Arquivos pesquisa - Página 6 de 11 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

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Livros e automóveis são os produtos usados mais adquiridos nos últimos 12 meses

Com a economia em processo de recuperação, o mercado de produtos usados pode ser a oportunidade para quem planeja economizar na hora das compras e também para os que desejam se desfazer de objetos pessoais e ainda lucrar com isso. Um levantamento realizado com consumidores em todas as capitais pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) mostra que o ranking de objetos usados mais adquiridos ao longo dos últimos 12 meses é encabeçado pelos livros (54%) e pelos automóveis e motos (43%). Outros produtos que os entrevistados também compraram de segunda-mão no último ano são os eletrônicos (38%), móveis (38%), smartphones (36%) e eletrodomésticos (36%). A pesquisa ainda revela que os bens pessoais que os entrevistados mais colocaram à venda nesse período foram os eletrônicos (40%), smartphones (40%), automóveis (39%), móveis (36%) e eletrodomésticos (36%). Há ainda um terço (33%) de consumidores que decidiram se desfazer de roupas e acessórios. A maioria dos entrevistados acredita que não é preciso comprar um produto novo para estar satisfeito com o seu uso. Entre os entrevistados que compraram algum livro nesse período, 76% acreditam que vale mais a pena adquirir um exemplar usado do que um novo. A preferência por usados também é predominante no caso dos que realizaram compras de carros e motos (60%), itens esportivos, como bicicletas, por exemplo (59%) e instrumentos musicais (50%). Por outro lado, 81% dos entrevistados que compraram utensílios para cozinha ou itens de cama, mesa e banho acreditam ser mais vantajoso adquirir o produto novo diretamente na loja do que um já usado por outra pessoa. O mesmo vale para smartphones (66%), eletrodomésticos, como geladeira, fogão e TV (66%) e roupas e acessórios (65%). 65% calcularam o tamanho da economia de dinheiro com compra e venda de usados e 92% acham que atitude é vantajosa financeiramente A pesquisa mostra que a oportunidade de diminuir gastos e poupar é um dos objetivos da maioria das pessoas que optam pela aquisição de produtos usados. Dentre os que compraram ou venderam produtos usados nos últimos 12 meses, 65% calcularam a economia proporcionada, sendo 41% no caso da compra e 24% com a venda. Entre esses, nove (92%) em cada dez consumidores acreditam que a economia de dinheiro com a compra de usados foi significativa para o bolso. Os sites ou aplicativos especializados e o contato com amigos e conhecidos se destacam entre os principais locais para compra e venda de usados. Na avaliação do educador financeiro do portal ‘Meu Bolso Feliz’, José Vignoli, o mercado de usados vem ganhando cada vez mais espaço graças aos marketplaces, que são comunidades ou plataformas online de compra e venda que concentram diversas lojas e marcas em um mesmo local. “O comércio de usados é amplamente favorecido pelas novas tecnologias e pela internet, que aproximam pessoas desconhecidas com um interesse comum. Em um período em que muitos enfrentam dificuldades financeiras, essa pode ser uma saída para quem deseja fazer compras a preços acessíveis ou vender objetos que apenas ocupam espaço em casa”, analisa o educador. Metodologia A pesquisa ouviu 824 consumidores de ambos os gêneros, todas as classes sociais, capitais do país e acima de 18 anos. A margem de erro é de no máximo 3,4 pp a uma margem de confiança de 95%. Baixe a íntegra da pesquisa em https://www.spcbrasil.org.br/pesquisas

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Pesquisadores desenvolvem composto que inibe crescimento de células do melanoma

Uma equipe internacional de pesquisadores de cinco universidades desenvolveu um novo composto que é uma esperança para tratamento do melanoma, o tipo mais grave de câncer de pele. “Segundo o estudo, o composto Corin inibe com sucesso o crescimento de células de melanoma ao direcionar proteínas modificadoras epigenéticas específicas dessas células”, explica a dermatologista Dra. Claudia Marçal, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da Academia Americana de Dermatologia. A pesquisa, anunciada no começo desse ano, teve colaboração de um time internacional de pesquisadores das instituições: Boston University School of Medicine, Johns Hopkins University, Università di Pavia, Harvard Medical School e University of Leicester. No corpo humano, as células ligam e desligam os genes por meio de modificações químicas que alteram o DNA e as proteínas relacionadas. “Essas mudanças epigenéticas são contínuas e estão no centro de como as células saudáveis se transformam em células cancerígenas. Essas modificações contribuem para a capacidade do tumor de crescer indefinidamente, além de tornar as células tumorais resistentes a drogas e capazes de sobreviver a tratamentos”, afirma a médica. Mas, segundo a pesquisa, Corin visa especificamente essas alterações epigenéticas nas células e poderia, portanto, fornecer melhorias significativas em pacientes sem os efeitos colaterais indesejados. “A pesquisa destaca que esse composto atua especificamente para inibir a atividade desmetilase e desacetilase nas células, dessa forma, Corin é particularmente atraente como um inibidor de modificações epigenéticas”, diz. De acordo com a pesquisa, atualmente, existem poucos medicamentos epigenéticos em uso clínico, incluindo inibidores da histona desacetilase (HDAC 1), que são usados para tratar alguns linfomas, e inibidores da histona desmetilase (LSD1) que são usados para tratar algumas leucemias. Estes reagentes não têm sido mais amplamente úteis em canceres devido à janela terapêutica limitada e efeitos secundários indesejáveis. Segundo um dos autores, o médico dermatologista Rhoda Alani, da Universidade de Boston, a expectativa é a de que “este novo composto terá eficácia significativa em melanomas humanos e outros tipos de câncer, seja como terapia autônoma ou em combinação com outras terapias direcionadas ou baseadas no sistema imunológico", explicou. A pesquisa Para avaliar a eficácia deste novo composto, os pesquisadores primeiro testaram usando um sistema de cultura celular para avaliar a biologia celular do melanoma in vitro e descobriram que vários processos associados ao câncer foram afetados, incluindo crescimento celular, diferenciação e migração. O composto foi então testado num modelo experimental para o melanoma e descobriu-se que inibe significativamente o crescimento de células tumorais sem toxicidades apreciáveis. Os pesquisadores acreditam que existem outras entidades patológicas, além de cânceres, que podem ser significativamente afetadas por terapias epigenéticas direcionadas. Mais notavelmente, espera-se que as doenças mediadas pelo sistema imunológico sejam significativamente influenciadas por tais reagentes, uma vez que as mudanças epigenéticas têm sido amplamente notadas como influenciando o sistema imunológico. Dados Melanoma é o tipo de câncer de pele com o pior prognóstico e o mais alto índice de mortalidade. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), apesar de não ser o mais frequente câncer de pele, no ano de 2018 são estimados 2.920 casos novos em homens e 3.340 casos novos em mulheres. Com relação ao câncer de pele não-melanoma, estimam-se 85.170 casos novos de câncer de pele entre homens e 80.410 nas mulheres para o ano de 2018. É por isso que você deve ficar atento aos sinais que aparecem no seu corpo. De acordo com a dermatologista Dra. Claudia Marçal, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da Academia Americana de Dermatologia, embora a principal causa do melanoma seja genética, a exposição solar também influencia no aparecimento da doença — principalmente com os elevados índices de radiação que atingem níveis considerados potencialmente cancerígenos, onde ocorre exposição à radiação UVA/UVB E IR (infravermelho). "O filtro solar deve ser usado diariamente independentemente da estação do ano e se está num dia nublado, chuvoso ou encoberto; a radiação UV mesmo em um dia 100% encoberto, ela só é barrada em 30% e 70% dessa radiação passa", alerta a dermatologista. Esta fotoexposição, ao longo dos anos, pode gerar lesões novas ou modificar aquelas que já existiam previamente na pele de qualquer pessoa. Com uma exposição solar frequente, seja por lazer ou ocupacional, muitas vezes, as pessoas não percebem a medida da exposição ao sol silencioso no trabalho de campo, no dirigir ou andar na rua. Diagnóstico Precoce Embora o diagnóstico de melanoma normalmente traga medo e apreensão aos pacientes, as chances de cura são de mais de 90%, quando há detecção precoce da doença, segundo a SBD. "Por isso, a realização do autoexame dermatológico é necessária", explica a Dra. Claudia Marçal. Autoexame O autoexame deve ser realizado principalmente nas pessoas de pele clara, aquelas que possuem antecedentes familiares de câncer de pele, têm mais de 50 pintas, tomaram muito sol antes dos trinta anos e sofreram queimaduras. Quem tem lesões em áreas de atrito, como área da peça íntima, soutien, palma das mãos, planta dos pés e área do couro cabeludo, também deve seguir as instruções. A indicação também vale para as pessoas que apresentam muitas sardas e manchas por exposição solar anterior, já retiraram pintas com diagnóstico de atípicas, não se bronzeiam ao sol, e consequentemente acabam adquirindo a cor vermelha com facilidade e apresentam qualquer lesão que esteja se modificando. "Podemos realizar este procedimento com certa regularidade, uma vez por mês, na frente do espelho e de preferência com luz natural, para verificar o surgimento de alguma mancha, relevo ou ferida que não cicatriza", indica a Dra. Claudia Marçal. As dicas para o autoexame são: • Examine seu rosto, principalmente o nariz, lábios, boca e orelhas. • Para facilitar o exame do couro cabeludo, separe os fios com um pente ou use o secador para melhor visibilidade. Se houver necessidade, peça ajuda a alguém. • Preste atenção nas mãos, também entre os dedos. • Levante os braços, para olhar as axilas, antebraços, cotovelos, virando dos dois lados, com a ajuda de um espelho de alta qualidade. • Foque no pescoço, peito e tórax. As mulheres também devem levantar os seios

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Gente & Negócios: lançamentos de produtos e pesquisas

Ivan Cordeiro projeta novas unidades da Clínica SIM Diretor financeiro da Clínica SIM, Ivan Cordeiro, afirma que o grupo está em crescimento no Estado e poderá investir até R$ 5 milhões até o final do ano. Com uma unidade na Boa Vista e outra no Shopping Tacaruna já em operações, a rede está construindo uma terceira clínica em Prazeres, Jaboatão. "Estamos olhando regiões como a de Camaragibe. Também conversando com mais shoppings centers. Estou com plano de investimento aprovado com minimamente R$ 3 milhões, podendo chegar a R$ 5 milhões", afirmou o diretor do grupo cearense, que pega voo duas vezes por mês para a capital pernambucana para acompanhar o desenvolvimento das unidades no Estado. Ivan afirma que o número de procedimentos mensais realizados nas clínicas pernambucanas  dobrou. A pioneira foi a da Boa Vista, que tem um ano. No Shopping Tacaruna, a unidade foi inaugurada recentemente. A marca, que tem 12 clínicas no Ceará, aposta no público que não tem plano de saúde e que procura um atendimento mais rápido e confortável que o do SUS. "Nem somos contra os planos de saúde nem combatemos o serviço público. Somos uma terceira via que oferece uma estrutura qualificada e preços mais populares", afirma o diretor. Ele afirma que 78% dos moradores da Região Metropolitana do Recife não são cobertos pelos planos de saúde. Um dos diferenciais impressos pelo grupo é o agendamento de horário das consultas. Uma prática bastante valorizada pelos pacientes e bem pouco comum nos consultórios médicos. Tanto o agendamento como o pagamento também podem ser feitos pelo celular. Em Pernambuco a clínica dispõe de 20 especialidades médicas (como ginecologia, dermatologia, clínica geral, ortopedia, neurologia, entre outros) e o preço médio das consultas é de R$ 90.   Georgina Santos coordena pesquisa da TGI sobre a mulher na liderança de empresas pernambucanas A TGI Consultoria em Gestão lançou a pesquisa Governança Corporativa nas Empresas Familiares Pernambucanas, que  traça o panorama da presença da mulher nas organizações familiares. Segundo a coordenadora da pesquisa, Georgina Santos, a sondagem tem como objetivo conhecer como as famílias empresárias de Pernambuco administram as interfaces entre os familiares e a empresa e como as mulheres estão inseridas no negócio. “É uma pesquisa inédita em Pernambuco com esse foco. Queremos ter um documento que mostre essa realidade local”. A pesquisa pretende ouvir mais de 200 empresas familiares até o dia 30 de setembro. O resultado da sondagem será apresentado no dia 26 de outubro, no Mar Hotel, durante o evento Empresa Familiar Competitiva 2018. Na ocasião, também serão expostos casos reais de empresas familiares pernambucanas que estão investindo na governança corporativa.     Gardênia Figueiredo oferece atendimento multidisciplinar na área de Direito da Família Depois de atuar em Pernambuco e passar pelo escritório Martorelli e em outras capitais do País, a advogada Gardênia Figueiredo decidiu investir em uma abordagem inovadora do Direito da Família e Sucessões no escritório Campos Figueiredo Advocacia e Consultoria. Para isso, inaugura um núcleo especializado na área, que vai oferecer atendimento multidisciplinar que envolverá apoio psicológico aos clientes em questões litigiosas na área familiar. O professor e doutor pela Universidade de São Paulo (USP), Mário Luiz Delgado, uma das maiores referências no País sobre Direito da Família, será consultor do escritório. Os clientes vão receber orientações sobre assuntos que são considerados “tabus” entre cônjuges e herdeiros, a exemplo dos regimes de bens e suas consequências práticas, do planejamento patrimonial e dos direitos sucessórios deles decorrentes, dentre outros. O escritório ficará instalado no Empresarial Ítalo Brasil Renda, em Boa Viagem.   Cultivo Bloom, dirigida por Mariana Maciel, investe no comércio eletrônico de flores Será lançado neste mês de setembro o e-commerce Cultivo Bloom (www.cultivobloom.com.br), operação online do Plantio homônimo dirigido pela produtora rural Mariana Maciel. A empresa de São Lourenço da Mata comercializa mais de 90 espécies de flores e folhagens tropicais produzidas, de forma sazonal e sustentável. “O Cultivo Bloom segue a proposta agroflorestal, no qual o cliente recebe - agora também com o e-commerce - flores e folhagens diretamente do plantio para a sua casa. Sãoplantas cultivadas de forma orgânica, com adubo produzido no próprio plantio através de compostagem, com húmus do minhocário do local, ou seja, o cliente estará contribuindo para uma cadeia produtiva respeitosa, que não só protege a natureza, como também a restaura”, afirma a empresária. O e-commerce tem ainda parceria da Chilli Comunicação; além de suporte do Sebrae, por meio do programa Sebraetec. Com um investimento inicial de aproximadamente R$ 20 mil, o e-commerce deverá contar com cinco carros-chefes iniciais: Kit plantio com 6 unidades para crianças, com sementes para iniciação de plantio de horta caseira; Kit plantio com 12 unidades; Hastes tropicais para arranjo PP (1 a 3 hastes de plantas tropicais); Hastes tropicais para arranjo P (4 a 5 hastes); Hastes para arranjo M (6 a 7 hastes). Inicialmente os produtos estarão disponíveis para compra e entrega apenas no Recife com prazo de entrega de 48h, após a confirmação do pagamento/finalização da compra.     Luane Moliterno, da Block Insetos, lança novo produto durante Ficons A Block Insetos, startup idealizadora das telas mosquiteiras magnéticas,  apresentará durante a Ficons a cortina magnética para portas. O produto que chega oficialmente ao mercado nacional este mês. A feira acontece de 11 a 15 de setembro, no Centro de Convenções, em Olinda (PE). A cortina mosquiteira magnética tem como função vedar portas contra a ação dos insetos. Sua estrutura é composta por duas folhas de telas mosquiteiras com acabamento em imã na costura. “Quando uma pessoa passa pela cortina, a força de atração entre os imãs garante que a tela se feche e, novamente, o ambiente se torne protegido de insetos”, ressalta sua idealizadora, Luane Moliterno.       *Rafael Dantas é jornalista e sócio da Revista Algomais Envie sugestões de notas ou pautas para rafael@algomais.com   LEIA TAMBÉM http://revista.algomais.com/colunistas/rafaeldantas/suape-assina-termo-de-cooperacao-com-porto-de-koper   http://revista.algomais.com/colunistas/gente-negocios-lancamentos-e-expansoes-na-agenda-da-semana   http://revista.algomais.com/colunistas/rafaeldantas/gente-negocios-novos-produtos-e-eventos-na-pauta-da-semana

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Datafolha: Bolsonaro lidera com 24%; Ciro, 13%; Marina, 11%; Alckmin, 10% e Haddad, 9%

Primeira pesquisa do Datafolha realizada após o atentado a Jair Bolsonaro, o candidato do PSL oscilou 2% para cima (dentro da margem de erro) e passou a liderar, chegando a 24% (em um cenário sem o ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva). Sem o petista, os candidatos Ciro Gomes e Fernando Haddad (que deverá ser anunciado oficialmente nesta terça-feira, 11) foram os mais beneficiados, chegando respectivamente a 13% e 9%. Marina Silva marcou 11% e Geraldo Alckmin ficou com 10%. A pesquisa realizada no dia 10 de setembro, foi encomendada pela TV Globo e Folha de S.Paulo e tem o registro no TSE: BR 02376/2018.  Com nível de confiança de 95%, a pesquisa considera uma margem de erro de 2% para mais ou para menos. Foram ouvidos 2.804 eleitores. Os números completos do estudo sobre o primeiro turno são os seguintes: Jair Bolsonaro (PSL): 24% Ciro Gomes (PDT): 13% Marina Silva (Rede): 11% Geraldo Alckmin (PSDB): 10% Fernando Haddad (PT): 9% Alvaro Dias (Podemos): 3% João Amoêdo (Novo): 3% Henrique Meirelles (MDB): 3% Guilherme Boulos (PSOL): 1% Vera (PSTU): 1% Cabo Daciolo (Patriota): 1% João Goulart Filho (PPL): 0% Eymael (DC): 0% Branco/nulos: 15% Não sabe/não respondeu: 7%   Mesmo liderando as intenções de voto no primeiro turno, Jair Bolsonaro é o líder também na rejeição (43%) e seria batido por todos os rivais em um eventual segundo turno, de acordo com a pesquisa do Datafolha.

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46% dos inadimplentes não acreditam que vão conseguir pagar dívida nos próximos três meses

O Brasil saiu da recessão, mas os efeitos da crise seguem impactando o bolso do cidadão brasileiro. Uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) apenas com consumidores inadimplentes mostra que 46% dos que estão com contas em atraso não acreditam que terão condições financeiras de pagar o que devem pelos próximos três meses. O percentual se manteve estável na comparação com 2017, quando foi de 48%. De forma contrária, 49% dos inadimplentes confiam que vão conseguir regularizar a situação, sendo que 36% planejam quitar todo o valor e 13% apenas parte dele. Na avaliação do presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior, os dados reforçam a percepção de que após um ano, as pessoas seguem em dificuldades financeiras, mesmo com alguns sinais tímidos de melhora da economia. “O ritmo atual de retomada está longe de produzir efeitos benéficos diretamente na vida de muitas pessoas, que veem as dívidas se acumulando e enfrentam dificuldades para honrar compromissos assumidos. Embora a inflação permaneça controlada e a taxa básica de juros esteja em seu menor nível histórico, o grande número de pessoas sem emprego prova que os reflexos da crise ainda se fazem presentes do dia a dia de milhões de brasileiros”, explica o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior. O estudo mostra que o valor médio da soma de todas as pendências do brasileiro é de R$ 2.615,98, sendo ainda maior quando considerada a parcela masculina de entrevistados (R$ 2.934,34) e as pessoas das classes A e B (R$ 3.718,48). Entre os brasileiros com renda familiar de até cinco salários mínimos, a dívida média é de R$ 2.530,96, aponta a pesquisa. Há ainda 14% de inadimplentes que nem sabem o quanto devem. Renda insuficiente e desemprego são principais dificuldades para quitar dívidas; dos que têm esperança de sair da lista de devedores, 37% pretendem renegociar Indagados sobre a principal dificuldade para conseguir pagar as dívidas atrasadas, a maior parte (36%) alega possuir uma renda insuficiente. O desemprego aparece em segundo lugar com 27% de menções, enquanto 15% justificam que a dívida é muito superior aos seus ganhos, o que inviabiliza o pagamento. Há ainda 9% de inadimplentes que não conseguem abrir mão de gastos com os quais estão acostumados. Entre aqueles que têm a esperança de sair da lista de inadimplentes, a renegociação com o credor será a principal estratégia. Em cada dez entrevistados, quatro (37%) pretendem realizar um acordo com a empresa e parcelar o débito, enquanto 19% farão cortes nos gastos e 18% recorrerão a bicos para gerar renda extra. Ao mesmo tempo, considerando aqueles que pretendem economizar para quitar as dívidas em atraso, as principais áreas de corte serão o lazer (34%), aquisição de roupas e calçados (32%), idas ao salão de beleza (30%), alimentação fora de casa (29%) e compra de produtos de beleza (25%). “Por mais elevada que esteja a dívida, o consumidor só irá resolver a questão se houver disposição para encarar o problema e buscar soluções. O melhor caminho é se planejar, negociar, dialogar com o credor e procurar prazos e condições de pagamento realistas que caibam no orçamento mensal. Além disso, é preciso readequar a sua realidade financeira, contingenciando gastos para conseguir cumprir o novo acordo”, orienta o educador financeiro do portal ‘Meu Bolso Feliz’, José Vignoli. 38% dos inadimplentes estão devendo empréstimos para amigos ou parentes; dívidas que mais geram ‘nome sujo’ são crediário e cartão de crédito O levantamento da CNDL e do SPC Brasil também identificou que os empréstimos contraídos com amigos e parentes é o tipo de dívida em atraso mais frequente do brasileiro inadimplente, com 38% de menções. Em seguida, aparecem as faturas do cartão de crédito (20%), crediários no comércio (20%) e o cheque especial, que saltou de 8% em 2017 para 20% neste ano. Com o passar do tempo e as dívidas se acumulando, aumentam também a chance de que as contas atrasadas resultem na inclusão do nome do consumidor em cadastros de restrição ao crédito. Nesse caso, a pesquisa descobriu que os compromissos não quitados que mais resultaram na negativação do CPF são, principalmente, o crediário (65%), o cartão de crédito ou de loja (63%) e o empréstimo pessoal feito em bancos e financeiras (61%). Em média, as contas atrasadas há mais tempo são o empréstimo pessoal (34 meses), empréstimo consignado (27 meses) e o cheque especial (24 meses). Já a lista de produtos ou serviços comprados no crédito que mais resultaram na inadimplência é liderada pela roupas, calçados e acessórios, que somam 42% de citações. As compras no supermercado (20%) e a aquisição de eletrônicos (20%), smartphones (15%) e eletrodomésticos (15%) completam o ranking. Outra constatação é que na hora de gerir o orçamento, o consumidor inadimplente procura não atrasar o pagamento de contas consideradas essenciais. Nesses casos, os principais compromissos financeiros que os entrevistados possuem e que não estão atrasados são plano de saúde (89%), condomínio (86%), aluguel (82%), despesa de água e luz (79%) e TV por assinatura e internet (75%). “A iminência de corte de serviços de necessidade básica quando há atraso no pagamento pode ser um motivo para que essas contas tenham menor percentual de atraso em relação às dívidas bancárias. Como a pessoa não tem como pagar tudo, ela elege prioridades como o aluguel e o plano de saúde, por exemplo”, afirma o presidente da CNDL, José Cesar da Costa. 32% dos inadimplentes são reincidentes; 22% dos que atrasam contas compraram recentemente mesmo sabendo que seria difícil pagar Embora muitos consumidores mencionem as condições ruins da economia na hora de justificar suas dificuldades financeiras, a pesquisa indica que o consumo por impulso e a falta de planejamento também são fatores que contribuem para a inadimplência. Em cada dez pessoas com contas em atraso, duas (22%) fizeram alguma compra nos últimos três meses mesmo estando conscientes de que seria difícil ou não conseguiriam pagá-la. Além disso, a reincidência é um comportamento frequente entre o inadimplente brasileiro. Quase

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Cafeína pode diminuir efeitos de inseticidas em abelhas

Por Marcos Jorge/via Unan-Unesp Uma dissertação de mestrado apresentada pela aluna Kamila Vilas Boas Balieira na Faculdade de Ciências Agrárias e Tecnológicas (FCAT) da Unesp, câmpus de Dracena, apontou que o uso de cafeína como suplemento alimentar na dieta de abelhas pode diminuir alguns efeitos subletais ocasionados pelo inseticida imidacloprido sobre estes insetos. O inseticida imidacloprido é amplamente usado no combate às pragas em lavouras do país e do mundo. O estudo foi apresentado no Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia Animal sob orientação dos professores Fábio Erminio Mingatto e Daniel Nicodemo. A pesquisa foi publicada no periódico Apidologie, da editora Springer, especializado na biologia dos insetos pertencentes à superfamília Apoidea. As abelhas podem ser prejudicadas quando têm contato com agrotóxicos no campo, com destaque especial para a classe dos neonicotinóides, da qual o inseticida imidacloprido faz parte. Como o apicultor não tem controle sobre a aplicação de tais produtos nas lavouras, sua atenção em relação à saúde das abelhas deve ser redobrada. Em março deste ano, a Comissão Europeia decidiu banir o uso desse inseticida em campos abertos da União Europeia, com base na análise de mais de 1.500 artigos científicos sobre os efeitos dos inseticidas neonicotinóides sobre as populações de abelhas. “Sabe-se que o inseticida ocasiona um colapso do sistema nervoso dos insetos, inclusive abelhas. Utilizado para controlar pragas da lavoura, ele muitas vezes atinge as abelhas com dose subletal, ou seja, que não necessariamente mata, mas pode causar outros danos ao inseto”, aponta o professor Daniel Nicodemo, um dos orientadores do trabalho, responsável pelo Núcleo de Operações Sustentáveis da Unesp de Dracena. A pesquisa foi baseada na avaliação das ações do imidacloprido sobre o sistema antioxidante das abelhas, o qual é responsável pelo combate aos radicais livres, que são espécies químicas que atacam moléculas importantes do organismo do inseto, e que, se não combatidas, podem levar a uma condição conhecida como estresse oxidativo. O professor Fábio Mingatto, responsável pelo Laboratório de Bioquímica Metabólica e Toxicológica, explica que em doses subletais, o imidacloprido mostrou ser um agente tóxico para as abelhas, uma vez que afetou o sistema antioxidante e induziu a oxidação de proteínas e lipídios de membrana dos insetos. “Esse efeito é prejudicial para as abelhas, pois leva à perda de funções importantes desempenhadas por essas biomoléculas”, explica. Entre as funções dessas biomoléculas está, por exemplo, o forrageamento, que é a busca e a exploração de recursos alimentares por este insetos. Porém, quando a cafeína foi adicionada à dieta, os efeitos oxidativos provocados pelo imidacloprido diminuíram, indicando que ela pode ser usada como uma alternativa interessante na prevenção da toxicidade provocada pelo inseticida nas abelhas, protegendo-as de condições que possam levar à diminuição do forrageamento.

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Apenas 18% dos brasileiros conseguiram poupar em junho, revela indicador da CNDL/SPC Brasil

De acordo com o levantamento, o número de poupadores é maior nas classes A e B, chegando a 39%. Já nas classes C, D e E, esse percentual cai para 13%. A diferença retrata o cenário de que a renda impacta aqueles que disseram não ter condições de poupar. Mas chama a atenção o fato de que mesmo nos extratos mais elevados de renda o volume de poupadores no mês de junho não alcançou nem a metade. Para a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, os dados mostram que não é só nas classes de menor renda que a cultura de poupar é um problema. “Quanto menor a renda, maior é a proporção de recursos destinada a gastos básicos, dificultando a formação de reserva. Mas a questão passa por adquirir hábitos de dispor de uma reserva mínima, que possa crescer com o tempo e com o reforço dos juros. Sem reserva financeira, quando os imprevistos acontecem o consumidor acaba sendo empurrado para linhas de crédito que são muito caras, como empréstimos e cheque especial, por exemplo”, analisa. 35% dos brasileiros costumam poupar habitualmente; 64% dos que fazem reservas financeiras preferem poupança como investimento Outro dado da sondagem revela que 35% dos brasileiros costumam poupar habitualmente, sendo que 28% afirmam guardar o que sobra do orçamento e 7% estipulam um valor a ser poupado. Já 55% dizem não ter o hábito de poupar. Entre os brasileiros que têm o hábito de poupar, o principal objetivo apontado é cobrir imprevistos que possam surgir (53%). Outro destino para o dinheiro guardado é garantir um futuro melhor à família (37%), enquanto há quem faça uma reserva no caso de desemprego (28%). Além dessas finalidades, 17% disseram juntar para a aposentadoria, 16% para arcar com a educação dos filhos, 15% para viagens e 15% para a reforma da casa. A velha e conhecida Poupança continua liderando as aplicações, citada por 64% dos que poupam habitualmente. Enquanto guardar dinheiro em casa é a segunda opção, mencionada por 25% dos brasileiros. Em terceiro lugar, aparece a Conta Corrente (15%); em quarto, os Fundos de Investimentos (9%); em quinto, a Previdência Privada (7%); e por último, os CDBs (7%). A Poupança ainda é a modalidade de investimento mais conhecida pelos brasileiros: 92% já ouviram falar. Em seguida vêm os títulos de capitalização (57%), os planos de previdência privada (53%), as ações em bolsas de valores (42%), os fundos de investimentos (34%), o Tesouro Direto (25%) e os CDBs (25%). “A poupança acaba sendo um método fácil, de baixo risco e isento de taxas. Por permitir o resgate do dinheiro a qualquer momento, torna-se uma opção atrativa. Além de muitas desconhecem outras alternativas oferecidas pelo mercado”, avalia a economista. Para os entrevistados que fazem escolhas mais conservadoras de investimento, as principais razões: facilidade para sacar os recursos (34%), além da percepção de que têm pouco dinheiro para investir em outras modalidades (26%), conhecimento insuficiente sobre as alternativas disponíveis (21%), hábito de usar modalidades tradicionais (20%) e medo de perder dinheiro (17%). 38% dos poupadores sacaram recursos em junho, principalmente por situações de imprevisto A sondagem ainda mostra que 38% dos poupadores precisaram sacar alguma parte dos seus recursos em junho. Os imprevistos foram a principal razão para o saque, citado por 13%. Outros 8% sacaram porque os ganhos não haviam sido suficientes, 8% para quitar dívidas pendentes e 5% por estarem sem emprego. A conjuntura econômica, com o alto índice desemprego e a queda do poder de compra, seguem prejudicando o orçamento das famílias. Na contramão da poupança, o que se vê é um grande contingente de consumidores negativados. “Mas nem tudo se deve à crise. Há um percentual importante de consumidores que não poupam e admitem não fazer por descontrole ou indisciplina. A negligência do controle financeiro também é uma realidade. Mudar essa realidade é um desafio que requer a superação do desemprego e a disseminação da educação financeira, para que consumidor possa não só poupar, mas tomar melhores decisões na hora de investir”, orienta o educador financeiro do portal ‘Meu Bolso Feliz’, José Vignoli. Metodologia O objetivo da sondagem é acompanhar, mês a mês, a formação de reserva financeira do brasileiro, destacando a quantidade daqueles que tiveram condições de poupar ao longo dos meses. O indicador abrange 12 capitais das cinco regiões brasileiras: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Recife, Salvador, Fortaleza, Brasília, Goiânia, Manaus e Belém. Juntas, essas cidades somam aproximadamente 80% da população residente nas capitais. A amostra, de 800 casos, foi composta por pessoas com idade superior ou igual a 18 anos, de ambos os sexos e de todas as classes sociais. A margem de erro é de 3,5 pontos percentuais a uma margem de confiança de 95%. Baixe a íntegra da pesquisa em https://www.spcbrasil.org.br/pesquisas/indices-economicos

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Para empresários, redução de impostos e juros deve ser prioridade do próximo governo

Os empresários dos setores de varejo e serviços estão otimistas com a economia para 2019, quando o país terá um novo presidente. Uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) revela que 54% dos entrevistados esperam um cenário econômico melhor para o próximo ano e 71% anseiam que a nova gestão promova mudanças em relação às diretrizes atuais. Entre as prioridades mencionadas para o presidente que assumirá em 1º de janeiro, 52% destacam a redução de impostos e 34% a queda dos juros. Em terceiro lugar, aparece o combate à corrupção (28%), seguida da diminuição da burocracia (16%). Para os próximos cinco anos, 37% dos empresários almejam mudanças no sistema tributário, tornando-o mais simples, transparente e eficiente. Já 36% desejam um país menos burocrático, que contribua para a atividade empreendedora, enquanto 31% querem políticas públicas que impulsionem o crescimento das empresas. “O sistema tributário brasileiro é um dos mais complexos do mundo, o que acaba provocando algumas distorções e desigualdades. Por essa razão, os empresários ressaltam a importância de a reforma estar na agenda do novo presidente, principalmente ao proporcionar o crescimento do setor produtivo na geração de empregos e renda”, analisa o presidente da CNDL, José César da Costa. Corrupção, saúde pública precária e falta de educação básica são apontados como principais problemas a serem resolvidos Questionados sobre os principais problemas do Brasil que precisam ser resolvidos pelo próximo presidente, 52% dos empresários citaram a corrupção em primeiro lugar. A precariedade da saúde pública é mencionada em segundo lugar, por 36% dos entrevistados e a falta de educação básica aparece em seguida, com 33% das respostas. Quanto às medidas esperadas para o ambiente empresarial, 87% afirmam que analisarão propostas que preveem estímulo ao desenvolvimento do varejo e serviços. Nessa linha, 93% concordam que o novo presidente deve fortalecer a produção nacional, 79% acreditam que a próxima gestão precisa priorizar a distribuição de renda, para aumentar o poder de compra do consumidor e 78% destacam políticas voltadas ao comércio internacional. Por outro lado, apenas 39% acham que o novo presidente deve intervir menos na economia. “Os empresários estão atentos às propostas, principalmente de candidatos que tenham planos que contemplem mudanças essenciais e benéficas para a economia e o ambiente de negócios. A expectativa é de uma recuperação econômica mais efetiva, com a retomada dos investimentos”, comenta Roque Pellizzaro Junior, presidente do SPC Brasil. Para 57% dos empresários, próximo presidente precisa ser honesto; 31% afirmam valorizar quem cumpre o que promete Sobre a disputa eleitoral, 41% respondem não estar nem pessimista, nem otimista. Outros 31% consideram-se pessimistas ou até muito pessimistas, sobretudo nas capitais (36%). Já 25% mostram-se otimistas ou muito otimistas, em especial no interior (27%). Entre os que estão pessimistas com as eleições, 64% apontam falta de opções de bons candidatos como principal problema. A percepção dos empresários sobre os frequentes casos de corrupção pela classe política também reflete a indignação da sociedade. A maioria afirmou rejeitar candidatos envolvidos em escândalos de corrupção (55%), enquanto 46% não desejam um candidato desonesto ou mentiroso. Outros 20% desaprovam um candidato que não cumpre o que promete. A pesquisa mostrou ainda que para 57% é fundamental que o presidente seja uma pessoa honesta – especialmente empresários do interior (61%). Para outros 31% é essencial alguém que cumpra o que promete, enquanto 30% buscam alguém de “pulso firme” e determinado em suas convicções. Quase um terço dos entrevistados pretende usar redes sociais para se informar sobre propostas; 50% checa se notícias de candidatos na internet são falsas Ferramenta estratégica em muitas campanhas eleitorais, as redes sociais têm seu uso cada vez mais crescente entre os empresários como fonte de informação sobre as propostas dos candidatos à presidência (28%). Por outro lado, quase metade (47%) afirma ainda preferir os debates na TV. Já para 38%, a internet está entre os principais meios de comunicação (blogs, sites e portais de notícias). Apenas 7% dos entrevistados responderam que não vão buscar meios de conhecer as propostas de seus candidatos. O levantamento mostra ainda que 24% têm o hábito de compartilhar notícias de políticos nas redes sociais e 27% se envolvem de alguma forma nas campanhas dos candidatos que acreditam. As chamadas fake news (notícias falsas) também preocupam os empresários sobre a veracidade das informações. Metade costuma checar com frequência se as notícias que recebem de candidatos pelas redes sociais ou pelo WhatsApp são realmente verdadeiras (50%), enquanto 19% disseram verificar apenas algumas vezes e 31% nunca ou raramente o fazem. Quando questionados se temem que as fake news influenciem suas opiniões e decisão de voto, a maioria (56%) diz que sim. Outro dado curioso mostra que sete em cada dez empresários (72%) acredita que os candidatos já se valem de informações de eleitores nas redes sociais, internet e bancos de dados em geral para elaborar suas campanhas. Entres esses empresários, 78% têm receio de que isto prejudique o resultado final da disputa eleitoral, sendo que 58% temem muito e 20% um pouco. Metodologia A pesquisa foi realizada com 822 empresários dos segmentos de comércio e serviços, de todas as regiões do país, entre os dias 27 de julho e 10 de agosto. A margem de erro é de 3,4 pontos percentuais a uma margem de confiança de 95%. Baixe a íntegra da pesquisa em https://www.spcbrasil.org.br/pesquisas

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Entender as emoções no cérebro pode levar à descoberta de novas moléculas

André Julião/via Agência FAPESP Lauri Nummenmaa apresenta vários estudos na sequência, concluindo cada um deles com uma piada. A plateia invariavelmente ri, tirando dele um sorriso de satisfação. Se após a palestra ele fosse submetido a uma tomografia por emissão de pósitrons (PET, na sigla em inglês), provavelmente as imagens geradas pelo aparelho mostrariam uma ativação dos receptores de opioides endógenos do cérebro do professor da Universidade Turku, na Finlândia. A relação entre a capacidade de fazer rir e a construção de laços sociais é um dos temas de pesquisa de Nummenmaa. Seus estudos das emoções, com e sem o uso da PET, foram assunto de palestra realizada na São Paulo School of Advanced Science on Social and Affective Neuroscience. O evento, realizado na Universidade Presbiteriana Mackenzie até 31 de agosto, tem apoio da FAPESP. Usada para exames oncológicos e cardíacos, entre outros, a PET não é tão empregada em estudos do cérebro. “No entanto, ela é muito mais potente para o nosso campo do que se imagina”, disse Nummenmaa. A resistência ao uso do aparelho se dá em parte porque quem é submetido a ele tem injetado na corrente sanguínea algum material com radiação. O funcionamento de vários tecidos pode ser visualizado quando a tomografia detecta na corrente sanguínea o decaimento dos isótopos radiativos. “A quantidade de radiação é muito pequena e completamente segura”, disse o pesquisador. Atualmente, ele usa o equipamento para estudar o comportamento dos receptores de opioides endógenos no cérebro, que regulam o processamento motivacional e do prazer. Sua ação no funcionamento do cérebro de pessoas obesas foi tema de um estudo apresentado durante sua palestra. Publicado este ano na Nature Communications, o artigo mostra que, apenas olhando fotos de comidas palatáveis, algumas pessoas têm ativadas regiões do cérebro ligadas ao sistema de recompensa. “Variações nesses receptores podem explicar por que algumas pessoas sentem uma urgência em comer quando são sugestionadas, aumentando o risco de ganho de peso e obesidade”, disse. Ciência pop De tempos em tempos, os estudos de Nummenmaa aparecem na imprensa especializada graças à explicação de certos comportamentos humanos. Em um deles, ele partiu de estudos que afirmam que macacos usam o toque para manter e reforçar estruturas sociais. Então, submeteu 1.368 pessoas de cinco países europeus a um teste para mostrar o papel do toque nos vínculos humanos. Os voluntários deveriam colorir, em um desenho de uma silhueta humana, que partes do corpo alguém da sua rede estavam autorizadas a tocar (pai, mãe, cônjuge, amigo etc.). Em todas as culturas testadas (Finlândia, França, Itália, Rússia e Reino Unido), a área corporal em que o toque era permitido estava diretamente ligada à relação emocional que o voluntário tinha com a pessoa, independentemente de quando ela o encontrou pela última vez. “Conhecidos próximos e membros da família eram tocados por mais razões do que indivíduos menos familiares”, disse. Em seguida, Nummenmaa levou a plateia aos risos ao exibir um gráfico mostrando que, na média, as pessoas do Reino Unido são as menos propensas a se deixarem ser tocadas por outras de seu círculo social. Em 2014, outro estudo publicado por seu grupo na PNAS ganhou repercussão ao revelar outros mapas do corpo humano, dessa vez das partes envolvidas em diferentes emoções. As imagens mostram desde um corpo quase todo inativo (depressão), até outros bastante ativos na região da cabeça, tórax e abdômen (amor). Uso na saúde Segundo Nummenmaa, as técnicas de escaneamento cerebral dão uma visão tão detalhada do cérebro que podem ajudar a desvendar a origem de condições psiquiátricas e mesmo no desenvolvimento de novos tratamentos. “Técnicas como a PET são excelentes no sentido de que podemos realmente nos aproximar dos fundamentos moleculares e biológicos de várias sensações no cérebro”, disse à Agência FAPESP. “Isso significa que, de um ponto de vista mais amplo, elas podem ser usadas para a identificação e desenvolvimento de novas drogas. Quando tentamos entender a afetividade no cérebro nesse nível, isso pode ajudar quem desenvolve novos medicamentos e moléculas a entender como certas condições são desencadeadas”, disse. Mais informações sobre a Escola: www.mackenzie.br/en/eventos/universidade/sao-paulo-school-of-advanced-science-on-social-and-affective-neuroscience/.

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Sociedade Brasileira de Dermatologia alerta: escolha do médico especialista não deve ser feita pelas mídias sociais

As novas tecnologias chegaram para revolucionar as comunicações e a forma como as pessoas se relacionam. Por meio delas, os médicos encontram excelentes oportunidades para estreitar o relacionamento com seus pacientes, atraindo também novos interessados em suas especialidades. No entanto, essas mídias também trazem desafios que precisam ser colocados em perspectiva para garantir a ética e a responsabilidade médicas. Por isso, a Sociedade Brasileira de Dermatologia alerta: a internet deve ser utilizada como instrumento de promoção da saúde e orientação da população. Reforça que o critério de escolha de um profissional para a realização de procedimentos estéticos não deve ser o número de seguidores, curtidas, popularidade e da propaganda do “antes e depois” – prática expressamente proibida pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e publicada na Resolução 2.125/15. É fundamental que a população saiba certificar a capacitação do profissional escolhido para realizar um procedimento estético. A entidade alerta ainda sobre a oferta indiscriminada de serviços médicos em sites de compras coletivas, prática proibida e incompatível com a ética médica, bem como anúncios na internet, que oferecem pacotes baratos e promoções como forma de estabelecer um diferencial na qualidade dos serviços. Que profissional é esse que precisa fazer sensacionalismo e autopromoção para conquistar pacientes? Essa é uma reflexão que a SBD sugere que todos façam na escolha do profissional que cuidará da sua saúde. O vice-presidente da SBD, Dr. Sergio Palma, recomenda “ter cautela, não acreditar em tudo que é oferecido na Internet e evitar se submeter a qualquer tipo de procedimento ou serviço médico sem que haja antes uma consulta completa em ambiente adequado, com realização da anamnese e do exame físico para que não haja danos e riscos à saúde. Esses são os princípios básicos para não confiar a vida em mãos erradas”. O local onde o procedimento será realizado também deve ser decidido com muito cuidado. Para a execução de tratamentos clínico-cirúrgicos, as normas mínimas para o funcionamento de consultórios médicos e dos complexos cirúrgicos para procedimentos com internação de curta permanência devem ser rigorosamente observadas, atendendo as exigências do Conselho Federal de Medicina (CFM). Casas e imóveis residenciais em hipótese alguma devem ser considerados para a prática de procedimentos invasivos.   CRM e RQE Para ser um especialista numa área médica, não basta ter CRM (número que o médico recebe para exercer a medicina), é necessário possuir o RQE: identificação que o especialista tem para que sua especialidade médica seja reconhecida. O número é obtido no momento em que o médico registra o certificado de conclusão de residência médica credenciada pela Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM) ou também o Título de Especialista no Conselho Regional de Medicina do estado em que trabalha. Para saber se o médico possui registro de especialista, qualquer pessoa pode fazer uma consulta gratuita no site do CFM e CRMs. No caso do médico dermatologista, a checagem também pode ser feita pelo site oficial da SBD. A SBD é a única instituição reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e pela Associação Médica Brasileira (AMB) como representante dos dermatologistas no território brasileiro. Mais informações: www.sbd.org.br.   SBD lança “Guia de Boas Práticas nas Redes Sociais” para dermatologistas A SBD acaba de lançar um guia prático com orientações objetivas para os dermatologistas sobre o uso responsável das redes sociais. O documento foi produzido pela Diretoria da SBD com a contribuição dos especialistas da Comissão de Ética e Defesa Profissional da SBD. A expectativa é que o "Guia de Boas Práticas nas Redes Sociais" possa auxiliar o médico na hora de usar as redes sociais, bem como na criação de página e perfil pessoal e profissional nessas ferramentas de comunicação, tendo como referência as orientações e normas estabelecidas pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). “Esperamos que essa cartilha sirva de apoio para todos os dermatologistas. Importante não perder de vista que os conteúdos que compartilhamos, bem como nossa postura, acabam nos diferenciando qualitativamente. Ao observar os critérios definidos pelo CFM, o médico estará valorizando a conduta ética e adequada em sua relação com os pacientes e com a sociedade. Certamente será um subsídio importante”, comenta o vice-presidente da SBD, Sérgio Palma.

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