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Pesquisa: presença feminina na política promove queda na mortalidade

Da Agência Brasil Em municípios com prefeitas mulheres, a taxa de mortalidade entre crianças com até 5 anos de idade é menor do que em locais onde os mandatários são do gênero masculino. O destaque é de um estudo publicado na revista Health Affairs, de autoria de pesquisadores da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Universidade dos Andes e Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Entre 2000 e 2015, a taxa, calculada a cada 1 mil nascidos vivos, caiu de 25,1% para 13,6%, em 3.167 municípios analisados. Como critério de delimitação dos municípios, escolheram-se aqueles que apresentavam menos de 10% de dados faltantes. No período avaliado, a participação feminina em prefeituras foi ampliada de 4,5% para 9,7%. Para o mesmo intervalo, também observou-se a cobertura dos programas Bolsa Família e Estratégia de Saúde da Família, capazes de gerar mais proteção social. A variação foi, respectivamente, de 9,6% para 15,3% e de 25,2% para 54,7%, no âmbito municipal. Acrescentando ao cruzamento dos dados dos programas, os pesquisadores associam, ainda, a presença de mulheres no Poder Legislativo à melhora no índice de mortalidade. Para tanto, foram consideradas deputadas estaduais e deputadas federais, excluindo-se senadoras, e a conclusão também foi de que um fator influi no outro. "O fato de se ter uma mulher eleita como prefeita estava associado a uma redução significativa de mortalidade de crianças menores de 5 anos de idade, de 0,027 pontos percentuais. Além disso, o fato de se ter uma parcela de mulheres na legislatura estadual, de 20% ou mais, estava associado a uma diminuição de 0,038 pontos percentuais. E, ainda, um crescimento na parcela de mulheres eleitas na Câmara dos Deputados, de 0-9% para 10-19% ou para 20% ou mais, estava associado a uma queda na mortalidade infantil de 0,038 pontos percentuais", escrevem. O artigo ressalta, entre outros apontamentos, que "a relação entre o empoderamento de mulheres na política e saúde infantil envolve, provavelmente, caminhos distintos daqueles avaliados", mas que o percurso abarca aprimoramentos no acesso à educação e a recursos e participação no mercado de trabalho. Outra colocação feita é de que a atuação de lideranças políticas do gênero feminino também contribuem para diminuir índices como mortalidade materna, gravidez precoce, casamento infantil e para expandir a cobertura vacinal. Perfil de prefeitas brasileiras De acordo com levantamento feito pelo Instituto Alziras, que leva em conta as eleições de 2016, as prefeitas brasileiras governam para populações de municípios de menor porte - 91% delas venceram o pleito em municípios com até 50 mil habitantes - e que dispõem de orçamento mais restrito. Apesar de mais escolarizadas do que os homens e de ter experiência prévia com atividades políticas, as mulheres ocupam somente 12% das prefeituras de todo o país. As regiões onde têm mais espaço são Nordeste (16%) e Norte (15%). No Sul ocupam apenas 7% dos assentos, enquanto no Sudeste e no Centro-Oeste a proporção é de 9% e 13%. No caso das mulheres negras, a chance de conquistar um lugar é ainda menor. Somente 3% das prefeituras são comandadas por mulheres pretas ou pardas. A atenção voltada para a saúde e a educação é um elemento revelado pelo instituto, que informa que as políticas em ambas as áreas foram marcadas como prioridade por 85% das prefeitas ouvidas pela entidade. Para 32% delas, a assistência social é outro setor que merece um olhar mais cuidadoso.

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Instituto Maria da Penha realiza encontro sobre protagonismo das mulheres e autonomia financeira

De acordo com o relatório “Violência Doméstica e seu Impacto no Mercado de Trabalho e na Produtividade das Mulheres” produzido em 2016 pelo Instituto Maria da Penha (IMP) ser vítima de violência doméstica no Brasil produz uma maior instabilidade na dinâmica do mercado de trabalho. As vítimas de violência tendem a intercalar períodos de curta duração de emprego com períodos de longa duração de desemprego. Esse ciclo custa muito caro não somente para as mulheres, mas para a economia do país, com reflexos tanto no setor público quanto no privado. Atento a essa realidade, o IMP promove o "I Café com Conteúdo" que trará como tema: "A Importância da Iniciativa Privada para o Protagonismo, Empregabilidade e Autonomia Financeira das Mulheres". O evento acontece na quinta-feira (4), às 18h, no auditório da AIKA Consultoria Empresarial. O Encontro tem como objetivo a troca de ideias e compartilhamento de experiências sobre como as empresas podem unir esforços com o Poder Público, Organizações Não Governamentais e sociedade civil para que juntos possam propor e adotar medidas que contribuam para maior equidade de gênero no mundo corporativo e ambientes mais seguros para as mulheres. “Vamos conversar também sobre iniciativas de empregabilidade e empreendedorismo para mulheres vítimas de violência e apresentar formas que as diversas instituições podem se engajar e participar efetivamente.” explica a coordenadora do encontro, Fabiana Soares. O I Café com Conteúdo contará com a presença da vice-presidente e diretora pedagógica do Instituto Maria da Penha, Regina Célia Barbosa, da modelo, atriz e ativista pelos direitos humanos, Luiza Brunet e das gestoras em recursos humanos, Fátima Barroso e da Fabiana Soares. “O enfretamento da violência doméstica e familiar contra as mulheres é um tema que precisa ser levado para dentro das empresas. São as empresas que geram emprego, contribuindo para que essas mulheres vítimas de violência possam ter salário e benefícios, ou seja, autonomia financeira para romper o ciclo da violência” diz Fabiana. A atividade e voltada para gestores em recursos humanos, representantes do poder público, empresários e interessados no tema. Para participar, basta se inscrever pelo Sympla e efetuar o pagamento da taxa de inscrição que custa R$ 60. A renda arrecadada será revertida para as ações do Instituto Maria da Penha, em Recife. IMP- Fundado em 2009, com sede em Fortaleza e representação em Recife, o Instituto Maria da Penha (IMP) é uma organização não governamental sem fins lucrativos. O surgimento está diretamente ligado à história de vida de Maria da Penha, que se tornou um símbolo de luta no combate à violência doméstica contra a mulher. A Lei n. 11.340/2006 leva o nome de Maria da Penha como uma forma de reparação simbólica depois de tantos anos de omissão do Estado brasileiro e de impunidade do seu agressor. Ela também representa o acesso à justiça e foi criada para garantir os direitos de milhares de mulheres vítimas de violência no País. Neste contexto, o papel do IMP é estimular e contribuir para a aplicação integral da lei, bem como monitorar a implementação e o desenvolvimento das melhores práticas e políticas públicas para o seu cumprimento, promovendo a construção de uma sociedade sem violência doméstica e familiar contra a mulher. Sobre os palestrantes: Regina Célia Barbosa- Vice Presidente e Diretora Pedagógica do Instituto Maria da Penha. Filósofa, Mestra em Ciência Política pela UFPE e atualmente, cursa o Doutorado em Direito, Justiça e Cidadania para o Séc. XXI na Universidade de Coimbra em Portugal. É Professora Universitária há 22 anos. Membro da Academia Brasileira de Ciências Criminais (ABCCrim); Autora do Programa Defensoras e Defensores dos Direitos à Cidadania, com o apoio do Consulado Americano no Recife. Luiza Brunet- Modelo, Atriz, Empresária e Ativista pelos Direitos Humanos. Após ser vítima de violência doméstica por seu companheiro, passou a lutar ainda mais pelo enfrentamento da violência contra mulheres (violência sexual, patrimonial, psicológica e física) encorajando as mulheres a denunciar os agressores por termos uma lei que funciona. Fabiana Soares- Consultora Empresarial e fundadora da AUDITARH- Consultoria em Gestão Organizacional que estrutura os projetos de Recursos Humanos nas empresas. Consultora associada na LHH. Voluntária da ONU Mulheres para articulação de empresas e agenda de eventos na região nordeste; voluntária do Instituto Maria da Penha para projetos estratégicos e de sustentabilidade. Representante da Women Friendly que é especialista em assédio sexual e ambientes seguros para as mulheres nas organizações. Fátima Barroso- Gestora de Recursos Humanos do Grupo Drumattos que aderiu como signatário dos WEP's e conta com a rede de restaurantes Camarão Camarada, recentemente certificada pela Women Friendly, em protocolos de combate ao Assédio Sexual. Serviço: 1º Café com Conteúdo – Instituto Maria da Penha Data:Quinta- feira- 04 de julho de 2019 Horário: 18h às 21h00 Local: AIKA Consultoria Empresarial – Empresarial Center II Inscrições: https://www.sympla.com.br/i-cafe-com-conteudo---instituto-maria-da-penha__528684

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