Arquivos Muhne - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

Muhne

Sala Vicente do Rego Monteiro e galeria Massangana recebem exposição Longe

O projeto itinerante Muhne 360º, do Educativo do Museu do Homem do Nordeste, rompeu fronteiras neste final de semana. Em visita ao Museu Paraense Emílio Goeldi, no Parque Zoobotânico, em Belém (capital do Pará), o Muhne e o Engenho Massangana foram mostrados virtualmente para mais de 1.000 pessoas. A exposição aconteceu entre os dias 18 e 20 de outubro. Quem passou pelo local teve a oportunidade de conhecer os espaços pernambucanos pertencente à Fundação Joaquim Nabuco, além da cultura e dos aspectos étnicos da Região Nordeste. A imersão ocorreu por meio de imagens em 360 graus, reproduzidas em óculos de realidade virtual. "Podemos afirmar que levamos o Muhne e o Engenho para muita gente. Esse e outros meios de atuações geram novas possibilidades de mostrar a Fundaj nos diferentes lugares do Brasil", comentou a coordenadora do Educativo do Museu, Edna Silva. Além da mostra tecnológica em um centro de pesquisas contendo exemplares da flora e da fauna amazônica - equipamento cultural fundado em 1896 e situado no centro urbano -, o Muhne 360º levou registros do acervo, banners, folders do projeto Pesquisa Escolar da Biblioteca Blanche Knopf e livros da Editora Massangana para divulgação. Foram distribuídos cerca de 2.000 folders, diversos exemplares da Editora Massangana e 15 caixinhas do itinerário musical do Nordeste. "A experiência foi, sem sombra de dúvidas, exitosa. Mais de 5.000 pessoas viram, ouviram ou viveram um pedacinho da Fundação Joaquim Nabuco aqui no Museu Emílio Goeldi. É importante mencionar a visão ampliada do presidente da Fundaj, Antônio Campos, em apoiar ações como essa", destacou o chefe de monitoria do Educativo do Muhne, Victor Carvalho. O Muhne 360º seguirá sendo apresentado no Pará. O projeto participará da 11ª edição da Olimpíada de Ciências, que acontecerá de 22 a 30 de outubro na Floresta Nacional (Flona) de Caxiuanã, situada no nordeste paraense, nos municípios de Portel e Melgaço. O evento contará com a presença de estudantes e professores de comunidades ribeirinhas da Floresta Nacional, a segunda mais antiga do Brasil, além de voluntários e pesquisadores. Os representantes do Educativo do Museu do Homem do Nordeste vão de barco do Parque Zoobotânico do Museu Paraense Emílio Goeldi até a Estação Científica Ferreira Pena, da Floresta Nacional de Caxiuanã. A travessia pelo rio dura de 18 a 20 horas

Sala Vicente do Rego Monteiro e galeria Massangana recebem exposição Longe Read More »

Intensa programação cultural nos 70 anos da Fundaj

Uma semana com intensa programação cultural foi preparada para comemorar os 70 anos da  A Fundaj (Fundação Joaquim Nabuco), juntamente com 40 anos do Museu do Homem do Nordeste (Muhne). Na programação estão atividades como a exibição do filme Veneza Americana, com raros registros do Recife na década de 1920; uma visita do bisneto de Joaquim Nabuco, Pedro Nabuco, que repassará para a instituição o restante do acervo do abolicionista, além de mostras, exposições e solenidades. Hohe, o Cinema do Museu, no campus Gilberto Freyre, em Casa Forte, exibe Veneza Americana, na Sessão Cinemateca, a partir das 16h. Assinado pelos italianos Ugo Falangola e Jota Cambieri o filme é um dos raros registros do antigo Recife, mostrando as modernizações feitas durante o governo Sérgio Loreto (1922-1926), tendo o próprio governador em algumas cenas. O filme terá audiodescrição e música ao vivo com Alex Mono, cantor, compositor e produtor cultural especialista em fazer acompanhamentos musicais ao vivo.     No mesmo dia, o Muhne inaugura na Sala Mauro Mota, no mesmo campus, às 17h30, a exposição Um real, um real, um real expressão utilizada por trabalhadores informais. A proposta é exibir objetos antigos e atuais ligados à atividade ambulante e fotografias das décadas de 1960, 1970 e dos dias atuais, simbolizando a importância da economia informal para o Nordeste. “A Fundaj tem muito a contribuir para a sociedade. É necessário que a gente entregue um ano de comemoração para mostrar o que o Muhne e o Cinema têm, o que a Editora Massangana, os funcionários e pesquisadores oferecem”, afirma a presidente da Fundaj Ivete Lacerda. ACERVO NABUCO As marcas Fundaj 70 anos e Museu do Homem do Nordeste 40 anos serão lançadas na terça-feira (24) em solenidade, a partir das 9h, na Sala Gilberto Freyre, campus Casa Forte, com a presença do bisneto de Joaquim Nabuco, Pedro Nabuco. Representando a família, ele repassará o restante do acervo do bisavô, composto de fotografias, cartões-postais, manuscritos originais, documentos e diários de Nabuco. Em mãos, trará um diário escrito em 1888, ano da abolição da escravatura. A aquisição desses documentos completará o acervo que está desde 1974 em posse da Fundaj. A historiadora do Centro de Documentação e de Estudos da História Brasileira (Cehibra), Rita de Cássia Barbosa, explica que o acervo reunido cria melhores condições para avaliar como se construiu a figura do abolicionista. “Vamos ter documentos da completa atuação não só da família Nabuco e sua ancestralidade política, como da memória pessoal de Joaquim Nabuco, tudo reunido no mesmo lugar.” Pedro Nabuco está feliz em retornar a instituição que leva o nome da sua família. Segundo ele, doar o acervo é como “jogar uma garrafa ao mar”, dando a oportunidade dele ser estudado e preservado como deve. “Sou muito amigo da Fundação e do Recife. Vim algumas vezes e é sempre uma alegria retornar.” RECONHECIMENTO Ainda na terça-feira (24), a Sala do Conselho Deliberativo, no campus Gilberto Freyre, recebe a entrega de diploma de pesquisador emérito aos fundajianos Hélio Moura e Clóvis Cavalcanti. O título é concedido a pesquisadores de formação completa com valiosa contribuição acadêmica e técnica em suas áreas de atuação. Além disso, será entregue outorga aos servidores mais antigos da casa ainda na ativa, Isaura de Albuquerque Cesar, da Diretoria de Pesquisas Sociais (Dipes), e Manoel Soares de Sousa, do departamento de Recursos Humanos. À tarde ocorre a Mostra Exposição, na Sala de Leitura. NO DERBY Neste mesmo dia (24), às 15h, no campus Ulysses Pernambucano, no Derby, será aberta pelo Centro de Estudos da História Brasileira (Cehibra) e pela Biblioteca Central Blanche Knopf a mostra de publicações sobre a Fundaj e seu acervo ao longo dos 70 anos. “Procuramos publicações raras, que foram importantes para a instituição. Também vamos expor catálogos de exposições realizadas nas datas de aniversários da Fundação até os dias atuais”, esclarece Betty Lacerda, coordenadora do Cehibra. A Coordenação de Artes da Fundaj (COART) vai exibir trabalhos pertencentes à coleção de videoarte da Casa, formada por mais de 150 títulos nacionais e internacionais. Os vídeos serão exibidos em monitores colocados em alguns pontos no campus Ulysses Pernambucano. “Desde 2000 temos desenvolvido uma série de ações voltadas à promoção, reflexão e criação no âmbito da produção de vídeos e filmes de artistas. Esse compromisso teve início com a aquisição de um conjunto de mais de cem trabalhos dos pioneiros da videoarte em partes diversas do mundo. Tal coleção tem sido enriquecida ao longo dos anos com a aquisição de muitos outros trabalhos, sejam eles de artistas brasileiros que iniciaram essa prática no país ou de autoria dos mais jovens que continuam a expandir os limites da produção audiovisual.”, detalha Moacir dos Anjos, pesquisador e curador da Fundaj. OUTRAS AÇÕES A preocupação com o meio ambiente também faz parte da programação comemorativa dos 70 anos da Fundaj. Resultado de uma extensa pesquisa conduzida de 2013 a 2017 pela Fundaj e Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), o “Atlas Das Caatingas” será lançado em 31 de julho, durante o Seminário Embrapa Semiárido, em Petrolina. O livro contém vários mapas, imagens de satélite, fotografias e levantamentos florísticos das áreas de conservação pesquisadas na Caatinga. Inédita no Brasil, a publicação bilíngue (português-inglês) é aguardada com entusiasmo pela comunidade científica que se dedica ao estudo do bioma e certamente irá preencher uma significativa lacuna no conhecimento desse tema. A Editora Massangana lança no segundo semestre da Gincana Literária, jogos pedagógicos com participação de alunos do ensino médio de escolas públicas de quatro municípios de diferentes regiões do Estado. O mês de agosto presencia lançamentos de livros como “Os Afro-Brasileiros” e Anais do III Congresso Afro-Brasileiro realizado pela Fundaj. “É um importante registro das discussões em 1982 com nacionais e estrangeiros no campo dos estudos sobre o negro no Brasil”, explica Tonico Magalhães, coordenador geral da Editora Massangana. Chegando outubro, será lançado o livro “Ecos de Clarice”, da escritora Márcia Basto, e em Novembro, a obra baseada nas andanças de Bruno Albertim por terras nordestinas, “Nordeste, Identidade Comestível”, será lançada por iniciativa

Intensa programação cultural nos 70 anos da Fundaj Read More »