Arquivos Presidência - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

presidência

Novo governo e breve lua de mel

No lançamento da Agenda 2019, na última segunda-feira de novembro (ver matéria de capa desta edição), tive a oportunidade de destacar que, diferentemente dos seus antecessores (FHC, Lula e Dilma), Bolsonaro terá um período de “lua de mel” (boa vontade) bem mais curto por conta da falta de paciência geral que se ampliou muito desde as chamadas “jornadas de 2013”, quando milhões de pessoas foram às ruas exigir serviços públicos “padrão Fifa”. Apesar de Bolsonaro ser uma espécie de segunda “cria” dessas jornadas (a primeira foi o impeachment), a forma como se deu a reta final da eleição, com a radicalização dos extremos políticos (#elenão! e #eletambémnão!) contribui para reduzir muito o horizonte de tempo que o novo governo terá para dizer a que veio. Afinal, com não um ou não o outro, a maioria dos eleitores terminou votando mais “contra” um dos dois do que “a favor” de alguém... A estimativa que faço, com base nos meus quase 40 anos de “janela”, observando a vida política e econômica nacional, é de seis meses. Se até o final do primeiro semestre o governo não conseguir endereçar o fim do déficit público, vão começar a aparecer, de forma crescente, os problemas e as contradições da coalizão vencedora porque a pauta moral e de costumes com a qual o presidente foi eleito não consegue aglutinar a convergência necessária para permitir um governo duradouro. O único fator que pode criar uma boa vontade geral é a retomada do crescimento sustentado da economia. E isso só será possível com o equacionamento do grave problema fiscal herdado do governo Dilma. Sem sinalizar claramente que está disposto a estancar o déficit público e, com isso, frear o crescimento da dívida pública, os agentes econômicos não se sentirão seguros para consumir e investir. Sem consumo e investimento não há crescimento econômico que se sustente... E a bola da vez para essa sinalização clara do compromisso com o equacionamento da crise fiscal é a Reforma da Previdência, não só em relação à União mas também aos estados e municípios. Sem ela, a sociedade não terá confiança na capacidade do governo revolver o que precisa ser resolvido. Agora, com ela, o governo não só se consolida como por certo se reelege e, provavelmente, faz o sucessor porque, então, devemos ter uma década de crescimento como ocorreu quando Lula assumiu pela primeira vez. As condições estão dadas!

Novo governo e breve lua de mel Read More »

Datafolha: Bolsonaro lidera com 24%; Ciro, 13%; Marina, 11%; Alckmin, 10% e Haddad, 9%

Primeira pesquisa do Datafolha realizada após o atentado a Jair Bolsonaro, o candidato do PSL oscilou 2% para cima (dentro da margem de erro) e passou a liderar, chegando a 24% (em um cenário sem o ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva). Sem o petista, os candidatos Ciro Gomes e Fernando Haddad (que deverá ser anunciado oficialmente nesta terça-feira, 11) foram os mais beneficiados, chegando respectivamente a 13% e 9%. Marina Silva marcou 11% e Geraldo Alckmin ficou com 10%. A pesquisa realizada no dia 10 de setembro, foi encomendada pela TV Globo e Folha de S.Paulo e tem o registro no TSE: BR 02376/2018.  Com nível de confiança de 95%, a pesquisa considera uma margem de erro de 2% para mais ou para menos. Foram ouvidos 2.804 eleitores. Os números completos do estudo sobre o primeiro turno são os seguintes: Jair Bolsonaro (PSL): 24% Ciro Gomes (PDT): 13% Marina Silva (Rede): 11% Geraldo Alckmin (PSDB): 10% Fernando Haddad (PT): 9% Alvaro Dias (Podemos): 3% João Amoêdo (Novo): 3% Henrique Meirelles (MDB): 3% Guilherme Boulos (PSOL): 1% Vera (PSTU): 1% Cabo Daciolo (Patriota): 1% João Goulart Filho (PPL): 0% Eymael (DC): 0% Branco/nulos: 15% Não sabe/não respondeu: 7%   Mesmo liderando as intenções de voto no primeiro turno, Jair Bolsonaro é o líder também na rejeição (43%) e seria batido por todos os rivais em um eventual segundo turno, de acordo com a pesquisa do Datafolha.

Datafolha: Bolsonaro lidera com 24%; Ciro, 13%; Marina, 11%; Alckmin, 10% e Haddad, 9% Read More »