco Irma -Era uma vez no Sertão (Ficção, 20 minutos, 2016), Dir. Camilla Lapa e Lorena Arouche Autofagia (Ficção, 11 minutos, 2016), Dir. Felipe Soares Morrer em Pernambuco (Videoclipe, 4 minutos, 2017), Dir. Mery Lemos Baunilha (Documentário, 13 minutos, 2017), Dir. Leo Tabosa O porteiro do dia (Ficção, 25

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Ocupe Chris promove mostra gratuita de vídeos

Nesta quarta-feira (29), o projeto Ocupe Chris promove, às 19h, gratuitamente, uma mostra de vídeos selecionados pela pesquisadora Joana Darc Lima. As obras que serão exibidas têm em comum o fato de levantar importantes reflexões sociais, culturais e artísticas. As sessões serão realizadas no ateliê da artista Christina Machado, localizado no bairro na Torre. É no local, inclusive, que também está em cartaz, até o dia 17 de dezembro, a exposição “Os Arrombados”, que reúne obras de grandes artistas pernambucanos – Christina Machado, Daniel Santiago, Joelson, José Paulo, Manuel Dantas Suassuna, Maurício Castro, Renato Valle e Rinaldo, além do fotógrafo Francisco Baccaro. Ao todo, 14 vídeos serão exibidos na mostra. Entre os títulos, Claustrofemiformes, de Maurício Castro; Performance Cegos HD, do Desvio Coletivo; Sangue Frio, de João Quinto; O Velho Hemingway e o Mar do Recife, de Tião e Daniel Santiago; e muito mais. Mais sobre a exposição – Feitas de barro (cerâmica, argila, porcelana), as obras apresentadas na exposição do projeto Ocupe Chris são resultados de encontros entre Christina Machado, Daniel Santiago, Dantas Suassuna, Joelson, José Paulo, Maurício Castro, Renato Valle e Rinaldo ao longo de 12 meses. Convivências, autorias compartilhadas, combinações físico-químicas entre materiais, experimentos técnicos, discordâncias, concordâncias, debates, hospitalidade, companhia, intercâmbios, cafés e visitas geraram um cotidiano de resultado irreproduzível, como se as peças resultantes (pinturas, desenhos, esculturas, instalações) fossem produtos de rituais coletivos e espontâneos (ou happenings) vividos pelos artistas. A exposição é apresentada na casa onde funciona o Ateliê das Águas Belas de Christina Machado, no Recife. O título da exposição é "Os Arrombados", criado a partir de conversas informais entre os artistas. A sugestão veio de Daniel Santiago a partir de uma tentativa frustrada de envio de um telegrama para Joelson: "Isso nasceu quando eu passei um telegrama para Joelson e essa palavra foi censurada pelos Correios. Eles achavam que era uma palavra feia, mas arrombado quer dizer uma pessoa de arromba. Chris também adotou a palavra. Eu tinha certo receio de dizer que ela é arrombada, certo pudor, mas ela gostou da ideia de limpar o termo". PROGRAMAÇÃO DA MOSTRA DE VÍDEOS: - Performance Cegos HD, do Desvio Coletivo - Claustrofemiformes, de Maurício Castro - O Velho Hemingway e o Mar do Recife, de Tião e Daniel Santiago - Cava, de Adriele Freitas e Juliene Peixoto * - Desvio na superfície, de Adriele Freitas * - Acima do Nível do mar, de Waléria Américo * - 48 HO: Homenagem a Hélio Oiticica, do coletivo Corpos Informáticos * - Digital Urbano, do coletivo. Corpos Informáticos * - Nossa que delícia, do Corpos Informáticos * - Sangue Frio, de João Quinto * - Corpo contra conceito, de Maria Eugenia Matricardi * - Pelos Pelos, de Mariana Brites e Alexandre Martins * - Concerto Para Cigarras: No tempo de um cigarro, de Diego Azambuja * - Politikus (?), de Ary Coelho e Luisa Gunther * Serviço – Mostra de vídeos do Ocupe Chris Local: Ateliê das Águas Belas (Rua das Águas Belas, 53, Torre, Recife) Quando: Quarta-feira, 29 de novembro Horário: 19h Entrada Gratuita  

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I Mostra Livre de Cinema Pernambucano seleciona filmes para sua programação

O coletivo Mulheres no Audiovisual Pernambuco (MAPE) e a ABD-Apeci (Associação Brasileira de Documentaristas e Curtas-Metragistas de Pernambuco/Associação Pernambucana de Cineastas) estão com inscrições abertas para realizadores e realizadoras que quiserem enviar seus filmes de longa-metragem para a Sacoleja – I Mostra Livre de Cinema Pernambucano. A mostra tem caráter livre, horizontal e colaborativo, e conta apenas com duas condições para envio: que os filmes sejam produções de 2016 ou 2017 e que sejam inéditos no Recife, ou tenham sido exibidos apenas uma vez na programação dos cinemas locais. A mostra acontecerá em dezembro, no Cinema São Luiz, e os interessados em participar devem preencher o formulário até o próximo dia 30 de novembro (quinta-feira). A organização do evento entrará em contato com os filmes inscritos por e-mail, a fim de acertar as datas e procedimentos para as sessões. (Governo do Estado de Pernambuco)

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Mostra inédita de Antônio Poteiro na CAIXA Cultural Recife

A CAIXA Cultural Recife recebe de 4 de outubro a 3 de dezembro de 2017 a inédita exposição Poteiro, o Colorista do Brasil, que traz para o Nordeste 37 obras do pintor, ceramista e escultor português Antônio Poteiro. A curadoria é do crítico de arte e membro da Associação Brasileira de Críticos de Arte (Abca) Enock Sacramento. A abertura da exposição tem entrada franca e acontece no dia 3 de outubro, às 19h30, com visita guiada de Américo Poteiro, filho de Antonio Poteiro. No dia 28 de outubro, às 11h, haverá uma palestra seguida de visita guiada com o curador da mostra, Enock Sacramento. A visitação à mostra é gratuita e pode ser feita das 10h às 20h de terça a sábado e das 10h às 17h aos domingos. Dono de um repertório narrativo muito particular, Poteiro cruza, de forma inaudita, cenas religiosas do cristianismo com mitos indígenas e figuras do folclore, sempre embebido de intenso colorido. A mostra agrupa obras da coleção do instituto Antonio Poteiro em que o conteúdo narrativo já não importa tanto como os problemas formais que o pintor decidiu enfrentar no crepúsculo de sua existência. Nascido numa aldeia do Minho, no norte de Portugal, Antônio Batista de Souza emigrou para o Brasil com um ano de idade, fixando-se inicialmente em São Paulo. Com oito anos, foi morar em Araguari (MG) cidade que ele chamou num de seus poemas de "terra da minha juventude", "terra das cabeceiras". Viveu em vários lugares, como Uberlândia, Ilha do Bananal, Nerópolis, exercendo, dentre outros, os ofícios de oleiro, ferreiro, cozinheiro, garçom, entregador de pães, pedreiro meia colher, cisterneiro. Mudou-se, finalmente, para Goiânia, onde voltou a trabalhar com o barro e, mais adiante, com as tintas, as telas e os pincéis. Morreu em 2010, na capital de Goiás, conhecido pelo nome de Antônio Poteiro e reverenciado como um dos maiores artistas do estado e do país. Por tudo, Poteiro foi e é um grande artista. Transcende as definições com sua personalidade e sua produção tão singulares. A pintura do artista está entre as mais importantes do país. De origem humilde, Poteiro conseguiu, graças a seu talento esforço, reconhecimento do mercado de arte na maturidade. Como artista, primou pelo colorido. Pode-se dizer como Paul Klee: "A cor apoderou-se de mim; não tenho mais necessidade de persegui-la". Esta qualidade faz da pintura de Poteiro um regalo para a vista, um deleite para o espírito. Ele nos entrega uma pintura que encanta pela beleza, que é a promessa de felicidade de que nos fala Stendhal, algo "que ensina as luzes a brilhar", na expressão de Shakespeare. O curador da exposição, Enock Sacramento, propõe uma questão àqueles que visitarem "Poteiro, o Colorista do Brasil": "De onde vem a potência da pintura de Poteiro, considerado um gênio da arte brasileira? Não vamos responder. Cada um que procure, no fundo das telas dele, a resposta. E se você descobrir, não conte a ninguém. Faça deste conhecimento o seu segredo.". Sobre o Artista: Nascido numa aldeia de Braga, Portugal e radicado em Goiás, fazia cerâmica utilitária antes de conhecer o pintor Siron Franco, que o incentivou a dedicar parte de seu tempo à pintura. Inicialmente classificado como naïf, Poteiro logo seria reconhecido pelos críticos como um pintor de rara inteligência visual. Franciscano, despojado – sempre descalço e com uma barba de ermitão –, ele passou uma temporada entre os índios, assimilando as lendas dos primeiros habitantes do País. Poteiro iniciou seu trabalho com o barro, fazendo potes e vendendo-os para terceiros. Realizou inúmeras exposições nacionais e internacionais. Participou duas vezes da Bienal Internacional de São Paulo (1981 e 1991), da Biennalle Internazionale "NAIF", Cittá di Como, Itália (1976) e da V Bienalle Internazionale "NAIFS", entre Fiera e Lombardia, Itália (1980), da III Bienal de Havana, Cuba (1989), da III Bienal de Artes de Goiás (1993) e da Bienal Brasileira de Arte "NAIF", SESC Piracicaba (1994). Em 1983 foi produzido o documentário Antônio Poteiro: o Profeta do Barro e das Cores, dirigido por Antônio Eustáquio. Em 1985 recebeu o prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA1984) na categoria escultura. Em 1987 recebeu a comenda Ofiacialato da Ordem do Mérito, concedida pelo governo português. Um novo documentário sobre o artista foi produzido por Ronaldo Duque em 1991. Em 2010, falece por parada cardíaca, depois de mais de vinte dias internado no Hospital Jardim América, em Goiânia, onde vivia desde 1955. Serviço: Exposição "Poteiro, o Colorista do Brasil" Local: Caixa Cultural Recife - avenida Alfredo Lisboa, 505, Bairro do Recife, Recife/PE Período: de 04 de outubro a 03 de dezembro de 2017 Abertura: 03 de outubro de 2017, com visita guiada com Américo Poteiro (filho de Antonio Poteiro) Telefone: (81) 3425-1915 Entrada gratuita Visitação: de terça a sábado, das 10h às 20h. Domingo, das 10h às 17h. Palestra com o curador: 28 de outubro, às 11h. Entrada gratuita com senhas distribuídas às 10h.

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20ª Mostra Tiradentes anuncia seleção de curtas pernambucanos e mais 10 Estados na programação

Espaço de descobertas, experimentações e ousadias da produção audiovisual brasileira, a programação de curtas-metragens da 20ª Mostra de Cinema de Tiradentes exibirá 72 filmes originários de 11 estados brasileiros, divididos em 10 mostras temáticas. O evento acontece de 20 a 28 de janeiro, com exibições gratuitas nos três espaços a serem especialmente preparados: Cine-Praça, no Largo das Fôrras; Cine-Tenda e Cine-Teatro, localizados no Centro Cultural Yves Alves. O município de Tiradentes está localizado a 180km de Belo Horizonte, capital mineira. Dois curtas pernambucanos foram selecionados para a programação do evento. Nunca é noite no mapa, de Ernesto de Carvalho, e O Delírio é a redenção dos Aflitos, de Fellipe Fernandes, serão exibidos nas mostras Foco e Panorama, respectivamente. A seleção dos curtas ficou a cargo do trio Francis Vogner, Pedro Maciel Guimarães e Lila Foster, coordenação de Cleber Eduardo. De um total de 770 títulos inscritos, além de Pernambuco, os escolhidos vêm de Minas Gerais, São Paulo, Paraíba, Rio de Janeiro, Goiás, Espírito Santo, Paraná, Ceará, Bahia e Rio Grande do Sul. As mostras temáticas são: Mostra Foco, Panorama, Homenagem, Praça, Cena Mineira, Cena Regional, Experimentos, Formação, Jovem e Mostrinha. Toda programação é oferecida gratuitamente ao público. Uma novidade em 2017 é a mostra Experimentos, que reúne filmes com novas proposições nas relações entre som e imagem casos de A propósito de Willer, de Priscyla Bettim e Renato Coelho (SP); Confidente, de Karen Akerman e Miguel Seabra Lopes (RJ) e Gozo/Gozar, de Luiz Rosemberg Filho (RJ). Para Lila Foster, integrante da curadoria, o experimental chamou atenção no processo de seleção. “Teve uma quantidade expressiva de filmes com essas propostas e um desejo potente de tomar o cinema como arte autorreferencial e em ligação direta com o trabalho de poetas literários e cinematográficos”, diz ela. “A experiência com os aspectos plásticos e o registro do mundo natural condensaram um olhar para a matéria-prima do mundo artístico e da natureza, ressaltando que nossos olhos e ouvidos precisam existir, antes de tudo, de forma livre”. Nas demais seções, a curadoria destaca a fortíssima presença de filmes que respondem a questões contemporâneas e urgentes, em âmbito político e social. “Temas como impeachment, crise política e manifestações populares, assim como a tragédia ambiental em Mariana, apareceram com muita força nos títulos deste ano”, afirma Pedro Maciel Guimarães. “Também as discussões de gênero, o empoderamento feminino e o posicionamento contra a cultura do estupro aparecem significativamente”. Para Lila Foster, a dimensão estética dessas questões resultou em projetos realistas muitas vezes pontuados por aspectos fantásticos, distópicos ou a mistura de uma realidade bruta com toques de ficção científica. “Acho que o mais marcante foi a urgência em tratar de temas como a violência envolvida em todas as questões de gênero/sexualidade, o esgarçamento das relações sociais mediadas pela questão do trabalho, a crise nas cidades – a moradia, a violência urbana, o transporte –, a tensão que marca tanto a experiência individual como coletiva”, aponta ela. Na Mostra Foco, a ser avaliada pelo júri da crítica e cujo ganhador leva o Troféu Barroco e prêmios de parceiros do festival para o incentivo a novas produções, os curtas, ainda que muito heterogêneos, caracterizam-se pelo impacto de suas proposições formais. “São filmes que conseguem equacionar seus objetivos políticos e de intervenção social através da forma cinematográfica e de sua força e gravidade”, comenta Francis Vogner. “São respostas estéticas às questões contemporâneas e também sobre o ofício artístico, marcados pelo caráter e a liberdade de criação”. Confira a seleção de curtas-metragens da Mostra: Mostra Panorama O Delírio é a redenção dos Aflitos, de Fellipe Fernandes (PE) Abigail, de Isabel Penoni e Valentina Homem (RJ) Ainda sangro por dentro, de Carlos Segundo (SP) Aroeira, de Ramon Batista (PB) As ondas, de Juliano Gomes e Leo Bittencourt (RJ) Capital/Interior, de Danilo Dilettoso e Talita Araujo (SP) Chico, de Irmãos Carvalho (RJ) Demônia - Melodrama em 3 Atos, de Cainan Baladez e Fernanda Chicolet (SP) Diamante, O Bailarina, de Pedro Jorge (SP) E o Galo Cantou, de Daniel Calil (GO) Hotel Cidade Alta, de Vitor Graize (ES) O Mais Barulhento Silêncio, de Marccela Moreno (RJ) O olho do cão, de Samuel Lobo (RJ) Silêncios, de Caio Casagrande (RJ) Solon, de Luana Melgaço (MG) Stanley, de Paulo Roberto (PB) Mostra Foco Nunca e noite no mapa, de Ernesto de Carvalho (PE) A Canção do Asfalto, de Pedro Giongo (PR) A maldição tropical, de Luisa Marques e Darks Miranda (RJ) Autopsia, de Mariana Barreiros (RJ) Cinemão, de Mozart Freire (CE) Estado Itinerante, de Ana Carolina Soares (MG) Ferroada, de Adriana Barbosa e Bruno Mello Castanho (SP) Minha única terra e na lua, de Sergio Silva (SP) Restos, de Renato Gaiarsa (BA) Tempos de Cão, Ronaldo Dimer e Victor Amaro (SP) Vando Vulgo Vedita, de Andreia Pires e Leonardo Mouramateus (CE) Mostra Homenagem A Miss e o Dinossauro, de Helena Ignez (SP) Mostra Cena Mineira Acaiaca, de Leonardo Good God (MG) Constelações, de Maurilio Martins (MG) Feminino, de Carolina Queiroz (MG) Primeiro Ensaio, de Daniel Couto (MG) Vem comigo, de Gabriel Quintão (MG) Mostrinha A Luta, de Bruno Bennec (MG) As Aventuras do Chauá, de Alunos da Escola Municipal Santo Antônio do Norte (ES) Caminho dos Gigantes, de Alois Di Leo (SP) Lipe, Vovô e o Monstro, de Felippe Steffens e Carlos Mateus (RS) Médico de Monstro, de Gustavo Teixeira (SP) Mostra Jovem A Antologia de Antonio, de Bruno Oliveira (RS) CEP 05300, de Adria Meira e Lygia Pereira (SP) Pai aos 15, de Danilo Custódio (PR) Retorno, de Kaio Caiazzo (RJ) Mostra Regional A Fita, de Lucian Fernandes Bernardes (MG) Bento, de Luisa Bahury Assis Lanna (MG) Cruzes de Tiradentes, de Thiago de Andrade Morandi (MG) De quando em vez, de Jader Barreto Lima e Rafaella Pereira de Lima (MG) Fé e Religiosidade, de Thiago de Andrade Morandi (MG) Meninas de Ouro, de Carol Rooke (MG) O Canto das Almas para Tiradentes, de Piettro Garibaldi e Murilo Romão (MG) Ora Pro Nobis, de Thiago de Andrade Morandi (MG) Vida tirana, de Marlon de Paula, Priscila Natany

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Galeria Amparo 60 recebe a mostra Compacto, de Marcelo Silveira

No próximo dia 17 de novembro, a galeria Amparo 60 abre seus salões para a exposição Compacto, do artista pernambucano Marcelo Silveira, com curadoria de Joana D'Arc Lima. Serão pouco mais de 30 obras – algumas mais recentes e outras mais antigas –, todas em dimensões mais reduzidas, mas que se sobressaem pela delicadeza, pelo detalhe, pelo pequeno, pelo menor, sem deixar de ser representativas da poética desenvolvida pelo artista ao longo dos seus mais de 30 anos de trajetória artística. Para Silveira, que volta a ocupar o espaço da Amparo 60 pela segunda vez, essa mostra é um modo de tentar estabelecer conversas com instâncias do mundo da arte que, pelo menos em Pernambuco, aparentam estar muito afastadas. “Não sei, mas aqui temos galeristas que não frequentam outras galerias, artistas que não vão as mostras de outros artistas, museus e galerias de arte que não se articulam... Para a engrenagem funcionar, precisamos que todos conversem, entrem em contato, dialoguem. Trata-se de uma cadeia produtiva”, pontua o artista, ressaltando que essa ideia de estabelecer pactos é central na mostra. Segundo a curadora, nos diversos encontros que tiveram para executar o recorte da mostra, ficou clara a necessidade de criar uma espécie de pacto entre as obras, colocando-as num contexto para que dialogassem. “Nossa ideia é que esses pactos que criamos sejam refeitos ao longo do tempo, reposicionando algumas obras, vamos gerar novas conversas, novos ruídos, nossa ideia é brincar com essa ressignificação”, diz Joana D'Arc. O poeta Manoel de Barros, que comemoraria 100 anos neste mês de dezembro, foi inspirador no processo de seleção das peças. A dupla leu junto, discutiu, e colocou “o poeta” em contato com as obras. “Nos inspiramos na ideia de Manuel de Barros: O cisco tem agora para mim uma importância de catedral. (Retrato do artista quando coisa, Manoel de Barros, p. 23)”, destaca Joana. Entre as obras, estarão peças bi e tridimensionais (objetos, livros de artista, múltiplos, vídeos, lambe), feitos nos mais diversos materiais, tendo a madeira, matéria-prima tão estimada pelo artista, um papel bastante especial. “Parte deles estava adormecida a espera de um momento certo para serem postos em diálogo”, diz a curadora. O foco nos objetos em menor escala se justifica através do conceito de compactibilidade. Para facilitar a circulação e o deslocamento é preciso compactar. “Fazer a portabilidade de uma coisa, estimulando seu trânsito, seu contato com os outros, é mais fácil quando ela é compacta”, diz Silveira. A montagem da mostra conta com mesas que vão deixar o ateliê e a casa de Marcelo Silveira para serem postas nos salões da galeria, recebendo alguns dos objetos, passando a ser ressignificadas naquele novo ambiente. Para Silveira, a mesa é bastante simbólica, pois o momento das refeições foi durante anos um espaço de diálogo, de conversa, de troca. “Não se trata de um mero mobiliário expositivo, a mesa via estar ali dentro de um contexto”, afirma. Os trabalhos em exposição trazem características marcantes do trabalho de Silveira, que utiliza, habitualmente, coisas e objetos esquecidos, técnicas e procedimentos obsoletos, na construção de sua poética, colocando diversas camadas de tempo em diálogo. “Essa exposição está vinculada a anterior, realizada por Marcelo, há dois anos, no Mamam, Especialista em coisas inúteis. Não dá para separar. É incrível o enorme cuidado que ele tem com o seu fazer, e também o seu rigor formal, algo invejável, algo que poucos artistas contemporâneos têm. São idas e vindas, avanços e voltas, que produzem elos entre essas mostras, entre tempos que se conversam”, detalha a curadora, que apesar de ter contato intenso com o artista há anos, nunca havia feito uma curadoria de uma mostra individual de Silveira, que nos últimos 15 anos se consolidou como um nome muito forte no cenário artístico nacional.

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Janela Internacional de Cinema divulga seleção de curtas

O festival Janela Internacional de Cinema do Recife divulgou, nesta quarta-feira (28), o resultado da seleção da mostra competitiva de curtas, nas categorias nacional e internacional. Viabilizado pelo Funcultura/Governo do Estado com patrocínio da Petrobras e organizado pela CinemaScópio Produções Cinematográficas e Artísticas, dos realizadores Kleber Mendonça Filho e Emilie Lesclaux, o IX Janela Internacional de Cinema do Recife ocorre entre os dias 28 de outubro a 6 de novembro. Este ano 1.465 trabalhos de 22 países foram submetidos ao processo seletivo, o que totaliza quase o dobro em relação à última edição, mostrando a força crescente do festival. Destes, foram selecionadas 34 obras de 13 países, sendo 17 curtas brasileiros e 17 estrangeiros. Participaram da seleção de curtas nacionais os cineastas Leonardo Lacca e Nara Normande, o realizador e pesquisador Rodrigo Almeida e o roteirista Luiz Otávio Pereira. A comissão de curtas internacionais foi formada pelo ator e realizador Fábio Leal e pelo sócio da Cinemascópio Produções, Winston Araújo. A curadoria contou com a supervisão de Luís Fernando Moura, coordenador de programação do Janela. Na mostra nacional, destaca-se a produção expressiva de Pernambuco, Minhas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e Ceará. Da safra pernambucana, o olhar feminino se sobressai com os títulos “Dia de Pagamento”, da jornalista e diretora Fabiana Moraes (selecionado para o último CachoeiraDOC, na Bahia), e “Estás Vendo Coisas”, de Bárbara Wagner e Benjamin de Burca (exibido na 32º Bienal de São Paulo). Um ano após participarem da sessão de abertura do 8º Janela com o curta “Faz que Vai”, Bárbara e Benjamin retornam ao festival, desta vez selecionados para a grade competitiva. “Alguns estados apresentam polos que não chegam a ser indústrias de cinema, mas que se constituem enquanto circuitos criativos muito consolidados. À medida que surgem alguns filmes, novos realizadores são ligados a esses espaços. Redes de incentivos e investimento se formam. Essa produção circula, ganha corpo. E, dessa forma, parece que esses estados conseguem manter uma produção permanente e sempre interessante”, avalia o coordenador de programação do IX Janela, Luís Fernando Moura. Ainda na seletiva brasileira, está “Na Missão, com Kadu”, documentário filmado pelo pernambucano Pedro Maia de Brito e por Aiano Mineiro (de Minas Gerais), que costura imagens, filmadas pelo próprio Kadu, em um dia de passeata na região periférica de Belo Horizonte. Pernambuco, com cinco selecionados, está presente também com “Rua Cuba”, de Filipe Marcena (selecionado para o 18º FestCurtas BH) e “Nunca é noite no mapa_”_, de Ernesto de Carvalho (escolhido melhor curta-metragem pelo Júri oficial do VII CachoeiraDOC). Para o membro da comissão nacional Rodrigo Almeida, alguns filmes carregam um tom político claramente aberto, enquanto que outros possuem um caráter inovador no aspecto da linguagem. “Todo os anos a curadoria procura montar um programa sempre pensando em uma abordagem temática que se interliga entre eles e que não seja tão óbvia - e não somente selecionando os melhores curtas de maneira aleatória. E encontramos produções que fazem uma ponte direta com a realidade atual, mas por outro lado tem um bloco de filmes em que o forte deles é a vontade de experimentar e tensionar a linguagem”, justifica Rodrigo. Entre os filmes internacionais, há um panorama variado, tanto do ponto de vista estético quanto de autoralidade, passeando por nomes de diretores veteranos aos mais novatos. Títulos que passaram recentemente por circuitos importantes, com os festivais de Locarno (Itália), Cannes (França) e Roterdã (Holanda), estão contemplados nesta seleção e ganharão exibição inédita no Recife. É o caso de “Chasse Royale”, de Lisa Akoka e Romane Gueret, produção francesa vencedora na categoria de curta-metragem durante a Quinzena de Realizadores, mostra paralela do Festival de Cannes, deste ano. Outro que deve atrair as atenções é o experimental “Yolo”, de Ben Russel, filmado sobre as ruínas do histórico Sans Souci Cinema de Soweto, na África do Sul, e amparado por um jogo de imagens e temporalidades fragmentárias. Uma coprodução Argentina/Chile/Alemanha, mas com um toque brasileiro por trás das cãmeras, é o curta “#YA”, dirigido pelo recifense Ygor Gama junto com a diretora argentina Florencia Rovlich. O filme, que estreou na secção Generation 14+ do Festival de Berlim, traz uma visão extraordinária de rebelião juvenil em tempos de angústia social. Destaque nos festivais Queer Lisboa e Vila do Conde (Portugal), o curta “Pedro”, de André Santos e Marco Leão, também faz parte da lista. “Nós criamos quatro programas que abrangem desde filmes de colagem que ressignificam imagens preexistentes, passando pelo cinema dito experimental e finalmente o cinema narrativo. Destaco a força do cinema português, que já há alguns anos tem presença constante no janela e neste ano chega com quatro filmes. E talvez o maior destaque seja o realizador Gabriel Abrantes, que tem dois filmes na competição, o ‘Freud und Friends’ e ‘O Corcunda’, que são filmes potentes, diferentes entre si na forma e ao mesmo tempo com uma assinatura forte. Contribuiu pra isso o fato de ‘O Corcunda’ ser uma codireção com outro grande realizador, Ben Rivers”, comenta Fábio Leal, do júri de curtas internacionais. Os curtas vão competir nas categorias melhor som, montagem, imagem e melhor filme. Lista dos curta-metragens selecionados Nacionais: Abigail (Rio de Janeiro), de Isabel Penoni e Valentina Homem A moça que dançou com o diabo (São Paulo), de João Paulo Miranda Carruagem rajante (Rio de Janeiro), de Lívia de Paiva e Jorge Polo Constelações (Minas Gerais), de Maurílio Martins Dia de Pagamento (Pernambuco), de Fabiana Moraes Eclipse solar (Espírito Santo), de Rodrigo de Oliveira Estado Itinerante (Minas Gerais), de Ana Carolina Soares Estás vendo coisas (Pernambuco), de Bárbara Wagner e Benjamin de Burca Heterônimo (Rio de Janeiro), de Vitor Medeiros Impeachment (Espírito Santo), de Diego de Jesus Na missão, com Kadu (Pernambuco/Minas Gerais), de Aiano Bemfica, Kadu Freitas e Pedro Maia de Brito Nunca é noite no mapa (Pernambuco), de Ernesto de Carvalho Os cuidados que se tem com o cuidado que os outros devem ter consigo mesmos (São Paulo), de Gustavo Vinagre Quando os dias eram eternos (São Paulo), de Marcus Vinicius Vasconcelos Rua Cuba (Pernambuco), de Filipe Marcena Santa porque avalanche (Ceará), de Paulo Victor Soares Se por acaso (Rio de Janeiro), de Pedro Freire   Internacionais: Alles Wird Gut (Alemanha/Áustria), de Patrick Vollrath At least you are here (EUA), de Kristen Swanbeck Au loin, Baltimore (França), de Lola Quivoron Balada de um batráquio (Portugal), de Leonor Teles Chasse Royale (França), de Lise Akoka e Romane Gueret Cilaos (França), de Camilo Restrepo Dear Renzo (Argentina/EUA), de Francisco Lezama e Agostina

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Circo: amor à primeira vista!

São histórias muito curiosas que as pessoas contam a respeito do encantamento que os atraem ao circo. Artistas e público têm sempre uma lembrança na mente e uma palavra na ponta da língua para quando o assunto surgir. E surge, sempre, no mais das vezes, com a seguinte pergunta: Como foi o seu primeiro contato com o circo? – Aí sim, toda uma memória emotiva floresce e a resposta surge: Foi amor à primeira vista! Se a resposta automática não é original, verdadeira certamente o é. Ultimamente temos ouvido muito essa afirmação, provocada pela morte do circense e ator Domingos Montagner, que muita gente se quer sabia que ele era um artista de circo. E o mais curioso é que quando essa informação lhes chegam, os olhos de muitos se arregalam e inevitavelmente exclamam: Tão bom ator, nem parecia ser de circo! – Bom, não vamos agora discorrer sobre isso e voltarmos ao tema inicial. Muitas das pessoas que conheço, de minha geração, tiveram os seus primeiros contatos com as artes cênicas através do circo. Isso considerando que a noitada de uma função no circo era composta por duas partes no mesmo programa: a primeira com os tradicionais números circenses, habilmente executados pelos malabaristas, contorcionistas, equilibristas, trapezistas, pirafogistas, mágicos, palhaços, etc.; na segunda parte, o espetáculo voltava-se ao teatro, com a encenação de um drama circense, onde os artistas das habilidades acima citadas tornavam-se atores. Ou seja, para muitos, tanto o contado com a linguagem do circo quanto com a do teatro, ocorrera embaixo de uma lona de circo, com uma dose de encantamento inesquecível. Por isso a resposta precedida de um longo suspiro: Foi amor à primeira vista! Vejamos então que essa relação estreita entre as linguagens de circo e teatro não vem de hoje. E cada dia que passa essa linha ténue que as separam fica mais invisível. São diretores de teatro encantando espetáculos de circo, são artistas de circo interpretando personagens em teatro, são companhias que só produzem espetáculos de circo-teatro, são atores de teatro se doando cada vez mais ao domínio das técnicas circenses, etc. Com essa integração e comunhão, é claro que crescem, artisticamente falando, todos esses artistas, sedo eles originalmente de circo ou de teatro. – Foi essa a escola e a vivência do artista de circo que também transitava por teatro, cinema e televisão Domingos Montagner, e isso esclarece por demais a sua competência como interprete, pois não? Hoje é muito comum encontramos companhias de circo-teatro ou circo-dança circulando pelo país com suas criações que tanto podem participar de eventos de circo, quanto de teatro, a exemplo dos festivais. As trupes contemporâneas de circo fazem na realidade um espetáculo de teatro popular, com expressões e técnicas circenses, como podemos conferir nos trabalhos produzidos em Recife por companhias como Animè; 2 Em Cena, Caravana Tapioca, etc. Neste final de semana essas tendências circenses poderão ser conferidas no Sítio da Trindade, em Casa Amarela, onde estar sendo realizada a 7ª Mostra de Circo do Recife, até o dia 25 (domingo), realizada pela Prefeitura do Recife, com apoio cultural do Ministério da Cultura, através da Funarte; do Governo da Paraíba, através da Funesc e do Governo de Pernambuco, através da Fundarpe. Aproveitamos para lembrar que às 17 horas do domingo 25, na programação da 7ª Mostra de Circo do Recife, será apresentado o espetáculo “Clownssicos – Uma nova velha história de amor”, com artistas de circo-teatro da capital paraibana. Para encerrar, fica a pergunta: Em que resultou o seu primeiro contato com o circo?

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Espetáculo Clownssicos encerra 7ª Mostra de Circo do Recife neste domingo

A sétima edição da Mostra de Circo do Recife se despede do público neste domingo (25) com o espetáculo Clownssicos – Um nova velha história de amor, da Trupe Arlequim. O grupo da Paraíba vem pela primeira vez ao Recife e promete trazer muita palhaçada para o Picadeiro do Sítio Trindade, que vem atraindo mais adultos e crianças, todos encantados com a magia circense. No sábado (24), o picadeiro abre espaço para os shows de mágicas com os artistas Mickael Marvey, Ryan Rodrigues, Mágico Tony, e a Cia Garret de Circo. A noite conta ainda com o espetáculo Circo dos Anões na terra das Arábias. A 7ª Mostra de Circo do Recife é uma realização da Prefeitura do Recife, através da Secretaria de Cultura e a Fundação de Cultura Cidade do Recife. O Clownssicos é um espetáculo envolvente, poético, pantomímico, e de muito humor. Eis o enredo: dois palhaços, Cacatua e Sovelão se encontram bobos e apaixonados um pelo outro, e no desenrolar das cenas, permeadas por encontros e desencontros, os enamorados manipulam uma escada, que também se torna personagem na história e serve de base para a construção do imaginário cênico. É a partir de clássicos de reprises tradicionais de circo e histórias do imaginário popular, contadas através da lógica do palhaço, que surge uma nova velha história de amor entre os dois. Todo o espetáculo tem duração de 45 minutos de puro riso e encanto. CERTIFICADOS - O encerramento da 7ª Mostra de Circo do Recife também contará com a entrega dos certificados aos alunos que participaram das três oficinas promovidas pelo Programa de Formação e Oficinas da Funarte, durante a Mostra. Foram vinte alunos por turma, em sua maioria artistas de circo, que aprimoraram seus conhecimentos em Maquiagem Circense, Figurino e Customização e Segurança de Circo. Para o maquiador Odilex, que ministrou a oficina de Maquiagem Circense, a didática da atividade proporcionou aos alunos aprenderem a se auto maquiar, “é muito importante o artista de circo saber se maquiar. Nós identificamos essa dificuldades que eles tinham e o resultado foi muito positivo”, conta o profissional.

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